11 de Outubro
A 11 de Outubro de 1895, pelas 5 da tarde, chega a Santiago do Cacém
o primeiro automóvel a circular em Portugal, uma viatura Panhard-Levassor,
importada de Paris por D. Jorge de Avillez, 4º Conde de Avilez, um jovem
aristocrata rural daquela vila alentejana. Tratava-se de um carro com uma
arquitectura que se viria a tornar clássica, com tracção traseira e com o
motor dianteiro longitudinal de dois cilindros em V, um V2 com 1290 cc.
O veículo havia chegado ao porto de Lisboa uns dias antes. Na alfândega
de Lisboa, ao decidirem a taxa a aplicar, hesitam entre considerar aquele
estranho objecto, máquina agrícola ou máquina movida a vapor. Acabam
por se decidir por esta última. Atravessado o rio Tejo, foi accionado o seu motor,
dando início à primeira viagem de automóvel em solo português. Foi uma viagem
dura, pois as estradas da época nada tinham a ver com as dos dias de hoje,
o carro possuía rodados de madeira e aros de ferro, atingindo apenas uma
velocidade máxima da ordem dos 15 km/h. Durante o trajecto foram muitas
as peripécias, entre elas o primeiro acidente de viação em Portugal, tendo
por vítima um burro. Posteriormente e porque na época não havia estações de
serviço para abastecimento, o proprietário do viatura resolveu atestar o depósito
com petróleo de iluminação, em vez da benzina que devia utilizar. O pobre do
carro engasgou-se e recusou-se a andar mais. Foi necessária uma limpeza do
depósito e do motor, para que a máquina voltasse a funcionar. O veículo pioneiro,
é propriedade do automóvel Clube de Portugal e encontra-se exposto no
Museu dos Transportes e Comunicações, situado no Porto. MUSEU DO CARAMULO
- Painel publicitário de azulejos em Prime, Viseu (EN16), do “Museu do Caramulo”
pertencente à Fundação Abel e João Lacerda e que é um museu de arte e
automóveis antigos.
10 de Outubro
A 10 de Outubro comemora-se o Dia Mundial Contra a Pena de Morte. AEfeméride é assinalada desde 2003, por iniciativa da Coligação Mundial
Contra a Pena de Morte, que congrega organizações não-governamentais
internacionais (ONG's), Organizações Jurídicas, uniões e governos locais
de todas as partes do mundo. A Coligação procura encorajar o
estabelecimento de coligações nacionais, a organização de iniciativas
conjuntas e a coordenação de esforços de pressão internacional para
sensibilizar os estados que ainda mantêm a pena de morte. MARTÍRIO
DE SÃO SEBASTIÃO – Painel de azulejos do séc. XVII. Igreja Matriz de
Nossa Senhora do Rosário, Azambujeira, Rio Maior. São Sebastião
(256-286) foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição
levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano (244-311).
9 de Outubro
A 9 de Outubro 1261 nasce o futuro rei D. Dinis (1261-1325), sexto rei
de Portugal, cognominado “O Lavrador”, em virtude do impulso que deu
à agricultura e ampliação do pinhal de Leiria ou “O Rei Poeta” devido à
sua obra literária. Filho de D. Afonso III de Portugal (1210- 1279) e da
infanta Beatriz de Castela (c. 1242-1303), foi aclamado em Lisboa em
1279, tendo subido ao trono com 17 anos. Em 1282 desposou Isabel de
Aragão (1271-1336), que ficaria conhecida como Rainha Santa. O
MILAGRE DAS ROSAS - Painel de azulejos (126 cm x 173,5 cm) de meados
do séc. XVIII, da autoria de Policarpo de Oliveira Bernardes (1695-1778),
pintor e azulejista alentejano, pertencente ao chamado ciclo dos mestres,
período em que se produziram as melhores peças azulejares, do barroco
português. Sacristia da Igreja do Convento de S. Francisco, Estremoz.
