quinta-feira, 6 de novembro de 2025
A cadeirinha de "Prometida"
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
NA JANELA DO TEMPO
Novo livro de Georgina Ferro apresentado
na Sociedade de Artistas Estremocense
Reportagem de Hernâni Matos. Fotografias de Manuel Xarepe
A Sessão de apresentação
Com o Salão de Festas da Sociedade de Artistas Estremocense literalmente cheio, teve lugar a partir das 16 horas e 30 minutos do passado dia 28 de Setembro, a sessão de lançamento e apresentação do livro “NA JANELA DO TEMPO / TRADIÇÃO, CONTRABANDO E EMIGRAÇÂO”, da autoria de Georgina Ferro, editado em Julho passado pelas edições Colibri, com uma tiragem de 500 exemplares.
A sessão foi coordenada por Fátima Crujo e a intervenção de abertura coube a João Ferro, Presidente da Direcção. Na Mesa encontravam-se o editor do livro, Fernando Mão de Ferro, Hernâni Matos e a autora, que falaram por esta ordem.
Coube a Hernâni Matos fazer a apresentação formal da obra, finda a qual solicitou uma calorosa salva de palmas para a autora, que agradeceu emocionada. Seguiu-se a leitura de excertos de estórias do livro pela filha Sónia Ferro e pelos netos Clara Ferro e Tiago Ferro. No final, a autora autografou o livro para o muito público presente.
A autora
A autora, professora aposentada do 1º ciclo, é natural de Manteigas, onde nasceu a 8 de Dezembro de 1948, dia consagrado a Nossa Senhora da Conceição. Daí que, segundo diz, se tenha sentido “sempre abençoada e protegida por todas as mães: a Mãe Natureza, a Mãe Celestial e a Mãe da Terra”. A autora revela-nos que repartiu o tempo de infância ente Manteigas, Aldeia do Bispo (Sabugal) e Covilhã. Frequentou a Instrução Primária até à 3ª classe em Aldeia do Bispo (Sabugal) e a 4ª classe em Manteigas. Ingressou depois no Ensino Liceal no Colégio de Nossa Senhora Auxiliadora, no Monte Estoril. Em 1967 ingressou na Escola do Magistério Primário de Évora e terminado o Curso, começou a leccionar o Ensino Primário no ano de 1969 em Rosário (Alandroal), a que se seguiram Veiros, Selmes (Vidigueira), Aldeia da Serra e Glória, onde leccionou 32 anos, até se aposentar em 2003.
Fixou-se em Estremoz em 1972 e aqui casou e teve 3 filhos: Sónia, Pedro e Inês. Sem nunca ter perdido os laços afectivos à terra natal e aos territórios da sua infância, Georgina é cumulativamente uma estremocense adoptiva, que tem participado activamente na vida social da Comunidade em múltiplos aspectos: educativos, cívicos e culturais.
Conheço seguramente a Georgina desde o início do exercício do Magistério Primário na Freguesia da Glória, da sua ligação à Comunidade, do seu reconhecimento por parte da mesma e do seu amor às coisas campaniças.
Lembro-me de partilhar há muito com a Georgina uma grande admiração pelo “Ti Rolo” da Aldeia de Cima (Glória), que exercia sobre nós um fascínio incomensurável, pela sua oralidade transbordante e pelos artefactos de arte pastoril nascidos das suas mãos mágicas, nos quais projectava toda a imaginária popular, lavrada em chifres e paus sabiamente escolhidos.
Lembro-me do nascimento da sua filha Sónia e tive o privilégio de ser professor de Física de 12º ano do seu filho Pedro. Foi uma experiência encantadora, pois além do Pedro ser um aluno fortemente motivado, eu tive oportunidade de pôr em prática o método de ensino-aprendizagem personalizado, preconizado por muitos pedagogos. É que o Pedro era o único aluno da turma. Nenhum de nós deixou os seus créditos por mãos alheias e a experiência pedagógica foi um êxito.
Lembro-me do envolvimento da Georgina no Projecto Serra de Ossa, desde o início, no tempo da liderança de Gil Malta e de ela ter participado em 1998, conjuntamente com outros professores, entre os quais eu me incluo, nas “Segundas Jornadas da Serra d’Ossa”, levadas a efeito na Escola Secundária da Rainha Santa Isabel. A sua bem-sucedida intervenção oral nessas jornadas, foi o embrião dos seus primeiros livros, publicados ambos em 2005: “Plantas Medicinais da Serra d'Ossa” e “Por um Amanhã Mais Verde, Mezinhas Caseiras com Plantas da Serra d'Ossa”.
