segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Searinhas do Menino Jesus


Searinha do Menino Jesus. Fotografia de Carlos Dalves (http://olhares.aeiou.pt)

Uma tradição que ainda hoje se cumpre no Alentejo é a sementeira das “Searinhas do Menino Jesus”, já referida por A. Thomaz Pires (2) e que se efectua cerca de um mês antes do Natal.
Consiste esta tradição em lançar, em pequenos recipientes (pires ou chávenas) alguns grãos de trigo que são humedecidos com água para germinar, após o que são diariamente borrifados com a mesma, a fim de os rebentos se manterem viçosos.
As searinhas são utilizadas no presépio e no oratório, assim como são levadas à mesa da Consoada, na crença de que o Menino Jesus abençoe o trigo, de modo que nunca falte pão em casa e na mesa.
A. Thomaz Pires cita D. José Coroleu (Las supersticiones de la humanidad) quando afirma que as searinhas “(…) recordam as sementes semeadas nos testos pelas mulheres Phrygias, e que levavam ao terrado para germinarem aos raios do Sol.”.
Parece não restarem dúvidas que se trata de mais um aproveitamento cristão duma tradição pagã. Na verdade, a festa pagã do solstício de Inverno que comemorava o renascimento do Sol, foi substituída pela festa cristã do Natal, que celebra o nascimento de Cristo. Daí que usos e costumes que lhe estavam associados tenham sido adaptados ao Cristianismo, pelo que são reminiscência das antigas crenças.


BIBLIOGRAFIA
(1) - PESTANA, M. Inácio. Etnologia do Natal Alentejano. Assembleia Distrital de Portalegre. Portalegre, 1978.
(2)  – PIRES, A. Thomaz. A noite de Natal, o Anno Bom e os Santos Reis. 2ª edição. António José Torres de Carvalho. Elvas, 1928

Publicado inicialmente em 19 de Dezembro de 2011

domingo, 18 de dezembro de 2011

A Santa Inquisição e o assado de borrego

Auto-de-fé promovido pela Inquisição Portuguesa
na Praça do Comércio em Lisboa, antes do terramoto de 1755.
Gravura anónima do séc. XVIII.

Poucas coisas igualarão o sublime, aromático e gostoso assado de borrego com que fui regalado neste almoço de domingo.
Se fosse o Padre António Delicado (1) e se o Perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé me autorizasse a fazer declarações, eu adagiaria: “Pela boca morre o alentejano!”. Todavia, se Sua Reverência não me autorizasse, das duas uma: ou pagava Bula ou ia dar com os costados ao mais próximo cárcere do Santo Ofício. Aí, de acordo com os Cânones em uso, permaneceria imerso em vinha de alhos, até ser considerado apto a ser assado em lume mais ou menos brando, conforme superior determinação do Inquisidor-Mor. Todavia, como não sou muito gordo, ficaria bem passado, enquanto o Diabo esfrega um olho. Terminada a assadura, Sua Reverência proclamaria:
- Está bem passado o herege. Graças a Deus!
Nesta altura acordei do pesadelo causado por uma digestão difícil que me conduzira à sonolência pós-repasto. E acordei no preciso momento em que a minha pele esturricada pelo lume, rejeitava com frontalidade aquele piedoso “Graças a Deus”. Chiça que não ganhei para o susto!

(1)– António Delicado. Adagios portuguezes reduzidos a lugares communs / pello lecenciado Antonio Delicado, Prior da Parrochial Igreja de Nossa Senhora da charidade, termo da cidade de Euora. Officina de Domingos Lopes Rosa. Lisboa, 1651.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Inverno na Bíblia Sagrada

PAISAGEM DE INVERNO (1610).
Denis van Alsloot (1570-1628).
Óleo sobre madeira (36 x 47 cm).


São múltiplas as referências bíblicas ao Inverno:

