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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Agosto na Pintura Universal


Agosto (1412-16). 
Paul, Jean et Herman de Limbourg (1370/80 – 1416).
Livro de Horas do Duque de Berry. 
Musée Condé, Chantilly.

“Agosto” é o tema central de obras executadas por grandes mestres da pintura universal, dos quais destacamos, associados por épocas/correntes da pintura, os seguintes:
- RENASCENÇA: Paul, Jean et Herman de Limbourg (1370/80 – 1416), holandeses; Cosmè Tura (1430-1495), italiano; Jean Poyer (activo pelo menos de 1483 até c.1503), francês; Gerard Horenbout  (c. 1465–1541), holandês; Simon Bening (1483/84-1561), flamengo; António de Holanda (1480/1500 – c. 1571), holandês; Oficina Simon Bening (c. 1483 – 1561), flamengo; Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569), flamengo;
- BARROCO: Leandro Bassano (1557-1622), italiano; Adriaan van Stalbemt (1580-1662). Flamengo;
- ESCOLA VENEZIANA: Bernardo Bellotto (1720-1780), italiano;
- ROMANTISMO: Francisco da Silva (séc. XVIII), português;
- IMPRESSIONISMO: Alfred Sisley (1839-1899), francês;
- ABSTRACCIONISMO: Gregory Amenoff (1948-  ), mericano;
Por norma, as pinturas destacam as actividades senhoriais ou agro-pecuárias características do quente mês de Agosto: ceifa, acarreto e debulha do cereal, trabalhos de eira, descanso e refeição de ceifeiros, colheita de frutos e tosquia de ovelhas. A noção de calor pode também ser transmitida através da presença de nadadores ou pelo trabalho de tanoeiros que fabricam vasilhame que vai ser usado após as vindimas do mês de Setembro que se avizinha.


Alegoria de Agosto: Triunfo de Ceres (1476-84).
Cosmè Tura (1430-1495).
Fresco (500 cm x 320 cm).
Palazzo Schifanoia, Ferrara. 
Agosto (c. 1500).
Jean Poyer (activo pelo menos de 1483 até c.1503).
Livro de Horas de Henrique VIII (c/1500).
Morgan Library, New York. 
O Mês de Agosto (c. 1510).
Gerard Horenbout  (c. 1465–1541).
Breviário Grimani (28 cm x 21,5 cm).
Biblioteca Nazionale Marciana, Venice.
 Agosto (c.1515).
Simon Bening (1483/84-1561).
Livro de Horas da Costa (c/ 1515).
Morgan Library, New York.

Agosto (1517-1551).
António de Holanda (1480/1500 – c. 1571). 
Livro de Horas de D. Manuel I. Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho
(10,8 cm x 14 c m). Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
Agosto (1530-1534)
Oficina Simon Bening (c. 1483 – 1561).
Livro de Horas de D. Fernando. Pintura a têmpera e ouro
sobre pergaminho (9,8 cm x 13,3 cm).
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
 A colheita de milho – Agosto (1565).
Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569).
Óleo sobre madeira (118 cm x 161 cm).
Metropolitan Museum of Art, New York.
Agosto (1595/1600)
Leandro Bassano (1557-1622).
Óleo sobre tela (145 cm x 213 cm).
Museu de Arte Regional, Tula. 
 Alegoria do Mês de Agosto (?).
Adriaan van Stalbemt (1580-1662).
Oleo sobre madeira (76 cm x 123 cm).
Colecção privada.
Julho, Agosto (1731)
Francisco da Silva (séc. XVIII).
Óleo sobre madeira (23 cm x 33 cm).
Museu de Évora.
Dresden a partir da margem direita do rio Elba, acima da Augustusbrücke (1747).
Bernardo Bellotto (1720-1780).
Óleo sobre tela (132 cm x 236 cm).
Gemäldegalerie, Dresden.
Uma tarde de Agosto próximo de Veneux (1881).
Alfred Sisley (1839-1899).
Óleo sobre tela (54 cm x 73 cm).
Colecção privada.
Luz em Agosto (1996).
Gregory Amenoff (1948-  ).
Óleo sobre tela (233.7 cm x 304,8 cm).
Kemper Museum of Contemporary Art, Kansas City.




domingo, 4 de agosto de 2013

Provérbios de Agosto


AGOSTO - Iluminura (9,8x13,3 cm) do “Livro de Horas de D. Fernando”
[Século XVI (1530-1534)], manuscrito com iluminuras da oficina Simon
Bening ( c.1483 – 1561), conservado no Museu Nacional de Arte Antiga.
 Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho.