Em Setembro de 2012, a Georgina concedeu-me o privilégio de participar na apresentação pública do meu livro “Memórias do Tempo da Outra Senhora”, o que muito me congratulou.
Em Dezembro de 2013 a Georgina brindou-nos com o lançamento do seu livro de poesia “O MEU ARRAIAR POR TERRAS DO SABUGAL”, editado pela Colibri, o qual foi apresentado na Casa de Estremoz pela Maria do Céu Pires e pela Francisca de Matos.
Desta feita, coube-me a mim fazer a apresentação formal do seu mais recente livro “NA JANELA DO TEMPO / TRADIÇÃO, CONTRABANDO E EMIGRAÇÂO”, na sequência do convite que me foi endereçado pela autora e que eu gostosamente aceitei.
A obra
Fisicamente é um livro brochado, de 22,8 x 16 cm e 236 páginas, dado à estampa pelas prestigiadas Edições Colibri de Fernando Mão de Ferro. Tem capa a cores de Raquel Ferreira, gizada a partir de fotografia de Abel Cunha. Na primeira badana figura uma pequena biografia e a fotografia da autora e na segunda badana, um excerto de uma das estórias do livro. Este tem prefácio de José Carlos Lage, o qual confessa que é “Fácil e ao mesmo tempo difícil” falar das poesias e das crónicas de Georgina. Por sua vez, em posfácio impresso na contracapa, Francisca de Matos afirma e muito bem, que “Esta obra é, sobretudo, uma grande lição de vida, um legado que não deve, não pode ser esquecido”.
O livro é um livro de estórias ou não fosse Georgina, para além de notável poetisa, uma extraordinária contadora de estórias. Não estórias quaisquer, nem tão pouco inventadas ou arquitectadas, mas estórias reais ocorridas no tempo da sua infância, repartida entre Manteigas, Aldeia do Bispo (Sabugal) e Covilhã.
São estórias com personagens reais, de carne e osso, como o Ti Júlio, a Ti Mariana, a Senhora Isabel Augusta, o Ti Zé Ramos, a Menina Zéfinha, o tio António Pantalona, o tio Zé Manso e não sei quantos mais, numa infinidade numerável que não consegui quantificar. São eles que constituem aquilo que com orgulho, Georgina chama “A Minha Gente”.
São estórias contadas e redigidas numa escrita fluida e ágil, eficaz na pintura descritiva das paisagens rurais e do interior das casas aldeãs. Escrita que é também uma partilha intimista das emoções e sentimentos dos personagens, incluindo Georgina, também ela própria, personagem por direito próprio e inalienável. Tudo sempre minuciosamente filigranado ao pormenor, numa linguagem rica, valorizada pelo uso de vocábulos regionais, cujo sentido, se necessário pode ser decifrado num glossário que antecede o índice final.
São estórias do tempo em que nas aldeias se tocavam as Trindades.
As hortas eram regadas com água tirada das noras e das picotas. Comia-se daquilo que a terra dava e em situações de carência havia partilha e entreajuda ente vizinhos e familiares. Todavia, a falta de dinheiro para bens de mercearia e para comprar entre outras coisas, petróleo para alumiar, levavam alguns, mais aflitos e mais afoitos, a entrar no contrabando através da raia de Espanha ou a dar o salto para França.
Apesar de tudo ou talvez por isso, rezava-se a Deus, à Mãe de Jesus, ao Anjo da Guarda e a Santo Antão para proteger o gado.
A menina Zefinha andava de taleigo à cabeça, a ti Mariana remendava as ceroulas do Ti Júlio e a ti Neves do Ti Júlio punha-lhe ventosas e papas de linhaça, a ver se ele arribava.
A roupa era cosida, remendada e transformada, passando dos mais crescidos para os mais pequenos. O pão era amassado de tarde para ficar a dormir à noite e os mais velhos davam a bênção aos mais novos antes destes adormecerem.
