quinta-feira, 1 de julho de 2010
Julho, mês das colheitas
sábado, 26 de junho de 2010
D. Carlos I, Fotógrafo Amador
Numa iniciativa do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança esteve patente ao público na Sala de Exposições Temporárias do Castelo de Vila Viçosa, entre 20 de Junho e 20 de Setembro de 2010, uma exposição de fotografia, designada “D. Carlos I, Fotógrafo amador”. As fotos pertenciam ao Arquivo Fotográfico do Paço Ducal de Vila Viçosa, constituído por:
- um conjunto de maços com cerca de 1000 fotografias idênticas de D. Carlos I, destinadas a serem oferecidas;
- álbuns e os maços de fotografias (cerca de 7000), das visitas reais, das fotografias oficiais e das cerimónias protocolares oferecidas pelos melhores fotógrafos da época.
Deste vasto conjunto apenas estiveram em exposição, reproduções de sessenta espécies, principalmente da autoria de D. Carlos I, distribuídas por quatro temas:
- As mais antigas (1887), as experiências (1888) e as ofertas;
- As fotografias para apoio à pintura e que serviriam de modelo ao quadro que surgiria mais tarde;
- As reportagens com títulos que ilustram o tema abordado;
- Uma família de fotógrafos.
A mostra visava divulgar um arquivo que é desconhecido da maioria dos investigadores e simultaneamente dar uma nova perspectiva da vida e dos interesses da Família Real, nos últimos anos da Monarquia.
O respeito que me merece a memória daquele a quem Ramalho Ortigão apelidou de “O martyrisado”, levou-me a que, pensando nos meus leitores, fizesse aqui o traçado fiel do perfil biográfico do Monarca.
É que Elle tinha a expontaneidade do artista de raça, que n'um traço a lápis affirma a sua individualidade.”
Sobre a obra artística de D. Carlos I diz também o seu biógrafo, o escritor e jornalista Rocha Martins (7): “Fialho de Almeida, republicano, no tempo em que criticou D. Carlos como governante, irreverrente ao referir-se às obras dos pintores, depois chegados à supremacia, não poude deixar d’analisar, com respeito e louvor, certo trabalho do chefe de estado monárquico que conquistara na arte uma realeza”.
Para o jurista e jornalista Miguel Sousa Tavares (14) “Se a Maçonaria matou El-Rei D. Carlos, cada português, todos os portugueses, mataram El-Rei segunda vez, na escura cobardia colectiva, na estranha aceitação do crime e das suas consequências políticas”.
Em entrevista publicada pelo jornal “Correio da Manhã”, no dia dia 27 de Janeiro de 2008, o então Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa (GOL), António Reis, esclareceu que “Por doutrina, a Maçonaria não é contra a monarquia, mas contra as monarquias absolutas e contra as ditaduras, por violarem um dos grandes princípios da Maçonaria que é a Liberdade”. Porém e de acordo com ele “A Maçonaria combateu a monarquia concreta de D. Carlos que com o governo de João Franco, de 1906 a 1908, teve uma deriva ditatorial, cuja responsabilidade pertence ao próprio rei. Foram estas circunstâncias que levaram a Maçonaria a preparar o derrube da monarquia”. Apesar de tudo e segundo o Grão-Mestre do GOL, “A Maçonaria “não interveio, nem directa, nem indirectamente” no regicídio de 1908, com o qual não concordou”.
7. A FOTOGRAFIA E A CARTOFILIA
D. Carlos I foi um amante da fotografia, arte a viver os seus primeiros tempos de pioneirismo e que também cultivou, registando para a posteridade, reportagens das múltiplas actividades em que se viu envolvido (campanhas oceanográficas, caçadas, regatas, comboios, etc).
É no reinado de D. Carlos que são introduzidos em Portugal os bilhetes-postais ilustrados.
O primeiro bilhete-postal ilustrado português foi emitido pelos correios e data de 4 de Março de 1894, quando da comemoração do 5° Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique. Seguiu-se-lhe o do VIl Centenário do Nascimento de Santo António, em 1895, e os do IV Centenário da Índia, em 1898.
O primeiro bilhete-postal ilustrado português de fabrico não oficial, exigindo a colagem de um selo de franquia ordinária, foi editado em 1895 pela Companhia Nacional Editora, a propósito do Centenário de Santo António.
Desde então para cá, correios e particulares nunca mais pararam na emissão e edição de bilhetes-postais ilustrados para comemorar efemérides, homenagear personalidades, fazer propaganda oficial ou religiosa, divulgar monumentos, paisagens ou costumes regionais e evocar acontecimentos históricos.
Com o aparecimento dos bilhetes-postais surgiu o seu coleccionismo (Cartofilia) e os coleccionadores (cartófilos).
Naturalmente que D. Carlos e com ele a família real seriam tema de edições particulares de postais ilustrados, o mesmo acontecendo com as visitas de soberanos estrangeiros, atrás referidas. Alguns desses bilhetes-postais ilustrados circularam com o selo do lado da imagem e são designados por TCV’s – timbre-cotê-vues.