- A quem não tem pão semeado, de Agosto se lhe faz Maio.
- A terra lavrada em Agosto à estercada dá de rosto.
- Abril frio, pão e vinho, Maio come o trigo e Agosto bebe o vinho.
- Abril, frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado. Agosto, debulhar, Setembro, vindimar.
- Agosto amadura, Setembro derruba.
- Agosto amadurece, Setembro vindimece.
- Agosto arder, Setembro beber.
- Agosto chuvoso é ano formoso.
- Agosto debulhar, Setembro vindimar.
- Agosto é o mês da fome.
- Agosto é o primeiro mês de Inverno.
- Agosto e vindima não é cada dia.
- Agosto e vindima não vêm cada dia, mas sim cada ano, uns com ganância, outros com dano.
- Agosto madura e Setembro vindima.
- Agosto madura, Setembro derruba e Outubro seca tudo.
- Agosto madura, Setembro vindima.
- Agosto não caminhar, Dezembro não marear.
- Agosto nos farta, Agosto nos mata.
- Agosto que lhe dá pelo rosto. culpa se Setembro leva a fruta.
- Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.
- Agosto tem cuidadoso e aguilhoa o preguiçoso.
- Agosto, água no rosto.
- Agosto, aguilhoa o preguiçoso.
- Agosto, candeeiro posto.
- Agosto, dá o sol no rosto.
- Agosto, engravelar.
- Agosto, frio no rosto, malha com desgosto.
- Agosto, frio no rosto, malha com gosto.
- Agosto, frio no rosto.
- Agosto, mês de desgosto.
- Agosto, não caminhar; Dezembro, não marear.
- Agosto, toda a fruta tem gosto.
- Água de Agosto apressa o mosto.
- Água de Agosto consola o corpo.
- Água de Agosto dá mel e mosto.
- Água de Agosto tira o sol do rosto.
- Água de Agosto, açafrão, mel e mosto.
- Água de Agosto, tira o sol do rosto.
- Água pelo São João, traz vinho e não dá pão; em Agosto, nem pão nem mosto.
- Ande o ano por onde andar, o mês de Agosto há-de aquentar.
- Até quinze de Agosto malha a teu gosto; depois malha o suor do teu rosto.
- Até quinze de Agosto malha a teu gosto; depois malha o suor do teu rosto.
- Bom é o ano quando em Agosto, sobre a castanha se chupa mosto.
- Caroço de Agosto dá gosto.
- Cava de Agosto enche o tonel de mosto.
- Cava e esterca de Agosto, ao lavrador alegra o rosto.
- Cava em Agosto, enche o tonel de mosto.
- Chovendo em Agosto não metas teu dinheiro em mosto.
- Chuva de Agosto apressa o mosto.
- Chuva de Agosto, apanhá-la com gosto.
- Chuva de Agosto, apanhá-la dá gosto.
- Chuva em Agosto enche o tonel de mosto.
- Chuva em Agosto: açafrão, mel e mosto.
- Chuva fina pelo Santo Agostinho é como se chovesse vinho.
- Chuva por Santo Agostinho é como se chovesse vinho.
- Corra o ano como correr, o mês de Agosto há-de aquecer.
- Corra o ano como for, haja em Agosto e Setembro calor.
- Couves em Agosto, tumba à porta.
- Dia de Santo António vêm dormir as castanhas ao castanheiro.
- Dia de São Bartolomeu, anda o diabo à solta.
- Dia de São Lourenço, vai à vinha e enche o lenço.
- Em Agosto aguilhoa o preguiçoso e sê cuidadoso.
- Em Agosto aguilhoa o preguiçoso.
- Em Agosto apanha macela que livra da botica o uso dela.
- Em Agosto ardem os montes e secam as fontes.
- Em Agosto dá o sol no rosto
- Em Agosto da o sol pelo rosto. 
- Em Agosto deve o milho ferver no caroço e a castanha no ouriço.
- Em Agosto deve o milho ferver no carolo.
- Em Agosto deve o milho ferver o carolo.
- Em Agosto espingarda ao rosto.
- Em Agosto há bulha o preguiçoso.
- Em Agosto malha a teu gosto.
- Em Agosto nao metas o teu dinheito em mosto.
- Em Agosto palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.
- Em Agosto passa o frio pelo rosto.
- Em Agosto sê cuidadoso e não largues o preguiçoso.
- Em Agosto secam as fontes e ardem os montes.
- Em Agosto secam os montes e em Setembro as fontes.
- Em Agosto secam os montes, em Setembro as fontes e o Outubro seca tudo.
- Em Agosto secam os montes, em Setembro as fontes.
- Em Agosto toda a fruta tem gosto.
- Em Agosto toda a fruta tem o seu gosto.
- Em Agosto toda a fruta tem seu gosto
- Em Agosto todo o fruto tem seu gosto.
- Em Agosto vale mais vinagre que mosto.
- Em Agosto, antes vinagre do que mosto.
- Em Agosto, ardem os montes; em Setembro, secam as fontes.
- Em Agosto, candeeiro posto.
- Em Agosto, dá o sol pelo o rosto.
- Em Agosto, espingarda ao rosto.
- Em Agosto, frio no rosto.
- Em Agosto, nem vinho nem mosto.
- Em Agosto, palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.
- Em Agosto, sardinha e mosto.
- Em Agosto, sardinhas e mosto.
- Em Agosto, suor no rosto.
- Em Agosto, terra lavrada dá de cara à estercada.
- Em Agosto, toda a fruta tem gosto.
- Em Agosto, toda a fruta tem seu gosto.
- Em Agosto, uvas e mosto.
- Em Agosto, vale mais vinagre que mosto.
- Em Dezembro chuva, em Agosto uva.
- Em dia de São Lourenço vai à vinha e encherás o lenço.
- Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
- Em Junho, Julho e Agosto, senhora não sou vosso.
- Esterco e cava de Agosto, ao lavrador alegra o rosto.
- Fevereiro couveiro faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio, pio-pio pelo mato; Junho, como um punho; em Agosto as tomarás a cosso.