Isto e muito mais, são registos de memórias de tempos idos dos personagens do livro. Tempos e vivências difíceis e duras, mas também de afectos, partilhas e tradições numa Comunidade onde Georgina nasceu e cresceu, com a qual se identifica e que pela mesma é reconhecida e idolatrada.
Georgina é, pois, uma guardadora de memórias, muitas delas guardadas no presente livro e que por serem reconhecidas pela Comunidade que a viu nascer e crescer, integram a memória colectiva local e contribuem com a sua quota parte para a memória colectiva regional e para a memória colectiva nacional.
É a memória colectiva que nos ajuda a construir e manter a nossa identidade cultural e histórica, preservando tradições, valores e experiências comuns.
É a memória colectiva que nos permite aprender com os erros e sucessos do passado, o que é essencial para o desenvolvimento e a evolução da sociedade.
A memória colectiva desempenha um papel crucial no exercício da cidadania e da democracia, pois é através da memória colectiva que as lutas e conquistas dos nossos antepassados são lembradas e honradas, incentivando a luta por um futuro melhor e mais justo.
Daí a importância de que se reveste o livro, cuja leitura vivamente recomendo.
domingo, 29 de setembro de 2024
Pim! Onde é que já se viu uma Georgina assim?
domingo, 28 de julho de 2024
A ADOE-Associação Dinamizadora da Olaria de Estremoz participou na Feira de Artesanato de Vila do Conde
A ADOE-Associação Dinamizadora da Olaria de Estremoz participou entre 20 e 27 de Julho na 46ª Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde. Fê-lo em stand próprio, na condição de associação independente, com personalidade jurídica, que se inscreveu por sua própria iniciativa e se deslocou pelos seus próprios meios.
A ADOE constitui-se em 2023, na
sequência do Curso de Olaria que por módulos teve lugar a partir de 2021, no
Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz. O Curso foi fruto de uma parceria entre
o Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE) e o Município
de Estremoz. Teve como formador Mestre Xico Tarefa, Mestre oleiro prestigiado,
com longa experiência e sempre pronto a ajudar os formandos.
A ADOE é constituída entre outros
por: Inês Crujo, Ana Calado, Luís Rosa, Vera Magalhães, Xico Tarefa, Jorge
Carrapiço, André Carvalho, Pedro Capão, Graça Paulo e Sara Sapateiro.
A ADOE propõe-se recuperar a
olaria tradicional de Estremoz, o que constitui uma iniciativa muito louvável e
de alcance incomensurável. Desejo-lhe os maiores êxitos na prossecução dos seus
objectivos estatutários. Bem hajam!
Sara Sapateiro, uma barrista de Estremoz na Feira de Artesanato de Vila do Conde
À Feira levou trabalhos como “Sagrada Família”, “Nossa Senhora da Conceição”, “Amor é cego”, “Primavera” e “Presépio de altar”, dentro do âmbito do Figurado de Estremoz. Fora deste apresentou ainda um “Busto de pastor alentejano”.
O “Presépio de altar” participou na 2ª edição do “Concurso
Jovem Artesão”, que teve lugar durante a Feira, sem todavia ser distinguido
pelo Júri.
Sara Sapateiro (1995- ), sobre a qual já elaborei o texto Sara Sapateiro e o aristocrata rural (ler aqui), é discípula da barrista Maria Isabel Isabel Catarrilhas Pires, com a qual começou a trabalhar em 2018. No ano seguinte frequentou o Curso de Formação sobre Técnicas de Produção de Bonecos de Estremoz, que teve lugar no Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz, no Palácio dos Marqueses de Praia e Monforte. O Curso foi promovido pelo CEARTE - Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património, em parceria com o Município de Estremoz. No Curso aprofundou os conhecimentos de Barrística de Estremoz, com Mestre Jorge da Conceição.
De então para cá tem modelado e criado de uma forma fluida,
imagens que umas vezes se integram no Figurado de Estremoz e outras vezes não,
mas que têm o seu público, já que são apelativas, não só pela modelação como
pelo cromatismo.
Desde 28 de Maio do ano em curso que é portadora de Carta de
Artesão e de Unidade Produtiva Artesanal na área da Cerâmica Figurativa,
emitida pelo CEARTE.
