- Após a névoa opaca do Inverno, sempre vem o colorido vivo da Primavera
- Foi atravessando os rigores do Inverno que o tempo chegou à Primavera.
- Uma flor não faz Primavera.
- Uma palavra gentil é como um dia de Primavera.
"O paraíso não é um lugar, é uma condição da
alma." - Simone Weil
O que é o Paraíso? Onde é o Paraíso? O Paraíso existe?
O Paraíso pode ser um destino final. Um lugar celestial ao
qual se chega no final dos dias corpóreos, como uma recompensa. Pode ser um
espaço tangível, exótico, perfeito onde a natureza abundante é habitada por
seres que vivem em uníssono e onde a felicidade é eterna.
O Paraíso pode ser um espaço que nos habita, que nasce e
cresce dentro de nós.
Este é o Paraíso que nasceu das minhas mãos, materializado
na delicadeza do grés branco, nos tons azuis e verdes dos cabelos livres das
figuras que o habitam, no amarelo ocre das folhas de ginkgo biloba ou no
vermelho coração. Uma reflexão sobre o amor, em particular o amor-próprio,
vivido no feminino. Uma Ode ao Paraíso como corpo e à sua relação com o mundo
físico que o encapsula. Ode também ao mundo interior que se preenche de
sentimentos, ideias e tempo.
O Paraíso encontrado no ato da criação, da ideia ao desafio
de lhe dar forma usando o barro, tornando físico o meu Paraíso particular e
pessoal.
Convido-vos a virem descobrir o meu "Paraíso".
De 2 a 31 de março, na @arquivolivraria, em Leiria.
Inauguração, dia 2 de Março, pelas 18h30!
Conto convosco?
REPORTAGEM FOTOGRÁFICA DA EXPOSIÇÃO
O Museu Berardo Estremoz irá receber, dia 9 de março de 2024, pelas 16:00 horas, o lançamento do livro "Património Azulejar de Estremoz: Capela da Rainha Santa Isabel, Capela de Nossa Senhora dos Mártires e Igreja de Nossa Senhora da Consolação", de Elisabete Pimentel, com grafismo de Rui Pimentel, publicada pelas Edições Húmus e patrocinada pelo Município de Estremoz.
A obra pretende dar a conhecer o património azulejar de
alguns dos monumentos religiosos mais relevantes de Estremoz, descrevendo-os
artisticamente e aprofundando o conhecimento já existente sobre os mesmos. O
trabalho surge no âmbito de uma filosofia de valorização do património cultural
de Estremoz, onde o conhecimento, a difusão da informação e a fruição são os
grandes pilares.
Elisabete Pimentel tem formação em Letras, História, e
também em Artes, Pintura e Cerâmica, área que exerceu ativamente com a criação
de peças escultóricas, criação de painéis decorativos de azulejos, mas também
fazendo cópias de azulejos do século XVIII. Radicada na cidade de Estremoz faz
parte do Grupo Cidade – Cidadãos pela Defesa do Património de Estremoz e
entendeu que era importante estudar o rico património azulejar de Estremoz,
enquadrá-lo historicamente o que resultou na publicação do estudo e divulgação
da “Capela da Rainha Santa Isabel, Capela de Nossa Senhora dos Mártires e
Igreja de Nossa Senhora da Consolação”, considerando ser este o primeiro volume
do estudo a que se propôs.
Entrada livre! Venha assistir e participar!
Cristo na coluna. José Moreira (1926-1991). Colecção particular.
[i]
A flagelação era uma forma de suplício infringido pelos romanos, visando
castigar crimes, obter confissões ou preparar execuções capitais. Para esse
efeito, recorriam ao “flagelo”, chicote constituído por tiras de cabedal ou
corda com pedaços de ferro nas pontas, com o qual açoitavam as vítimas.
[ii] No contexto do simbolismo e arte cristãos, a coluna é um dos “instrumentos maiores” da Paixão de Cristo. Outros são: a cruz, a coroa de espinhos, o chicote, a esponja, a lança, os pregos e o véu de Verónica. Para além destes, existem ainda outros que são considerados “instrumentos menores”. Uns e outro são vistos como armas que Jesus utilizou para derrotar Satã e são tratados como símbolos heráldicos.
Garrafão em barro de tonalidade vermelha, vidrado, de base
circular plana, corpo ovóide, colo cilindriforme e carenado a meia altura da
parede, bordo ligeiramente extrovertido e arredondado. Imediatamente abaixo da
carena deriva uma asa de secção rectangular, que finda na zona de diâmetro
máximo do bojo.
A superfície exterior está decorada com três manchas de
engobe, de cor amarelo de palha, de forma irregular, dispostas praticamente a
partir do início do colo e até à base. Estas manchas receberam decoração
esponjada, a verde e a amarelo.
Sobre cada uma das três manchas de engobe estão esgrafitadas
as inscrições: “Ai que belo”, “Viva a boa pinga” e a quadra: