quinta-feira, 6 de junho de 2013

Bonecos de Estremoz a Património Imaterial da Humanidade

MULHER A VENDER CASTANHAS (séc. XX).
Oficinas de Estremoz.
Museu Nacional de Etnologia, Lisboa.

Cada boneco de Estremoz fala-nos de um contexto antropológico, social ou religioso. Fala-nos também do seu criador e dos sonhos que lhe povoam a mente. Fala-nos ainda das técnicas ancestrais que o artista popular domina e que lhe brotam à flor das mãos.
Cada boneco é fruto de uma relação de amor de quem procura fazer tudo a partir do nada que é a massa informe de barro. Todavia é também a expressão viva do ganha-pão diário de quem tem necessidade de assegurar a sua subsistência e a dos seus.
Cada boneco é um panfleto de cores garridas e de claridades do sul, próprias desta terra transtagana.
Tomar um boneco nas mãos é criar sinestesias que envolvem os nossos cinco sentidos. É como possuir uma bela mulher que nos enche as medidas e por quem sentimos exactamente o mesmo desejo da semente que fecunda a Terra-Mãe. Por isso, eu amo os bonecos de Estremoz. Daí que subscreva com alma e coração, a sua candidatura a “Património Imaterial da Humanidade”.

4 comentários:

  1. ...Os seus textos...curtos ou longos, fascinam -me pelo rigor com que desenvolve os temas ... pelo seu envolvimento... "simbiótico" com essa terra "transtagana" e com todas as terras que constituem o Alentejo... por isso apoio a sua subscrição da "candidatura dos bonecos de Estremoz a [“Património Imaterial da Humanidade”] ... que no contexto e´ dizer, no meu entendimento" Não SEJAMOS DESCUIDADOS COM O AMOR... COM AQUELE QUE NOS MANTÉM VIVOS E COM TUDO O QUE CONTRIBUIU PARA A NOSSA IDENTIDADE"
    Obrigada Hernâni

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    1. Muito obrigado pelo seu comentário.
      A leitura e reflexão sobre o conteúdo do mesmo, conduziu-me à redaccção dum post, o qual sugiro leia:
      CONFISSÃO
      http://dotempodaoutrasenhora.blogspot.pt/2013/06/confissao.html
      Os meus cumprimentos.

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  2. Obrigada, mais uma vez, por nos dar a conhecer a nossa tão rica identidade.

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    1. Terezinha:
      Obrigado pelo seu comentário.
      Como sabe, gosto de partilhar com os outros, aquilo que me vai na alma.
      Os meus cumprimentos.

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