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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Apresentação do livro PATRIMÓNIO AZULEJAR DE ESTREMOZ, de Elisabete Pimentel

 



Transcrito com a devida vénia de
newsletter do Município de Estremoz,
de 27 de Julho de 2021.

O Museu Berardo Estremoz irá receber, dia 9 de março de 2024, pelas 16:00 horas, o lançamento do livro "Património Azulejar de Estremoz: Capela da Rainha Santa Isabel, Capela de Nossa Senhora dos Mártires e Igreja de Nossa Senhora da Consolação", de Elisabete Pimentel, com grafismo de Rui Pimentel, publicada pelas Edições Húmus e patrocinada pelo Município de Estremoz.

A obra pretende dar a conhecer o património azulejar de alguns dos monumentos religiosos mais relevantes de Estremoz, descrevendo-os artisticamente e aprofundando o conhecimento já existente sobre os mesmos. O trabalho surge no âmbito de uma filosofia de valorização do património cultural de Estremoz, onde o conhecimento, a difusão da informação e a fruição são os grandes pilares.

Elisabete Pimentel tem formação em Letras, História, e também em Artes, Pintura e Cerâmica, área que exerceu ativamente com a criação de peças escultóricas, criação de painéis decorativos de azulejos, mas também fazendo cópias de azulejos do século XVIII. Radicada na cidade de Estremoz faz parte do Grupo Cidade – Cidadãos pela Defesa do Património de Estremoz e entendeu que era importante estudar o rico património azulejar de Estremoz, enquadrá-lo historicamente o que resultou na publicação do estudo e divulgação da “Capela da Rainha Santa Isabel, Capela de Nossa Senhora dos Mártires e Igreja de Nossa Senhora da Consolação”, considerando ser este o primeiro volume do estudo a que se propôs.

Entrada livre! Venha assistir e participar!

 Hernâni Matos

terça-feira, 7 de novembro de 2023

FEIRA DE OUTONO / APA - Arte e Antiguidades





Entre 15 e 19 de Novembro, terá lugar em Lisboa, no edifício da Sociedade Nacional das Belas Artes, em Lisboa, a 4ª edição da “FEIRA DE OUTONO – APA, Arte e Antiguidades”. Trata-se duma iniciativa da Associação Portuguesa dos Antiquários (APA).
Nesta 4.ª edição, a Feira contará com 15 expositores, número que é o maior de sempre.
A Comissão Organizadora realizou uma cuidadosa e criteriosa selecção de expositores e todas as obras foram sujeitas a peritagens realizada por especialistas nas diversas áreas, garantindo assim a sua autenticidade e qualidade.
A realização desta FEIRA DE OUTONO vem colmatar a inexistência de uma feira de referência no centro da capital, com a garantia de qualidade que a APA nos tem vindo a habituar ao longo de mais de 30 anos.
Informação pormenorizada pode ser obtida, clicando na lista de expositores por ordem alfabética
Ilídio Cruz
O horário de funcionamento é o seguinte: Quarta a Sábado, das 13h às 21h e Domingo, das 13h às 19h.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Dia Nacional do Azulejo


Mercado de sábado em Estremoz. Painel azulejar policromático da autoria de Alves de
Sá (1878-1972), datado de 1940 e fabricado na Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego,
em Lisboa. Estação da CP em Estremoz.

A 6 de Maio assinala-se o Dia Nacional do Azulejo, criado por proposta do Projecto ”SOS Azulejo”’ datada de 2016 e aprovada por unanimidade pela Assembleia da República, em 24 de Março de 2017.
O Dia Nacional do Azulejo é um evento anual que tem como objectivo reconhecer esta tradição e património nacional, projectando a sua importância, constituindo-se, igualmente, numa ocasião de evocação da sua protecção e preservação.
O Projecto SOS Azulejo criado em 28 de Fevereiro de 2007, é de iniciativa e coordenação do Museu de Polícia Judiciária (MPJ), na dependência do Instituto de Polícia Judiciária e Ciências Criminais (IPJCC), e nasceu da necessidade imperiosa de combater a grave delapidação do património azulejar português que se verificou recentemente, de modo crescente e alarmante, por furto, vandalismo e incúria.
A nível local, não foram divulgadas quaisquer iniciativas do Município de Estremoz ou do Museu Berardo Estremoz, visando assinalar a efeméride no presente ano de 2023.