O Milagre das Rosas faz parte do imaginário português. De acordo com a
lenda, D. Dinis surpreendeu a rainha à saída de casa, transportando no
regaço pães escondidos para doar aos pobres. Inquiriu então D. Isabel,
perguntando-lhe: “Senhora, o que levais no regaço?”, ao que esta
respondeu: “São rosas Senhor”. “Rosas em Janeiro?”, replicou o rei que
pediu para ela lhas mostrar e quando esta abriu o regaço, os pães
tinham-se transformado em rosas.
8 de Outubro
A 8 de Outubro de 1998, José Saramago (1922-2010) torna-se o primeiro
autor de língua portuguesa a ser galardoado com o Prémio Nobel de
Literatura, o qual lhe viria a ser entregue a 10 de Dezembro desse ano,
em Estocolmo, pelo rei Carlos Gustavo da Suécia. Painel azulejar
colectivo, executado por alunos. Escola Secundária de Monserrate,
Viana do Castelo.
7 de Outubro
A 7 de Outubro comemora-se o DIA NACIONAL DOS CASTELOS, efeméride
Instituída em 1984, com o objectivo de promover em todo o País, acções
que visem a reflexão sobre o Património fortificado, uma vez que os castelos,
testemunhos da memória colectiva dos povos, constituem uma valorosa
referência arquitectónica, histórica, cultural e simbólica de uma comunidade.
Neste dia são desenvolvidas actividades pedagógicas e lúdicas inteiramente
dedicadas ao mundo dos castelos, para miúdos e graúdos, explorando as suas
características próprias e evocando histórias, personagens e acontecimentos.
Outrora os castelos tinham funções defensivas e residenciais. Hoje perpetuam
as memórias de um povo "conquistador" e fazem parte do imaginário infantil,
tantos nos contos de princesas como nas construções de areia que o mar teima
em derrubar. CASTELO BRANCO – Painel de azulejos (séc. XX) do Jardim do Paço
Episcopal, Castelo Branco. Inspirado em desenho do “Livro das Fortalezas”,
manuscrito quinhentista de autoria de Duarte de Armas (1465-1???), executado
em 1509-1510 por iniciativa de D. Manuel I de Portugal. A obra contém desenhos
de 56 castelos fronteiriços do reino de Portugal, que foram pessoalmente visitados
pelo autor.
6 de Outubro
A 6 de Outubro de 1999 morre em Lisboa, Amália Rodrigues (1920-1999), fadista, cantora
e actriz portuguesa, considerada a Rainha do Fado. Cantou os grandes poetas da língua
portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escreveram para ela (Pedro Homem
de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O’Neill.
Conhece também Alain Oulman, que lhe compõe diversas canções. Amália dá brilhantismo
ao fado, ao cantar o repertório tradicional de uma forma diferente, sintetizando o que é
rural e urbano. Considerada a nossa melhor embaixatriz, difundiu a cultura portuguesa,
a língua portuguesa e o fado. Ao longo da sua carreira recebeu inúmeras distinções: Dama
da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1958), Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada (1971), Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1981), Grã-Cruz da Ordem
Militar de Sant'Iago da Espada (1990), Ordem das Artes e das Letras (França-1990),
Légion d'Honneur (França-1990), Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1998). A 6 de
Outubro de 1999, Amália Rodrigues morre em Lisboa, tendo o 1º ministro decretado Luto
Nacional por três dias. No seu funeral incorporaram-se centenas de milhares de lisboetas
que assim lhe prestam uma última homenagem. Foi sepultada no Cemitério dos Prazeres,
em Lisboa. Em 2001, o seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional, onde está sepultado
ao lado de outros portugueses ilustres. Painel de azulejos do miradouro Amália Rodrigues,
em Alcochete.
6 de Outubro
Só a 6 de Outubro de 1910 é que a República é proclamada no Porto. "BARCOS" – Painel
de azulejos de registo etnográfico do pintor, ceramista, ilustrador e caricaturista
Jorge Colaço (1864-1942). Saguão da Estação da CP de São Bento, no Porto.
