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sexta-feira, 13 de março de 2020

Vem aí a Primavera!


Primavera de arco (Alegoria à estação homónima).
Liberdade da Conceição (1913-1990).

A Primavera é a estação do ano que sucede ao Inverno e antecede o Verão.
No hemisfério norte a Primavera tem início no equinócio de Março (20 de Março) no qual o dia e a noite têm a mesma duração na linha do equador. A cada dia que passa, a duração do dia aumenta e da noite diminui, o que faz aumentar a insolação. A Primavera termina no solstício de Junho (20 de Junho). As datas referidas variam pouco de ano para ano.
A Primavera marca a renovação da natureza, sendo especialmente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres.
Como é natural, a primavera marca presença no adagiário português:
- Após a névoa opaca do Inverno, sempre vem o colorido vivo da Primavera
- Borboleta branca: Primavera franca.   
- Como vires a Primavera, assim pelo al espera.
- Dizem os antigos, gente rude e sincera: nunca passou por mau tempo a chuva da Primavera.
- Foi atravessando os rigores do Inverno que o tempo chegou à Primavera.
- Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera.
- Um cuco não trás a Primavera.
- Um dia de Outono vale por dois de Primavera.
- Uma andorinha não faz a Primavera.
- Uma andorinha só não faz a Primavera.
- Uma flor não faz Primavera.
- Uma palavra gentil é como um dia de Primavera.


Publicado a 13 de Março de 2020

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Efemérides de Julho (Nova versão)


31 de Julho
A 31 de Julho de 1750 morre D. João V (1689-1750), em cujo reinado uma
corrente de renovação assolou todo o país e manifestou-se nas mais diversas
produções artísticas: arquitectura, escultura, pintura, mobiliário, ourivesaria,
talha e azulejo. Estas foram incrementadas e personalizadas por uma extensa
plêiade de artistas portugueses e estrangeiros.
30 de Julho
A 30 de Julho de 1848 foi inaugurada a iluminação a gás, na Baixa de Lisboa,
a primeira em Portugal. Cópia da Planta da Praça do Comércio, demonstrando
a forma dos passeios e distribuição dos candelabros e liras para a iluminação
a gás na mesma praça, apresentado por sua majestade a Rainha. Documento
pertencente ao fundo “Júlio de Castilho”(1840-1919) do Arquivo Nacional
da Torre do Tombo.
29 de Julho
A 29 de Julho de 1803, no reinado de D. Maria I (1734-1816) foi criada a
Academia Real de Marinha e Comércio, na dependência da Companhia Geral da
Agricultura das Vinhas do Alto Douro com a finalidade principal de formar os seus
futuros quadros técnicos. Sediada no Porto, funcionou entre 1803 e 1837, sendo
então transformada na Academia Politécnica do Porto, que esteve na origem das
actuais Faculdades de Ciências e de Engenharia da Universidade do Porto. Sede da
Academia Real da Marinha no antigo Noviciado da Cotovia, onde também funcionava
o Real Colégio dos Nobres.

28 de Julho
 A 28 de Julho de 1446 são publicadas as Ordenações Afonsinas, colectâneas de
leis promulgadas durante o reinado de Dom Afonso V (1432-1481), distribuídas
por cinco livros e que visavam esclarecer a aplicação do direito canónico e
romano no Reino de Portugal. Nunca chegaram a ser impressas durante o período
em que vigoraram, apesar da imprensa de Johannes Gutenberg (1398-1468) já
star em uso na Alemanha desde 1439. A demora na produção de cópias
manuscritas parece ter sido um dos problemas para a sua aplicação em todo o
Reino, já que a imprensa em Portugal só apareceu por volta de 1487, no Reinado
de D. Manuel I (1469-1521). A sua aplicação não foi uniforme no Reino e vigoraram
apenas até à promulgação das suas sucessoras, as Ordenações Manuelinas.
27 de Julho
A 27 de Julho de 1866 nasce, em Vale da Vinha, concelho de Penacova,
António José de Almeida (1866-1929), médico, político republicano, sexto
Presidente da República (1919-23), fundador e director do jornal República.
ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA – Retrato de Henrique Medina (1901-1989).
Museu da Presidência da República.
26 de Julho
A 26 de Julho de 1994 é inaugurado o Museu da Música na Estação do Alto dos
Moinhos, do Metro de Lisboa. O Museu da Música detém um acervo com cerca
de 1400 instrumentos, entre os quais o cravo de Joaquim José Antunes
(1731-1811), o cravo de Pascal Taskin (1723-1793), o piano Boisselot, que o
compositor e pianista Franz Liszt (1811-1886) trouxe a Lisboa, em 1845,
e o violoncelo de Antonio Stradivari (1644-1737), que pertenceu ao rei
D. Luís I (1838-1889).
25 de Julho
A 25 de Julho de 1139 travou-se a Batalha de Ourique. Nela se defrontaram as
tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques (c.1109-1185) e as
muçulmanas, saldando-se o embate por uma vitória para as hostes portuguesas.
MILAGRE DE OURIQUE (1793). Domingos Sequeira (1768–1837).
Óleo sobre tela (270 × 450 cm). Musée Louis-Philippe du Château d'Eu, France.
24 de Julho
A 24 de Julho de 1780 realiza-se a primeira sessão da Real da Academia das Ciências,
no Palácio das Necessidades, em Lisboa. A Academia foi fundada no reinado de Dona
Maria I (1734-1816) em 24 de Dezembro de 1779, em pleno Iluminismo, sendo o seu
primeiro Presidente, o Duque de Lafões (1719-1806). A Academia encontra-se, desde
1833, instalada no antigo Convento de Nossa Senhora de Jesus da Ordem Terceira de
São Francisco, edifício setecentista localizado na parte baixa do Bairro Alto, em
Lisboa. Depois da implantação da República, a instituição passou designar-se Academia
das Ciências de Lisboa.
23 de Julho
A 23 de Julho de 1951 é fundada, em Lisboa, a Liga dos Cegos de João de Deus.
JOÃO DE DEUS (1830-1896), eminente poeta lírico e pedagogo.
22 de Julho
A 22 de Julho de 1946, a revista americana “Time” publica uma reportagem
sobre Salazar e a ditadura do Estado Novo com o título "Até que ponto o melhor
de Portugal é mau". A distribuição nacional da revista é proibida.
21 de Julho
A 21 de Julho de 1542, o Papa Paulo II (1417-1471) institucionaliza a Inquisição.
Auto-de-fé promovido pela Inquisição Portuguesa na Praça do Comércio em
Lisboa, antes do terramoto de 1755. Gravura anónima do séc. XVIII.
20 de Julho
A 20 de Julho de 1955, morre em Lisboa, Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1965),
magnata do petróleo, coleccionador de arte, mecenas e filantropo.
19 de Julho
A 19 de Julho de 1886, morre o poeta Cesário Verde (1855-1886), com 31 anos
de idade. No ano seguinte Silva Pinto organiza “O Livro de Cesário Verde”,
compilação da sua poesia publicada em 1901. Ao retratar a Cidade e o Campo,
que são os seus cenários predilectos, no seu estilo delicado, Cesário empregou
técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade.
18 de Julho
A 18 de Julho de 1697 morreu o Padre António Vieira (1608-1697), sacerdote
jesuíta, missionário, filósofo, escritor, orador, político e diplomata. Defensor
dos direitos dos povos indígenas do Brasil, foi também defensor dos judeus,
defendeu a abolição da escravatura e foi crítico da Inquisição. A sua obra
literária inclui mais de 200 sermões, 700 cartas, além de tratados proféticos,
relações, etc. Um dos seus mais famosos sermões é o Sermão de Santo António
aos Peixes. PADRE ANTÓNIO VIEIRA – Óleo  sobre tela (680 x 1280 mm)  de autor
desconhecido do início do séc. XVIII. Casa Cadaval, Muge.
17 de Julho
A 17 de Julho de 1877 é inaugurado o Hospital de D. Estefânia, em Lisboa. A
sua construção iniciada em 1860, foi iniciativa da Rainha Dona Estefânia de
Hohenzollern-Sigmaringen (1837-1859), mulher de D. Pedro V (1837-1861),
que numa visita ao Hospital de São José, impressionada com a promiscuidade
com que na mesma enfermaria eram tratadas crianças e adultos, ofereceu o
seu dote de casamento para que fosse construído um hospital para crianças
pobres e enfermas. A sua construção foi primorosamente planeada, tendo
D. Pedro V solicitado pareceres sobre projectos e plantas hospitalares,
elaboradas por técnicos de reconhecida competência, de locais como Londres,
Berlim e Paris. Dona Estefânia – retrato a óleo por Karl Ferdinand Sohn
(1805-1867). Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa.
16 de Julho
A 16 de Julho de 1212 trava-se a batalha de Navas de Tolosa, perto de Navas
de Tolosa, na actual Espanha. O rei Afonso VIII de Castela (1155-1214),
liderando uma coligação com Sancho VII de Navarra (1154-1234), Pedro II de
Aragão (1178-1213), um exército de Afonso II de Portugal (1185-1223),
juntamente com cavaleiros do reino de Leão e das ordens militares de Santiago,
Calatrava, Templários e Hospitalários, derrota o Califado Almóada. BATALHA DE
NAVAS DE TOLOSA -  Pintura a óleo do século XIX, de F. P. Van Halen, exposta
no Palácio do Senado, em Madrid.
15 de Julho
A 15 de Julho de 1759, Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), Marquês
de Pombal, recebe o título de Conde de Oeiras. SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E
MELO -  Escola Portuguesa do séc. XVIII. Óleo sobre tela (119 x 97,5 cm). Colecção
particular. 
14 de Julho
A 14 de Julho de 1901, o cirurgião Egas Moniz (1847-1955), Nobel da Medicina
em 1949, conclui o doutoramento, em Lisboa. RETRATO DE EGAS MONIZ (1932).
José Malhoa (1855-1933). Pastel sobre papel (60 x 51 cm). Faculdade de Medicina
da Universidade de Lisboa.
13 de Julho
A 13 de Julho de 1647 é criada a Aula de Fortificação e Arquitectura Militar,
na Ribeira das Naus, em Lisboa. Ribeira das Naus foi a designação dada a partir
da construção do Paço da Ribeira às novas tercenas que o rei Dom Manuel I
mandou edificar a ocidente do novo palácio real, construído sobre o local das
tercenas medievais. A Ribeira das Naus foi o maior estaleiro do Império Português.
VISTA, A PARTIR DO TEJO, DO PALÁCIO DA RIBEIRA EM LISBOA (1598). Georg Braun
and Franz Hogenberg.
12 de Julho 
A 12 de Julho de 1976, morre Simão César Dórdio Gomes (1890-1976), pintor
modernista português. ALENTEJO (1930). Simão César Dórdio Gomes (1890-1976).
Óleo sobre cartão (26,9 x  35,5 cm). Museu de José Malhoa, Caldas da Rainha.
11 de Julho 
A 11 de Julho comemora-se o Dia Mundial da População. A CEIFA NO ALENTEJO-
- Alberto de Souza (1880-1961). Aguarela sobre papel (14 x 20 cm).
10 de Julho 
No dia 10 de Julho comemora-se o Dia Mundial da Lei com a finalidade de lembrar
a importância do cumprimento do Direito, o quale remonta às primeiras civilizações
que conheceram a escrita. São marcos importantes da História do Direito, o código
do rei da Babilónia, Ur-Nammu, o código de Hamurabi, as leis das Doze Tábuas, as
leis da Roma Antiga, as leis Draconianas da Grécia Antiga, as Ordenações Afonsinas,
Manuelinas e Filipinas, a Constituição Francesa de 1791, as leis do Império (a Lei
Áurea), da República, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, etc.
A  JUSTIÇA ENTRE OS ARCANJOS MIGUEL E GABRIEL (pormenor) – 1421. Jacobello del
Fiore (1370-1439). Têmpera sobre panel (210 x 190 cm). Gallerie dell'Accademia, Venice.
9 de Julho 
Desde 9 de Julho de 1926 que António Óscar de Fragoso Carmona (1869-1951),
como Presidente do Ministério passa a desempenhar as funções de Presidente
da República, após a demissão do General Manuel de Oliveira Gomes da Costa
(1863-1929). Viria a ser nomeado interinamente para o cargo, por decreto de
16 de Novembro de 1926. Foi o décimo primeiro presidente da República
Portuguesa (primeiro da Ditadura e primeiro do Estado Novo). CARMONA - 
etrato de Henrique Medina (1901-1989). Museu da Presidência da República.
8 de Julho 
A 8 de Julho de 1497, a Armada de Vasco da Gama parte de Belém, em Lisboa,
rumo à Índia. É composta pelas naus São Gabriel, São Rafael e Bério. Vasco da
Gamara atingirá Calecut e regressará a Lisboa em 1499. PARTIDA DE VASCO DA
GAMA PARA A ÍNDIA - Ilustração de Alfredo Roque Gameiro (1864-1935), para o
livro “Quadros da História de Portugal” editado em 1917, da autoria de Chagas
Franco e João Soares, incluindo ainda ilustrações de Alberto de Souza.
7 de Julho 

A 7 de Julho de 2007, a Torre de Belém, os mosteiros dos Jerónimos, de Alcobaça
e da Batalha, o Palácio da Pena e os castelos de Guimarães e Óbidos foram
proclamados como as Sete Maravilhas de Portugal. Tratou-se de uma iniciativa
apoiada pelo Ministério da Cultura de Portugal, organizada pelo consórcio Y&R
Brands S.A. - Realizar S.A., que visou eleger os sete monumentos mais relevante
do património arquitectónico português. A escolha recaiu em 794 monumentos
nacionais classificados pelo IPPAR, da qual foi feita uma primeira selecção
efectuada por peritos, a qual originou uma lista de setenta e sete monumentos.
