quinta-feira, 17 de março de 2022
Ilustrações de Margarida Maldonado em Exposição
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
Associações querem suspensão das obras na antiga Casa do Alcaide-Mor em Estremoz
Texto transcrito com a devida vénia do jornal LINHASDEELVAS.PT, diário digital do jornal “Linhas de Elvas” de 23-11-2021. Fotografias transcritas com a devida vénia do jornal “Publico" da mesma data.
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
Eu e António Aleixo
terça-feira, 12 de outubro de 2021
Monumento nacional demolido em Estremoz para dar lugar a hotel de charme
Com o
arranque, no mês de Abril, das obras de adaptação de um conjunto de antigos
edifícios abandonados, entre eles a “Casa do Alcaide-Mor”, que é monumento
nacional desde 1924, para dar lugar a um hotel de charme e várias habitações
turísticas, com a designação de villas, fica encerrado um conturbado
processo iniciado em 2016.
No
entanto, a polémica persiste. Vítor Cóias, especialista na requalificação e
reabilitação de património que privilegia a utilização de técnicas e materiais
tradicionais, contesta opções do projecto que é assinado pelos arquitectos Siza
Vieira e Carlos Castanheira. Na informação que prestou ao PÚBLICO,
interroga-se: “Pode-se demolir um monumento nacional e substituí-lo por uma
réplica com estrutura de betão armado?” E dá a resposta: “Pode, como se
demonstra com a Casa do Alcaide-Mor da Cidadela de Estremoz.”
Ao fim de
quase um século de abandono, em que sucessivos executivos municipais antes e
depois do 25 de Abril contemporizaram com a progressiva degradação de um
monumento nacional, nem a fachada, derradeiro testemunho do que foi a “Casa do
Alcaide-Mor”, foi possível recuperar. No local das obras já estão montadas as
armaduras e cofragens de pilares de betão armado, “aparentemente no plano das
fachadas demolidas”, refere o especialista.
O
edifício que foi a residência privada de D. Sancho de Noronha, alcaide-mor de
Estremoz durante o século XV, mantinha a mais interessante fachada de
arquitectura civil erguida na encosta escarpada da colina de Estremoz, a cerca
de 80 metros da torre de menagem do castelo. Evidenciava vários estilos, tais
como o mudéjar, o renascentista, o manuelino e o neoclássico. Destacavam-se as
janelas da fachada frontal de estilo manuelino-mudéjar.
José
Sádio, que será o próximo presidente da Câmara de Estremoz e é vereador no
actual executivo, pelo PS, explicou ao PÚBLICO que o processo se tornou
“irreversível”, mas que a fachada agora demolida será reposta. “Foi mapeada
toda a estrutura, para que possa ser construída igual à que estava” e onde
serão colocados todos os elementos que a caracterizavam. “Foram guardadas as
cantarias para serem incorporadas na nova fachada”, referiu Vítor Cóias.
Em Abril
de 2016, o então presidente da Câmara de Estremoz, Luís Mourinha, eleito na
lista do Movimento Independente por Estremoz e que perdeu o mandato em
Fevereiro de 2019 por ter sido condenado pelo crime de prevaricação, garantia
ao PÚBLICO: a deliberação aprovada (em Março de 2016) pelo executivo municipal
determina que a fachada da antiga casa “vai manter-se tal com está”. Mas, em
Abril passado, acabou por ser demolida.
Projecto
de milhões
A Casa do
Alcaide-Mor de Estremoz foi adquirida em hasta pública por 180 mil euros pelo
antigo presidente da Portucel e ex-administrador da EDP Jorge Godinho, que é
sócio-gerente da empresa Barrocas Turismo e Lazer. Também comprou um conjunto
de outros edifícios do mesmo quarteirão a particulares, desde a antiga Casa do
Alcaide-Mor até à Capela da Rainha Santa Isabel. Na sua maior parte, estavam
devolutos. O promotor teve de negociar apenas a saída de um residente que tinha
feito obras no edifício que habitava.