BILIOGRAFIA
- Projecto SOS azulejo. Apresentação. [Em linha]. Disponível em: http://www.sosazulejo.com/apresentacao [Consultado em 5 de Maio de 2023].

sexta-feira, 28 de abril de 2023

LAAF - LISBON ART AND ANTIQUES FAIR 2023




Entre 5 e 13 do próximo mês de Maio, terá lugar em Lisboa, na Cordoaria Nacional, a LAAF - LISBON ART AND ANTIQUES FAIR 2023.
Trata-se da mais prestigiada Feira de Arte e Antiguidades de Portugal, organizada pela Associação Portuguesa dos Antiquários (APA) desde os anos 90. Em 2019, o evento alterou o seu nome para a actual designação, entrando definitivamente no calendário internacional de Feiras de Arte e Antiguidades.
Nesta 20.ª edição, a Feira contará com 32 expositores nacionais e estrangeiros, entre antiquários e galerias de arte contemporânea, para além de dois Museus: o Museu Nacional de Arte Antiga e a Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, três editoras e uma programação alargada que inclui espaços de debate sobre arte e coleccionismo - as “Conversas Sobre Arte” - apresentadas por especialistas e abertas ao debate e troca de opiniões, assim como exposições temáticas, visitas guiadas, concertos, lançamentos de livros e revistas, entre outros, que fazem deste evento um espaço único para ver, comprar, aprender e falar sobre Arte e Antiguidades.
A duração do certame é de 9 dias, ao longo dos quais os visitantes poderão apreciar milhares de obras de arte num único local. A Comissão Organizadora realizou uma cuidadosa e criteriosa selecção de expositores e todas as obras foram sujeitas a peritagens realizada por especialistas nas diversas áreas.
Informação pormenorizada pode ser obtida, clicando na lista de expositores por ordem alfabética: ANFORA ASIAN ART, ANTÓNIO COSTA ANTIGUIDADES, BARROS & BERNARD, CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA, D’OREY TILES. ESPADIM 1985, GALERIA BELO-GALSTERER, GALERIA BESSA PEREIRA, FINE ART AND FURNITURE, GALERIA DA ARCADA - ANTÓNIO BOUZA, GALERIA SÃO MAMEDE, GALERIE PHILIPPE MENDES. ILÍDIO CRUZ, ISABEL LOPES DA SILVA, J. BAPTISTA. JOÃO RAMADA - ANTIGUIDADES. JOSÉ SANINA ANTIQUÁRIO , KUKAS BY CASA FORTUNATO, LUÍS ALEGRIA, MANUEL CASTILHO. MANUELA VERDE LÍRIO, MIGUEL ARRUDA ANTIGUIDADES, OBJECTISMO, OITOEMPONTO , PAB / AGUIAR-BRANCO , PEDRO JAIME VASCONCELOS, PORCELANA DA CHINA DE MARIA EDUARDA MOTA , RICARDO HOGAN ANTIGUIDADES, RUI FREIRE - FINE ART, LISBOA , SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES E GALERIA DE ARTE, TBF FINE ART - TOMÁS BRANQUINHO DA FONSECA. TREMA ARTE CONTEMPORÂNEA, TRICANA GALLERY.
O horário de funcionamento é o seguinte: - 5 e 6 de Maio, das 15 h às 23 h: - 7 a 13 Maio, das 15 h às 21 h.

terça-feira, 11 de abril de 2023

O que deve o Renascimento no Alentejo à "escola" de cantaria artística de Estremoz




Transcrito com a devida vénia de
 newsletter do Município de Estremoz,
de 11 de Abril de 2023.


No dia 15 de abril de 2023, pelas 16h00, o Museu Berardo Estremoz irá receber a Conferência de Francisco Bilou, CDEAACP- Universidade de Coimbra: "O que deve o Renascimento no Alentejo à "escola" de cantaria artística de Estremoz".
Partindo da tese de doutoramento que defende na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Francisco Bilou aborda, nesta conferência, a importância histórica e artística dos mestres lavrantes de Estremoz durante a época do Renascimento na geografia do Alto Alentejo. Das principais características escultóricas do mármore extraído das bancadas locais às obras de referência que fizeram a fortuna artística de pedreiros-escultores como João Ávares ou Pero Gomes, aqui se analisam dados inéditos que consubstanciam um primeiro olhar sobre aquilo a que se pode chamar, apropriadamente, “escola” de cantaria artística de Estremoz.
Venha assistir!