- Fevereiro ricoqueiro, faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio, pio, pio, pelo mato; Junho, como um punho; em Agosto, as tomarás em cosso.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavelar. Setembro vindimar, Outubro revolver, Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavetar, Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro semear. Dezembro nascer.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Agosto recolher. Setembro vindimar.
- Julho é o mês das colheitas, Agosto o mês das festas.
- Julho, debulhar; Agosto, engravelar.
- Junho, Julho e Agosto, senhora, não sou vosso.
- Lá vem Agosto com os seus santos ao pescoço.
- Lá vem o Agosto com os seus santos ao pescoço.
- Lua nova de Agosto carregou, lua nova de Outubro trovejou.
- Luar de Agosto, dá-lhe no rosto.
- Luar de Janeiro alumia todo o ribeiro, mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.
- Luar de Janeiro não tem parceiro, senão o de Agosto, que lhe dá de rosto.
- Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.
- Maio come o pão. Agosto bebe o vinho.
- Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
- Maio faz o pão e Agosto bebe o vinho.
- Maio faz o pão e Agosto o milhão.
- Mês de Agosto será gaiteiro se for bonito o primeiro de Janeiro.
- Nao é bom mosto, o colhido em Agosto.
- Não é bom o mosto colhido em Agosto.
- Não há casamento de Agosto que não tenha desgosto.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro malhar.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear, nem em Dezembro navegar.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear.
- Nem por Agosto caminhar, nem por Dezembro marear.
- Nem por Agosto comprar, nem por Dezembro marear. 
- Névoas de Agosto, nem bom nabo, nem bom magusto.
- No dia de S. Lourenco vai a vinha e enche o lenco.
- No dia de São Lourenço a velha enche o lenço.
- No dia de São Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
- No São Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
- No São Tiago pinta o bago.
- O Mês de Agosto arremeda o ano todo.
- O mês de Agosto arremeda os outros.
- O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro.
- O que tapa o frio tapa o calor.
- O sol de Agosto cria azeite e mosto.
- Os nabos querem o luar de Agosto.
- Os nabos querem ver o luar de Agosto.
- Os ouriços em Agosto fervam e em Setembro bebam.
- Outubro, revolver; Novembro, semear; Dezembro, nasceu um Deus para nos salvar; Janeiro, gear; Fevereiro, chover; Março, encanar; Abril, espigar; Maio, engrandecer; Junho, ceifar; Julho, debulhar; Agosto, engravelar; Setembro, vindimar.
- Pela Assunção cada pinga vale seu tostão.
- Pelo São Bartolomeu vai à vinha e enche o lenço.
- Pelo São Lourenço, os nabais nem nados nem no lenço.
- Pelo São Lourenço, vai à vinha e enche o lenço.
- Por Santa Maria de Agosto, repasta a vaca um pouco.
- Por São Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
- Por São Lourenço vai à vinha e encherás o lenço.
- Primeiro de Agosto, primeiro de Inverno.
- Primeiro de Janeiro, primeiro de Verão; primeiro de Agosto, primeiro de Inverno.
- Quando chove em Agosto, chove mel e mosto.
- Quando chove em Agosto, não chove água senão mosto.
- Quando chove em Agosto, não metas teu dinheiro em mosto.
- Quando chover em Agosto, não compres mosto.
- Quando chover em Agosto, não metas o teu dinheiro em mosto.
- Quando chover por Agosto, não metas teu dinheiro em mosto.
- Quando há vento, é que se limpa o cereal.
- Quem Agosto ara, riqueza prepara
- Quem cava a vinha em Agosto, enche a cuba de mosto.
- Quem debulha em Agosto, debulha com mau gosto.
- Quem dormir ao sol de Agosto passa por desgosto.
- Quem em Agosto ara, riquezas prepara.
- Quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a espinha.
- Quem malha em Agosto, malha com desgosto.
- Quem malha em Agosto, não malha com gosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha com desgosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha com mau desgosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha contra seu gosto.
- Quem quer ver seu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto.
- Quem quiser o homem morto, dê-lhe lapas em Maio e couves em Agosto.
- Quem se casa em Agosto não junta dinheiro.
- Se chover em Agosto, não gastes dinheiro em mosto.
- Se não debulhas em Agosto, terás sempre desgosto.
- Se queres o teu homem morto, dá-lhe couves em Agosto.
- Se queres o teu homem morto, dá-lhe sardinhas em Maio e couves em Agosto.
- Se queres teu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto, mas mal por mal, antes lapas em Maio do que couves em Agosto.
- Se queres teu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto; mas morto por morto, antes lapas em Maio do que couves em Agosto.
- Se queres ver o teu homem morto, dá-lhe couves em Agosto.
- Se queres ver o teu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto.
- Seja o ano que for, Agosto quer calor.
- Sol de Agosto, calor de gostos.
- Tardes de Agosto, nem para água ao poço.
- Tardes de Agosto, passam de encosto.
- Temporã é a castanha que em Agosto arreganha.
- Terra lavrada em Agosto, à estercada dá o rosto.
- Trovoadas em Agosto, abundância de uva e mosto.
- Trovoadas em Agosto, melhora o mosto.
- Trovões em Agosto, Inverno comprido
- Uma rega no mês de Agosto, leva o milho ao caniço.