Creio que em devido tempo, que só a ela cabe decidir,
submeterá a sua produção a processo de certificação como artesã produtora de
Bonecos de Estremoz, junto da Adere-Certifica, organismo nacional de
acreditação a quem compete a certificação de produções artesanais tradicionais,
com garantia da qualidade e autenticidade da produção.
sábado, 27 de julho de 2024
Maria Isabel Catarrilhas Pires, uma barrista de Estremoz na Feira de Artesanato de Vila do Conde
Há já algum tempo que venho acompanhando o trabalho da barrista Maria Isabel Catarrilhas Pires, sobre a qual comecei por escrever uma pequena nota biográfica no meu livro BONECOS DE ESTREMOZ, publicado em 2018, a qual pode ser lida aqui.
Desde 2018 que a barrista tem a sua produção certificada pela ADERE-CERTIFICA, único organismo de certificação acreditado pelo IPAC - Instituto Português de Acreditação. Significa isto que os Bonecos de Estremoz produzidos por Maria Isabel Catarrilhas Pires, estão de acordo com o MANUAL DE CERTIFICAÇÃO “BONECOS DE ESTREMOZ”, publicado pela ADERE-CERTIFICA em 2018. De acordo com aquele manual, os Bonecos de Estremoz de Maria Isabel Catarrilhas Pires, obedecem à TÉCNICA DE PRODUÇÃO e à ESTÉTICA DO BONECO DE ESTREMOZ.
sexta-feira, 26 de julho de 2024
Inocência Lopes, uma barrista de Estremoz na Feira de Artesanato de Vila do Conde
Preâmbulo
Há já algum tempo que venho acompanhando o trabalho da barrista Inocência Lopes, que no ano transacto viu trabalhos seus serem expostos no Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz. Tratou-se da exposição “CURIOSIDADES - Figurado de Estremoz de Inocência Lopes”, que ali esteve patente ao público entre 18 de Maio e 3 de Setembro, conforme noticiei oportunamente, o que pode ser lido aqui e aqui.
Desde 2022 que a barrista tem a sua produção certificada pela ADERE-CERTIFICA, único organismo de certificação acreditado pelo IPAC - Instituto Português de Acreditação. Significa isto que os Bonecos de Estremoz produzidos por Inocência Lopes, estão de acordo com o MANUAL DE CERTIFICAÇÃO “BONECOS DE ESTREMOZ”, publicado pela ADERE-CERTIFICA em 2018. De acordo com aquele manual, os Bonecos de Estremoz de Inocência Lopes, obedecem à TÉCNICA DE PRODUÇÃO e à ESTÉTICA DO BONECO DE ESTREMOZ.
Em 2024 participa entre 20 e 27 de Julho, com stand próprio, na 46ª Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde. Fá-lo na condição de barrista independente, que se inscreveu por sua própria iniciativa e se deslocou pelos seus próprios meios.
Na Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde, Inocência Lopes apresentou duas criações, as quais despertaram a minha atenção e que passo a descrever.
Merenda
Uma Família de camponeses alentejanos merenda ao ar livre, sentados sobre uma garrida manta de listas do Freixo. Todos comem a partir do seu próprio tarro, aquilo que configura ser uma sopa de tomate alentejana. O pai enverga o tradicional traje de pastor. A mãe veste o também tradicional traje de camponesa alentejana, do qual sobressaem as meias de três agulhas, com listas alternadamente de ocre amarelo e ocre castanho, à moda da Serra d’Ossa, bem como um lenço vermelho pintalgado de branco, usado “à mourisca”. Tanto o marido como a mulher usam um chapéu preto, pendurado para o lado das costas. O petiz usa uns vulgares calções à jardineira.
Ao centro e sobre a manta, encontra-se estendida uma toalha de quadrados brancos, ladeados a vermelho. Sobre esta, um chouriço e ao lado deste, uma faca. Em frente destes, um pão e um queijo que já foram cortados. À sua frente, uma cabaça tapada com rolha de cortiça, que é suposto conter azeitonas e mais além um barril de barro, vedado com uma tampa de cortiça e um tarro do mesmo material, destinado a beber a água do barril. Junto ao petiz e à direita, um pião e a guita que o faz rodar, bem como as tampas dos 3 tarros e o taleigo confeccionado com retalhos de tecido e no qual o pastor transporta a “bóia” quando anda a apascentar o gado.
Um tríptico?
