sábado, 27 de julho de 2024

Maria Isabel Catarrilhas Pires, uma barrista de Estremoz na Feira de Artesanato de Vila do Conde

 


Há já algum tempo que venho acompanhando o trabalho da barrista Maria Isabel Catarrilhas Pires, sobre a qual comecei por escrever uma pequena nota biográfica no meu livro BONECOS DE ESTREMOZ, publicado em 2018, a qual pode ser lida aqui.

Desde 2018 que a barrista tem a sua produção certificada pela ADERE-CERTIFICA, único organismo de certificação acreditado pelo IPAC - Instituto Português de Acreditação. Significa isto que os Bonecos de Estremoz produzidos por Maria Isabel Catarrilhas Pires, estão de acordo com o MANUAL DE CERTIFICAÇÃO “BONECOS DE ESTREMOZ”, publicado pela ADERE-CERTIFICA em 2018. De acordo com aquele manual, os Bonecos de Estremoz de Maria Isabel Catarrilhas Pires, obedecem à TÉCNICA DE PRODUÇÃO e à ESTÉTICA DO BONECO DE ESTREMOZ.

O acompanhamento do trabalho desta barrista tem-me levado a elaborar textos sobre algumas das suas criações: Isabel Pires e o velho camponês alentejano – 2020 (ler aqui), Isabel Pires e a Alegoria do Outono – 2020 (ler aqui) e "O Amor é cego" com a "Sagrada Família" no coração – 2021 (ler aqui). Esta última criação, assim como as alegorias das 4 estações, estão entre os exemplares em que é mais notória a criatividade da barrista. No caso de "O Amor é cego" com a "Sagrada Família" no coração teve a genialidade de conceber uma figura composta tematicamente bivalente, uma vez que é simultaneamente um Presépio e uma figura de Carnaval. No caso das alegorias das quatro estações, porque teve a ousadia de abordar a criação de alegorias das outras estações para além da Primavera. Fê-lo duma forma coerente com a representação da Primavera. São exemplos paradigmáticos das suas criações que me apraz registar e que integram a sua participação entre 20 e 27 de Julho, em stand partilhado com a barrista Sara Sapateiro, na 46ª Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde. Fá-lo na condição de barrista independente, que se inscreveu por sua própria iniciativa e se deslocou pelos seus próprios meios.
A barrista, como já tive oportunidade de observar, tem um estilo acentuamente personalizado, assente numa profunda interpretação naturalista e num cromatismo muito vivo, que tornam apelativas as figuras que cria. Como tal é merecedora dos meus melhores encómios.

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