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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Deus na boca do Povo


Fig. 1 – Matança do porco. José Moreira (1926-1991).

É arreigada a crença popular em Deus. Atesta-o a multiplicidade e a diversidade das manifestações de literatura de tradição oral: Adivinhas, Lengalengas, Mitologia Popular, Provérbios, Gíria Popular, Alcunhas Alentejanas e Cancioneiro Popular. Todavia, o Deus patente nas convicções populares não será provavelmente o mesmo Deus que é ensinado na Catequese ou pregado e venerado nas Igrejas. Será talvez um outro Deus que à escala humana tem dimensão divina, já que na concepção popular criou o Mundo e tudo o que nele nasce, cresce, se multiplica e morre. Para além disso, o convencimento de que é Ele que assegura o funcionamento ou não de tudo o que existiu, existe e poderá vir a existir. O Povo tem necessidade desse Deus para justificar tudo aquilo que não consegue explicar de outra forma. Trata-se de crenças que lhe brotam à flor do pensamento no decurso do trabalho (Fig. 1), às refeições (Fig. 2) ou no folguedo (Fig. 3). Vou passar algumas delas em revista.      
Adivinhas
Tenho conhecimento destas três: - "Alto está, / Alto mora; / Ninguém o vê, / Todos o adoram." (Deus). - Em que se parece Deus com o Sol? (Em ser só um e ninguém poder passar sem ele). - Qual é a coisa mais antiga? (Deus, porque existe antes do tempo).
Lengalengas
Apenas conheço a lengalenga dos dedos. Começa assim: “Dedo mindinho / Seu vizinho / Pai de todos / Fura bolos / E mata pulgas e piolhos.” E logo conclui: “Este diz: quero pão / Este diz: que não há / Este diz: que Deus o dará / Este diz: que furtará / Este diz: alto lá!”
Mitologia Popular
Existem algumas superstições populares ligadas ao conceito popular de Deus: - Quando o céu é atravessado por uma estrela cadente, deve dizer-se: - “Deus te guie!” – “Deus te guie!”, para que não aconteça mal. - Quando aparece o arco-íris, é sinal que Deus está bem connosco. Enquanto ele aparecer, o mundo não se acaba. - Quando uma pessoa está doente, e se desconfia que foi mal que lhe fizeram, deve dizer-se: “Fulano, (nome da pessoa) / Deus te cheirou, / Deus te criou, / Deus te tire o mal, / Que nesse corpo entrou.” - É bom manter relações com os defuntos, para eles intercederem por nós junto de Deus. Para tal, deve-se pregar um alfinete na roupa do defunto ou atirar-lhe uma mão cheia de terra para cima da cova. - Quando se fala de alguma pessoa morta deve dizer-se: - “Deus te chame lá, que ninguém te chama cá”. - Se se encontrar um corcunda pela manhã em jejum, deve dizer-se três vezes: - “Benza-te Deus, dinheiro fresco nos mande Deus”, porque se recebe dinheiro em breve.
Provérbios
É vasto o número de provérbios referentes a Deus. Uns são diferentes, outros são variantes do mesmo.
