quarta-feira, 13 de março de 2013

Púcaros de barro de Estremoz

As Meninas (1656-57). Óleo sobre tela (318 x 276 cm), de Diego Velázquez (1599-1660),
 patente ao público no Museu do Prado, Madrid. A menina Maria Agustina Sarmiento
oferece um púcaro de barro vermelho de Estremoz, à princesa Margarida de Áustria.



Os púcaros de barro de Estremoz foram ao longo dos tempos, fonte de inspiração para autores alentejanos, tanto eruditos como populares. Assim, a nível de poesia erudita, o poeta, historiador, ensaísta, polemista, doutrinador e político monfortense António Sardinha (1) (1887-1925), é autor do poema:



O ELOGIO DO PÚCARO

Tu és a minha companha,
eu tenho-te á cabeceira
ó pucarinho de barro,
enfeite da cantareira.

Amigo certo e sabido,
matas a sede e o calor.
Tu vales mais do que pesas,
não se te paga o valor!

Meu bocadinho de barro,
chiando como um cortiço,
tu dás-te com toda a gente,
não te deshonras por isso!

Prantas a agua fresquinha,
sem ti não passa ninguem.
Mimo de reis e de bispos,
não custas mais que um vintem!

Assim, singelo e sem pompa,
ganhaste fama a Estremoz.
Ah, desgraçado daquele
que nunca a bôca te pôs!

És a cubiça das velhas,
contigo se enche um mercado.
Então a vista que metes,
quando tu és empedrado?!

Quero casar-me. Já tenho
dois pucarinhos pequenos.
Pois, p'ra principio de arranjo,
outros começam com menos!

- Amor, se fôres á feira
traz-me uma prenda galante.
Não tragas nada do ourives,
- um pucarinho é bastante!

Vae alta a febre, vae alta,
- p'ra que é que os médicos são?
Ó pucarinho de barro,
acode a esse febrão!

Eu nunca vi neste mundo,
que é gastador e que é louco,
coisa que tanto valesse,
mas que custasse tão pouco!

Assim, singelo e sem pompa,
tu déste fama a Estremoz!
- Ah, desgraçado daquele
que nunca á bôca te pôs!

Em termos de poesia erudita, é de referir também, de Maria de Santa Isabel (2),(3), o soneto:

PUCARINHOS DE BARRO

Pucarinhos de barro, quem me dera
Sentir, na minha boca, essa frescura
Da vossa água perfumada e pura,
Que me trás o sabor da primavera!

Quanta boca ansiosa vos procura,
Num símbolo de crença e de quiméra:
Simples imagem viva, bem sincera,
Dum mundo de ilusões e de ternura!

Meus santos pucarinhos, milagrosos,
Cumprindo as gratas obras do Senhor,
Dando a beber aos lábios sequiosos:

Minha boca vos beija com fervor,
Como se, noutros tempos luminosos,
Beijasse ainda o meu primeiro amor!

Também o cancioneiro popular alentejano exalta a excelência do púcaro:

Púcaro tão delicado
Que água tão saborosa!
Quem na bebe, é um cravo,
Quem na basa, é uma rosa. (4)

Dava-se água pelo púcaro, o que não era privilégio de todos:

Senhora, que a todos daes
Agua por púcaro novo,
Só a mim é que deixaes
Desconsolado de todo. (5)

Havia quem implorasse água do púcaro:

“M’nina que estás à janella,
Co’ pucarinho na mão,
Dá-lhe volta, se tem agua
Réga-me este coração.” (5)

Termino as referências literárias aos púcaros de barro com um texto do médico, escritor, jornalista e político aljustrelense, Manuel de Brito Camacho (1862-1934). Trata-se de um excerto do conto “O Romana” (6). Nele, o autor evoca a ida na sua juventude a uma feira, onde na secção de loiças:
“Iam-se-me os olhos nos pucarinhos de Estremoz, com incrustrações de pedras brancas, alguns com desenhos de fantasia, reproduzindo animaes duma fauna que se extinguiu m uito antes do diluvio universal. Por força que minha mãe havia de comprar-me um daqueles pucarinhos, e mais um barrelinho para ter agua fresca, no verão, e mais um galo com assobio, de grande crista vermelha, importando tudo bem regatiadinho, em quantia nunca inferior a doze vintens.”.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Agosto, mês de férias


AGOSTO - Iluminura (10,8 x 14 cm) do “Livro de Horas de D. Manuel I” [Século XVI
(1517-1551)], manuscrito com iluminuras atribuídas a António de Holanda, conservado
no Museu Nacional de Arte Antiga. Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho.

