Verão. Gravura de Paul van Somer II (activo ca.1670 – 1714).
O Verão, estação caracterizada por elevadas
temperaturas, decorre de cerca de 21 de Junho até por volta de 23 de Setembro. O
adagiário de Verão é assim o somatório dos adágios de Junho, Julho, Agosto e
Setembro, que já foram inventariados nos respectivos meses. Daí que aqui só se
apresentem aqueles em que figura explicitamente a palavra Verão:
- A água com que no Verão se há-de regar, em Abril há-de ficar.
- A água que
no Verão há-de regar, de Abril e Maio há-de ficar.
- A burra de vilão, mula é no Verão.
- A
formiga faz as suas provisões no Verão, ajunta no tempo de ceifa o seu
alimento.
- A
Inverno chuvoso Verão abundoso.
- Ande
por onde andar o Verão, chega sempre pelo S. João;
- Ande
por onde andar o Verão, há-de vir no S. João.
- Março,
marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão.
- Março,
marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.
- Nem
no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
- Nem
o Inverno sem capa, nem o Verão sem cabaça.
- No
Verão acabam as ceias e começam os serões.
- No
Verão ardem os montes e secam as fontes.
- No
Verão o sol dá paixão.
- O
Verão colhe e o Inverno come.
- Orelha
de homem, nariz de mulher e focinho de cão, nunca viram o Verão.
- Outubro
suão, negaças de Verão.
- Pão
de hoje, carne de ontem, vinho do outro Verão, fazem um homem são.
- Quem
no Verão colhe, no Inverno come.
- Sol
nascente desfigurado, No Inverno, frio, no Verão, molhado.
- Uma
(só) andorinha não faz o Verão.
Hernâni Matos
Publicado inicialmente a 23 de Julho de 2018
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