Desse amplo número, seleccionei alguns que agrupei por tópicos: - CRIAÇÕES DE DEUS: Com água e com sol, Deus é criador. De nada fez Deus o Mundo. Deus criou o Homem e o português o mestiço. Deus fez as almas aos pares. Deus fez o campo; o Homem a cidade. - PRESENÇA DE DEUS: Cada um em sua casa e Deus na de todos. Deus visita-nos sem bater à porta. - SABEDORIA DE DEUS: A Deus ninguém engana. Deus é quem sabe. Deus escreve por linhas tortas. Deus não dorme. Só Deus sabe o que está para vir. - PODER DE DEUS: A Deus nada é impossível. A Deus poderás mentir, mas não enganar. Deus cura os doentes e o médico recebe o dinheiro. Guerra começada, só Deus sabe quando acaba. O futuro a Deus pertence. Os homens fazem o almanaque e Deus manda o tempo. Quando Deus quer, água fria é remédio. Quando Deus quer, até o vento junta as folhas. Quando Deus quer, os santos ajudam. Sorte, só Deus pode dispor. - JUSTIÇA DE DEUS: A justiça de Deus é infalível. A justiça de Deus tarda mas não falta. Deus é o mesmo para todos. Não fez Deus a quem desamparasse. - AMOR DE DEUS: A quem Deus quer dar vida, a água da fonte é mezinha. A quem Deus quer, até o vento apanha a lenha. Não há melhor amigo que Deus e o dinheiro na algibeira. - BONDADE DE DEUS: Bom é Deus e está fechado no sacrário. De Deus vem o bem e das abelhas o mel. Deus dá a roupa conforme o frio. Deus dá o mal e a mezinha. - AJUDA DE DEUS: A casa é Deus quem a guarda. Cada um trata de si e Deus de todos. Deus ajuda a quem trabalha, que é o capital que menos falha. Deus nos livre de inimizades de amigos. Do falso amigo me guarde Deus. Faz tu e Deus te ajudará. Nem sempre Deus ajuda a quem muito madruga. - DÁDIVAS DE DEUS: Dá Deus asas a quem sabe voar. Dá Deus botas a quem já tem sapatos. Dá deus espeto a quem não tem toucinho. Dá Deus nozes a quem não tem dentes. Deus dá a barba a uns e a vergonha a outros. Deus dá a canga conforme o pescoço. Deus dá as nozes mas não as parte. Deus dá couves a quem não tem toucinho. Deus dá o pão mas não amassa a farinha. Deus o dá, Deus o tira. Quando Deus dá é para todos. Quando Deus manda chuva é para todos nós nos molharmos. - ESPERANÇA EM DEUS: Deus nunca falta aos seus. Deus tarda mas não falta. Para amanhã, Deus dará. Quando Deus tarda é porque vem no caminho. - DEUS E O DIABO: A quem Deus não dá filhos, o diabo dá sobrinhos. Com Deus no rosto e o diabo no coração. Deus criou a uva e o diabo fez o vinho. Deus dá farinha, o diabo furta o saco. Deus os fez e o diabo os juntou.
Gíria Popular
É extenso o número de expressões idiomáticas que substituem os termos usados tradicionalmente. Dentre elas, escolhi as seguintes: - DEUS LHE FALE NA ALMA: Deus o tenha em descanso; - DEUS LHE PONHA A VIRTUDE: Deus o abençoe; - DEUS OS FEZ, DEUS OS JUNTOU: diz-se de um casal que se dá muito bem; - DEUS QUEIRA QUE O BURRO VÁ À FEIRA: Deus queira que as coisas corram bem; - DEUS QUEIRA: oxalá assim seja; - DEUS SEJA LOUVADO: louvor que se ergue a Deus; - DEUS TE DÊ O QUE TE FALTA: diz-se a alguém pouco ajuizado; - DEUS TE LIVRE: exclamação para manifestar o desejo de que alguém não corra perigo; - DORMIR EM DEUS: estar morto; - ESTAR BEM COM DEUS E O DIABO: concordar com campos opostos; - ESTAR COM A VIDA QUE PEDIU A DEUS: viver segundo a sua vontade. - GRAÇAS A DEUS: felizmente; - HOMEM (MULHER) DE DEUS: pessoa piedosa; - IR COM DEUS: retirar-se em paz; - LOUVADO SEJA DEUS: exclamação de regozijo ou gratidão por um acontecimento feliz; - NEM À MÃO DE DEUS PADRE: de modo nenhum; - OH HOMEM (MULHER) DE DEUS: exclamação de espanto perante um acto que não se esperava de alguém; - PÃO POR DEUS: esmola tradicional do Dia de Todos os Santos; - QUANDO DEUS É SERVIDO: ocasionalmente; - QUE DEUS HAJA: diz-se de pessoa falecida; - QUE