Depois foi feita uma nova escolha, efectuada por um Conselho de Notáveis
constituído por personalidades de diversos quadrantes de onde saíram os vinte
e um monumentos finalistas. A partir de 7 de Dezembro de 2006, decorreu a
votação que viria a eleger os sete monumentos eleitos dos portugueses.
TORRE DE BELÉM - Construída entre 1515 e 1519, tem 30 metros de altura,
é de estilo manuelino e teve como arquitectos: Francisco de Arruda,
Francisco de Holanda, António Viana Barreto e António de Azevedo e Cunha.
6 de Julho 
A 6 de Julho de 2010, morre Matilde Rosa Araújo (1921-2010), pedagoga e
escritora especializada em literatura infantil e que enquanto cidadã se
dedicou no decorrer da sua vida aos problemas da criança e à defesa dos
seus direitos. Foi distinguida com diversos prémios literários e em 2004 foi
agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
5 de Julho 
A 5 de Julho de 1852 é abolida a pena de morte para crimes políticos (artigo 16º
do Acto Adicional à Carta Constitucional de 5 de Julho, sancionado por D. Maria II
(1819-1853). D. MARIA II (1829) - Óleo sobre tela (92,4 × 71,8 cm) de Thomas
Lawrence (1769-1830). Colecção Real. Reino Unido. 
4 de Julho 
A Rainha Santa Isabel de Aragão (1270-1336), esposa de el-Rei D. Diniz (1261-1325),
faleceu no Castelo de Estremoz, com 66 anos de idade, no dia 4 de Julho de 1336,
de uma doença súbita surgida quando se dirigia para a raia em missão de
apaziguamento entre o filho, D. Afonso IV (1291-1357), e o neto, Afonso XI de
Castela (1311-1350). As virtudes da Rainha, mais tarde considerada Santa
estiveram na origem da sua beatificação por Leão X (1475-1521), em 1516,
com autorização de culto circunscrito à Diocese de Coimbra. Em 1556, o
papa Paulo IV (1476-1559) torna extensiva a devoção isabelina a todo o Reino
de Portugal. Seria o papa Urbano VIII (1568-1664), dada a incorrupção do corpo
e o relato dos milagres, quem proclamaria em 1625, a canonização de Isabel de
Aragão como Rainha Santa. SANTA ISABEL DE PORTUGAL - Aguarela de Alberto
de Souza (1880-1961).
3 de Julho 
A 3 de Julho de 1780 é fundada a Casa Pia de Lisboa pelo intendente da polícia de
D. Maria I (1734-1816), Diogo de Pina Manique (1733-1805), ficando instalada no
Castelo de S. Jorge. ALEGORIA À CASA PIA DO CASTELO - Gil Teixeira Lopes (1936- ).
2 de Julho 
A 2 de Julho de 1932, morre no exílio em TwickenhamInglaterra, o último rei
de Portugal, D. Manuel II (1889-1932), o “Bibliógrafo”, sufocado por um edema
da glote. Depois de decorridos os funerais celebrados na Catedral de Westminster,
em Londres, onde se celebram as exéquias dos monarcas e dos grandes vultos
britânicos, por determinação expressa do Governo de Salazar, D. Manuel é
transladado para Lisboa, onde tem funerais nacionais, jazendo desde 2 de Agosto
de 1932, no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
1 de Julho 
A 1 de Julho de 1920 nasce em Lisboa, Amália Rodrigues (1920-1999), fadista,
cantora e actriz portuguesa, considerada a Rainha do Fado. Cantou os grandes
poetas da língua portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escreveram
para ela (Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel
Alegre, Alexandre O’Neill. Conhece também Alain Oulman, que lhe compõe diversas
canções. Amália dá brilhantismo ao fado, ao cantar o repertório tradicional de uma
forma diferente, sintetizando o que é rural e urbano. Considerada a nossa melhor
embaixatriz, difundiu a cultura portuguesa, a língua portuguesa e o fado. Ao longo
da sua carreira recebeu inúmeras distinções: Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada (1958),  Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1971), Grande-Oficial
da Ordem do Infante D. Henrique (1981),  Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada (1990),  Ordem das Artes e das Letras (França-1990),  Légion d'Honneur
(França-1990), Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1998). A 6 de Outubro
de 1999, Amália Rodrigues morre em Lisboa, tendo o 1º ministro decretado Luto
Nacional por três dias. No seu funeral incorporaram-se centenas de milhares de
lisboetas que assim lhe prestam uma última homenagem. Foi sepultada no
Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Em 2001, o seu corpo foi trasladado para o
Panteão Nacional, onde está sepultada ao lado de outros portugueses ilustres.


