Lúcia Cóias (1934-2023).
Empregada de comércio e
poetisa, natural de Estremoz.
LIVROS – Poesia Popular
(2015); Rosas Brancas (2016).
As bilhas de Estremoz
Do
barro saem as bilhas tão formosas
Pelas
mãos do oleiro bem moldadas
De
flores, troncos e pedrinhas enfeitadas
Tão
bonitas, tão singelas, tão vistosas
Foram
noutros tempos, uma fonte de riqueza
Orgulho
de Estremoz também outrora
Espalhadas
com prazer p’lo mundo fora
Depois
de matarem a fome à pobreza
E
lá na campina, quando o sol abrasava
P’la
charneca, moça morena na bilha levava
A
água fresquinha para o cavador
Alegre
e serena, escondendo desejos
Matava
depois a sede com beijos
Qual
Samaritana dando água ao Senhor
Publicado inicialmente em 27 de Março de 2017
Sem comentários:
Enviar um comentário