- “Enquanto durar a Terra, jamais faltarão sementeira e colheita, frio e calor, Verão e Inverno, dia e noite.” (Génesis 8,22)
- “Estabeleceste os limites da Terra, e formaste o Verão e o Inverno.” (Salmos 74,17)
- “Eis que o Inverno já passou! A chuva já se foi!” (Cântico dos Cânticos 2,11)
- “Também aprenderam que a esperança do ingrato se derrete como a geada do Inverno, e que se espalha como água que não é utilizada.” (Sabedoria 16,29)
- “Tudo será abandonado aos abutres dos montes e às feras selvagens. No Verão, sobre eles estarão as aves de rapina, e sobre eles todas as feras selvagens passarão o Inverno.” (Isaías 18,6)
- “Porque Te tornaste uma protecção para o fraco, um apoio para o indigente na hora da sua aflição, um esconderijo no tempo das águas e uma sombra no sol forte. Porque o ímpeto dos tiranos é como a chuva de Inverno,” (Isaías 25,4)
- “O rei estava na ala de Inverno do palácio, pois era o nono mês; e havia um braseiro aceso diante do rei.” (Jeremias 36,22)
- “Vou derrubar a casa de Inverno e a casa de Verão. Serão destruídas as casas de marfim, desaparecerão os palácios de luxo - oráculo de Javé.” (Amós 3,15)
- “Rezai para que a vossa fuga não aconteça no Inverno, nem num dia de sábado.” (São Mateus 24,20)
- “Naquele dia, sairão águas vivas de Jerusalém. Metade correrá para o mar do lado Nascente e metade para o mar do lado Poente, tanto no Verão como no Inverno.” (Zacarias 14,8)
- “Rezai para que isto não aconteça no Inverno.” (São Marcos 13,18)
- “Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era Inverno.” (São João 10,22)
- “Aliás, o porto não era propício para passar o Inverno. A maioria foi de opinião que se devia partir dali e tentar chegar até Fénix. Este é um porto de Creta, ao abrigo dos ventos Noroeste e Sudoeste. Ali poderiam passar o Inverno.” (Actos dos Apóstolos 27,12)
- “Passados três meses, embarcámos num navio alexandrino, que passara o Inverno na ilha e que tinha os Dióscuros como emblema.” (Actos dos Apóstolos 28,11)
- “Mas talvez eu fique convosco ou até passe aí o Inverno, para que me forneçais os meios para prosseguir viagem.” (I Coríntios 16,6)
- “Procura vir antes do Inverno. Êubulo, Pudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos enviam-te saudações.” (II Timóteo 4,21)
- “Vou enviar-te Ártemas ou Tíquico. Quando chegar aí, faz o possível por vires ter comigo a Nicópolis, onde resolvi passar o Inverno.” (Tito 3,12)
- “Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era Inverno. (São João 10,22)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Inverno no adagiário português


Rancho da azeitona (1916). Dordio Gomes (1890-1976).
Óleo sobre tela  (121 cm x 51 cm). Museu de Évora. 


No adagiário português a presença do Inverno é abundante, já que abarca adágios relativos aos meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março. Todavia, para além disso, a sua presença explícita é igualmente vasta, já que identificámos a existência de inúmeros adágios relativos ao Inverno:
- De Inverno ao fogo, de Verão ao jogo.
- De Inverno ou de Verão não deixes o teu gabão.
- Dos Santos ao Natal é Inverno natural
- Dos Santos ao Natal, Inverno cruel.
- Dos Santos ao Natal, Inverno geral.
- Dos Santos ao Natal, Inverno natural.
- Dos Santos ao Natal, perde a padeira o cabedal.
- Dos Santos ao Natal, perde o marinheiro o cabedal
- Em tempo de Inverno não há em que fiar.
- Em tempo de Inverno ninguém se fie em Deus.
- Inverno chuvoso, verão abundoso.
- Inverno geral, um mês antes do Natal.
- Inverno laborioso, Verão venturoso.
- Inverno nevoso, ano formoso.
- Inverno que não vem em Janeiro, vem em dois de Fevereiro.
- Nem Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
- Nem Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
- Nem Inverno sem capa, nem Verão sem cabaça.
- Nem no Inverno nem no Verão, largues o teu gibão.
- Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem borracha.
- Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
- Nem no Inverno sem copos, nem no Verão sem cabaça.
- Nem por Agosto caminhar, nem por Dezembro marear.
- Nem por Agosto comprar, nem por Dezembro arear.
- No Inverno forneira e no Verão taberneira.
- No Inverno não fiar em Deus.
- No Inverno no fogo, no Verão ao jogo.
- No Inverno romeira e no Verão taberneira.
- No Verão, taberneira, no Inverno, padeira.
- Nove meses de Inverno e três de Inferno.
- O Inverno natural é um mês antes do Natal
- O sol de Inverno, sai tarde e põe-se cedo.
- Se o Inverno não faz o seu dever em Janeiro, fá-lo em Fevereiro.
- Seca de Março e invernia de Abril, põe o lavrador a pedir.
- Sol de Inverno e chuva de Verão, não me enganarão.
- Sol de Inverno sai tarde e põe-se cedo.
- Sol de Inverno sai tarde no outeiro e põe-se cedo no viso.
- Sol de Inverno sempre anda de trás do outeiro.
- Sol de Inverno tarde sai e cedo vai.
Sol de Inverno, chuva de Verão, amor de puta e palavrinhas doces do meu capitão, a mim não me enganarão.
Sol de Inverno, chuva de Verão, amor de rameira e palavrinhas doces de meu capitão, a num não me enganarão.
- Sol de Inverno, chuva de Verão, choro de mulher e palavra de ladrão, ninguém caia, não.
- Sol nascente desfigurado, no Inverno frio, no Verão molhado.
- Três semanas antes do Natal, Inverno geral.
- Trovão no Invemo, tempo moderno.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.
- Trovoada de baixo, Inverno de cima e palavra de gente do Bilhó, tudo é uma coisa só.
- Trovoada de baixo. Inverno de cima e homem de Curralim, todos três são coisa ruim.
- Vento suão, água na mão; de Inverno sim, que de Verão não.
- Vento suão, chuva na mão, de Inverno sim, de Verão não.
- Vento suão, molha no Inverno e seca no Verão.
- Verão fresco. Inverno chuvoso. Estio perigoso.
 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Inverno na Pintura Universal