Publicado inicialmente a 18 de Junho de 2015

domingo, 10 de maio de 2015

Efemérides de Junho (Nova versão)

 29 de Junho
A 29 de Junho de 1840 é inaugurado o Museu Portuense, actual Museu Nacional
Soares dos Reis, instalado no Palácio dos Carrancas, construção de finais do
séc. XVIII. As suas colecções incluem cerâmica, escultura, gravura, joalharia,
mobiliário, ourivesaria, pintura, têxteis e vidros.
28 de Junho 
A 28 de Junho de 1867 é inaugurado em Lisboa, o monumento a Luís Vaz de
Camões, da autoria do escultor Victor Bastos (1830–1894), projectado a partir
de 1860 e inaugurado em 1867, na presença do rei D. Luís I (1838-1889) e de
seu pai D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry (1816-1885), rei consorte.
A estátua evocativa do poeta é de bronze e mede 4 metros de altura. Assenta
num pedestal oitavado, de mármore branco, com 7,5 metros de altura. Em seu
redor, oito estátuas, de pedra lioz, de 2,40 metros de altura, representam vultos
notáveis da cultura portuguesa: Fernão Lopes, Pedro Nunes, Gomes Eanes de
Azurara, João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, Vasco Mouzinho de
Quevedo, Jerónimo Corte-Real e Francisco de Sá de Meneses. ARCHIVO
PITTORRESCO – Tomo X, nº 28, 1867.
27 de Junho
A 27 de Junho de 1850 é fundada a Associação dos Operários, primeira organização
portuguesa de trabalhadores e o jornal O Eco dos Operários. Painel de azulejos da
entrada do bairro operário “Estrela d'Ouro”, na Graça, em Lisboa.
26 de Junho
 A 26 de Junho de 1982 morre Alfredo Marceneiro (1891-1982), glória portuguesa
do fado, conhecido por cantar de boné e lenço ao pescoço. Foi o mais castiço
fadista e um dos maiores intérpretes, no cantar e sentir o fado. Dos muitos temas
que cantou destaca-se a Casa da Mariquinhas,  da autoria do poeta Silva Tavares.
Compôs 22 fados: Aida, Laranjeira, Eu lembro-me de ti, Bailado, Bailarico, Balada,
Cabaré, Cravos, CUF, Moda, Traição, Louco, Marcha do Alfredo Marceneiro, Maria
Alice, Maria do Anjos, Maria Marques, Menor, Mocita dos Caracóis, Odéon, Pajem,
Pierrot e Vestido Azul. Retirou-se oficialmente dos palcos em 1980, com 89 anos,
tendo-lhe sido outorgada pela Câmara Municipal a Medalha de Ouro da Cidade de
Lisboa. Em 10 de Junho de 1984, foi condecorado, a título póstumo, com a
Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República
Portuguesa, General Ramalho Eanes.
25 de Junho
A 25 de Junho de 1948 morre em Lisboa, Bento de Jesus Caraça (1901-1948),
natural de Vila Viçosa, matemático, professor catedrático do Instituto Superior
de Ciências Económicas e Financeiras, etnocientista, pedagogo e divulgador
científico, militante comunista, dirigente do Movimento Nacional de Unidade
Anti-fascista e do Movimento de Unidade Democrática. BENTO DE JESUS CARAÇA 
Fotografia de autor não identificado. Biblioteca Nacional de Portugal.