DEUS NOS ACUDA: exclamação para invocar a intervenção divina; - QUEIRA DEUS: oxalá; - QUERER DEUS PARA SI E O DIABO PARA OS OUTROS: ser egoísta; - ROUPA DE VER A DEUS: a melhor roupa que se tem; - SABE DEUS: exclamação proferida perante factos inexplicáveis; - SE DEUS O(A) DÁ: em abundância; - SE DEUS QUISER: dependendo do poder divino; - SER UM DEUS NOS ACUDA: ser uma grande confusão; - TAMBÉM SER FILHO DE DEUS: ter direito a ser tratado como os demais; - TEMENTE A DEUS: pessoa devota; - TENTAR A DEUS: desafiar a cólera divina; - VIVER COMO DEUS É SERVIDO: sofrer privações com resignação; - VIVER DA GRAÇA DE DEUS: viver da caridade.
Alcunhas Alentejanas
O conceito de Deus está igualmente representado no âmbito das alcunhas alentejanas, ainda que a sua presença seja diminuta, já que apenas são conhecidas as seguintes alcunhas: - DEUS ME LIVRE: Alcunha outorgada a indivíduo que usa frequentemente esta expressão (Estremoz). - DEUS NÃO DORME: Designação dada a idoso internado num lar, o qual quando estava aborrecido, usava aquela expressão, ao mesmo tempo que batia com a bengala no chão (Vendas Novas). - DEUS NOSSO SENHOR: O visado é muito religioso (Alandroal). Epíteto atribuído a um sujeito que está em todo o lado (Arraiolos). - LOUVA-A-DEUS: Epíteto conferido a indivíduo que tem por hábito, pôr as mãos de um modo semelhante às patas de um louva-a-deus (Ferreira do Alentejo). - VALHA-ME DEUS: Denominação atribuída a membros de um conjunto restrito de indivíduos, que no tratamento entre si, escolheram esta forma de tratamento (Estremoz).
Cancioneiro Popular
O Cancioneiro Popular de Deus é tematicamente diversificado e por vezes jocoso. Seleccionei algumas quadras que confirmam esta afirmação: - CRIAÇÃO DE ADÃO: “Quando Deus formou Adão / De um bocado de barro, / Nem as terras davam pão, / Nem o mar era sagrado.” - DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA: “Bem pudera Deus dar pão, / Na terra sem ser lavrada; / Bem poderá, ainda o digo, / Dar muito a quem não tem nada.” - DECLARAÇÃO DE AMOR: “Impossível, sem ser Deus, / Haver quem de ti me aparte; / Eu não quero nada do mundo, / Só vivo para adorar-te.” - AMOR NÃO CORRESPONDIDO: “Amor com amor se paga, / Porque não pagas amor, / Olha que Deus não perdoa / A quem é mau pagador.” - PEDIDO DE SAÚDE: “O mar pediu a Deus peixes / Para dar ao pescador/ E eu peço a Deus saúde / Para dar ao meu amor.” - PRAGUEJAR POR DESPEITO: “No meio da rua d’reita / Nasceram dois acyprestes: / Lá darás contas a Deus / Da paga que tu me deste.” - PROTECÇÃO DIVINA: “Dizia meu avô torto / Que ao menino e ao borracho, / Não acontecia p’rigo, / Põe-lhes Deus a mão por baixo.”
Conclusão
O presente epítome constitui um ensaio de abordagem ao tema “Deus na boca do Povo”. Visando adequar a dimensão do texto, tive que fazer opções, pelo que é natural que o mesmo seja omisso relativamente a alguns especimenes de literatura de tradição oral. Tal facto não me preocupa sobremaneira, visto que no essencial divulgo aqui a visão possível de “Deus na boca do Povo”, que pode ser compartilhada por todos. Sobre a verosimilhança de tal visão, sou tentado a citar a máxima latina: “Vox populi, vox Dei” (A voz do povo é a voz de Deus).
Estremoz, 7 de Novembro de 2019
(Jornal E nº 234, de 28-11-2019)

