domingo, 3 de março de 2013

Que se lixe a troika!


O colectivo “Que se lixe a Troika: O povo é quem mais ordena”, convocou manifestações de desagrado com o actual governo e com a troika, que decorreram ontem, sábado, dia 2 de Março, um pouco por todo o país e em algumas cidades além-fronteiras, num total de 40: Angra do Heroísmo, Aveiro, Barcelona, Barcelos, Barreiro, Beja, Boston, Braga, Budapeste, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Castro Verde, Chaves, Coimbra, Covilhã, Entroncamento, Estocolmo, Évora, Faro, Guarda, Horta, Leiria, Lisboa, Londres, Loulé, Madrid, Marinha Grande, Ponta Delgada, Ponte de Sor, Portalegre, Portimão, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Tomar, Torres Novas, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Segundo a organização das manifestações, mais de um milhão e meio de pessoas em todo o país exigiu a demissão do governo do PSD/CDS-PP, sendo a adesão superior à das manifestações de 15 de Setembro.
O colectivo “Que se lixe a Troika: O povo é quem mais ordena”, garante ser apartidário, independente e pacífico. Quer uma alternativa à política de austeridade do Governo, associada ao memorando da Troika e confia na capacidade dos portugueses de participar na construção de um futuro melhor, se forem chamados a fazê-lo.
A mobilização popular para a jornada de luta foi efectuada através das redes sociais e com recurso a cartazes, dos quais apresentamos aqui uma selecção.





6 comentários:

  1. Não é com manifestações e com greves... que se vai conseguir controlar os vícios dos lobbys!
    -> A melhor forma de CONTROLAR OS VÍCIOS DOS LOBBYS (Banca incluída) é o 'Direito ao Veto de quem paga': ver blog «fim-da-cidadania-infantil».
    -> Mesmo realizando eleições em todos os "semestres"... seria o «vira o disco e toca o mesmo»: os lobbys manteriam a sua influência... e quando passassem a «ex-», os governantes, teriam belos 'tachos' à sua espera.
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    -> Anda por aí muita conversa que... visa perpetuar/eternizar a parolização de contribuinte... isto é, ou seja, lançar uma cortina de fumo para que o contribuinte não veja o óbvio: os contribuintes não podem passar um 'cheque em branco' aos políticos!... Leia-se: votar em políticos... sim mas... votar não é passar um 'cheque em branco'!
    -> Os políticos não deverão ter o número de mandatos limitado... mas, em contrapartida, esses mandatos deverão estar sujeitos a uma muito maior vigilância/controlo por parte dos cidadãos. [nota: e os políticos deverão ter uma idade de reforma igual à do regime geral!]
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    Nota:
    -> Espiral Recessiva: o aumento de impostos para pagar a Dívida Pública... provoca uma diminuição do consumo... o que provoca um abrandamento do crescimento económico... o que, por sua vez, conduz a uma diminuição da receita fiscal!
    Por outras palavras: pedir dinheiro emprestado é um assunto demasiado sério para ser deixado aos políticos!!!
    -> Será necessário uma campanha para MOTIVAR os contribuintes a participar... leia-se, para além do «Direito ao Veto de quem paga», é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização expressa do contribuinte - obtida através da realização de um REFERENDO.

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    1. Muito obrigado pelo seu comentário.
      Os meus melhores cumprimentos.