O mês de Agosto era anteriormente conhecido por Sextilis em latim, uma vez que era o sexto mês do calendário romano, que começava em Março.
Em 46 a.C., Júlio César, reformou o calendário romano, acrescentando dois meses, Unodecembris e Duocembris, no final do ano de 46 a.C., deslocando assim Januarius e Februarius para o começo do ano de 45 a.C. Os dias dos meses foram fixados numa sucessão de 31, 30, 31, 30... de Januarius a Decembris, à excepção de Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias. Com tais mudanças, o calendário anual passou a ter doze meses que perfaziam 365 dias.
Em 44 a.C., Júlio César foi homenageado pelo Senado, que mudou o nome do mês Quintilis para Julius, visto ser o mês em que César nasceu.
Em 8 a.C., a denominação Sextilis foi modificada para Augustus, em homenagem ao imperador Octávio Augusto.
Agosto tem 31 dias e é o oitavo mês do calendário juliano e também do calendário gregoriano, utilizado na maior parte do mundo e que foi promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de Fevereiro do ano 1582, para substituir o calendário juliano.
No Hemisfério Sul, Agosto é o equivalente sazonal de Fevereiro no Hemisfério Norte.
Num ano comum nenhum outro mês começa no mesmo dia da semana que Agosto, enquanto que num ano bissexto, Fevereiro começa no mesmo dia da semana que Agosto.
Tanto em anos comuns como bissextos, Agosto termina no mesmo dia da semana que Novembro.
Os Signos do Zodíaco que correspondem ao mês de Agosto são:
- Leão (23 de Julho a 22 de Agosto).
- Virgem (23 de Agosto a 22 de Setembro).
A pedra zodiacal de Agosto é o ónix.
Como noutros meses há datas especiais a assinalar em Agosto. Temos Dias Internacionais:
- Dia 6 - Dia Internacional da Solidariedade.
- Dia 8 - Dia do Emigrante.
- Dia 9 - Dia Internacional dos Povos Indígenas.
- Dia 12 - Dia Internacional da Juventude.
- Dia 19 - Dia Mundial da Fotografia.
- Dia 23- Dia Internacional da Recordação do Tráfico Negreiro e da sua Abolição.
- Dia 29 – Dia Internacional contra os testes nucleares.
- Dia 30 - Dia Internacional do Desaparecido.
- Dia 31- Dia Internacional da Solidariedade.
Temos ainda datas patrióticas:
- 4 de Agosto (1578) - Batalha de Alcácer-Quibir, na qual o exército português comandado pelo rei D. Sebastião (1554-1578) aliado ao exército do sultão Mulei Moluco, é derrotado por um exército chefiado pelo Sultão de Marrocos Mulay Mohammed com apoio otomano. A derrota conduziu à crise dinástica de 1580, que teve como consequência a perda da independência nacional durante 60 anos, devido à união forçada com Espanha no decurso da dinastia Filipina (1580-1640).
- 14 de Agosto (1385) – Batalha de Aljubarrota entre tropas portuguesas com aliados ingleses, lideradas por D. João I de Portugal (1357-1433) e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431), e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. João I de Castela (1358-1390). A vitória portuguesa pôs fim à crise de 1383-1385, consolidando D. João I, Mestre de Avis, como rei de Portugal. Como reconhecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, D. João I mandou edificar o Mosteiro da Batalha.
No calendário Mariano, Nossa Senhora, Mãe de Deus, é honrada com muitos e muitos títulos e festejada ao longo do ano. No mês de Agosto temos:
- Dia 2 – Dia de Nossa Senhora dos Anjos.
- Dia 5 - Dia de Nossa Senhora das Neves.
- Dia 13 - Dia de Nossa Senhora Refúgio dos Pecadores.
- Dia 15 - Dia de Nossa Senhora da Assunção.
- Dia 16 - Dia de Nossa Senhora Rainha.
- Dia 16 - Dia de Nossa Senhora do Amparo.
- Dia 20 - Dia de Nossa Senhora da Agonia.
- Dia 22 - Dia de Imaculado Coração de Maria.
- Dia 22 - Dia de Nossa Senhora Rainha.
Na religião católica, Agosto é considerado o mês do Coração Imaculado de Maria.

Hernâni Matos
Publicado inicialmente a 8 de Março de 2013

domingo, 3 de março de 2013

Que se lixe a troika!