Publicado inicialmente em 4 de Agosto de  2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Verão no adagiário português


Verão (Data desconhecida).
Enrico Fanfani (1824 - 1885).
Óleo sobre tela (82,5 × 63 cm).
Letchworth Museum and Art Gallery, Inglaterra.

É diversificado, ainda que não muito vasto o adagiário português, onde é utilizada explicitamente a palavra Verão:
- A água com que no Verão se há-de regar, em Abril há-de ficar.
- A água que no Verão há-de regar de Abril e Maio há-de ficar.
- A burra de vilão, mula é no Verão.
- A formiga faz as suas provisões no Verão, ajunta no tempo de ceifa o seu alimento.
- A Inverno chuvoso, Verão abundoso.
- A vaca do vilão se de Inverno dá bom leite, melhor dá de Verão.
- Ande por onde andar o Verão, chega sempre pelo S. João.
- Ande por onde andar o Verão, há-de vir no S. João.
- Bácoro fiado, bom Inverno e mau Verão.
- Calcanhar de homem, cu de mulher e nariz de cão só aquecem no Verão.
- Em o Verão por calma, e no Inverno por frio, não lhe falte achaque de vinho.
- Em Verão cada um lava seu pano.
- Inverno chuvoso, Verão abundante.
- Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
- No Inverno forneira e no Verão taverneira.
- No Verão acabam as ceias e começam os serões.
- No Verão ardem os montes e secam as fontes.
- No Verão o sol dá paixão.
- O menino e o bezerrinho, no Verão hão frio.
- O Verão colhe e o Inverno come.
- Orelha de homem, nariz de mulher e focinho de cão, nunca viram o Verão.
- Outubro suão, negaças de Verão.
- Pão de hoje, carne de ontem, vinho de outro Verão, fazem um homem são.
- Quando o vento vem do mar, na noite de S. João, não há Verão.
- Quem no Verão colhe, no Inverno come.
- Sol nascente desfigurado, no Inverno, frio, no Verão, molhado.
- Vento suão molha no Inverno, seca no Verão.
- Verão fresco, Inverno chuvoso, estio perigoso.
Adágios existem, que apesar de utilizarem explicitamente a palavra Verão, não dizem respeito a esta época do ano:
- Março marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão.
- Março marçagão, de manhã Inverno, de tarde Verão.
- Março marçagão, manhã de Inverno, tarde de Verão.
- Março marçagão, pela manhã rosto de cão, à tarde Verão.
- Março marçagão, tarde de Verão.
- Março marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.
- Março marçagão, pela manhã rosto de cão e a tarde de bom Verão.
- Março marçagão, de manhã cara de carvão, à tarde sol de Verão.
- Março, marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.
- Primeiro dia de Janeiro: primeiro dia de Verão.

Hernâni Matos

sexta-feira, 8 de março de 2013

Agosto, mês de férias


AGOSTO - Iluminura (10,8 x 14 cm) do “Livro de Horas de D. Manuel I” [Século XVI
(1517-1551)], manuscrito com iluminuras atribuídas a António de Holanda, conservado
no Museu Nacional de Arte Antiga. Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho.