24 de Junho
A 24 de Junho de 1360 nasce em Cernache do Bonjardim ou Flor da Rosa, Nuno
Álvares Pereira (1360-1431), filho ilegítimo de D. Álvaro Gonçalves Pereira, prior
do Hospital. Foi para a Corte aos 13 anos, sendo armado cavaleiro por Dona Leonor
Teles com o arnês do Mestre de Avis, de quem se torna amigo. Adere à causa do
Mestre, que o nomeia fronteiro da comarca de Entre Tejo e Odiana. Vencedor da
Batalha dos Atoleiros (6 de Abril de 1384), de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385) e
de Valverde (15 de Outubro de 1385), D. Nuno Álvares Pereira desempenhou um
papel fundamental na resolução da crise de 1383-1385 com Castela e na consolidação
da independência. Por isso sempre foi, desde sempre, muito justamente considerado
como um símbolo da independência nacional. Nomeado 2º Condestável do Reino e 38º
Mordomo-mor,  recebeu ainda de D. João I, os títulos de 3º conde de Ourém, de 7º
conde de Barcelos e de 2º conde de Arraiolos. Em 1388 iniciou a edificação da capela
de São Jorge de Aljubarrota e, em 1389, a do Convento do Carmo, em Lisboa, onde se
instalaram os frades da Ordem do Carmo, no ano de 1397. Após a morte de sua esposa,
Leonor de Alvim, com quem casara em 1376, torna-se Carmelita em 1423, recolhendo
ao Convento do Carmo, em Lisboa, onde ingressa sob o nome de Irmão Nuno de Santa
Maria. Ali permanece até à sua morte em 1 de Novembro de 1431, aos 71 anos de idade
e já com fama de Santo. D. Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de
1918 pelo Papa Bento XV e é desde 26 de Abril de 2009, mais um Santo português,
após a cerimónia de canonização em Roma, do Beato Nuno de Santa Maria. O anúncio
fora feito pela Santa Sé, no final do Consistório de 21 de Fevereiro de 2009, presidido
por Sua Santidade o Papa Bento XVI. D.NUNO ÁLVARES PEREIRA – xilogragruva da
“Coronica do condestabre de purtugal Nuno Aluarez Pereyra: principiador da casa
que agora he do Duque de Bragãça. 1. ed. Lisboa: Germão Galharde, 1526”. A obra
pertence à Biblioteca Nacional de Portugal e é a versão mais antiga conhecida da
crónica composta por autor anónimo após a morte do Condestável D. Nuno Álvares
Pereira, em 1431. A imagem é pois a imagem mais antiga a representar o Condestável.
23 de Junho
A 23 de Junho de 1940 é inaugurada a Exposição do Mundo Português, organizada
Pelo Estado Novo para comemorar o Duplo Centenário da Independência (1140) e
da Restauração (1640) de Portugal. Bilhete-postal ilustrado, comemorativo da
Exposição do Mundo Português.
22 de Junho
A 22 de Junho de 1633, Galileo Galilei (1564-1642) é condenado pelo Tribunal do
Santo Ofício pela publicação do livro “Diálogos sobre os Dois Máximos Sistemas do
Mundo”  que defendia a teoria heliocêntrica. A pena consiste em: abjuração, proibição
do livro, residência fixa e penitências religiosas. A humilhante condenação de Galileu
foi uma  tentativa desesperada da Igreja para salvar o sistema cosmológico geocêntrico,
peça-chave da escolástica, a grande síntese da filosofia aristotélica (século IV a.C.) e da
doutrina cristã, que dominou o pensamento europeu durante a Baixa Idade Média
(séculos XI a XIV). RETRATO DE GALILEO (1636). Jost Sustermans (1597-1681).
Óleo sobre tela. Galleria degli Uffizi, Firenze.
21 de Junho
Em 21 de Junho ou próximo a este dia, o Sol atinge o ponto mais ao norte na
sua trajectória pelo céu. É o solstício de Verão, momento em que o Sol, no seu
movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude,
medida a partir da linha do equador. A duração do dia é então a mais longa do
ano. VERÃO (1607) - Abel Grimmer (c. 1570-c. 1619). Óleo sobre painel
(33x47 cm). Koninklijk Museum voor Schone Kunsten, Antwerp.
20 de Junho
A 20 de Junho de 1921, nasce Matilde Rosa Araújo (1921-2010), que viria a ser
pedagoga e escritora especializada em literatura infantil e que enquanto cidadã
se dedicou ao longo da sua vida, aos problemas da criança e à defesa dos seus
naturais direitos. Foi distinguida com diversos prémios literários e em 2004 foi
agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
FOTO: Matilde Rosa Araújo, Sebastião da Gama e Maria Alice Botelho Moniz,
em Dezembro de 1947, momentos depois de Sebastião da Gama ter levantado
da tipografia os primeiros exemplares de “Cabo da Boa Esperança”.
19 de Junho
A 19 de Junho de 1731, nasce em Coimbra, Joaquim Machado de Castro
(1731-1822), um dos maiores e mais célebres escultores portugueses, que
exerceu enorme influência na Europa do século XVIII e princípio do século XIX
O seu trabalho de maior projecção foi a estátua equestre do Rei D. José I de
Portugal, datada de 1775. Em sua homenagem abriu ao público em 11 de
Outubro de 1913, em Coimbra, o Museu Nacional de Machado de Castro, um
dos mais importantes museus de Belas Artes e Arqueologia de Portugal.
18 de Junho
A 18 de Junho de 1953, o empresário e mecenas Calouste Sarkis Gulbenkian
(1869-1955), assina o testamento que determina a criação da Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa, que ficou herdeira do remanescente da sua fortuna,
e que tem fins caritativos, artísticos, educativos e científicos.