Durante a
apresentação do projecto da autoria de Siza Vieira e Carlos Castanheira, a 17
de Julho de 2019, Jorge Godinho adiantou que o empreendimento oferece, para
além do hotel e das villas, “vários pátios, com espaços de lazer, e um patamar
ajardinado junto à muralha” que permita a todos os hóspedes e visitantes
frequentar uma zona de restauração na unidade hoteleira.
O
conjunto das casas adquiridas a particulares vão funcionar como suítes, todas
elas viradas para um hall central, e o projecto vai custar “vários milhões de
euros”, refere o promotor, sem adiantar números precisos. Os hóspedes vão
usufruir de todos os serviços do hotel.
O imóvel
que se encontrava ao abandono desde a década de 30, e que chegou a ser um
bordel, teve na sua génese as dificuldades de alojamento que D. Afonso V sentia
sempre que se deslocava a Estremoz para caçar. A casa do alcaide-mor passou a
albergar o monarca e a sua numerosa corte durante longos períodos,
transformando-se em paço real, obrigando o alcaide-mor e a sua família a
deslocarem-se para outro local.
É neste
contexto que surge a necessidade de encontrar uma nova habitação para o
alcaide-mor, que se materializa com a construção da casa onde vai surgir agora,
no século XXI, um hotel de charme.
O
edifício, que também é conhecido por Casa da Câmara medieval, terá acolhido o
paço municipal, mas Túlio Espanca (historiador de arte e primo de Florbela
Espanca) admite que esta funcionalidade “parece não ter muito fundamento”.
Depois passou por momentos conturbados, quando a Câmara de Estremoz o colocou à
venda numa criticada hasta pública.
Foi
arrematado por John Ryan, cidadão irlandês em representação de Iris Holding
Group, empresa dos Estados Unidos da América com sede num paraíso fiscal nos
EUA e com sucursal na Praça Luís de Camões, em Estremoz, pelo preço de 279 mil euros.
O cheque no valor de 10% do preço global da licitação (27.900 euros) foi
depositado na conta do município de Estremoz, mas rapidamente se descobriu que
estava sem provisão-
John Ryan
foi notificado pela autarquia para, no prazo máximo de cinco dias úteis,
proceder à regularização do cheque. Nada feito. Segue-se mais uma série de
prorrogações para que regularizasse o pagamento da caução e é ameaçado com a
possibilidade do município recorrer à via judicial para a cobrança em dívida, o
que não surtiu qualquer efeito. Depois de várias insistências, Ryan mostrou-se
apenas disponível para assinar “o que fosse necessário para a realização de
nova hasta pública ou para a adjudicação do imóvel a quem fez a proposta
imediatamente anterior à última efectuada” em hasta pública. A venda acabou por
ser revogada.
Por fim,
em Agosto de 2018 e em nova hasta pública, a Casa do Alcaide-Mor de Estremoz
foi arrematada a Jorge Godinho, pelo valor de 180 mil euros, e as obras de
reconversão do imóvel, que deveriam ter arrancadono início de 2020, começaram
em Abril de 2021.
Fachada será reconstruída
Na
reunião da Câmara de Estremoz realizada no dia 28 de Abril de 2021, os
vereadores da oposição (PS) questionaram o presidente da autarquia pela falta
de informação que está a envolver o projecto, alegando desconhecerem as razões
que forçaram à demolição da fachada do edifício. Mesmo assim, esperam que o
derrube da estrutura tenha sido feito “após um levantamento preciso para a sua reconstrução
e de acordo com a imagem existente.”
O
vereador José Trindade respondeu que foi efectuada uma “demolição/contenção da
fachada com aproveitamento de todos os elementos necessários para a sua
replicação”, tendo o processo sido precedido de um relatório prévio devidamente
aprovado pelos Serviços de Arqueologia da Direcção Regional de Cultura do
Alentejo.
