sexta-feira, 17 de maio de 2024
Ser ou não ser, eis a questão
sábado, 11 de maio de 2024
Atributos, pormenores, estilo e liberdade cromática
domingo, 5 de maio de 2024
Dia da Mãe e Bonecos de Estremoz
O Dia da Mãe é uma data comemorativa que visa homenagear anualmente a maternidade e as mães pelo amor, carinho e dedicação que têm com os seus filhos, servindo igualmente para reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães. Em Portugal, é comemorado no primeiro domingo de Maio, mês conhecido entre os católicos como o mês de Maria, Mãe de Jesus (em particular Nossa Senhora de Fátima), o que acontece desde a década de 70 do século passado. Até então e desde 1950 que a comemoração do Dia da Mãe, instituído pela Mocidade Portuguesa Feminina, organização juvenil do Estado Novo, ocorria a 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Deste modo, no conjunto dos Bonecos de Estremoz, os exemplares que numa perspectiva católica e sob um ponto de vista temático, estão associadas ao Dia da Mãe são:
1 - NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO – Representação da Virgem Maria concebida sem pecado original, através de dogma pelo Papa Pio IX (1792-1878) na sua bula “Ineffabilis Deus” em 8 de Dezembro de 1854. Tem sete atributos: a meia-lua e a serpente sob os pés, os anjos e a nuvem nos pés, as mãos postas ao nível do coração, o manto azul e a coroa com cruz.
2 - NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – Representação de uma das invocações atribuídas à Virgem Maria e que teve a sua origem nas aparições recebidas por três pastorinhos no lugar da Cova da Iria (Fátima), a primeira das quais ocorreu no dia 13 de Maio de 1917 ao meio-dia. Tem como principais atributos: o manto e a túnica claros, as mãos postas ao nível do coração, coroa com cruz e a seus pés, três crianças de joelhos, de mãos postas e de cabeça levantada para a Virgem.
3 - SAGRADA FAMÍLIA – Representação da família de Jesus de Nazaré, composta de acordo com a Bíblia por José, Maria e Jesus.
4 - NOSSA SENHORA A CAVALO (FUGA PARA O EGIPTO) - Representação dum evento relatado no Evangelho de São Mateus (Mateus 2:13-25), no qual após a Adoração dos Magos, José foge para o Egipto com Maria sua esposa e seu filho recém-nascido Jesus, após ter sido avisado por um Anjo do Senhor, do massacre de crianças com menos de dois anos, que ia ser perpetrado por ordem de Herodes I, o Grande, receoso que a criança que os Magos proclamavam como novo rei, lhe tomasse o trono e o poder.
5 - PIEDADE – Representação de Jesus morto nos braços de sua mãe.
Hernâni Matos
Publicado inicialmente a 7 de Maio de 2023
domingo, 28 de abril de 2024
Pastoras ofertantes de pezinhos
Na barrística popular de Estremoz existe uma figura cuja origem remonta, pelo menos, ao último quartel do séc. XIX e que é conhecida por “Senhora de pezinhos”. Trata-se de uma figura que tem como atributos, prescindir de base (ser assente nos pezinhos e no vestido/saia) e ter ambas as mãos assentes frontalmente nas pernas e abaixo da anca (Fig. 2).
O presente escrito tem por finalidade chamar a atenção para o facto de a “Senhora de pezinhos” não ser o único espécime da nossa barrística cujo assentamento se efectua nos pezinhos e no vestido/saia. Com efeito, existem também figuras de pastoras ofertantes do último quartel do séc. XIX, cujo assentamento é do mesmo tipo (Fig. 1). Trata-se de “Pastoras ofertantes de pezinhos”, que nos exemplares desta figura transportam um borrego ao colo e um cesto com queijos na cabeça. Outros exemplares haverá, segundo creio, que transportem aves ao colo e ovos na cabeça.
terça-feira, 16 de abril de 2024
Repórter de concertos de violino
domingo, 7 de abril de 2024
Lembrança da Olaria
segunda-feira, 25 de março de 2024
Atrás da Primavera, outras Primaveras hão de vir
domingo, 24 de março de 2024
A Primavera de Joana Oliveira
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Inauguração da Exposição "PARAÍSO" de Joana Santos na @arquivolivraria, em Leiria, no sábado, dia 2 de Março
"O paraíso não é um lugar, é uma condição da
alma." - Simone Weil
O que é o Paraíso? Onde é o Paraíso? O Paraíso existe?
O Paraíso pode ser um destino final. Um lugar celestial ao
qual se chega no final dos dias corpóreos, como uma recompensa. Pode ser um
espaço tangível, exótico, perfeito onde a natureza abundante é habitada por
seres que vivem em uníssono e onde a felicidade é eterna.
O Paraíso pode ser um espaço que nos habita, que nasce e
cresce dentro de nós.
Este é o Paraíso que nasceu das minhas mãos, materializado
na delicadeza do grés branco, nos tons azuis e verdes dos cabelos livres das
figuras que o habitam, no amarelo ocre das folhas de ginkgo biloba ou no
vermelho coração. Uma reflexão sobre o amor, em particular o amor-próprio,
vivido no feminino. Uma Ode ao Paraíso como corpo e à sua relação com o mundo
físico que o encapsula. Ode também ao mundo interior que se preenche de
sentimentos, ideias e tempo.
O Paraíso encontrado no ato da criação, da ideia ao desafio
de lhe dar forma usando o barro, tornando físico o meu Paraíso particular e
pessoal.
Convido-vos a virem descobrir o meu "Paraíso".
De 2 a 31 de março, na @arquivolivraria, em Leiria.
Inauguração, dia 2 de Março, pelas 18h30!
Conto convosco?
REPORTAGEM FOTOGRÁFICA DA EXPOSIÇÃO
domingo, 18 de fevereiro de 2024
Cristo na coluna
Cristo na coluna. José Moreira (1926-1991). Colecção particular.
https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2023-04/santuarios-flagelacao-condenacao-jesus.html . [Consultado em 18 de Fevereiro de 2024].
WIKIPÉDIA. Flagelação de Jesus. [Em linha]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Flagelação_de_Jesus . [Consultado em 18 de Fevereiro de 2024].
WIKIWAND. Flagelação de Jesus. [Em linha]. Disponível em: https://www.wikiwand.com/pt/Flagelação_de_Jesus . [Consultado em 18 de Fevereiro de 2024].
[i]
A flagelação era uma forma de suplício infringido pelos romanos, visando
castigar crimes, obter confissões ou preparar execuções capitais. Para esse
efeito, recorriam ao “flagelo”, chicote constituído por tiras de cabedal ou
corda com pedaços de ferro nas pontas, com o qual açoitavam as vítimas.
[ii] No contexto do simbolismo e arte cristãos, a coluna é um dos “instrumentos maiores” da Paixão de Cristo. Outros são: a cruz, a coroa de espinhos, o chicote, a esponja, a lança, os pregos e o véu de Verónica. Para além destes, existem ainda outros que são considerados “instrumentos menores”. Uns e outro são vistos como armas que Jesus utilizou para derrotar Satã e são tratados como símbolos heráldicos.