17 de Junho
A 17 de Junho de 1665 travou-se a Batalha de Montes Claros num local perto
de Borba, a meio caminho entre Estremoz e Vila Viçosa. Nela pelejaram mais
de quarenta mil homens: 20.500 do lado português sob o comando do Marquês
de Marialva e 22.600 do lado espanhol sob o comando do Marquês de Caracena.
Morreram nesse dia, 700 combatentes portugueses, registando-se ainda 2.000
feridos. Do lado espanhol, tombaram 4.000 homens e foram feitos 6.000
prisioneiros. Esta foi a última das cinco grandes batalhas ganhas pelos
portugueses na Guerra da Restauração, iniciada a 1 de Dezembro de 1640.
Três anos depois, em 1668, seria finalmente assinada a paz com a Espanha,
que pelo Tratado de Lisboa, reconheceu decisivamente a restauração da
independência de Portugal. BATALHA DE MONTES CLAROS – Gravura
seiscentista italiana. Biblioteca Nacional, Lisboa.
16 de Junho
A 16 de Junho de 1853 é aprovado o projecto de construção da linha ferroviária
entre Lisboa e Porto. Comboio em Lisboa (zona de Xabregas), no século XIX.
15 de Junho
 A 15 de Junho de 1970 morre José Sobral de Almada Negreiros (1893-1970).
“Pela sua obra plástica, que o classifica entre os primeiros valores da pintura
moderna; pela sua obra literária, que vibra de uma igual e poderosa originalidade;
pela sua acção pessoal através de artigos e conferências - Almada-Negreiros,
pintor, desenhador, vitralista, poeta, romancista, ensaísta, crítico de arte,
conferencista, dramaturgo, foi, pode dizer-se que desde 1910, uma das mais
notáveis figuras da cultura portuguesa e uma das que mais decisivamente
contribuíram para a criação, prestígio e triunfo de uma mentalidade
moderna entre nós". Assim o apresenta Jorge de Sena (1919-1978), no
primeiro volume das “Líricas Portuguesas”, antologia da poesia lírica
portuguesa contemporânea por ele organizada e publicada em 1958.
ALMADA NEGREIROS -  Teatro da República, Lisboa, 1917.
14 de Junho 
A 14 de Junho de 1910, no crepúsculo da Monarquia Portuguesa, a Maçonaria
constitui a comissão de resistência, encarregada de colaborar com a Carbonária.
SALA DA COMISSÃO DE RESISTÊNCIA DA MAÇONARIA - Sala de visitas de José de

Castro, onde se reuniu pela primeira vez a Comissão de Resistência da Maçonaria.
Ao fundo, a bandeira da Carbonária Portuguesa e um busto da República. Fundo:
Arquivo Mário Soares - Fotografias da Exposição Permanente.
13 de Junho
A 13 de Junho de 1231, morre em Pádua, Santo António de Lisboa (1195-1231),
frade franciscano português que ao longo da sua vida desenvolveu intensa vida
religiosa e apostólica. Canonizado em Maio do ano seguinte pelo papa Gregório IX,
foi declarado oficialmente Padroeiro de Portugal em 1932 e proclamado por Pio XII,
Doutor da Igreja, em 1946. É venerado pela Igreja Católica, que o considera um
grande taumaturgo e lhe atribui um extraordinário número de milagres. A
circunstância de o dia festivo de Santo António (13 de Junho) coincidir com as
festas do Solstício de Verão, faz com que seja celebrado em Portugal como um dos
santos mais populares. SANTO ANTÔNIO COM O MENINO JESUS (séc. XVIII) –
Francisco de Matos Vieira (1699 -1783), mais conhecido por Vieira Lusitano.
Óleo sobre tela (44,2 x 35 cm). Museu Nacional de Arte Antiga. Lisboa.
12 de Junho
A 12 de Junho de 1850 nasce Roberto Ivens (1850-1898), oficial da Armada,
administrador colonial e explorador do continente africano que participou
com Hermenegildo Capelo (1841-1917) na célebre travessia entre Angola e
a costa do Índico, descrita no livro conjunto De Angola à Contra-Costa”.
11 de Junho
A 11 de Junho de 1557 morre no Paço da Ribeira, em Lisboa, D. João III (1502-1557),
“O Piedoso” que permitiu a introdução da Inquisição em Portugal e em cujo reinado
se inicia uma crise que se amplifica sob o governo do seu neto e sucessor, o rei
D. Sebastião (1554-1578). D. JOÃO III (1552) -  Retrato do pintor Flamengo António
Moro (c. 1519 – c. 1576-78), Museo Lázaro Galdiano, Madrid).