1. AQUÁRIO VASCO DA GAMA. El-Rei D. Carlos. A história de um dos pioneiros mundiais no estudo da Oceanografia.
sábado, 19 de junho de 2010
Assim não vamos lá!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Nós e os números - O número Quatro
- Bóreas (N), o vento norte, frio e violento;
- Kaikias (NE), o vento nordeste;
- Apeliotes (SE), o vento sudeste;
- Lips (SO), o vento sudoeste;
- Siroco (NO), o vento noroeste;
Na MITOLOGIA ROMANA, a deusa Ceres equivalente à deusa Demeter da MITOLOGIA GREGA é a deusa da Terra, responsável pela existência das “quatro” Estações.
- Homem velhaco, três barbas ou quatro.
- Quatro coisas destroem a justiça: o amor, o ódio, o medo e a ganância.
Quatro horas dorme o santo, cinco o que não é tanto, seis o estudante, sete o caminhante, oito o porco e nove o morto.
- Quatro olhos vêem mais que dois.
- Quatro virtudes engrandecem o homem: delicadeza, sabedoria, honestidade e fidelidade.
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Quatro velas a arder,
Nossa Senhora me acompanhe
Esta noite, se eu morrer.
Jesus na boca, Jesus no peito,
A conta não quer mentir;
Bem tolo é quem se mata
Por criadas de servir. [1]
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Provérbios de Junho
- A água de
Junho, bem chovidinha, na meda faz farinha.
- A cortiça em
Junho sai a punho, em Agosto a mascoto.
- Abril
chuvoso, Maio ventoso e Junho amoroso, fazem um ano formoso.
- Água de S.
João tira o vinho e não dá pão.
- Ande o Verão
por onde andar, no S. João há-de chegar.
- Ande o Verão
por onde andar, pelo S. João cá vem parar.
- Ande onde
andar o Verão, há-de vir no S. João.
- As cerejas
são alegres à vista e tristes ao coração.
- Até ao S.
Pedro, o vinho tem medo.
- Até S. Pedro,
há o vinho medo.
- Cerejas e más
fadas, cuidais tomar poucas e vêm dobradas.
- Chovam trinta
maios e não chova em Junho.
- Chovam trinta
Maios, mas não chova em Junho.
- Chuva de
Junho, peçonha do mundo.
- Chuva junhal,
fome geral.
- Chuva no S.
João, bebe o vinho e come o pão.
- Chuva no S.
João, talha o vinho e não dá pão.
- Chuva pelo S.
João, bebe o vinho e come o pão.
- Dezembro com
Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
- Dia de S.
Barnabé, seco a cesto e a punho.
- Em Junho,
foicinha em punho.
- Em Junho,
frio como punho.
- Em Maio, as
cerejas uma a uma leva-as o gaio; em Junho a cesto e a punho.
- Favas das
mais caras, cerejas das mais baratas.
- Favas, as
primeiras; cerejas, as últimas.
- Feno, alto ou
baixo, em Junho é segado.
- Galinhas de
S. João, pelo Natal poedeiras são.
- Galinhas pelo
S. João no Natal ovos dão.
- Guarda pão
para Maio, lenha para Abril e o melhor tição para o S. João.
- Junho
calmoso, ano formoso.
- Junho
chuvoso, ano perigoso.
- Junho
dorme-se sobre o punho.
- Junho
floreiro, paraíso verdadeiro.
- Junho não dá
nada; mata a fome com a cevada.
- Junho quente,
Julho ardente.
- Junho,
dorme-se sobre o punho.
- Junho,
foicinha em punho.
- Junho, Julho
e Agosto, senhora não sou vosso.
- Lavra pelo S. João e terás palha e pão.
- Lavra pelo
São João se queres ter palha e pão.
- Lavra pelo
São João, se queres haver pão.
- Lavra por S.
João, se queres haver pão.
- Lavra por S.
João, se queres ter pão.
- Maio
engrandecer, Junho ceifar, Julho debulhar.
- Maio frio e
Junho quente: bom pão, vinho valente.
- Maio frio,
Junho quente, bom pão, vinho valente.- Maio pardo, Junho claro.
- O milho pelo
São João deve cobrir um cão.
- O sol de
Junho madruga muito.
- Ouriços no S.
João, são do tamanho dum botão.
- Para Junho
guarda um toco e uma pinha, e a velha que o dizia guardados os tinha.
- Para o S.
João, guarda a velha o melhor tição.
- Pelo S. João
a sardinha pinga no pão.
- Pelo S. João
deve o milho cobrir o chão.
- Pelo S. João,
deve o milho cobrir o rabo do cão.
- Pelo São
João, foice na mão.
- Pelo São
Pedro vai ao arvoredo; se vires uma, conta um cento.
- Pintos de S.
João pela Páscoa ovos dão.
- Quando Jesus
se encontra com João, até as pedras dão pão.
- Quando o
troque troqueleja, já a cereja vermelheja.
- Quando o
vento ronda o mar na noite de S. João, não há Verão.
- Quando se
junta Jesus com João, em cima de pedra dá pão.
- Quem em Junho
não descansa, enche a bolsa e farta a pança.
- Quem quiser
bom melão, semeia-o na manhã de São João.
- Sardinha de
S. João, já pinga no pão.
- Se o vento
bailar, em noite de S. João, vai tardar o Verão.
- Se queres ter
pão, lavra pelo São João.
- Sol de Junho
madruga muito.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Junho, mês das colheitas
Publicado inicialmente a 10 de Junho de 2010