Vítor Cóias
diz que o projecto de Siza Vieira e Carlos Castanheira “‘turistifica’, mais do
que requalifica, e contraria as intenções que vinham sendo manifestadas pelo
município, que eram de criar um espaço aberto ao público, com uma utilização de
índole cultural.”
Não foi
possível obter esclarecimentos do presidente da Câmara de Estremoz, Francisco
Ramos, nem da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, sobre o assunto.
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
1961 - O Princípio do Fim
Prólogo
quarta-feira, 1 de setembro de 2021
Estremoz e o Feriado Municipal
sábado, 21 de agosto de 2021
Hernâni Matos
Filomena Barata
Lisboa, 19 de Agosto de 2021
domingo, 1 de agosto de 2021
Um amigo de há quarenta anos
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Aproveitamento político dos Bonecos de Estremoz
terça-feira, 27 de julho de 2021
Hernâni Matos: do lado esquerdo, o centro
terça-feira, 22 de junho de 2021
Homenageando o Professor Hernâni Matos
HOMENAGEANDO O PROFESSOR HERNÂNI MATOS
Professor Hernâni Matos
Junta a teoria aos factos
Com muita desenvoltura;
P’lo muito que tem feito
Merece o nosso respeito
Por ser homem da cultura!
Dos vultos mais competentes
Em áreas tão diferentes
Numa muito longa lista:
É um insigne escritor
Etnógrafo, professor,
E Mestre filatelista
É expositor e jurado,
“Expert” do figurado
Essa arte, (que tão nobre,)
Património Imaterial
Deste nosso Portugal
Que tanto orgulho nos cobre!
É firme nas convicções
E em certas reflexões
Que por vezes o consomem...
É excelente escritor
Um “Franco-atirador”
Mas mais que tudo é um HOMEM!Quem o conhece de perto
Reconhece-lhe por certo
Virtudes que são verdades...
Admirá-lo é um direito
Prestando assim o seu preito
A quem só tem qualidades...
Professor, meu grande amigo,
Em boa hora lhe digo:
Pelo crer que a si se pôs,
Ganha, pois, o meu louvor
Por ser um grande SENHOR
Desta cidade Estremoz
domingo, 20 de junho de 2021
Pode alguém ser quem não é? / A propósito de Hernâni Matos
sexta-feira, 18 de junho de 2021
Naquela esquina um amigo
terça-feira, 15 de junho de 2021
Professor Hernâni: das Ciências à preservação da Cultura
A
recordação mais antiga que tenho do professor Hernâni Matos é das aulas de
Química, do 10.º ao 12.º ano. Homem de altura imponente e voz forte, um pouco
austero na primeira impressão, conseguia manter desde o início a ordem na sala
de aula e ganhava também o respeito dos alunos pela sua segurança no
conhecimento e no ensino das matérias. A convivência permitia também conhecer o
seu sentido de humor muito próprio. O programa de Química estava todo explicado
nos acetatos que projetava durante as aulas e que entregava para fotocopiar e
distribuir entre os alunos. Incentivava a prática de muitos exercícios, o que
era fundamental para a consolidação da aprendizagem.
Sempre
foi evidente o seu zelo pela organização e sistematização, fundamental para
viabilizar a disponibilidade de tempo para os seus muitos interesses para além
da ciência. Penso que a sua maior paixão na altura era a filatelia, mas muitos
interesses se foram juntando com um espírito persistente, minucioso, curioso,
irrequieto, ativista, resiliente, colecionador e empreendedor.
Quando
penso no professor Hernâni, não consigo deixar de pensar também na companheira
da sua vida, a professora Fátima, com o seu ar discreto e sereno. Diz-se que ao
lado de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Será também aqui o caso
pelo seu cuidado com a família, persistência, resiliência, mostrando bonita
admiração pelos projetos do seu marido.