10 de Junho
A 10 de Junho de 1580 morre na mais absoluta pobreza, Luís Vaz de Camões
(c.1524-1580), o maior poeta do Classicismo português, autor de "Os Lusíadas",
a epopeia portuguesa que canta os feitos guerreiros e marítimos de Portugal.
9 de Junho
 A 9 de Junho de 1879 verifica-se o regresso a Lisboa de Serpa Pinto (1846-1900)
após a travessia de África iniciada a 7 de Julho de 1877 com Roberto Ivens
(1850-1898) e Hermenegildo Capelo (1841-1917). SERPA PINTO COM DOIS
INDÍGENAS, NO DECURSO DA TRAVESSIA DE ÁFRICA.
8 de Junho
A 8 de Junho de 1663 trava-se a Batalha do Ameixial entre o exército espanhol
comandado por D. João José de Áustria e o exército português sob o comando
de D. Sancho Manoel, Conde de Vila Flor. A refrega saldar-se-ia por um êxito
retumbante para as forças portuguesas. BATALHA DO AMEIXAL - gravura do
séc. XVII.  Biblioteca Nacional, Lisboa.
7 de Junho
A 7 de Junho de 1801 verifica-se a assinatura do Tratado de Badajoz, com data
de 6 de Junho. Através dele, Portugal perde a cidade e o termo de Olivença.
PORTAL MANUELINO DO SÉC. XVI NOS PAÇOS DO CONCELHO DE OLIVENÇA.
6 de Junho
A 6 de Junho de 1789 é decretada a deserção de Manuel Maria Barbosa du Bocage
(1765-1805), tenente de infantaria da 5.ª Companhia da guarnição da Praça de Damão.
5 de Junho
A 5 de Junho comemora-se o “Dia Mundial do Ambiente”. PRIMAVERA (1882).
António Carvalho de Silva Porto (1850-1893), óleo sobre madeira (37,2 cm x 55 cm).
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Lisboa.
4 de Junho
 A 4 de Junho comemora-se o “Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes
da Violência e Agressão”.
3 de Junho
A 3 de Junho comemora-se o Dia Internacional para a Segurança em Passagens de
Nível,o qual visa consciencializar os utilizadores das passagens de nível para
as medidas de segurança que devem adoptar para evitar acidentes. 
2 de Junho
A 2 de Junho de 1940 verificou-se a abertura oficial das Comemorações dos
Centenários da Fundação e da Restauração da Nacionalidade, anunciadas pelo
Presidente da Comissão Executiva dos Centenários, Júlio Dantas.
1 de Junho
A 1 de Junho comemora-se o “Dia Mundial da Criança”.
























































































































30 de Junho
Em 30 de Junho de 1487 é publicado "Pentateuco", o primeiro livro impresso em
Portugal. A obra, de carácter religioso, constituída pelos cinco livros de Moisés
que compõem a “Torá”, foi impressa em 110 fólios, com composição de 30 – 32
linhas. De acordo com o colófon, saiu do prelo de Samuel Gacon, editor judeu,
operador da primeira oficina tipográfica, situada em Faro. Foram utilizados tipos
metálicos móveis com caracteres hebraicos, letras quadradas e elegantes, de dois
tamanhos, sendo a maior usada no texto e a outra, mais larga, nas rubricas. O
único exemplar conhecido da obra encontra-se na British Library, em Londres.
Foi roubada em Portugal no ano de 1596, no decurso da ocupação filipina, quando
a cidade de Faro foi saqueada e incendiada pelas tropas inglesas sob o comando de
Robert Devereux, 2.º Conde de Essex (1566-1601), favorito da Rainha Isabel I de
Inglaterra (1533-1603). A obra integra um conjunto de 65 títulos (de um total de
91 volumes), que pertenciam à biblioteca do então bispo do Algarve, D. Fernando
Martins de Mascarenhas (1594-1616). Em 1600, Robert Devereux doou o saque ao
seu amigo, o erudito e diplomata Thomas Bodley (1545-1613), pelo que este valioso
espólio se encontra depositado na Bodleian Library da Universidade de Oxford desde
a sua inauguração em 1602. FRONTISPÍCIO DO PENTATEUCO HEBRAICO (FARO, 1487)