5 de Outubro
O derrube da Monarquia a 5 de Outubro de 1910 foi fruto da acção doutrinária
e política do Partido Republicano Português, criado em 1876 e cujo objectivo
essencial foi desde o princípio, a substituição do regime. As questões ideológicas
não eram primordiais na estratégia dos republicanos, uma vez que para a maioria
dos seus simpatizantes, bastava ser contra a Monarquia, a Igreja e a corrupção
política dos partidos tradicionais. Com a queda da Monarquia a 5 de Outubro de
1910, há uma mudança de paradigma. Uma Monarquia com oito séculos é
substituída por uma República que tomou o poder nas ruas de Lisboa e depois
de o proclamar às varandas da Câmara Municipal, o transmitiu para a província
à velocidade do telégrafo. As instituições e símbolos monárquicos (Rei, Cortes,
Bandeira Monárquica e Hino da Carta) são proscritos e substituídos pelas
instituições e símbolos republicanos (Presidente da República, Congresso da
República, Bandeira Republicana e A Portuguesa), o mesmo se passando com a
moeda e as fórmulas de franquia postais. A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
moeda e as fórmulas de franquia postais. A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
PORTUGUESA - Painel numa casa de Soure.
4 de OutubroA 4 de Outubro comemora-se o Dia Mundial dos Animais. A data foi escolhida
em 1931 no decurso de uma convenção de ecologistas que teve lugar em
Florença. A escolha resultou de o dia 4 de Outubro ser o dia de São Francisco
de Assis, o santo padroeiro dos animais. A efeméride visa: - Sensibilizar a
população para a necessidade de proteger os animais e a preservação de
todas as espécies; - Mostrar a importância dos animais na vida das pessoas;
- Celebrar a vida animal em todas as suas vertentes. CENA DE CAÇA (1670)
- Pormenor de painel de azulejos (158 x 286cm), fabrico de Lisboa. Museu
de Lamego.
3 de Outubro
A 3 de Outubro de 1911 morre com a idade de 33 anos, Carolina Beatriz Ângelo
(1878 -1911), médica e feminista portuguesa, que foi a primeira mulher portuguesa
a exercer o direito de voto, nas Eleições Constituintes da I República, a 28 de Maio
de 1911. MOÇAS - Painel de Azulejos do pintor, ceramista, ilustrador e caricaturista
Jorge Colaço (1868-1942), na Estação da CP de S. Bento, Porto.
2 de Outubro
A 2 de Outubro comemora-se o Dia Mundial da Não-Violência, dia decretado
Pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, tendo como
Objectivos gerais, a promoção da paz e da tolerância e luta contra o uso da
força na resolução de conflitos. Neste dia, o apelo à não-violência é reforçado
pela ONU, assim como o respeito entre países e povos, que consta da Carta das
Nações Unidas. A data foi criada pela ONU em homenagem a Mahatma Gandhi
(1869-1948), nascido nesse dia no ano de 1869, na Índia. Mahatma Gandhi foi
um dos maiores líderes pacifistas da história, conduzindo multidões a conhecer
e a praticar o significado da não-violência, na sua luta pela independência da
Índia. PAINEL DE AZULEJOS DO PALÁCIO DE ESTÓI, construção rococó existente
em Estói, freguesia do concelho de Faro e que funciona actualmente como
"Pousada de Charme".
1 de Outubro
A 1 de Outubro de 1833 morre em Lisboa, a cantora lírica Luísa Todi (1753-1833),
a meio-soprano portuguesa mais célebre de todos os tempos, elogiada pela
imprensa nacional e estrangeira, pelas suas as capacidades vocais, o relevo que
dava à expressividade e à emoção na caracterização das personagens que
interpretava, cantando com a maior perfeição em francês, inglês, italiano e
alemão. Cantou em Lisboa pela primeira vez em 1770, estreou-se em 1771 na
corte portuguesa da futura D. Maria I e cantou no Porto entre 1772 e 1777.