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Ciclos de conferências - Conhecer o azulejo: O Azulejo na Arquitetura, uma obra coletiva



Transcrito com a devida vénia de
newsletter do Município de Estremoz,
de 20 de Outubro de 2021


O Museu Berardo Estremoz vai receber, no próximo dia 30 de outubro, pelas 15:00 horas, a conferência "O Azulejo na arquitetura, uma obra coletiva", do ciclo de conferências "Conhecer o Azulejo", com o orador António Celso Mangucci.
António Celso Mangucci nasceu em São Paulo e licenciou-se na Universidade de Campinas, em Antropologia. Residente há muitos anos em Portugal, especializou-se na história da azulejaria portuguesa, com estudos monográficos dedicados à produção das olarias lisboetas (séculos XVI-XVIII), ao pintor de azulejo Valentim de Almeida (1692-1779) e ao mestre ladrilhador Bartolomeu Antunes (1688-1753).
Colaborou com o Museu Nacional do Azulejo em diversas atividades, é investigador convidado do Centro de História da Arte e Investigação Artística (CHAIA) da Universidade de Évora e da Rede de Investigação em Azulejo da Universidade de Letras de Lisboa e como bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia, concluiu o doutoramento em História da Arte pela Universidade de Évora, com uma tese dedicada ao estudo dos programas iconográficos da azulejaria dos colégios jesuítas.
A conferência, que tem entrada gratuita, pretende sublinhar a importância de compreendermos a utilização do azulejo como parte integrante de um projeto decorativo para um determinado edifício, muitas vezes concebido em diálogo com as outras artes decorativas. Para a obtenção dos melhores resultados, houve a necessidade de congregar o contributo de arquitetos, iconógrafos, mestres ladrilhadores, oleiros e pintores. A forma encontrada para a reunião de todos esses colaboradores variou ao longo dos séculos e foi responsável pela grande diversidade de soluções que caracterizam a utilização do azulejo em Portugal.
Através do exemplo dos conjuntos do Colégio do Espírito Santo de Évora, da igreja da Nossa Senhora da Graça do Divor e da Misericórdia de Évora, será feita uma breve apresentação de como essas obras coletivas foram concebidas como obra de conjunto, valorizando o trabalho dos arquitetos e dos iconógrafos.

sábado, 25 de julho de 2020

Museu Berardo Estremoz


Museu Berardo Estremoz. Fotografia da Câmara Municipal de Estremoz. 


A inauguração do Museu Berardo Estremoz na presente data, culmina um longo processo que envolve Berardo e Companhia, do qual fui dando conta na imprensa local e neste blogue. Continuo a pensar que o sujeito deu um chouriço a quem lhe deu um porco. Para que conste aqui fica compilado tudo o que disse sobre aquela dupla:

- COLECÇÕES BERARDO: Cama, mesa e roupa lavada (15-05-2019)
Berardo e Companhia (13-07-2017)
O Palácio Tocha na Belle Époque (07-07-2014)

À margem da dupla e porque eu andei por ali:

 Eu e o Palácio Tocha (13-07-2014)

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Palácio Tocha vai acolher Museu do Azulejo


Palácio Tocha na actualidade.