INVERNO (Finais do séc. XIV). Iluminura de mestre desconhecido, pertencente ao “Tacuinum
Sanitatis”, livro medieval sobre o bem-estar, com base no Taqwin al sihha تقوين الصحة ("Quadros
de Saúde"), tratado do século XI da autoria  do médico árabe Ibn Butlan de Bagdad, o qual 
pertence à Biblioteca Casanatense, em Roma.

O Inverno é o tema central de telas criadas por grandes nomes da pintura universal, dos quais destacamos, associados por épocas/correntes da pintura:
- IDADE MÉDIA: Autor desconhecido (Finais do séc. XIV).
- RENASCENTISMO: Pieter Bruegel, “ O Velho (c. 1525-1569), flamengo.
- MANEIRISMO: Tintoretto (1518-1594), italiano; Antoine Caron (1521-1599), francês; Jacob Grimmer (c. 1525-1590), flamengo; Giuseppe Arcimboldo (1526-1593), italiano; Francesco Bassano (1549-1592), italiano; Abel Grimmer (c. 1570-c. 1619), flamengo.
- BARROCO: Joos de Momper (1564-1634/35), flamengo; Abraham Bloemaert (1566-1651), holandês; Denis van Alsloot (1570-1626), flamengo; Francesco Albani (1578-1660), italiano; Joost Cornelisz Droochsloot (1586-1666), holandês; Gijsbrecht Leytens (1586-1642/57), flamengo; Jan Wildens (1586-1653), flamengo; Adriaen Pietersz. van de Venne (1589-1662), holandês; Jacques Fouquier (1590-1659), flamengo; Nicolas Poussin (1594-1665), francês; Lucas van Uden (1595-1672), flamengo; Jan van Goyen (1596-1656), holandês; Simon de Vlieger (1601-1653), holandês; Aert van der Neer (1603/04-1677), holandês; Harmenszoon van Rijn Rembrandt (1606-1669), holandês; Hendrick Avercamp (1612-1679), holandês; Caesar van Everdingen (1617-1678), holandês; Philips Wouwerman (1619-1668), holandês; Isaack van Ostade (1621-1649), holandês; Jan Abrahamsz Beerstraten (1622-1666), flamengo; Jan van de Capelle (1626-1679), holandês; Jacob Isaackszon van Ruisdael (c. 1628-1682), holandês; Klaes Molenaer (c. 1630-1676), holandês; Esaias van de Velde (1636-1672), holandês; Johann Heiss (1640-1704), alemão; Rosalba Carriera (1675-1757), italiano; Jacques de Lajoue (1686-1761), francês; Nicolas Lancret (1690-1743), francês; Jacob de Wit (1695-1754), holandês; Anton Kern (1709-1747), alemão; Jan van Os (1744-1808), holandês; Abraham van, I Strij (1753-1826) holandês.
- RÓCÓCÓ: François Boucher (1703-1770), francês.
- ROMANTISMO: Caspar David Friedrich (1774-1840), alemão; Ernst Ferdinand Oheme (1797-1855), alemão; Karl Blechen (1797-1840), alemão; Heinrich Burkel (1802-1869), alemão; Barend Cornelis Ó Koekkoek (1803-1862), holandês.
- NEOCLASSICISMO: Auguste Raffet (1804-1860), francês.
E que nos mostram estes mestres da pintura universal?
Céu muitas vezes carregado como prenúncio de tempestade ou limpo se já choveu ou nevou. Paisagens em que quase sempre chove, neva ou há nevoeiro. Rios e lagos gelados. Solo coberto de gelo, no qual pessoas escorregam ou se enterram por ser pouco espesso e onde é necessário deslocar-se de patins ou de trenó. Casas com telhado coberto de neve, a qual também cobre o solo, onde a deslocação se faz com recurso a raquetes e esquis. Brincadeiras e jogos de crianças e de adultos, no gelo e na neve. Casas com lareiras acesas e chaminés fumegantes para onde se dirigem pessoas carregando lenha às costas ou de trenó. Árvores despidas de folhas. Actividades agro-pastoris praticamente inexistentes. Cenas de caça ou de regresso dela. Pessoas que vestem roupas da época ou até mesmo peles que as protegem do frio e que quando ao ar livre têm sempre a cabeça coberta.
Em suma: É Inverno!


