segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Todo o mundo é composto de mudança
sábado, 16 de agosto de 2025
Quando as bilhas de Estremoz se passeavam por Sintra e frequentavam as praias da região
quinta-feira, 31 de julho de 2025
Bonecos de Estremoz nos contentores do lixo? Não, obrigado!
Desenterrando uma velha crónica (1)
segunda-feira, 28 de julho de 2025
Atrás da Primavera, outras Primaveras hão de vir
quarta-feira, 23 de julho de 2025
Assobios de Jorge da Conceição
terça-feira, 22 de julho de 2025
No tempo em que não havia “Barbies”
(Colecção Hernâni Matos)
Com uma tal manufactura, a mulher
da Família (mãe, avó, tia ou irmã) dava à criança a quem a boneca era
destinada, três grandes lições:
- A primeira era uma lição de
economia circular, já que havia o reaproveitamento de tecidos que havia sido
abatidos ao serviço, mas que assim continuavam a ter préstimo. A criança ficava
assim a perceber a importância do combate ao desperdício;
- A segunda era uma lição de
amor, dada pela mulher da Família à criança que a recebia, o que contribuía para
o reforço dos laços inter-geracionais;
- A terceira lição era uma lição
de pedagogia. já que a dádiva constituía um incentivo ao brincar, actividade
insubstituível na formação e socialização da criança.
Nem sempre o passado foi melhor
que o presente, mas em muitos casos foi e há contextos que podem ser apontados
como exemplos a seguir. É o caso das “bonecas de trapo”, aqui apresentado como
paradigma.
domingo, 20 de julho de 2025
Primaveras só com flores
domingo, 29 de junho de 2025
Jorge da Conceição e o Porteiro do Céu
quarta-feira, 11 de junho de 2025
Eu e Santo António de Lisboa
- Santo António na barrística popular estremocense (13-06-2011)
- Santo António no Azulejo Português (14-06-2012)
- Santo António na tradição popular estremocense (26-06-2912)
- Joana Oliveira, uma barrista que se afirma (30-05-2020)
- Auto do desconfinamento de Santo António (13-06-2020)
- Inocência Lopes e o infortúnio de Santo António (29-06-2020)
- Um gancho de meia antonino (21-11-2020)
- Santo António no púlpito (11-12-2020)
domingo, 8 de junho de 2025
Louça de Redondo no Mercado das Velharias em Estremoz
1. Barranhão de grandes dimensões decorado com base na tradicional tricromia verde-amarelo-ocre castanho, característica da louça vidrada de Redondo. Bordo beliscado e esponjado de verde. Fundo com decoração mista, fitomórfica e zoomórfica, na qual um arbusto florido serve de poiso a um bando de passarinhos, que também esvoaçam em torno dele, já com o bico carregado,. numa clara alegoria à Primavera.
O traço do esgrafitado é fino, firme e seguro, configurando o desenho ter saído das mãos de grande artista.
Autoria e datação por
determinar,
2. Prato de louça de barro vermelho de Redondo, pintado e não vidrado por Francisco Cardadeiro (Chico Galinho). A pintura cinge-se à parte frontal do prato, o fundo é negro e a decoração policromática e fitomórfica reproduz os habituais elementos decorativos da mobília tradicional alentejana. No bordo do prato existe simetria alternada dos elementos decorativos usados do prato. No fundo, existe simetria axial em relação ao eixo central.
Datação por determinar.
quinta-feira, 5 de junho de 2025
Carlos Alberto Alves e a Música Popular Alentejana
Pintura de Cristina Malaquias.
Colecção Hernãni Matos
Em comunicação datada de 1998 (*), demonstrei que pela sua paisagem própria, pelo carácter do povo alentejano, pelo trajo popular, pela gastronomia, pela arte popular, pelo cancioneiro popular, pelo cante, pela música popular, pela casa tradicional, o Alentejo é uma região com uma identidade cultural própria.
No caso muito particular da
música popular alentejana, também os executantes e os instrumentos musicais
populares alentejanos, são parte integrante da identidade cultural alentejana,
a qual urge preservar e valorizar enquanto memória do povo.
Etno-musicólogos como Michel
Giacometti e Fernando Lopes Graça calcorrearam os campos do Alentejo nos anos
60 do século passado e efectuaram o registo etno-musical da região.
Conhecedor deste registo e
daqueles que nele participaram, entre eles o seu tio Aníbal Falcato Alves, o
barrista Carlos Alberto Alves, no mais estrito respeito pela técnica de
produção e pela estética do Boneco de Estremoz, criou um conjunto de figuras
sob a epígrafe MÚSICA POPULAR ALENTEJANA, o qual incorpora os tocadores dos
seguintes instrumentos musicais populares alentejanos: adufe, bombo, cana
aberta, cântaro, ferrinhos, harmónio, reco-reco, ronca, tambor, tamboril,
trancanholas e viola campaniça. Com esta criação procura homenagear todos
aqueles que contribuíram para o registo etno-musical do Alentejo.
Felicito o barrista pela qualidade do seu trabalho e pela iniciativa de criar estas figuras, a qual além de louvável é simultaneamente uma forma de afirmação pessoal que constitui
mais um passo importante na consolidação da sua carreira como barrista.
Hernâni Matos
(*) - “A necessidade da criação da Região Administrativa
do Alentejo” no Encontro promovido pelo Movimento “Alentejo – Sim à
Regionalização por Portugal”. Estremoz, Junta de Freguesia de Santa Maria, 24
de Outubro de 1998.