O mês de Agosto era anteriormente conhecido por Sextilis em latim, uma vez que era o sexto mês do calendário romano, que começava em Março.
Em 46 a.C., Júlio César, reformou o calendário romano, acrescentando dois meses, Unodecembris e Duocembris, no final do ano de 46 a.C., deslocando assim Januarius e Februarius para o começo do ano de 45 a.C. Os dias dos meses foram fixados numa sucessão de 31, 30, 31, 30... de Januarius a Decembris, à excepção de Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias. Com tais mudanças, o calendário anual passou a ter doze meses que perfaziam 365 dias.
Em 44 a.C., Júlio César foi homenageado pelo Senado, que mudou o nome do mês Quintilis para Julius, visto ser o mês em que César nasceu.
Em 8 a.C., a denominação Sextilis foi modificada para Augustus, em homenagem ao imperador Octávio Augusto.
Agosto tem 31 dias e é o oitavo mês do calendário juliano e também do calendário gregoriano, utilizado na maior parte do mundo e que foi promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de Fevereiro do ano 1582, para substituir o calendário juliano.
No Hemisfério Sul, Agosto é o equivalente sazonal de Fevereiro no Hemisfério Norte.
Num ano comum nenhum outro mês começa no mesmo dia da semana que Agosto, enquanto que num ano bissexto, Fevereiro começa no mesmo dia da semana que Agosto.
Tanto em anos comuns como bissextos, Agosto termina no mesmo dia da semana que Novembro.
Os Signos do Zodíaco que correspondem ao mês de Agosto são:
- Leão (23 de Julho a 22 de Agosto).
- Virgem (23 de Agosto a 22 de Setembro).
A pedra zodiacal de Agosto é o ónix.
Como noutros meses há datas especiais a assinalar em Agosto. Temos Dias Internacionais:
- Dia 6 - Dia Internacional da Solidariedade.
- Dia 8 - Dia do Emigrante.
- Dia 9 - Dia Internacional dos Povos Indígenas.
- Dia 12 - Dia Internacional da Juventude.
- Dia 19 - Dia Mundial da Fotografia.
- Dia 23- Dia Internacional da Recordação do Tráfico Negreiro e da sua Abolição.
- Dia 29 – Dia Internacional contra os testes nucleares.
- Dia 30 - Dia Internacional do Desaparecido.
- Dia 31- Dia Internacional da Solidariedade.
Temos ainda datas patrióticas:
- 4 de Agosto (1578) - Batalha de Alcácer-Quibir, na qual o exército português comandado pelo rei D. Sebastião (1554-1578) aliado ao exército do sultão Mulei Moluco, é derrotado por um exército chefiado pelo Sultão de Marrocos Mulay Mohammed com apoio otomano. A derrota conduziu à crise dinástica de 1580, que teve como consequência a perda da independência nacional durante 60 anos, devido à união forçada com Espanha no decurso da dinastia Filipina (1580-1640).
- 14 de Agosto (1385) – Batalha de Aljubarrota entre tropas portuguesas com aliados ingleses, lideradas por D. João I de Portugal (1357-1433) e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431), e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. João I de Castela (1358-1390). A vitória portuguesa pôs fim à crise de 1383-1385, consolidando D. João I, Mestre de Avis, como rei de Portugal. Como reconhecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, D. João I mandou edificar o Mosteiro da Batalha.
No calendário Mariano, Nossa Senhora, Mãe de Deus, é honrada com muitos e muitos títulos e festejada ao longo do ano. No mês de Agosto temos:
- Dia 2 – Dia de Nossa Senhora dos Anjos.
- Dia 5 - Dia de Nossa Senhora das Neves.
- Dia 13 - Dia de Nossa Senhora Refúgio dos Pecadores.
- Dia 15 - Dia de Nossa Senhora da Assunção.
- Dia 16 - Dia de Nossa Senhora Rainha.
- Dia 16 - Dia de Nossa Senhora do Amparo.
- Dia 20 - Dia de Nossa Senhora da Agonia.
- Dia 22 - Dia de Imaculado Coração de Maria.
- Dia 22 - Dia de Nossa Senhora Rainha.
Na religião católica, Agosto é considerado o mês do Coração Imaculado de Maria.

Hernâni Matos
Publicado inicialmente a 8 de Março de 2013

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Começou o Inverno


COSTUMES ALENTEJANOS (1923) – Aguarela sobre cartão (37 cm x 26, 5 cm).
Jaime Martins Barata (1899-1970). Museu Grão Vasco, Viseu.

