sábado, 16 de agosto de 2025
Quando as bilhas de Estremoz se passeavam por Sintra e frequentavam as praias da região
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Poetas em defesa da olaria de Estremoz - 03
terça-feira, 12 de agosto de 2025
Poetas em defesa da olaria de Estremoz - 07
Pseudónimo literário de Maria Palmira Osório de Castro Sande Meneses e Vasconcellos
Alcaide, poetisa estremocense. OBRA POÉTICA: - Flor de Esteva (1948); - Solidão Maior
(1957); - Terra Ardente (1961); - Fronteira de Bruma (1997); - Poesia Inédita (A editar).
domingo, 8 de junho de 2025
Louça de Redondo no Mercado das Velharias em Estremoz
1. Barranhão de grandes dimensões decorado com base na tradicional tricromia verde-amarelo-ocre castanho, característica da louça vidrada de Redondo. Bordo beliscado e esponjado de verde. Fundo com decoração mista, fitomórfica e zoomórfica, na qual um arbusto florido serve de poiso a um bando de passarinhos, que também esvoaçam em torno dele, já com o bico carregado,. numa clara alegoria à Primavera.
O traço do esgrafitado é fino, firme e seguro, configurando o desenho ter saído das mãos de grande artista.
Autoria e datação por
determinar,
2. Prato de louça de barro vermelho de Redondo, pintado e não vidrado por Francisco Cardadeiro (Chico Galinho). A pintura cinge-se à parte frontal do prato, o fundo é negro e a decoração policromática e fitomórfica reproduz os habituais elementos decorativos da mobília tradicional alentejana. No bordo do prato existe simetria alternada dos elementos decorativos usados do prato. No fundo, existe simetria axial em relação ao eixo central.
Datação por determinar.
segunda-feira, 26 de maio de 2025
O Sporting na cerâmica de Redondo
Olaria desconhecida Último quartel do séc. XX.
quarta-feira, 21 de maio de 2025
Assobios de se lhes tirar o chapéu
Desde 2019 que venho acompanhando
o trabalho da barrista Inocência Lopes e a ele me tenho referido nos meus
escritos. Daí que possa afirmar que o mesmo se pauta por um estrito respeito pela
técnica de produção e pela estética do Boneco de Estremoz. É, de resto, um
trabalho revelador duma busca incessante de perfeição e de um caminho muito próprio.
A barrista, dotada de forte
personalidade artística, tem-se afirmado através de um estilo pessoal, caracterizado
por marcas identitárias diferenciadoras que a distinguem dos demais barristas.
A minha colecção integrava até
agora apenas três trabalhos seus, correspondentes a temas que me são gratos: “Ceifeira”,
“Primavera” e “Amor é cego”. A eles se
vieram juntar recentemente quatros assobios: “Pucarinho enfeitado”, “Candelabro
enfeitado”, “Terrina enfeitada” e “Arco enfeitado”, encomendados há um ano
atrás, no acto inaugural da sua exposição no Centro Interpretativo do Boneco de
Estremoz. Tal facto é revelador de que a barrista “não tem mãos a medir”, o que
muito me congratula, por confirmar o reconhecimento público do trabalho da
barrista.
Os assobios criados por Inocência
Lopes, constituem uma verdadeira mudança de paradigma. Na verdade, os assobios
de barro vermelho de Estremoz integravam até então na sua decoração uma figura
zoomórfica, antropomórfica ou mista. Com Inocência Lopes, os assobios passam
também a incorporar espécimes de olaria enfeitada como elementos decorativos.
Trata-se de uma inovação visualmente harmoniosa, que eu aplaudi e subscrevi,
assim que se tornou conhecida.
Com tais criações a barrística de
Estremoz ficou mais rica e a barrista prestou uma singela homenagem às
bonequeiras de setecentos que estiveram na criação das peças de olaria
enfeitada.
Bem-haja, Inocência Lopes.
Estamos todos de parabéns.
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Estremoz - Recolha e preparação do barro para a cerâmica
Nos dias 11 e 12 de Abril, o Museu Municipal Prof. Joaquim Vermelho, em Estremoz, receberá o workshop de Recolha e Preparação do Barro para a Cerâmica, iniciativa integrada no projeto 2LEGACY, financiado pelo laboratório associado IN2PAST.
O projecto 2LEGACY, liderado pelo laboratório HERCULES da Universidade de Évora, conta com a parceria do Lab2PT da Universidade do Minho, do CRIA da FCSH da Universidade NOVA de Lisboa e do VICARTE da Universidade NOVA de Lisboa, bem como com o envolvimento indispensável do Município de Estremoz e da ADOE. O projeto investiga a importância da argila local na cerâmica tradicional, analisando o seu papel no passado e a sua aplicação em práticas contemporâneas em Estremoz e Barcelos, contribuindo para a ligação entre investigação, património e inovação.
Com o apoio do Centro Ciência Viva de Estremoz (CCVE), este workshop oferece uma oportunidade única para aprofundar e documentar os processos de recolha e preparação da argila, essenciais para a preservação do saber-fazer tradicional e a valorização dos recursos locais. Ao destacar a riqueza da argila endógena e das técnicas cerâmica tradicionais, a iniciativa contribui para a dinamização do património cultural de Estremoz.
Dia 11 de abril, o público inscrito, deve reunir-se no CCVE, pelas 11:00 horas, para transporte para o local da cava do barro e, no dia seguinte, os trabalhos decorrerão no Museu Municipal a partir das 9:30 horas.
Inscrições, até dia 9 de abril em: https://forms.gle/x1QJY5bjE55KgSvL7
domingo, 23 de março de 2025
Púcaros de barro de Estremoz
LER AINDA
Tu és a minha companha,
eu tenho-te á cabeceira
ó pucarinho de barro,
enfeite da cantareira.
Amigo certo e sabido,
Meu bocadinho de barro,
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
O reencontro de dois caminhantes
É sabido que não há caminho,
como nos ensina o poeta sevilhano António Machado: “Caminhante, são teus
rastos / o caminho, e nada mais; /caminhante, não há caminho, / faz-se caminho
ao andar.” (…).
Cada um de nós segue o seu
próprio caminho, o que não impede que alguns caminhos se cruzem. Foi assim que
o meu caminho e o de Mestre Xico Tarefa se cruzaram em 1980 no Terreiro do Paço
Ducal de Vila Viçosa. Tal ocorreu no decurso do I Encontro de Olaria Regional
do Alto Alentejo, que ali teve lugar entre 4 e 15 de Junho desse ano.
Andámos ambos por ali e
integrávamos a Comissão Organizadora do Encontro. Eu em representação da Casa
da Cultura de Estremoz e ele em representação do Centro Cultural Popular Bento
de Jesus Caraça. As nossas preocupações de então centravam-se na necessidade de
salvaguarda da matriz identitária das olarias de cada Centro Oleiro do Alto
Alentejo e na tomada de medidas que impedissem a descontinuidade de produção
das olarias.
O Mestre Xico Tarefa era um
operacional no terreno, que não parava quieto, andava sempre para aqui e para
ali, a tratar de uma coisa ou outra. Entre as múltiplas tarefas de que foi
encarregue esteve a produção de um prato comemorativo do Encontro, a ser
oferecido aos participantes. Daí eu estar na posse de um exemplar que tive a
honra de receber na época, o qual está na génese da minha condição de
coleccionador de louça de barro vidrado de Redondo. O trabalho de roda é de
Mestre Xico Tarefa e a pintura e o esgrafitado são da autoria de Mestre Álvaro
Chalana (1916-1983).
Ao receber de bom grado o
prato comemorativo do Encontro, herdei uma pesada responsabilidade e brotou em
mim o fascínio pela cerâmica redondense, que nunca mais parou e cuja chama se
mantem bem viva. Aquele prato tem para mim especial significado. Foi o primeiro
exemplar da minha colecção de cerâmica redondense. Por mais raro e mais valioso
que seja outro espécime adquirido ou que venha a adquirir, aquele ocupará
sempre um lugar muito privilegiado no meu coração. É que foi o primeiro da
minha colecção, saído das mãos de Mestre Xico Tarefa e de Mestre Álvaro Chalana
e que ficou a selar o cruzamento do meu caminho com o primeiro destes mestres.
Decorridos
45 anos sobre o primeiro cruzamento dos nossos caminhos, voltámos a cruzar-nos.
Desta feita, o terreiro é outro. Trata-se da ADOE - Associação Dinamizadora da
Olaria de Estremoz. Ele como formador, na qualidade de Mestre Oleiro. Eu, como
consultor had hoc, na qualidade de coleccionador e investigador da
barrística popular de Estremoz.
De então
para cá, o Mestre Xico Tarefa tem desenvolvido uma carreira notável como Mestre
Oleiro e como formador das novas gerações, o que muito me regozija e enche de
orgulho como seu amigo e admirador em que entretanto me tornei.
A sua
obra fala por si e é um exemplo paradigmático para os mais novos. Encerra em si
própria, o respeito pela ancestralidade da olaria popular alentejana, temperado
pela criatividade inovadora que lhe brota da alma e que com fidelidade se
transmite às mãos mágicas que são as suas.
Obrigado
Mestre pela beleza criada para usufruto e deleite de espírito de todos aqueles
que apreciam o seu trabalho.
Bem-haja,
Mestre Xico!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
A recuperação da olaria tradicional de Estremoz está na ordem do dia
A recuperação da olaria tradicional de Estremoz está na ordem do dia
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
Inspiração maçónica em bilha de Estremoz
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Rua do Outeiro, berço de barristas