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  2. O direito, e, sobretudo, o dever de se manifestar politicamente!
    Uma das mais importantes capacidades do ser humano é a capacidade de se manifestar, de se expressar, de emitir suas opiniões e percepções sobre o mundo. Na realidade, estamos a todo o momento observando, experimentando, analisando, julgando e, consequentemente, elaborando as nossas interpretações sobre tudo aquilo que, de alguma forma, nos afeta, especialmente sobre temas políticos.
    Assim, temos opiniões sobre quase tudo: pensamos sobre as coisas, julgamos, temos uma posição a respeito de algo. Mas tais opiniões moram no campo do pensamento e nem sempre as expressamos. Optamos por guardá-las para nós mesmos. Os motivos são diversos. Muitas vezes, simplesmente pensamos não ser adequado. Outras, porque não queremos nos envolver em “conflitos” com aqueles que pensam de forma diferente de nós. Às vezes, não temos espaço para nos manifestarmos porque as estruturas de poder onde estamos não nos permitem ou tolhem, de alguma forma, a nossa liberdade. Outras ainda, porque temos coisas mais importantes para fazer do que se manifestar e expor o que pensamos. E outras, finalmente, porque a vida é muito corrida e não temos tempo a perder. Afinal, a vida passa e precisamos viver!
    O facto é que quando nos afastamos do direito de se manifestar ou de se expressar sobre política, estamos abrindo mão de nossa capacidade de mudar o mundo. Por mais que não percebamos, a omissão nos torna também responsáveis pelos problemas da sociedade. Quando guardamos para nós mesmos nossas avaliações, julgamentos, opiniões e nossas interpretações sobre o mundo e sobre a nossa realidade, estamos consentindo a realidade que temos. E essa realidade, da forma como se encontra, pode não ser sequer satisfatória.
    De facto, em diversos momentos, fechamos os olhos para os problemas da sociedade e nos acomodamos por, supostamente, termos feito o nosso papel. Afinal, já votamos, e agora, o trabalho é com os políticos. Sim, terceirizamos aos nossos representantes políticos a criação de uma sociedade melhor. Deixamos que eles ajam de acordo com suas convicções e façam aquilo que quiserem. E só nos lembramos de políticos e da política quando existem temas polémicos a serem discutidos e votados nas assembleias legislativas, ou quando nos confrontamos com problemas em organizações e espaços públicos.
    (cont.)

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    1. Terezinha:
      Só uma atitude é possível: ter carácter, que é uma forma diversa de dizermos que somos iguais a nós próprios. È a propriedade reflexiva, a qual epistemogicamente assentou praça em domínios aparentemente tão distintos como a Filosofia, a Matemática e a Física.E veio para ficar.

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  3. O direito, e, sobretudo, o dever de se manifestar politicamente!
    (Parte II)

    Entretanto, nos enganamos, pois a nossa actuação, no papel de cidadãos, apenas começa com o voto na urna. Fiscalizar, avaliar, julgar, apoiar e criticar o desempenho de políticos é um dever dos eleitores e cidadãos de uma nação, estado e cidade. É nossa obrigação, minha e sua, de cada um de nós! É também um direito! Podemos e devemos fazer isso sem constrangimentos. Afinal, os políticos representam o povo e somente estão em cargos públicos por causa do povo. O mesmo povo que paga, com altos impostos, os altos salários e demais benefícios que compõem as remunerações de políticos e seus assessores, assim como de todos que ocupam cargos em confiança em organizações públicas.
    Somente a atuação crítica, expressa, manifesta, de cidadãos e cidadãs, elevará o nível do ambiente político de nossa cidade, estado e país. E todo lugar é adequado para se discutir a política e o comportamento de políticos: lares, escolas, universidades, locais de trabalho, churrascos com amigos, reuniões de parentes, igrejas, clubes, etc. Enfim, quando duas ou mais pessoas estiverem reunidas, é possível trocar ideias sobre o quanto a política que temos está contribuindo para melhorar a sociedade.
    A nossa omissão é uma forma de deixar tudo como está! Portanto, fiscalizemos, avaliemos e manifestar-nos diante das realidades que vivemos e diante das acções e comportamentos de políticos. Façamos a nossa parte! Construir uma sociedade com mais justiça social, mais distribuição de renda, menos desigualdades, mais oportunidades e mais possibilidades de crescimento e desenvolvimento para todos, exige de nós participação e envolvimento.
    É óbvio que parte dos políticos fica muito feliz por sermos, em geral, tão apáticos ou indiferentes com a política. Aliás, são tão acostumados com a omissão política dos cidadãos que ficam até incomodados e nervosos quando vêm a população organizada adentrando os espaços públicos, como as assembleias legislativas, prédios públicos e ruas. É necessário mudar isso! O aprimoramento da democracia depende de posturas e acções mais críticas de cidadãos e cidadãs. 

    E é tudo.
    Obrigada.

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    1. Terezinha:
      Obrigado mais uma vez pelo seu excelente comentário.
      Reitero novamente aquilo que disse atrás.
      Um abraço amigo para si.

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