O colectivo “Que se lixe a Troika: O povo é quem mais ordena”, convocou manifestações de desagrado com o actual governo e com a troika, que decorreram ontem, sábado, dia 2 de Março, um pouco por todo o país e em algumas cidades além-fronteiras, num total de 40: Angra do Heroísmo, Aveiro, Barcelona, Barcelos, Barreiro, Beja, Boston, Braga, Budapeste, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Castro Verde, Chaves, Coimbra, Covilhã, Entroncamento, Estocolmo, Évora, Faro, Guarda, Horta, Leiria, Lisboa, Londres, Loulé, Madrid, Marinha Grande, Ponta Delgada, Ponte de Sor, Portalegre, Portimão, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Tomar, Torres Novas, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Segundo a organização das manifestações, mais de um milhão e meio de pessoas em todo o país exigiu a demissão do governo do PSD/CDS-PP, sendo a adesão superior à das manifestações de 15 de Setembro.
O colectivo “Que se lixe a Troika: O povo é quem mais ordena”, garante ser apartidário, independente e pacífico. Quer uma alternativa à política de austeridade do Governo, associada ao memorando da Troika e confia na capacidade dos portugueses de participar na construção de um futuro melhor, se forem chamados a fazê-lo.
A mobilização popular para a jornada de luta foi efectuada através das redes sociais e com recurso a cartazes, dos quais apresentamos aqui uma selecção.





quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Rogério de Carvalho, fotógrafo de Estremoz


Rogério de Carvalho (1915-1988), fotógrafo de Estremoz.

Rogério de Carvalho (1915-1988), foi, sem sombra de dúvida, um grande fotógrafo, não só pela qualidade técnica dos seus clichés, como pela beleza plástica das suas fotografias, assim como pela sua multifacetada obra. Rogério de Carvalho foi em primeiro lugar, um fotógrafo de estúdio, com um dia a dia feito de fotos tipo passe, fotos de família e fotos de personalidades. Mas Rogério de Carvalho foi também um repórter fotográfico. E aqui, foi fotógrafo do social, dos casamentos e dos baptizados. Porém como repórter teve um olhar atento sobre a realidade envolvente de Estremoz e do seu termo. É aqui, que como repórter, Rogério de Carvalho atinge a dimensão do gigante que foi, ao fazer o registo para a posteridade do tecido, quer urbano, quer rural. Tecido urbano, com os monumentos como marco de referência, mas também as gentes, os seus usos e costumes e sobretudo os tipos populares. Tecido rural com a paisagem povoada por ganhões que lavram a terra ou alimentam com molhos de trigo, a goela insatisfeita duma debulhadora a vapor. Ceifeiros reais, mas personagens de Fialho pelo reflexo da luz do calor que mata. Vindimadoras ou apanhadeiras da azeitona, a quem soube fixar a importância fulcral dum gesto.
Rogério de Carvalho foi ainda editor de postais ilustrados onde sobressai a sua dimensão de repórter. Postais ilustrados com os nossos monumentos e com as fainas agro-pastoris do nosso concelho. Postais ilustrados que viajaram e conheceram mundo e que por aí estão um pouco por toda a parte. Por isso Rogério Carvalho é não só património de Estremoz, mas património mundial, já que é património da cartofilia, essa espécie de loucura mansa que povoa o sonho dos coleccionadores.

(Publicado inicialmente em 28 de Fevereiro de 2013)


O pão nosso de cada dia nos dai hoje...( Anos 40 do séc. XX).

Ceifeiros ( Anos 40 do séc. XX).

Carrego ( Anos 40 do séc. XX).

Debulhadores asseando-se para o almoço ( Anos 40 do séc. XX).
 
Almiaras ( Anos 40 do séc. XX).

Largo do Espírito Santo (Anos 40 do séc. XX).

Largo do General Graça ( Anos 40 do séc. XX).

26 de Abril de 1974: Honras militares e aclamação do esquadrão do RC3 que
 participou em Lisboa na missão de 25 de Abril de 1974.
 
Desfile popular no 1º de Maio de 1974.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Grândola, Vila Morena



Na passagem de mais um aniversário da morte do compositor e cantor Zeca Afonso (1929-1987), convido-vos a ouvir e a cantar "Grândola, Vila Morena", pertencente ao álbum "Cantigas de Maio", editado em 1971.

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

A canção transmitida pela Rádio Renascença, a emissora católica portuguesa, às zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, como segunda senha pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), confirmava o início do golpe de estado militar que derrubou a ditadura e instaurou a democracia em Portugal. Como tal, transformou-se em símbolo da revolução de Abril.
Na actualidade, é entoada como forma de protesto contra as políticas económicas do governo e da troika, sendo importante que todos assumamos esta canção como símbolo da luta por um mundo melhor, com justiça social, trabalho e esperança no amanhã.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Nova marca de olaria de Estremoz


 Fotografia de João Pimentão.