Fig. 2 – Cozinha dos ganhões. José Moreira (1926-1991).

Fig. 3 – Bailadeira grande. José Moreira (1926-1991).

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

XVIII Exposição de Presépios de Artesãos de Estremoz

 

Jorge da Conceição


Transcrito com a devida vénia do
em 4 de Dezembro de 2024.

A Galeria Municipal D. Dinis recebe a XVIII Exposição de Presépios de Artesãos de Estremoz, uma referência no Alentejo.

Esta mostra conta com mais de 30 Presépios, produzidos com diversos materiais, dos artesãos: Afonso Ginja, Ana Catarina Grilo, Ana Godinho, António Moreira, Carlos Alberto Alves, Carlos Pereira, Conceição Perdigão, Fátima Lopes, Francisca Carreiras, Henrique Painho, Inocência Lopes, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge Carrapiço, Jorge da Conceição, José Vinagre, Luís Parente, Luísa Batalha, Madalena Bilro, Maria José Camões, Pedro Vinagre, Perfeito Neves, Ricardo Fonseca, Sara Sapateiro, Sandra Cavaco, Sofia Luna, e Vera Magalhães.

A exposição poderá ser visitada até dia 6 de janeiro de 2025, com entrada gratuita, numa organização da Câmara Municipal de Estremoz.

Hernâni Matos

Luísa Batalha

Ana Catarina Grilo

Luís Parente

Sandra Cavaco

Jorge Carrapiço

Ana Godinho

Afonso Ginja

Madalena Bilro

Madalena Bilro

Ricardo Fonseca

Irmãs Flores

Sofia Luna

Maria Isabel Pires

ara Sapateiro

Inocência Lopes

Vera Magalhães

Carlos Alves



MAIS FOTOGRAFIAS AQUI



sexta-feira, 28 de junho de 2024

Adagiário dos Santos Populares Portugueses

 



As actividades agro-pastoris e pescatórias estão associadas ou são balizadas por determinadas datas, tanto do calendário juliano como do calendário hagiológico. Daí não ser de estranhar que os nomes dos Santos Populares integrem o adagiário português.

Santo António (13 de Junho)
- Dia de Santo António vêm dormir as castanhas ao castanheiro.
- Não peças água a Luzia e a Simão, nem sol a António e a João, que eles tudo isso te darão.

São João (24 de Junho)
- A chuva de S. João, bebe o vinho e come o pão.
- A chuva de S. João, tolhe o vinho e não dá pão.
- Água de S. João, tira o vinho e não dá pão.
- Ande o Verão por onde andar, pelo S. João cá vem parar.
- Até S. Pedro, o vinho tem medo.
- Cavas em Março e arrenda pelo São João, todos o sabem, mas poucos o dão.
- Chuva de S. João, acaba com o vinho e não ajuda o pão.
- Chuva de S. João, talha vinho e não dá pão.
- Chuva pelo S. João, bebe o vinho e come o pão.
- Chuvinha de S. João, cada pinga vale um tostão.
- Do Natal a São João, seis meses são.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril, uma camba que ficou, ainda em Maio a queimou e guardou o seu melhor tição para o mês de São João.
- Em dia de São Pedro, vê o teu olivedo e se vires um bago espera por um cento.
- Galinhas de S. João, pelo Natal poedeiras são.
- Galinhas de São João, pelo Natal ovos dão.
- Guarda pão para Maio, lenha para Abril e o melhor tição para o S. João.
- Lavra pelo S. João e terás palha e pão.
- Lavra pelo S. João se queres ter pão.
- Lavra pelo São João se queres ter palha e pão.
- Maio louro, mas nem muito louro e São João claro como olho-de-gato.
- Março amoroso, Abril chuvoso, Maio ventoso, São João calmoso, fazem o ano formoso.
- Março chuvoso, S. João farinhoso.
- Março duvidoso, S. João farinhoso.
- Março molinhoso, S. João farinhoso.
- Não peças água a Luzia e a Simão, nem sol a António e a João, que eles tudo isso te darão.
- Ouriços do S. João, são do tamanho de um botão.
- Pelo S. João, a sardinha pinga no pão.
- Pelo S. João, ceifa o teu pão.
- Pelo S. João, deve o milho cobrir o cão.
- Pelo S. João, figo na mão, pelo S. Pedro, figo preto.
- Pelo S. João, lavra e terás palha e pão.
- Pelo S. João, perdigoto na mão.
- Pelo S. João, semeia o teu feijão.
- Pelo São João, foice na mão.
- Pintos de S. João, pela Páscoa ovos dão.
- Porco, no São João, meão; se meão se achar, podes continuar; se mais de meão, acanha a ração.
- Quando Jesus se encontra com João, até as pedras dão pão.
- Quando o vento ronda o mar na noite de S. João, não há Verão.
- Quem quiser bom melão, semeia-o na manhã de São João.
- S. João e S. Miguel passados, tanto manda o amo como o criado.
- Sardinha de S. João, já pinga no pão.
- Se bem me quer João, suas obras o dirão.
- Se queres ter pão, lavra pelo São João.
-Tem o porco meão pelo S. João.