De
facto, o professor Hernâni tem feito um trabalho notável de recolha, reflexão,
promoção e preservação do património cultural português e, particularmente, da
cidade de Estremoz e da sua barrística. Fê-lo por diversos meios e iniciativas,
não ficando também de fora da revolução da internet com o seu blogue “Do tempo
da outra senhora” e página do Facebook. Enquanto filhos desta terra alentejana
e cidadãos portugueses, ficamos-lhe gratos por todo este trabalho e empenho.
Bem-haja, professor Hernâni.
Filipe Glória Silva
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Dois em um
terça-feira, 13 de abril de 2021
Professor para sempre...
O Hernâni era um bom professor, dominava completamente os assuntos que abordava, preparava as aulas e lecionava-as de forma muito profissional e por vezes, adicionava uma “pitada” de humor nas suas exposições. Mas quando se zangava… era de fugir. “A malta” respeitava-o e gostava dele.
No segundo período o professor Hernâni rumou a outras paragens e deixou-nos com “a filha nos braços”. Foi substituído por uma jovem professora do Norte. A turma sentiu a sua falta.
No final do 12.º ano fiz uma limpeza à papelada que havia em casa e joguei fora todos os cadernos da escola de todas as disciplinas, exceto o de Física do 12.º ano. Vá-se lá saber porquê!... Conteria informação preciosa? Mais de 40 anos depois, voltei a abri-lo para pesquisar o esclarecimento que hoje necessito. No primeiro ano da universidade, enrascada com a Mecânica, recorri aos apontamentos do Hernâni Matos, que me deram jeito e me safaram no exame de Física Geral I.
Em 1986, regressei à Escola Secundária de Estremoz como professora do grupo 4.ºA (Física e Química). O Hernâni era o delegado de grupo e voltou a dar-me uma lição no que respeita à dedicação e envolvimento nesta sua função na escola. Desde a preparação das reuniões, planificações, participação nas discussões até à realização de exposições e outras atividades, rotulagem e catalogação de materiais e equipamentos, o Hernâni despendia todo o seu potencial e deixou na escola, algumas referências que os colegas ainda hoje utilizam. Considero-o “um homem sem medo”, decidido, desenrascado, sincero, frontal, lutador e como ele próprio dizia “capaz de apanhar o touro pelos cornos”. Com o aparecimento e desenvolvimento das novas tecnologias, o Hernâni depressa criou uma simbiose com os computadores, e também me considero sua discípula neste território devido a algumas aprendizagens que fiz com ele.
Compartilhámos ações de formação, reuniões, materiais, momentos de trabalho e momentos de convívio. A relação profissional evoluiu para uma afinidade que se estabeleceu entre nós, gerando uma amizade, e tenho pelo Hernâni um sentimento de afeto, carinho, confiança e admiração por tudo aquilo que faz.
Para além de professor de Física e Química, o Hernâni deu outras grandes lições. Quando comparecemos em exposições de filatelia enriquecemos os nossos conhecimentos históricos sobre temas associados a acontecimentos, lugares, países, objetos… e ele organizou muitas. Quando assistimos às suas palestras aprendemos sempre algo na exposição divulgada e ele deu algumas sempre motivantes, enriquecedoras e bem-humoradas.
Em 1998 fiz parte da Direção da Escola e o Hernâni deu-nos todo o seu apoio, fazendo parte da Assembleia de Escola e foi convidado a dinamizar o Centro de Recursos, fazendo como é seu apanágio, um excelente trabalho.
Aposentou-se como professor da Escola Secundária da Rainha Santa Isabel de Estremoz tendo-me oferecido algum do seu património na área da Física e da Química. Reformou-se mas não parou de doutrinar, divulgar e mostrar toda a sua dedicação à Cultura Portuguesa com ênfase nos Bonecos e Olaria de Estremoz.