INVERNO (?).
Jacob Grimmer (c. 1525-1590).
Óleo sobre madeira (36,5 x 59,5 cm).
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest.
INVERNO (1563).
Giuseppe Arcimboldo (1526-1593).
Óleo sobre painel (67 x 51 cm).
Kunsthistorisches Museum, Vienna.
INVERNO (c. 1564).
Tintoretto (1518-1594).
Óleo sobre tela (diâmetro 90 cm).
Scuola Grande di San Rocco, Venice.
PAISAGEM DE INVERNO COM PATINADORES
E UMA ARMADILHA DE AVES (1565).
Pieter Bruegel, “ O Velho (c. 1525-1569).
Óleo sobre painel.
Musées Royaux des Beaux-Arts, Brussels.
O TRIUNFO DO INVERNO (c. 1568).
Antoine Caron (1521-1599).
Óleo sobre tela (103 x 179 cm).
Colecção privada.
INVERNO (1577-78).
Francesco Bassano (1549-1592).
Óleo sobre tela (115 x 184 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
INVERNO NUMA CIDADE HOLANDESA (?).
Joost Cornelisz Droochsloot (1586-1666).
Óleo sobre painel (51 x 75 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.

INVERNO (1607).
Abel Grimmer (c. 1570-c. 1619).
Óleo sobre painel (33 x 47 cm).
Koninklijk Museum voor Schone Kunsten, Antwerp.

PAISAGEM DE INVERNO COM PATINADORES (C. 1608).
Hendrick Avercamp (1612-1679).
Óleo sobre madeira (78 x 132 cm).
Rijksmuseum, Amsterdam.

INVERNO (1614).
Adriaen Pietersz. van de Venne (1589-1662).
Óleo sobre carvalho (43 x 68 cm).
Staatliche Museen, Berlin.

PAISAGEM DE INVERNO COM CAÇADORES (?)
Lucas van Uden (1595-1672).
Óleo sobre tela (41 x 66 cm).
Colecção privada.

“INVERNO” OU “O TRIUNFO DE DIANA” (1616-17).
Francesco Albani (1578-1660).
Óleo sobre tela (diâmetro 154 cm).
Galleria Borghese, Rome.
PAISAGEM DE INVERNO NA FLORESTA DE SOIGNES,
COM A FUGA PARA O EGIPTO (c. 1616).
Denis van Alsloot (1570-1626).
Óleo sobre painel de carvalho (49 x 67 cm).
Colecção privada.
PAISAGEM DE INVERNO (1617).
Jacques Fouquier (1590-1659).
Óleo sobre painel (58 x 77 cm).
Fitzwilliam Museum, Cambridge.
PAISAGEM DE INVERNO (1620-40).
Gijsbrecht Leytens (1586-1642/57).
Óleo sobre painel (72 x 89 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
PAISAGEM DE INVERNO (c. 1620).
Joos de Momper (1564-1634/35).
Óleo sobre painel (49,5 x 82,5 cm).
Colecção privada.
PAISAGEM DE INVERNO COM CAÇADOR (1624).
Jan Wildens (1586-1653).
Óleo sobre tela (194 x 292 cm).
Gemäldegalerie, Dresden.
ALEGORIA DO INVERNO (1625-30).
Abraham Bloemaert (1566-1651).
Óleo sobre tela (70 x 57 cm).
Musée du Louvre, Paris.
PAISAGEM DE INVERNO (1629).
Esaias van de Velde (1636-1672).
Óleo sobre carvalho (11,2 x 14,9 cm).
Wallraf-Richartz Museum, Cologne.
PAISAGEM DE INVERNO COM PONTE DE MADEIRA(?).
Philips Wouwerman (1619-1668).
Óleo sobre carvalho (29 x 37 cm).
Staatliche Museen, Berlin.

ALDEIA DE NIEUKOOP NO INVERNO COM FUNERAL DE CRIANÇA (?).
Jan Abrahamsz Beerstraten (1622-1666).
Óleo sobre tela (91,5 x 128,8 cm).
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest.
PAISAGEM DE INVERNO (c. 1643).
Isaack van Ostade (1621-1649).
Óleo sobre madeira (72 x 114 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
VISTA DE HAIA NO INVERNO (1645).
Jan van Goyen (1596-1656).
Óleo sobre painel (52 x 70 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
RIO NO INVERNO (c. 1645).
Aert van der Neer (1603/04-1677).
Óleo sobre painel (36 x 62 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
O LADO NOROESTE DA PORTA DE ROTTERDAM
EM DELFT NO INVERNO (1645-50).
Simon de Vlieger (1601-1653).
Giz preto, pincel e tinta cinzenta (148 x 233 mm).
Rijksmuseum, Amsterdam.
INVERNO (1646).
Caesar van Everdingen (1617-1678).
Óleo sobre tela (97 x 81 cm).
Rijksmuseum, Amsterdam.
PAISAGEM DE INVERNO (1646).
Harmenszoon van Rijn Rembrandt (1606-1669).
Óleo sobre carvalho (17 x 23 cm).
Staatliche Museen, Kassel.

PAISAGEM DE INVERNO (1650).
Jan van de Capelle (1626-1679).
Óleo sobre Madeira.
Rijksmuseum Twenthe, Enschede.
PAISAGEM DE INVERNO (1660).
Klaes Molenaer (c. 1630-1676).
Óleo sobre tela (77 x 110 cm).
Colecção privada.
INVERNO (1660-64).
Nicolas Poussin (1594-1665).
Óleo sobre tela (118 x 160 cm).
Musée du Louvre, Paris.
ALEGORIA DO INVERNO (1665).
Johann Heiss (1640-1704).
Óleo sobre cobre (29 x 37 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.

PAISAGEM DE INVERNO (c. 1670).
Jacob Isaackszon van Ruisdael (c. 1628-1682).
Óleo sobre tela (66 x 97 cm).
Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid.
INVERNO (?)
Jacques de Lajoue (1686-1761).
Caneta e pincel, tinta indiana e aguarela sobre
 desenho a lápis de preparação (274 x113 mm).
The Hermitage, St. Petersburg.
INVERNO (c. 1725).
Rosalba Carriera (1675-1757).
Pastel sobre papel cinza colado no cartão (24 x 19 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
INVERNO (1735).
François Boucher (1703-1770).
Óleo sobre tela (55,3 x 71,3 cm).
Frick Collection, New York.
INVERNO (1738).
Nicolas Lancret (1690-1743).
Óleo sobre tela (69 x 89 cm).
Musée du Louvre, Paris.
OUTONO E INVERNO (1747).
Anton Kern (1709-1747).
Óleo sobre tela (165 x 126 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
ALEGORIAS DAS QUATRO ESTAÇÕES –
- INVERNO (1751-52).
Jacob de Wit (1695-1754).
Óleo sobre tela (216 x 146 cm).
Staatliche Museen, Kassel.
PAISAGEM DE INVERNO (?).
Jan van Os (1744-1808).
Óleo sobre painel (27 x 35 cm).
Colecção privada.
UMA CENA DE INVERNO (?).
Abraham van, I Strij (1753-1826)
Óleo sobre painel (61 x 55 cm).
Colecção privada.
PAISAGEM DE INVERNO (1811).
Caspar David Friedrich (1774-1840).
Óleo sobre tela (32 x 45 cm).
National Gallery, London.
CATEDRAL NO INVERNO (1821).
Ernst Ferdinand Oheme (1797-1855).
Óleo sobre tela (127 x 100 cm).
Gemäldegalerie, Dresden.
CEMITÉRIO DE SÃO PEDRO NO INVERNO (?).
Heinrich Burkel (1802-1869).
Óleo sobre tela (43 x 44 cm).
Residenzgalerie, Salzburg.
DOIS HUSSARDS FRANCESES EM PATRULHA NO INVERNO (?).
Auguste Raffet (1804-1860).
Óleo sobre tela (45 x 54 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
PASSAGEM ALPINA COM MONGES (1833).
Karl Blechen (1797-1840).
Aguarela sobre papel (230 x 320 mm).
Staatliche Graphische Sammlung, Munich.
PAISAGEM DE INVERNO (1838).
Barend Cornelis Ó Koekkoek (1803-1862).
Oleo sobre tela (62 x 75 cm).
Rijksmuseum, Amsterdam.