No estrangeiro, Londres, Paris, Berlim, Turim, Varsóvia, Veneza, Viena,
São Petersburgo foram algumas das cidades em que Luísa Todi passou longas
temporadas, alcançando assinaláveis êxitos e convivendo de perto com a
aristocracia europeia, como Frederico II da Prússia e Catarina II da Rússia.
Até 1793 andou em tournée pela Europa e foi já com 40 anos de idade que
voltou a Portugal para cantar nas festas da filha primogénita do príncipe
regente, futuro D. João VI. Em 1799 terminou a sua carreira internacional
regente, futuro D. João VI. Em 1799 terminou a sua carreira internacional
em Nápoles. LUÍSA TODI - Painel de azulejos de A. Carvalho, em Setúbal.
31 de Outubro
A 31 de Outubro assinala-se o Dia Mundial da Poupança. A efeméride foi criada
com o intuito de alertar os consumidores para a necessidade de disciplinar gastos
e de amealhar alguma liquidez, de forma a evitar situações de sobre endividamento.
A ideia de criar uma data especial para fomentar a noção de poupança surgiu em
Outubro de 1924, no decurso do 1º Congresso Internacional de Economia, realizado
em Milão. Painel de azulejos portugueses na Igreja e Convento de São Francisco
(Séc. XVIII), Praça do Cruzeiro, Salvador. Os painéis de azulejos da Igreja foram
pintados por Bartolomeu Antunes de Jesus, um dos grandes mestres da azulejaria
de Portugal. Representam cenas da vida de São Francisco de Assis, o seu nascimento
e a renúncia aos bens materiais.
30 de Outubro
A 30 de Outubro de 1340, trava-se a Batalha do Salado entre Cristãos e
Mouros, junto da ribeira do Salado, na província de Cádis, no Sul de
Espanha. O desfecho foi favorável aos Cristãos, comandados por D. Afonso XI
de Castela (1311-1350) e D. Afonso IV (1291-1357) de Portugal, que derrotaram
os exércitos dos reis de Marrocos e de Granada. A contenda constituiu um dos
episódios mais importantes da Reconquista Cristã da Península Ibérica, relatado
por Luís de Camões (c.1524-1580) no canto III de “Os Lusíadas” (1572). BATALHA
DO SALADO - Painel de azulejos do séc. XVIII do Museu Militar de Lisboa.
29 de Outubro
A 29 de Outubro assinala-se o Dia Mundial do AVC. O lema geral da campanha é
"1 em 6", expressão que alerta para o facto de que uma em cada seis pessoas irá
sofrer um Acidente Vascular Cerebral ao longo da sua vida. BACO, FAUNOS E
BACANTES NO RIO DOURO – Painel de Azulejos do pintor, ceramista, ilustrador
e caricaturista Jorge Colaço (1868-1942). Pertence a um conjunto de três,
encomendados por Adriano Ramos Pinto para decorar o seu stand na Exposição
Internacional Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil,
realizada no Rio de Janeiro, entre 7 de Setembro de 1922 e 23 de Março
de 1923. O painel está actualmente exposto na sala multiusos da Casa
Ramos Pinto, em Gaia.
28 de Outubro
A 28 de Outubro celebra-se o Dia Mundial da Terceira Idade. A efeméride,Proclamada pelas Nações Unidas, visa chamar a atenção do Mundo para a
Situação financeira, social e afectiva em que se vive nessa faixa etária.
CEGO DO MAIO (1817-1884), lendário herói, salva-vidas e pescador poveiro
do século XIX, protagonista da história trágico-marítima da Póvoa de Varzim.
Painel de azulejos existente no paredão junto ao mar, da autoria do pintor
poveiro Fernando Gonçalves.