O histórico Palácio Tocha, no Largo D. José I, 100, junto ao Jardim Municipal de Estremoz, vai ser transformado pela Fundação Berardo em Museu do Azulejo. Trata-se dum imponente solar setecentista também conhecido por Palácio dos Henriques de Trastâmara, construído no início do século XVIII para residência do capitão Barnabé Henriques e sua família. Era ali que na novela Belmonte, supostamente residia a família Milheiro e em cujo rés-do-chão funcionava a clínica veterinária da Dr.ª Julieta Milheiro.
A revelação das futuras funções do Palácio foi feita à rádio local, pelo Presidente da edilidade Luís Mourinha, que deu conhecimento que no passado dia 7 de Abril, a Direcção Geral da Cultura deu parecer favorável a obras de conservação, restauro e adaptação, as quais deverão ter início em Julho ou Agosto próximo.
História recente do Palácio
Desde que foi erigido e até aos dias de hoje, o Palácio Tocha conheceu diversos proprietários, um dos quais a família Sepúlveda da Fonseca, que visando efectuar partilhas, decide vender o imóvel. Para tal dá preferência à Câmara Municipal de Estremoz, tendo o seu representante Dr. José Filipe Sepúlveda Rosado da Fonseca, contactado o Presidente da Câmara, Luís Mourinha. O Município revela-se interessado na aquisição, mas propõe o pagamento faseado em tal número de parcelas, que aquela família não pode aceitar. O edifício é então vendido no ano de 2000, à Imobiliária Magnólia da Madeira, Lda. A 4 de Junho desse mesmo ano, a CME entrega nas instâncias competentes uma proposta visando a classificação do imóvel como monumento de interesse público.
Em 2008, a Imobiliária Magnólia da Madeira, Lda., faz uma permuta de edifícios com a Associação de Colecções, de cujo Conselho de Administração é Presidente, o Comendador José Manuel Rodrigues Berardo (Joe Berardo). Na prática o proprietário do Palácio Tocha passa a ser o conhecido empresário e coleccionador de Arte, Joe Berardo.
Na sequência da proposta da Câmara, o Palácio Tocha veio a ser classificado como monumento de interesse público, através da Portaria 40/2014 do Secretário de Estado da Cultura, publicada no Diário da Republica - 2.ª Série, Nº 14, de 21-01-2014. O diploma define ainda a zona especial de protecção do monumento.
Face àquela classificação, pessoalmente chocado pelo estado de degradação do edifício e a necessidade urgente de promover o seu restauro e conservação, redigi 3 artigos sob a epígrafe PALÁCIO TOCHA - QUEM LHE ACODE?, publicados no  jornal Brados do Alentejo, a 10  de Julho, 11 de Setembro e 2 de Outubro de 2014. Nesses artigos e conhecedor da legislação em vigor relativa a Defesa do Património, chamei a atenção para as responsabilidades que face a ela, tanto têm o proprietário como a administração pública, responsabilidades que a partir do momento da classificação se impunha que fossem assumidas. É que o edifício é uma jóia arquitectónica da cidade e um tesouro em património azulejar, no qual ressalta o envolvimento de Estremoz e do seu termo, na luta pela independência nacional contra o jugo filipino. São páginas de História Regional e Nacional que estão ali contadas.
Na sua edição de 11 de Setembro de 2014, o jornal Brados do Alentejo, inquiriu sobre a situação do Palácio Tocha, o Presidente do Município, Luís Mourinha. Este declarou que está “preocupado com a situação” e acrescentou ter sido “recentemente contactado verbalmente pelos interessados no sentido de o imóvel ser adaptado a hotel, situação a que a Câmara não se opõe”.
Alguns comentários
Que me sejam permitidos alguns comentários finais:
- Como o edifício ainda se encontra registado em nome da Associação de Colecções, tudo leva a crer que venha a ser registado em nome da Fundação Berardo, o que não deverá constituir problema;
- O projecto de classificação do edifício apresentado oportunamente pela Câmara Municipal de Estremoz, teve que aguardar 14 anos até ser aprovado nas instâncias competentes;
- O tempo não se compadeceu, pelo que o edifício e respectiva zona de protecção se foram degradando duma forma acelerada;
- A meu ver é mais adequada a utilização do imóvel como museu privado, que aquela que teria como hotel, já que assim é mais fácil ao proprietário assegurar o regime legal instituído sobre acesso e visita pública.



Palácio Tocha no início do séc. XX


RECHEIO AZULEJAR DO PALÁCIO TOCHA









































sábado, 22 de novembro de 2014

O Adamastor


 O ADAMASTOR - Painel de azulejos do pintor, ceramista, ilustrador e caricaturista Jorge
 Colaço (1868-1942),  no Centro Cultural Rodrigues de Faria, Forjães (Esposende) e
executados  na Fábrica de Cerâmica Lusitânia, em Lisboa, entre 15 de Junho e 30 de
 Setembro de 1933.


A 22 de Novembro de 1497, Vasco da Gama na procura de um caminho marítimo para a Índia, dobra o Cabo da Boa Esperança que marca a transição do Atlântico para o Índico e cuja dificuldade em ser contornado, alimentou a lenda do gigante Adamastor, cantada por Luís de Camões (c. 1524-1580) no Canto V, estrofe 39, de “Os Lusiadas” (1572): 

Não acabava, quando uma figura
 se nos mostra no ar, robusta e válida,
de disforme e grandíssima estatura;
o rosto carregado, a barba esquálida,
os olhos encovados, e a postura
medonha e má e a cor terrena e pálida;
cheios de terra e crespos os cabelos, 
a boca negra, os dentes amarelos. 

A mesma lenda é tema do poema “O MOSTRENGO”, inserido no livro “Mensagem” (1934), de Fernando Pessoa (1888-1935):

O MOSTRENGO

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou trez vezes,
Voou trez vezes a chiar,
E disse, «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»/
E o homem do leme disse, tremendo,
«El-Rei D. João Segundo!»

«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou trez vezes,
Trez vezes rodou immudo e grosso,
«Quem vem poder o que só eu posso,
que moro onde nunca ninguem me visse
e escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse,
El-Rei D. João Segundo!»

Trez vezes do leme as mãos ergueu,
Trez vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer trez vezes,
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quere o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!». 

Publicado pela 1ª vez em 22 de Novembro de 2014

O ADAMASTOR - Painel de Jorge Colaço (1868-1942), no Palácio Hotel do Buçaco, Mealhada.