a instalação do Museu Berardo-Estremoz. Fotografia do autor.
De acordo com o jornal “on line” TRIBUNA ALENTEJO,
do passado dia 3 de Dezembro, disponível em
https://www.tribunaalentejo.pt/artigos/museu-berardo-estremoz, o Museu Berardo
vai ser instalado no Palácio Tocha em Estremoz, após obras de adaptação de 2,5
milhões de euros, comparticipadas em 75% por fundos comunitários, que começarão
ainda este ano. O jornal refere ainda que “A cerimónia de assinatura do
contrato de empreitada da obra decorreu, esta semana, no Salão Nobre da Câmara
de Estremoz, na presença do presidente da Coleção Berardo, Joe Berardo, e do
presidente do município, Luís Mourinha, sendo que a abertura do museu está
prevista para o verão de 2019.” .
Esmiuçando a notícia, verifica-se que “Não bate a bota
com a perdigota”. Na verdade, à data de 3 de Dezembro, o presidente da
edilidade Luís Mourinha não se encontrava em Estremoz, pois tinha partido para
a República da Coreia, onde no Centro Internacional de Convenções Jeju, na ilha
de Jeju, presidiu à delegação estremocense que ali se deslocou à 12.ª Reunião
do Comité Intergovernamental da UNESCO, em apoio da candidatura estremocense à
inscrição da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz" na Lista
Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Para além disso, consultando o website do “ALENTEJO
2000” ,
Programa Operacional Regional do Alentejo para o período 2014-2020, disponível
em:
http://www.alentejo.portugal2020.pt/index.php/projetos-aprovados/category/73-projetos-aprovados,
constata-se que a Operação designada por “Museu Berardo Estremoz” e com código
ALT20-08-2114-FEDER-000050, da qual é beneficiária a “ASSOCIAÇÃO DE COLECÇÕES”, presidida por Joe
Berardo, foi inscrita no Eixo Prioritário
do Plano Operacional “8-Ambiente e Sustentabilidade”. As “Despesas
Elegíveis Totais Atribuídas à Operação” foram 3.475.871,34 euros, sendo o
“Fundo Total Aprovado” 2.606.903,51 euros, ou seja 75%. Há uma diferença de
106.903,51 euros a mais em relação ao valor indicado pela notícia da TRIBUNA
ALENTEJO, montante que não corresponde propriamente a uns “trocos”.
O que a TRIBUNA ALENTEJO não diz e o público
gostaria de saber, é quem é que paga os 25% que não foram financiados pelo
FEDER. De salientar ainda que à data de encerramento da presente edição do “E”
(26 de Dezembro), não se vislumbra o início de quaisquer obras no Palácio
Tocha.
Sem comentários:
Enviar um comentário