27 de Outubro
político e escritor português, António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz
(1874-1955) foi galardoado com o Prémio Nobel da Medicina de 1949,
partilhado com o suíço Walter Rudolf Hess (1881-1973), pela descoberta
da relevância da leucotomia (lobotomia) pré-frontal no tratamento de
certas doenças mentais. PAINEL AZULEJAR NA CASA MUSEU EGAS MON IZ,
EM AVANCA – A casa, reconstruída em 1915, segundo projecto do arquitecto
Ernesto Korrodi revela o estilo eclético do seu projectista, onde a par de
apontamentos Arte Nova, nomeadamente ao nível das cantarias, do ferro
e de alguns elementos e do espólio artístico, já existem algumas abordagens
próximas da “Casa Portuguesa”.
26 de Outubro
pintor, desenhador, azulejista e professor. Foi pioneiro do Naturalismo em
Portugal, tendo integrado o Grupo do Leão, destacando-se também por ser
um dos pintores portugueses que mais se aproximou do impressionismo. Autor
entre muitas outras de: O Atelier do Artista (1893/4), Os Bêbados (1907),
O Fado (1910), Praia das Maçãs (1918), Clara (1918), Outono (1918) e
Conversa com o Vizinho (1932).
25 de Outubro
A 25 de Outubro de 1495, morre em Alvor, D. João II (1455-1495), 13º Reide Portugal, cognominado “O Príncipe Perfeito” pela forma como exerceu o
poder. Filho de D. Afonso V (1432-14891) e de D. Isabel de Urgel, casa com
D. Leonor de Lencastre (1458-1525) a 16 de Setembro de 1473. Com a morte
de D. Afonso V (1432-1481) sobe ao trono, iniciando um grandioso reinado nos
domínios da política interna, externa e ultramarina. Internamente, orienta a
política real no sentido de centralizar o poder régio, retirando o poderio às casas
nobres. Convoca cortes em Évora (1481 e 1490) e em Santarém (1482 e 1483).
Em termos de política ultramarina, dá um notável impulso à expansão, com o
patrocínio das viagens de Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Pêro da Covilhã e Afonso
de Paiva. Na sequência da viagem de Cristóvão Colombo, assina com Castela,
a 7 de Junho de 1494, o Tratado de Tordesilhas, pelo qual se concordava com a
divisão da terra em duas zonas de influência, o que permitiu a Portugal ao longo
do século XVI, manter a rota do Cabo e o Império do Oriente. Quanto à política
externa, D. João II, orienta-a no sentido de criar laços de amizade, realizando o
casamento de seu filho, D. Afonso, com a princesa D. Isabel, primogénita dos
Reis Católicos, mantendo a concórdia com D. Carlos VIII, rei de França, com o
duque da Bretanha e com outros príncipes da Europa. Jaz no Mosteiro de Santa
Maria da Vitória, na Batalha. D. JOÃO II – Painel de azulejos no Jardim do Palácio
Galveias, Lisboa.
24 de Outubro
A 24 de Outubro de 1147 dá-se a tomada definitiva de Lisboa aos mouros por
D. Afonso Henriques (1109-1185), auxiliado por Templários e Cruzados normandos,
ingleses, escoceses, flamengos e alemães. O cerco começara em Julho de 1147,
depois da tomada de Santarém e com um estratégia específica que incluía o uso
de catapultas municiadas com pedras e azeite a ferver e uma torre para facilitar
a entrada e a conquista da cidade. Após sucessivas investidas, com um inimigo
enfraquecido pela falta de víveres e recursos, dá-se a derrocada da muralha
oriental, junto das Portas do Sol, cedendo também a porta que mais tarde se
chamaria de Martim Moniz. No dia 25, D. Afonso Henriques faz a sua entrada
triunfal na cidade de Lisboa, percorrendo a zona de Alfama, Arco Escuro,
a Mesquita (hoje Sé) onde foi rezada a primeira missa e por fim o Castelo,
anunciando a supremacia e a vitória cristã. TOMADA DE LISBOA AOS MOUROS
– Painel de azulejos do séc. XVIII, da autoria de Manuel dos Santos. Mosteiro
de São Vicente de Fora, Lisboa.