No hemisfério norte, o Inverno tem início com o solstício de Inverno, que acontece cerca do dia de 21 de Dezembro e termina com o equinócio de Primavera, que ocorre perto de 20 de Março.
O solstício de Inverno corresponde ao menor dia do ano, a partir do qual os dias começam a crescer. Nas religiões pagãs simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão e era comemorado como tal. Com o cristianismo essas celebrações foram incluídas no culto do Natal. 
O Inverno é a estação do ano que estabelece a transição do Outono para a Primavera. É caracterizada por chuva, neve, nevoeiro e temperaturas muito baixas. Como consequência destas e da falta de alimentos, há animais que hibernam. Caso dos ursos, musaranhos, ouriços, esquilos, marmotas e morcegos. A hibernação é caracterizada por um estado de sonolência e inactividade, em que as funções vitais do organismo são reduzidas ao estritamente necessário à sobrevivência. Ocorre então uma redução da actividade metabólica, a respiração quase que pára e o número de batimentos cardíacos abranda.
As temperaturas baixas e a escassez de alimentos no Inverno estão também na origem de migrações. Estas ocorrem quando os seres vivos se deslocam de uma região para outra, à procura de melhores condições de vida, em termos de temperatura e de alimentação. É o que se passa com aves, caribús, baleias, borboletas, vespas, gafanhotos e roedores.

 Publicado inicialmente a 20 de Dezembro de 2012

sábado, 8 de dezembro de 2012

Provérbios de Janeiro


Página do calendário de Janeiro, do Golf Book (Livro de Horas, Uso de Roma),
oficina de Simon Bening, Bruges, Holanda, c. 1540, MS Adicional 24098, f. 18v.

- A água de Janeiro traz azeite ao olival, vinho ao lagar e palha ao palheiro.
- A água de Janeiro vale dinheiro.
- Água de Janeiro, todo o ano tem concerto,
- Até Janeiro qualquer burro passa o regueiro, mas daí para a frente, tem que ser forte e valente.
- Bons dias em Janeiro pagam-se em Fevereiro.
- Bons dias em Janeiro, enganam o homem em Fevereiro.
- Canta o melro em Janeiro, temos neve até ao rolheiro.
- Cebola ramuda, com neves em Janeiro, anuncia dinheiro.
- Chuva de Janeiro, cada gota vale dinheiro.
- Chuva em Janeiro e não frio, riqueza no Estio.
- De flor de Janeiro ninguém enche o celeiro.
- Em Janeiro deixa a fonte e vai ao ribeiro.
- Em Janeiro deixa o rábano ao rabaneiro.
- Em Janeiro faz a cama em palheiro.
- Em Janeiro todo o burro é sendeiro.
- Em Janeiro meia o celeiro; se o vires meado, come regrado.
- Em Janeiro não metas obreiro.
- Em Janeiro neve e frio, é de esperar ardor no estio.
- Em Janeiro pasta a lebre no lameiro e o coelho à beira do regueiro.
- Em Janeiro põe-te no outeiro e se vires verdear, põe-te a chorar, e se vires terrear, põe-te a cantar.
- Em Janeiro seca a ovelha suas madeiras no fumeiro e em Março no prado e em Abril as vai urdir.
- Em Janeiro semeiam-se muitas abóboras.
- Em Janeiro sobe ao outeiro e se vires verdejar, põe-te a chorar e se vires torrear, põe-te a cantar.
- Em Janeiro sobe ao outeiro: se vires verdegar, põe-te a chorar; se vires terregar, põe-te a dançar.
- Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires terrear, põe-te a cantar; se vires verdejar, põe-te a chorar.
- Em Janeiro todo o cavalo é sendeiro.
- Em Janeiro, busca parceiro.
- Em Janeiro, cada ovelha com seu cordeiro.
- Em Janeiro, mete obreiro, mês meante que não ante. Em Janeiro, nem galgo lebreiro, nem açor perdigueiro.
- Em Janeiro, o boi e o leitão engordarão.
- Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro.
- Em Janeiro, sete casacos e um sombreiro.
- Em Janeiro, sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar; se vires tarrejar, põe-te a cantar.
- Em Janeiro, um porco ao sol, outro ao fumeiro.
- Em Janeiro, um porco morto, outro no fumeiro.
- Em Janeiro, um salto de carneiro.