A peça que aqui vos mostro é uma peça de olaria muito bela e provavelmente rara, já que não conheço outra com estas características. Trata-se de um pucarinho, decerto para as crianças brincarem, com as seguintes características:
ALTURA: 6,2 cm;
DIÂMETRO EXTERIOR DA BASE: 2, 4 cm;
DIÂMETRO DO BOJO: 5 cm;
DIÂMETRO EXTERIOR DA BOCA: 4,2 cm;
PESO: 68 g;
Apresenta um notável contraste entre o fundo não polido e a decoração polida, conseguido graças à acção miraculosa da patine do tempo.
Para além do seu perfil gracioso, apresenta de um dos lados, na parte posterior do bojo, a marca E.I.A.A.G/EXTREMOZ, inserida numa coroa circular com diâmetro exterior de 1,8 cm e diâmetro interior de 1,3 cm.

Fotografia de João Pimentão.


Trata-se de uma peça fabricada na Escola Industrial António Augusto Gonçalves, criada em 4 de Junho de 1930 e sediada na Rua da Pena, em Estremoz. Para aí entrou como Mestre Provisório de Olaria, em 3 de Dezembro de 1930, Mariano Augusto da Conceição (1903-1959), o “Alfacinha”, que se tornaria Mestre Efectivo da mesma Escola, em 23 de Março de 1936, já sob a direcção do escultor José Maria de Sá Lemos (1892-1971), que viria a ser responsável pela revitalização da manufactura dos bonecos de Estremoz, para o que contou com a “memória” de Ti’Ana das Peles e a magia das mãos e a vontade férrea de Mestre Mariano da Conceição.
Tenho na minha posse uma carta de Sá Lemos, datada de 6 de Maio de 1935, em papel timbrado da Escola Industrial António Augusto Gonçalves, na qual este se dirige ao coronel João de Avelar Pinto Tavares nos seguintes termos:
“Necessitando tentar a confecção de alguns dos característicos e tão interessantes bonecos de Estremoz, recorro a aproveitar a gentilíssima oferta de Vª Exª de cedência por empréstimo de dias, de um ou dois modelos.
Agradecendo desde já a atenção de Vª Exª, confesso-me com subida consideração e respeito.”
Esta carta permite datar em Maio de 1935, os esforços de Sá Lemos, visando recolher exemplares antigos dos bonecos de Estremoz. É plausível que o trabalho de Sá Lemos com ti’ Ana das Peles e Mestre Mariano da Conceição seja posterior a esta data.
A referida carta encontrava-se dobrada dentro dum peça de barro vermelho de Estremoz, que conjuntamente com outras da mesma espécie e brinquedos de louça pintados do séc. XVIII, integrava um lote que adquiri a uma herdeira do coronel.
É plausível que o pucarinho, com esta marca até aqui desconhecida, tivesse sido oferecido por Sá Lemos ao coronel, como expressão de gratidão pela cedência de bonecos antigos para servirem de modelo. De resto e como é sabido, a Escola vendia exemplares de bonecos fabricados por Mestre Mariano e pelos seus alunos, assim como peças de olaria, os quais funcionariam como fonte de receita para a Escola.

Publicado inicialmente em 21 de Fevereiro de 2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ontem foi dia de aniversário




Este blogue fez ontem três anos, pois surgiu a 19 de Fevereiro de 2010 como blogue pessoal, no qual assumi “A escrita como Instrumento ao Serviço da Libertação do Homem” e centrei a escrita em conteúdos que têm a ver com a Cultura Portuguesa, bem como com o Alentejo, muito particularmente os Usos e Costumes, a Arte Popular e a Identidade Cultural Alentejana. O meu campo de acção centra-se nas coisas “DO TEMPO DA OUTRA SENHORA”. Não todas, mas aquelas que me tocam a alma.
Decorridos que são dois anos de vida, é novamente altura de fazer um balanço, pelo que faz sentido apresentar alguns números relativos a este blogue:
- Um total de 173.853 visitas;
- Uma média diária de 228 visitas;
- Uma duração média de 2 min 44s por visita;
- 306 posts editados com 1296 comentários:
O blogue tem como retaguarda de apoio:
1 - Uma página pessoal no Facebook com 4.975 amigos;
2 - No Facebook, um Grupo de Fãs homónimo do blogue, integrado até ao presente por 1.795 membros;
3 - A divulgação dos textos editados no blogue, realizada através de edições efectuadas nos murais daquelas páginas do Facebook, bem como no Twitter.
O blogue tem 467 seguidores através do “Google Rede Social” e 200 através dos “Networked Blogs”. É transversal à política, ao regime e às capelinhas estético-literárias que por aí há. E assim continuará com o apoio crescente dos amigos e leitores que nos estimulam através dos seus comentários. É pela motivação que temos dentro de nós e pensando neles, que continuaremos o caminho iniciado.   
A todos vós, amigos e leitores, o meu muito obrigado pelo interesse manifestado, que procurarei não desmerecer.