23 de Outubro
A 23 de Outubro de 1458, D. Afonso V (1432-1481), “O Africano”, no comando de
um exército de 25 mil homens, transportados por uma frota de 220 embarcações,
assalta a praça-forte de Alcácer-Ceguer, na costa marroquina. A praça é conquistada
após dois dias de combate. A empresa integrou-se na política de expansão ultramarina
portuguesa e nela participaram ainda o infante D. Henrique (1394-1460), o infante D.
Fernando (1433-1470), o marquês de Valença (1400-1460) e o marquês de Vila Viçosa
(1403-1478). A conquista foi possível graças à superioridade da artilharia portuguesa.
D. AFONSO V – Painel de azulejos no Jardim do Palácio Galveias, Lisboa.22 de Outubro
A 22 de Outubro de 1689, nasce D. João V (1689-1750), que viria a ser o 24º Rei
De Portugal e que com o cognome de “O Magnânimo” reinaria entre 1 de Janeiro
de 1707 e 31 de Julho de 1750. O reinado D. João V foi rico sob um ponto de vista
cultural. No domínio das artes manifesta-se o barroco na arquitectura, mobiliário,
talha, azulejo e ourivesaria. No campo filosófico surge Luís António Verney
(1713-1792), filósofo, teólogo, padre, professor e escritor português, autor de
“O Verdadeiro Método de Estudar” (1746), um dos maiores representantes do
Iluminismo em Portugal e um dos mais famosos estrangeirados portugueses.
No campo literário sobressai o escritor e dramaturgo António José da Silva – O
Judeu (1705-1739), autor de “Guerras do Alecrim e da Manjerona” (1737).
Durante o reinado de D. João V foi fundada a Real Academia Portuguesa de
História (1720) e introduzida a ópera italiana em Portugal (1731), deu-se início
em 1731 à construção do Aqueduto das Águas Livres, para o regular
abastecimento de água de Lisboa, a partir de Belas. Igualmente neste reinado
foi construído entre 1717 e 1730, o Palácio - Convento de Mafra, o mais
importante monumento do barroco português. D. JOÃO V – Painel de azulejos
no Jardim do Palácio Galveias, Lisboa.
21 de Outubro
D. Afonso Henriques (1112-1185), morre Martim Moniz, nobre cavaleiro, herói e
mártir cristão, que ao perceber o entreabrir de uma porta no castelo dos mouros,
atacou-a individualmente, sacrificando a vida ao atravessar o seu próprio corpo
no vão da mesma, como forma de impedir o seu fechamento pelos defensores, o
que permitiu o acesso dos companheiros, que assim conseguiram conquistar o
castelo. CONQUISTA DE LISBOA AOS MOUROS – Pormenor de painel de azulejos
no exterior da Igreja de Santa Luzia, em Lisboa, representando a morte de
Martim Moniz. Fábrica da Viúva Lamego (séc. XIX).
20 de Outubro
A 20 de Abril de 1609, durante o reinado de Filipe II (1578-1621) de Portugal, apovoação pesqueira de Peniche é elevada à categoria de vila, tendo sido efectuados
alguns reparos nas muralhas da sua Praça-forte. Em 1934 seria transformada em
prisão política de segurança máxima. Dela teve lugar a 3 de Janeiro de 1960, a
célebre "fuga de Peniche", protagonizada por Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes,
Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho,
Pedro Soares, Rogério de Carvalho e Francisco Martins Rodrigues. A partir de
1984 um dos pavilhões do forte passou a alojar o Museu Municipal, no qual está
exposto património arqueológico, histórico e etnográfico. PRAÇA-FORTE DE PENICHE
– Painel de azulejos de G. Serrenho, identificador do Museu Municipal de Peniche.