- Em mês de Janeiro Verão, nem palha nem pão.
- Em metade de Janeiro mete obreiro.
- Em minguante de Janeiro, corta o madeiro.
- Em São Vicente (22/1) de Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar; se vires terrear, põe-te a cantar; se vires luzir, põe-te a sorrir.
- Fermento de Janeiro, de quarteiro.
- Janeiro e Fevereiro, enchem ou vazam o celeiro.
- Janeiro frio e molhado não é bom para o gado.
- Janeiro frio e molhado, enche a tulha e farta o gado.
- Janeiro frio ou temperado, passa-o enroupado.
- Janeiro geadeiro afoga a mãe no ribeiro.
- Janeiro geadeiro, Fevereiro aguadeiro. Março chover cada dia seu pedaço. Abril águas mil coadas por um funil, Maio pardo celeiro grado, Junho foice em punho.
- Janeiro geadeiro, nem boa meda nem bom palheiro.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer, Junho ceifar, Julho debulhar. Agosto engavelar, Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro semear. Dezembro nascer.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Agosto recolher. Setembro vindimar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavelar. Setembro vindimar, Outubro revolver. Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro geoso, Fevereiro nevoso. Março frio e ventoso, Abril chuvoso e Maio pardo, fazem um ano abundoso.
- Janeiro geoso. Fevereiro nevoso, Março mulinhoso. Abril chuvoso. Maio ventoso, fazem o ano formoso.
- Janeiro greleiro, não enche o celeiro.
- Janeiro molhado, bom para o tempo e mau para o gado.
- Janeiro molhado, se não cria pão, cria gado.
- Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o arado.
- Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado.
- Janeiro não choveu, o temporão se perdeu.
- Janeiro quente, traz o diabo no ventre.
- Janeiro quer-se geadeiro.
- Janeiro, cada sulco seu regueiro.
- Janeiro, como entra assim sai.
- Janeiro, desapartadeiro.
- Janeiro, geadeiro.
- Janeiro, gear.
- Janeiro, porcos em sendeiro, um dia e não cada dia.
- Laranjas e Janeiro, dão que fazer ao coveiro.
- uar de Janeiro não tem parceiro, senão o de Agosto, que lhe dá de rosto.
- Mês de Janeiro e Fevereiro, ou enche ou vaga (vaza) o celeiro.
- Mês de Janeiro, bom cavaleiro, assim acaba como à entrada.
- Mês de Janeiro, procura a perdiz o companheiro. Fevereiro faz o rapeiro; Março põe três ou quatro; Abril enche o covil; Maio, pi-pi pelo mato.
- Minguante de Janeiro corta madeiro.
- No mês de Janeiro sobe ao outeiro para ver o nevoeiro.
- No primeiro de Janeiro sobe ao outeiro para ver o nevoeiro.
- O bom tempo de Janeiro faz o ano galhofeiro.
- O mês de Janeiro, como bom cavalheiro, assim acaba como na entrada.
- O que Janeiro deixa nado, Maio deixa espigado.
- Outubro, revolver; Novembro, semear; Dezembro, nasceu um Deus para nos salvar; Janeiro, gear; Fevereiro, chover; Março, encanar; Abril, espigar; Maio, engrandecer; Junho, ceifar; Julho, debulhar; Agosto, engravelar; Setembro, vindimar.
- Pelo São Sebastião (20/1), cada perdiz com o seu perdigão.
- Pelo São Vicente (22/1) pare a chuva e venha o vento.
- Pelo São Vicente (22/1) toda a gente é quente.
- Pelo São Vicente (22/1), toda a água é quente.
- Por São Fabião (20/1), laranjinha na mão.
- Por São Sebastião (20/1), laranjinha na mão.
- Por São Sebastião (20/1), laranjinha no chão.
- Por São Vicente (22/1), alça a mão da semente.
- Por São Vicente (22/1), toda a água é quente.
- Primeiro de Janeiro, primeiro dia de Verão.
- Quando o Janeiro vem quente, traz o diabo no ventre.
- Quem azeite colhe antes de Janeiro, azeite deixa no madeiro.
- São Sebastião (20/1), laranja na mão.
- São Vicente (22/1), alça a mão da semente.
- Se chover dia de Reis (6/1), lavradores não vos descuideis.
- Se gela no São Suplício, haverá ano propício.
- Sol de Janeiro sempre anda atrás do outeiro.
- Trovão em Janeiro, nem bom prado, nem bom palheiro.
- Trovões em Janeiro, searas de quarteiro.

