GUARDANDO O REBANHO (1893). Silva Porto (1850-1893). Óleo sobre tela (160×200 cm).
Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto.
O Alentejo está-nos na massa do sangue.
Cada um de nós está em sintonia com o Alentejo que lhe vai na Alma.
O Alentejo é a síntese dialéctica de tudo isso, de todos os nossos sentires e de um Amanhã que há de vir, sem manajeiros nem mourais, nem tão pouco controleiros e outros que tais.
O Alentejo está-nos na braguilha de semear filhos com as mulheres que amamos. O Alentejo tem a ver com a nossa forma de empinar o Amor. O Alentejo é todo o tesão de termos nascido onde nascemos. É o cheiro dos orégãos e o olor do azeite virgem, o sabor da sopa de tomate ou duma friginada, o som hierático do cante ou o ritmo arrebitado das saias. É também o volume terno e aconchegado dos seios que afagamos e da textura macia da pele de mulher, que nos sabe a mel e a vinho tinto.
O Alentejo somos todos nós.
Publicado inicialmente em 7 de Junho de 2013
Fez-me recorrer ao dicionário por duas vezes mas lá estavam as palavras que me faziam confusão, devidamente escritas: «braguilha» e «olor» sendo a primeira à qual vulgarmente dão o nome de portinhola e a segunda ao cheiro característico do azeite. Os seus escritos ajudam a adquirir conhecimento a quem estiver interessado. Foi bom certificar e foi mais uma dúvida que se extinguiu no meu vocabulário. Obrigado!
ResponderEliminarAmigo José Fonseca:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Procuro ser rigoroso naquilo que escrevo. Se não dissermos a verdade, quem é que acredita em nós?
Um abraço.
Boa tarde Hernâni,
ResponderEliminarPenso que conseguiu fazer a sintese pefeita, do ser Alentejano! Conforme eu já aqui disse, não sou Alentejano, mas estou próximo, e estes sentimentos tocam-me de perto, ao me identificar igualmente com eles!
Abraço
Abilio
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Tal como disse a outro amigo,há alentejanos por naturalidade e outros por adopção do seu coração.
Um abraço para si, também.
... Enfim... É o nosso Alentejo!
ResponderEliminarO Alentejo que tanto amamos...
EliminarSou euroafricano, nascido na Madeira, mas também me sinto astante Alentejano.
ResponderEliminarAbraço
Há alentejanos por naturalidade e outros por adopção do seu coração.
EliminarNum tempo, em que diariamente a nossa língua é tão maltratada é um prazer, para todos os nossos sentidos, ler um texto, tão curto e tão belo!
ResponderEliminarObrigada
Obrigado pelo seu comentário.
EliminarCongratulo-me por ter gostado do meu texto e procurarei não desmerecer o interesse manifestado.
Nasci na Guia-Albufeira, mas vim para o Alentejo com meses de idade, sinto que sou alentejana de alma e coração.
ResponderEliminarRosa Casquinha
Rosa:
EliminarA minha Amiga,tal como eu o nosso comum Amigo Feliciano Cupido, tem o Alentejo na "mánica do pêto". A gente nasceu aqui e você nasceu lá, mas há muito está reconhecida como Alentejana.
Um abraço deste seu Amigo.
Bravo! não descreveria melhor este orgulho que thago no peito.
ResponderEliminarÉ isso mesmo.
EliminarO Alentejo somos todos nós.
Versão bem original de definir um alentejano.
ResponderEliminarLi e reli gostei e tornei a gostar.
Alentejano é quem lá nasceu quem lá viveu tal como eu
Tenho o Alentejo no coração. E é verdade O Alentejo somos todos nós.(Gente, olores. sabores e tudo o mais que o Alentejo encerra)
É isso que eu penso.
EliminarBoa Malha Hernâni
ResponderEliminar"Não é alentejano quem nasce; é Alentejano quem sente!"