19 de Outubro
A 19 de Outubro de 1889, morre em Cascais, D. Luís I (1838-1889), cognominado
“O Popular”, segundo filho da rainha D. Maria II (1819-1853) e do rei D. Fernando II
(1816-1885). Painel de azulejos do séc. XVII. Fonte do Museu de Castro Guimarães,
Cascais.
18 de Outubro
A 18 de Outubro celebra-se o Dia Europeu contra o Tráfico de Seres
Humanos, lançado pela Comissão Europeia em Outubro de 2007. A iniciativa visa
sensibilizar para a violação dos direitos humanos que constitui o crime de tráfico
de seres humanos. Em 1808, um jornal brasileiro publicava o seguinte anúncio:
“Fugiu ha dois meses da fazenda de Francisco de Moraes Campos, da freguesia
de Belém, municipio de Jundiaí, provincia de São Paulo, um escravo de nome
Lourenço ,...com os sinais seguintes: idade mais ou menos 30 anos estatura regular,
rosto comprido, bonito de feição, cabelos desgrenhados, nariz atilado, boca e beiços
mais que regulares ,sendo o beiço inferior mais grosso e vermelho, boa dentadura,
cor retinta, pouca barba, fino de corpo, tem a coroa da cabeça pelada de carregar
objectos, pernas finas, pés palhetas e pisa para fora, é muito ladino, é roceiro e muito
bom vaqueiro. Gratifica-se bem a quem pegar o dito escravo e paga-se todas as despesas
que tiver feito até à ocasião da entrega.”. (Do livro “1808” sobre História do Brasil
e de Portugal, da autoria do jornalista e escritor Laurentino Gomes (1956- ), publicado
em 2006 pela editora Planeta e que aborda a sobre a transferência da corte portuguesa
para o Brasil, ocorrida em 1808 – Citado pelo blogue http://blog.seniorennet.be).
ESCRAVIDÃO ANTES DA ABOLIÇÃO – Painal de azulejos cuja imagem foi reproduzida
do referido blogue.
17 de Outubro
A 17 de Outubro comemora-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Em 2013, na sua mensagem, a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova, afirmou:
“A erradicação da pobreza deve ser a prioridade absoluta de qualquer política de
desenvolvimento. A extrema pobreza é um impedimento ao pleno exercício dos
direitos humanos, um obstáculo ao desenvolvimento e uma ameaça à paz. Milhões
de pessoas ainda são vítimas da fome – 842 milhões de pessoas continuaram a sofrer
de fome crónica entre 2011 e 2013. Como podemos pensar em construir paz duradoura
e desenvolvimento sustentável nessas condições? Isso é um insulto à sociedade e à
noção de dignidade humana e requer nossa atenção integral. Um salto à frente é
possível, soluções existem – começando com a educação, que abre as portas para a
inclusão social, a capacitação e o emprego.”. CARIDADE - Painel de azulejos do
séc. XVII. Igreja Matriz de São João Baptista, Moura. Fotografia (1960-1970) de
João Miguel dos Santos Simões (1907-1972), pertencente ao Arquivo Digital da
Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
16 de Outubro
fundação da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e Agricultura, em 1945. A efeméride foi estabelecida em Novembro
de 1979 pelos países membros na 20ª Conferência daquela organização.
Constituem objectivos do Dia Mundial da Alimentação: - Alertar para
a necessidade da produção alimentar e reforçar a necessidade de parcerias
a vários níveis; - Alertar para a problemática da fome, pobreza e desnutrição
no mundo; - Reforçar a cooperação económica e técnica entre países em
desenvolvimento; - Promover a transferência de tecnologias para os países
em desenvolvimento; - Encorajar a participação da população rural, na
tomada de decisões que influenciem as suas condições de vida. O Dia Mundial
da Alimentação é comemorado em mais de 180 países e visa combater a fome
e a desnutrição que afecta cerca de 800 milhões de pessoas. De acordo com os
nutricionistas, uma alimentação equilibrada é aquela que contém alimentos
em quantidades suficientes e variadas para o crescimento e a manutenção
de um corpo saudável, já que a alimentação influencia directamente na
qualidade de vida das pessoas. Por isso em cada refeição há que comer um
alimento de cada grupo da Pirâmide Alimentar. Painel de Azulejos do séc. XVII.