São Pedro (29 de Junho)
- Até São Pedro, há o vinho medo.
- Dia de São Pedro, tapa o rego.
- Dia de São Pedro, vê o teu olivedo; e, se vires um grão, espera por cento.
- Nevoeiro de São Pedro põe em Julho o vinho a medo.
- Pelo São Pedro vai ao arvoredo; se vires uma, conta um cento.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Nossa Senhora no Azulejo Português


Nossa Senhora do Rosário (1640).
Painel de 7 x 5 azulejos (14 x 14 cm).
Arquidiocese de Évora.

Segundo os Evangelhos, Maria, vulgarmente conhecida por “Nossa Senhora” é mãe de Jesus a quem deu à luz em Belém e que foi adorado numa manjedoura como filho de Deus, não só por pastores como por reis magos (Lucas 2:1-20).
De acordo com a religião católica, a Maria estão associados quatro dogmas de fé: “Virgindade Perpétua”, “Maternidade Divina”, “Imaculada Conceição” e “Assunção aos Céus”.
A intensa devoção dos católicos por Maria, levou-os a atribuir-lhe inúmeros títulos devocionais, dentre os quais: Nossa Senhora…
...Aparecida, Aquiropita, Auxiliadora, da Abadia, da Ajuda, da Anunciação, da Anunciada, da Apresentação de Natal, da Apresentação, da Arábia, da Arrábida, da Ascensão, da Assunção, da Boa Fé, da Boa Hora, da Boa Morte, da Boa Nova, da Boa Viagem, da Bonança, da Cabeça, da Candelária, da Carpição, da China, da Conceição, da Consolação, da Consolação e Correia, da Defesa, da Divina Providência, da Encarnação, da Escada, da Esperança, da Estrela, da Evangelização, da Expectação, da Fé, da Glória, da Graça, da Guia, da Hora,  da Imaculada Conceição, da Lactação, da Lampadosa, da Lapa, da Luz, da Misericórdia, da Natividade, da Nazaré, da Oliveira, da Orada, da Ortiga, da Paz, da Piedade, da Praia, da Pena, da Penha de França, da Penha, da Piedade, da Ponte, da Porta, da Praia, da Pureza, da Purificação, da Saudade, da Saúde, da Serra, da Soledade, da Tourega, da Vila, da Visitação, da Vitória, das Alfândegas, das Angústias, das Brotas, das Candeias, das Dores, das Estrelas, das Graças, das Lágrimas, das Maravilhas, das Mercês, das Misericórdias, das Necessidades, das Neves, das Sete Dores, das Virtudes, das Vitórias, de Aires, de Belém, de Campanhã, de Caravaggio, de Ceuta, de Copacabana, de Fátima, de Guadalupe, de La Salette, de Lourdes, de Lujan, de Machede, de Medugorje, de Monserrate, de Muquém, de Nazaré, de Pompeia, de Todas as Nações, de Vagos, de Vandoma, Desatadora de Nós, Divina Pastora, do Alívio, do Almortão, do Amor Divino, do Amparo, do Bastão, do Bispo, do Bom Conselho, do Bom Despacho, do Bom Parto, do Bom Socorro, do Bom Sucesso, do Brasil, do Cabo da Boa Esperança, do Cabo, do Carmo, do Desterro, do Leite, do Líbano, do Livramento, do Loreto, do Mato, do Mel, do Mileu, do Monte Carmelo, do Monte do Carmo, do Monte, do Novo Advento, do Ó, do Palmar, do Parto, do Patrocínio, do Perpétuo Socorro, do Pilar, do Pópulo, do Porto, do Povo, do Presépio, do Rocio, do Rosário de Fátima, do Rosário, do Sagrado Coração, do Sião, do Sinal, do Sobreiro, do Socorro Imediato, do Sorriso, do Terço, do Vencimento, dos Anjos, dos Desamparados, dos Mares, dos Mártires, dos Milagres, dos Navegantes, dos Prazeres, dos Remédios, Madre de Deus, Mãe da Igreja, Mãe de Deus, Mãe dos Homens, Medianeira, Menina, Peregrina, Porta do Céu, Protectora dos Fiéis, Rainha do Céu, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Homens.
A todos esses títulos correspondem imagens, muitas das quais estão representadas na azulejaria portuguesa, facto de que aqui damos conta, ainda que duma forma não exaustiva.