Não sei se diga que o Hernâni entregou a sua vida a dar lições ou se deu uma grande lição de vida onde florescem ideias que se casam uma nas outras, se multiplicam e acrescentam pontos para completar um conto que vai com certeza fazer parte da História de Estremoz.
domingo, 11 de abril de 2021
Quando levantar o cerco
Só conheci o Hernâni neste século, apesar de ter ido para a Valeja, a 14 km de Estremoz, com uma semana de idade e de aí ter passado até aos 20 anos, Natais, Páscoa e parte das férias grandes, com idas a Estremoz, semanais e nos dias de festa. Só passei a conhecer Estremoz e a lembrar aspectos do meu crescimento com o blogue que o Hernâni tem mantido vivo, com a sua paixão multifacetada, acompanhando e defendendo a integridade do património cultural com independência, isenção e conhecimento meticuloso.
São inúmeros os agradecimentos que deveria fazer ao Hernâni, da gastronomia que partilhámos, às conversas na Feira de Velharias, onde ele salvava objectos abandonados, passando pelos muitos amigos comuns e vivências relembradas.
Só aguardo o levantar deste cerco às nossas vidas para voltar ao Sábado à Terra de que mais gosto neste país que tenho percorrido e almoçar com o Hernâni no Tira-Picos.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
Hernâni, o professor, o colega, o pai de Catarina e o amigo
Os professores contagiam e eu voltei à escola para, também, ser professora. E tive o privilégio de rever alguns dos meus professores e, entre eles, estava o colega Hernâni. Éramos os dois professores de Física. Só que ele da Física e Química e eu da Educação Física. Inércia, atrito, leis de Newton, velocidade, força e resistência, entre outros assuntos, são aspetos comuns às duas. Foram matérias que, também aprendi, no 9º ano, com a Fátima.
Em Abril de 2001, organizámos conjuntamente uma estafeta entre Évora e Estremoz, assegurada por cerca de 50 alunos da Escola Secundária da Rainha Santa Isabel. A estafeta constituiu uma das actividades de animação das Exposições Filatélicas “ESTREMOZ 2001” e “FILAMOZ 2001”, integradas no programa da FIAPE e visava transportar a mala postal entre a Estação dos Correios do Largo das Portas de Moura, em Évora e o Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz, local do acto inaugural daquelas exposições. A mala transportada sucessivamente pelos alunos, continha correspondência marcada à partida com a marca de dia de serviço na Estação, assim como o carimbo de trânsito de “Correio por Estafetas”, sendo marcada à chegada com o “Carimbo Comemorativo do Centenário de Tomaz Alcaide”.
Quando a Catarina, filha da Fátima e do Hernâni, chegou ao ensino secundário, foi a minha vez de ser a sua professora.
Somos exemplo, de como a escola nos ligou. E, quando passados, cerca de 35 anos, recebo o seu convite para escrever, chamo-lhe amizade.
Obrigado Hernâni pelos seus ensinamentos e pelo gosto insaciável de partilhar conhecimento.
domingo, 4 de abril de 2021
Hernâni, Homem de Cultura!
HERNÂNI, HOMEM DE CULTURA!
Amigo que no tempo perdura
Por isso é que eu digo aqui
Hernâni, homem de cultura!
A mim não me leccionou
De estudar não se cansou
O que faz é por amor.
Deixo-lhe assim o louvor
Porque eu nunca fingi
Enquanto assim eu cresci
Descobrindo coisas boas
Foi uma dessas pessoas
Faz anos que o conheci.
Para os encontros de poetas
Queria atingir suas metas
Em tudo o que organizava.
Ninguém sequer o calava
Tinha até certa “bravura”
Quando alguma criatura
As voltas, lhe queria trocar
Vou então sempre afirmar
Amigo que no tempo perdura.
Também ele se dedica
À arte da Filatelia
E cada evento que cria
De coração cheio se fica.
Há mesmo quem o critica
Mas eu jamais percebi
Porque se o Sujeito segui
Sei que sabe muito de História
Não me sairá da memória
Por isso é que eu digo aqui.
Pode-se provar ser verdade
Falar sobre esta cidade
Só como ele sabe e se atreve.
Que um dia destes se eleve
Para lembrança futura
Justa homenagem em escultura
Deste Ser mui sabedor
Dando-lhe o devido valor
Hernâni, Homem de Cultura!