Palácio Fronteira, Lisboa.
15 de OutubroA 15 de Outubro comemora-se o Dia Mundial da Mulher Rural. A data foi
Institucionalizada pela Organização das Nações Unidas na sua 4ª Conferência
Sobre a Mulher, realizada em Pequim, em 1995, com o objectivo de elevar a
consciência mundial sobre o papel da mulher rural no fortalecimento da
sociedade, da economia em geral e das famílias em particular. A efeméride
é actualmente assinalada em cerca de 100 países. Painel de Azulejos do pintor,
ceramista, ilustrador e caricaturista Jorge Colaço (1868-1942), na Estação da CP
de S. Bento, Porto.
14 de Outubro
A 14 de Outubro de 1847, nasce na freguesia de Mafamude (Vila Nova de Gaia),
António Manuel Soares dos Reis (1847-1889), que viria a ser um consagrado
escultor português, autor de obras como: - “O desterrado” (1872-1879) – Museu
Nacional Soares dos Reis, Porto; - “Estátua de Avelar Brotero” (1887) – Jardim
botânico de Coimbra; - “Estátua de Afonso Henriques” (1888) – Guimarães.
PAINEL DE AZULEJOS DO MUSEU NACIONAL DE SOARES DOS REIS –
13 de Outubro
A 13 de Outubro de 1917 dá-se na Cova da Iria a 6ª Aparição daVirgem Maria aos pastorinhos: Lúcia de Jesus dos Santos (10 anos),
Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto (7 anos). Devido ao facto
de os pastorinhos terem revelado que a Virgem Maria iria fazer um
milagre neste dia para que todos acreditassem, estavam presentes
na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, que de acordo com os relatos
da época, assistiram ao chamado “Milagre do Sol”. Chovia com
abundância e a multidão aguardava as três crianças nos terrenos
enlameados da serra. Lúcia descreve assim estes acontecimentos:
“Dia 13 de Outubro de 1917 – Saímos de casa bastante cedo,
contando com as demoras do caminho. O povo era em massa.
A chuva, torrencial. Minha Mãe, temendo que fosse aquele o
último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza
do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as
cenas do mês passado, mais numerosas e comovederas. Nem a
lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na
atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova de Iria, junto
da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo
que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois,
vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.”
NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA (1712). Painel de azulejos de António de
Oliveira Bernardes, pintor e azulejista português dos séculos XVII e XVIII.
Antiga Igreja da Misericórdia de Estremoz.
12 de OutubroAntiga Igreja da Misericórdia de Estremoz.
A 12 de Outubro de 1798, nasce em Queluz, D. Pedro de Alcântara Francisco
António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal
Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, (1798-1834), 2º filho varão de D. João VI
(1767-1826) e de D. Carlota Joaquina (1775-1830), que viria a ser o primeiro
Imperador do Brasil, como D. Pedro I e, também, o 28º Rei de Portugal, como
D. Pedro IV, cognominado como “O Libertador” e “Rei Soldado”. CENA GALANTE
(séc. XVII). Painel de azulejos do Palácio de Queluz.
Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, (1798-1834), 2º filho varão de D. João VI
(1767-1826) e de D. Carlota Joaquina (1775-1830), que viria a ser o primeiro
Imperador do Brasil, como D. Pedro I e, também, o 28º Rei de Portugal, como
D. Pedro IV, cognominado como “O Libertador” e “Rei Soldado”. CENA GALANTE
(séc. XVII). Painel de azulejos do Palácio de Queluz.
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