As três composições “Presépio da manta alentejana”, “Merenda” e “Momento familiar” revelam em si uma grande unidade temática, para além da unidade subjacente à técnica de produção e à estética do Boneco de Estremoz. De tal modo que me atrevo a pensar que eles constituem um tríptico de composições paradigmáticas que são uma exaltação da Família e um hino á Identidade Cultural Alentejana.
Parabéns, Inocência Lopes.
Bem haja pelas suas criações que nos deleitam o Espírito e aquecem a Alma.
domingo, 21 de abril de 2024
Como era Portugal antes do 25 de Abril de 1974
COMO ERA PORTUGAL ANTES DO 25 DE ABRIL DE 1974
Publicado no jornal E, nº 332, de 11 de abril de 2024
Publicado inicialmente em 21 de Abril de 2024
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Inauguração da Exposição "PARAÍSO" de Joana Santos na @arquivolivraria, em Leiria, no sábado, dia 2 de Março
"O paraíso não é um lugar, é uma condição da
alma." - Simone Weil
O que é o Paraíso? Onde é o Paraíso? O Paraíso existe?
O Paraíso pode ser um destino final. Um lugar celestial ao
qual se chega no final dos dias corpóreos, como uma recompensa. Pode ser um
espaço tangível, exótico, perfeito onde a natureza abundante é habitada por
seres que vivem em uníssono e onde a felicidade é eterna.
O Paraíso pode ser um espaço que nos habita, que nasce e
cresce dentro de nós.
Este é o Paraíso que nasceu das minhas mãos, materializado
na delicadeza do grés branco, nos tons azuis e verdes dos cabelos livres das
figuras que o habitam, no amarelo ocre das folhas de ginkgo biloba ou no
vermelho coração. Uma reflexão sobre o amor, em particular o amor-próprio,
vivido no feminino. Uma Ode ao Paraíso como corpo e à sua relação com o mundo
físico que o encapsula. Ode também ao mundo interior que se preenche de
sentimentos, ideias e tempo.
O Paraíso encontrado no ato da criação, da ideia ao desafio
de lhe dar forma usando o barro, tornando físico o meu Paraíso particular e
pessoal.
Convido-vos a virem descobrir o meu "Paraíso".
De 2 a 31 de março, na @arquivolivraria, em Leiria.
Inauguração, dia 2 de Março, pelas 18h30!
Conto convosco?
REPORTAGEM FOTOGRÁFICA DA EXPOSIÇÃO
sexta-feira, 8 de dezembro de 2023
Vera Magalhães recebeu o Certificado de Artesã Produtora de Bonecos de Estremoz
Teve lugar ontem no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Estremoz, uma Sessão Comemorativa do 6.º aniversárioda Inscrição da Produção de Figurado em Barro de Estremoz na ListaRepresentativa de Património Cultural Imaterial da UNESCO.
No decurso da cerimónia foi entregue
à barrista Vera Magalhães, o Certificado de Artesã Produtora de Bonecos deEstremoz, que lhe foi outorgado pela Adere-CERTIFICA, entidade credenciada para
conceder aquela certificação.
Anteriormente, a barrista Vera
Magalhães frequentou um “Curso de Formação sobre Técnicas de Produção de
Bonecos de Estremoz”, que entre 20 de Setembro a 6 de Dezembro de 2019, teve
lugar no Palácio dos Marqueses de Praia e Monforte, em Estremoz. O Curso foi
promovido pelo CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património, em parceria com o Município de Estremoz. O Curso com a duração de
150 horas e de Nível QNQ 2, teve formação técnica a cargo do barrista Jorge da
Conceição. Foi frequentado por 16 formandos, dos quais até à presente data, 4
foram certificados pela Adere – CERTIFICA, como artesãos produtores de Bonecos
em Barro de Estremoz.
Mais recentemente, a barrista teve
a Exposição “TRADIÇÃO
E CULTURA - Bonecos de Estremoz de Vera Magalhães” patente ao público no
Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz, entre os dias 9 de Setembro e 26
de Novembro.
Bonecos de Estremoz de Vera Magalhães
Seis esculturas em alto relevo
Vera Magalhães e a escultura em alto-relevo
As Manas Perliquitetes de Vera Magalhães
Auto das damas dos girassóis
Vera Magalhães no Reino de Liliput
A Dama dos Girassóis de Vera Magalhães




