Publicado pela 1ª vez em 9 de Maio de 2012

Nossa Senhora da Conceição (1650 - 1675).
Painel de azulejos (86,6 x 87,7 cm).
Fabrico de Lisboa. Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Nossa Senhora com o Menino.(1º terço do século XVII).
 Olaria de Lisboa.
 Arquidiocese de Évora. 

Nossa Senhora da Conceição com os símbolos Marianos
(meados do século XVII).
Painel de azulejos, fabrico de Lisboa.
 Arquidiocese de Évora. 

Nossa Senhora da Piedade (séc XVII).
Painel de azulejos na Ermida de Nossa Senhora da Piedade,
 Ilha de Santa Maria, Açores.

Nossa Senhora do Mato (Séc. XVII).
Frontal de Altar. Capela de Nossa Senhora do Mato,
freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes.
 
Nossa Senhora da Misericórdia (1712).
Painel de azulejos de António de Oliveira Bernardes,
pintor e azulejista português dos séculos XVII e XVIII.
Antiga Igreja da Misericórdia de Estremoz.

Presépio e Adoração dos Reis Magos (Meados do séc. XVIII).
Painel de azulejos de composição figurativa (174 cm x 280 cm).
Arquidiocese de Évora.

Nossa Senhora da Natividade (2º quartel do Século XVIII).
Painel de azulejos (72 x 43 cm).
Colecção Berardo.

Nossa Senhora da Conceição e as Almas do Purgatório (1750).
Painel de azulejos (224 x 83 cm).
 Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Nossa Senhora do Rosário (1751).
Painel de azulejos (156 x 58 cm).
 Fabrico de Coimbra.
Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra.

São Marçal, Nossa Senhora da Conceição e São Francisco de Borja (1758).
Painel de azulejos (300 x 154 cm). Fabrico de Lisboa.
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Nossa Senhora do Carmo (1770-1780).
Painel de azulejos (195 x 91 cm). Fabrico de Coimbra.
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Nossa Senhora das Almas (1772).
Painel de azulejos (122 x 84 cm). Oficina de Manuel da Costa Brioso.
 Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra.

Nossa Senhora das Dores, Santa Rita e Santo António
com o Menino  (c. 1775-1780).
Painel de azulejos (7 x 6 - incompleto).
Autoria de Francisco Jorge da Costa. Fabrico de Lisboa. 
 Proveniente da Rua Bica do Marquês, 19, Lisboa. 
 Museu da Cidade, Lisboa.

Nossa Senhora da Penha de França (Último quartel do Século XVIII).
Painel de azulejos (155 x 54 cm).
Colecção Berardo.

Nossa Senhora do Carmo (Último quartel do Século XVIII).
Painel de azulejos (124 x 111,5 cm).
Colecção Berardo.

Nossa Senhora da Ascensão (Século XVIII).
 Painel de azulejos (128 x 57 cm).
Colecção Berardo.

 Nossa Senhora entrega o Rosário a São Domingos
(séc. XVIII).
 Painel de azulejos da Sé de Aveiro.

Nossa Senhora da Conceição, São Marçal, Santo António
e São Pedro de Alcântara (1790).
Painel de azulejos da Travessa da Queimada, 11 – Lisboa .

Nossa Senhora da Conceição, Santo António e São Marçal 
(c. 1775-1790). 
 Painel de azulejos (99 x 269 cm).
Fabrico de Lisboa.  Colecção Solar, Lisboa. 
Nossa Senhora da Conceição, Santo António
e São Marçal (c. 1775-1790). 
 Painel de azulejos (99 x 269 cm).
 Fabrico de Lisboa.  Colecção Solar, Lisboa.

Nossa Senhora da Conceição, São Marçal,
Santo António de Lisboa e São Pedro de Alcântara (1790).
Painel de azulejos (68 x 135 cm).
 Real Fábrica de Louça, ao Rato, Lisboa.
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.


Nossa Senhora jogando às cartas com o Menino Jesus (séc. XVIII).
Painel de azulejos na nave da Sé Catedral de Beja.

Nossa Senhora da Conceição (1800).
Painel de azulejos (42 x 42 cm). Fabrico de Lisboa.
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Nossa Senhora das Sete Dores, São Marçal,
Santo António com o Menino e Almas do Purgatório (1800).
 Painel de azulejos (126 x 98 cm). Real Fábrica de Louça, ao Rato, Lisboa.
 Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Cristo crucificado, Nossa Senhora da Penha de França e São Marçal (1800 – 1810).
Painel de azulejos (148 x 72 cm). Real Fábrica de Louça, ao Rato, Lisboa.
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Nossa Senhora da Conceição e Santo António (1821). 
 Painel de azulejos da Rua da Palmeira, Mercês.

Nossa Senhora da Boa Viagem (1º quartel do Século XIX).
 Painel de azulejos (70 x 28 cm).
 Colecção Berardo.

Nossa Senhora com o Menino (1º quartel do Século XIX).
Painel de azulejos (71 x 46 cm).
Colecção Berardo.

Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Ascensão (1º quartel do Século XIX).
Painel de azulejos (92 x 56 cm).
Colecção Berardo.

Senhor dos Passos, Nossa Senhora da Nazaré (1º quartel do Século XIX).
Painel de azulejos (126 x 98 cm).
 Colecção Berardo.

Nossa Senhora, Protectora dos Fiéis (2º quartel do Século XIX).
Painel de azulejos (229,5 x 249 cm). 
Colecção Berardo.

Nossa Senhora do Almurtão (?).
Painel de azulejos na fachada de um edificio
 de Idanha-a-Nova.

Procissão de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego (1903).
Painel de azulejos do pintor, ceramista, ilustrador e caricaturista Jorge Colaço (1864-1942).
Estação da C.P. de S. Bento, Porto.

Nossa Senhora da Estrela (1938).
Painel de azulejos do pintor, ceramista, ilustrador e caricaturista Jorge Colaço (1864-1942).
Fabrico de Lisboa. Escadaria frontal da Igreja Matriz de Parada de Gonta, Tondela.