Publicado inicialmente a 8 de Dezembro de 2012

domingo, 11 de novembro de 2012

Provérbios de Dezembro


DEZEMBRO - Iluminura (10,8x14 cm) do “Livro de Horas de D. Manuel I”
[Século XVI (1517-1551)], manuscrito com iluminuras atribuídas a António
de Holanda, conservado no Museu Nacional de Arte Antiga.
Pintura a têmpera  e ouro sobre pergaminho.


- Ande o frio por onde andar, pelo Natal cá vem parar.
- Assim como vires o tempo de Santa Luzia ao Natal, assim estará o ano, mês a mês até ao final.
- Caindo o Natal à segunda-feira, o lavrador tem de alargar a eira.
- Conceição molhada, festa seca.
Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.
- De Outubro a Dezembro não busques o pão no mar.
- De Santa Catarina ao Natal, bom chover e melhor nevar.
- De Santa Catarina ao Natal, mês igual.
- De Santa Luzia ao Natal, ou bom chover ou bom nevar.
- De Santos a Santo André, um mês é; de Santo André ao Natal, três semanas.
- De Santos ao Natal perde a padeira o cabedal.
- De Santos ao Natal, ou bom chover ou bem nevar.
- Depois de o Menino nascer, é tudo a crescer.
- Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
- Dezembro diz: olha que o governo está na boca do saco; até Janeiro qualquer burro passa o regueiro, mas para a frente tem de ser forte e valente; se não tens governo depois arreganhas o dente.
- Dezembro frio, calor no estio.
- Dezembro molhado, Janeiro geado.
- Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Dezembro ou seca as fontes ou levanta as pontes
- Dezembro quer lenha no lar e pichel a andar.
- Dia de São Silvestre, não comas bacalhau que é peste.
- Dia de São Silvestre, nem no alho nem na reste.
- Dia de São Silvestre, quem tem carne que lhe preste.
- Do Natal a Santa Luzia cresce um palmo em cada dia.
- Do Natal a São João, seis meses são.
- Dos Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.
- Dos Santos ao Natal bico de pardal.
- Dos Santos ao Natal é bom chover e melhor nevar.
- Dos Santos ao Natal é Inverno natural.
- Dos Santos ao Natal vai um salto de pardal.
- Em caindo o Natal à segunda-feira, o lavrador tem de alargar a eira.
- Em Dezembro a uma lebre galgos cento.
- Em Dezembro ande o frio por onde andar, pelo Natal há-de chegar.
- Em Dezembro chuva, em Agosto uva.
- Em Dezembro corta lenha e dorme.
- Em Dezembro descansar para em Janeiro trabalhar.
- Em Dezembro quem vai ao São Silvestre, vai um ano, vem no outro e não se despe.
- Em Dezembro treme o frio em cada membro.
- Em Dezembro vinho, azeite e amigo sempre do mais antigo.
- Em Dezembro, a uma lebre, galgos cento.
- Em Dezembro, lenha no lar e pichel a andar.
- Em dia de festa e Natal, atesta a barriga, não faz mal.
- Em dia de Santa Luzia cresce a noite e minga o dia.
- Em dia de Santa Luzia onde o vento fica de lá aporfia.
- Em dia de São Tomé pergunta ao porco que tempo é.
- Em dia de São Tomé, favas à terra.
- Em dia de São Tomé, vão os porcos à pilé.
- Em Natal chuvoso até o diligente é preguiçoso.
- Em Outubro, Novembro e Dezembro, abre o teu celeiro e o teu mealheiro.
- Em Outubro, Novembro e Dezembro, quem come do mar, tem de jejuar.
- Entrudo borralheiro. Natal em casa, Páscoa na praça.
- Festa do Natal no lar, da Páscoa na Praça e do Espírito Santo no campo.
- Galinhas de São João, pelo Natal ovos dão.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer, Junho ceifar, Julho debulhar. Agosto engavelar, Setembro vindimar. Outubro revolver, Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Abril espigar. Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar. Agosto engavelar, Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro semear. Dezembro nascer.
- Laranja antes do Natal livra o catarral.
- Na mesa de Natal, o pão é o principal.
- Não há ano, afinal, que não tenha o seu Natal.
- Não há em Dezembro valente que não trema.
- Não peças água a Luzia e a Simão, nem sol a António e a João, que eles tudo isso te darão.
- Natal a assoalhar e Páscoa ao luar.
- Natal à segunda-feira, lavrador alarga a eira.
- Natal à sexta-feira, guarda o arado e vende os bois.
- Natal ao sol, Páscoa ao fogo, fazem o ano formoso.
- Natal de rico é bem sortido.
- Natal em casa, junto à brasa.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear.
- No dia de Santa Luzia, cresce um palmo cada dia.
- No dia de Santa Luzia, onde o vento fica, de lá aporfia.
- No dia de Santo André, pega o porco pelo pé; se ele disser quié-quié, diz-lhe que tempo é; se ele disser que tal-que-tal, guarda-o para o Natal.
- No dia de São Silvestre, não comas bacalhau que é peste.
- No dia de São Tomé, quem não tem porco, mata a mulher.
- No Natal a casa, junto à brasa.
- No Natal tem o alho bico de pardal.
- No Natal, só o peru é que passa mal.
- No Natal, todo o lobo vira cordeiro.
- No Santo Ambrósio, frio para oito dias.
- Noite de Natal estrelada dá alegria ao rico e promete fartura ao pobre.
- Nos bons anos agrícolas, o Natal passa-se em casa e a Páscoa na rua.
- Nove meses de Inverno e três de Inferno.
- Novembro, semear; Dezembro, nascer.
- Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.
- O ano vai mal, se não há três cheias antes do Natal.
- O Natal ao soalhar e a Páscoa ao luar.
- O Natal em casa e junto da brasa.
- O Natal quer-se na praça, a Páscoa em casa.
- Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar, mas torna ao teu celeiro e abre teu mealheiro.
- Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar.
- Outubro, revolver; Novembro, semear; Dezembro, nasceu um Deus para nos salvar; Janeiro, gear; Fevereiro, chover; Março, encanar; Abril, espigar; Maio, engrandecer; Junho, ceifar; Julho, debulhar; Agosto, engravelar; Setembro, vindimar.
- Para o ano não ir mal, hão-de os rios três vezes encher, entre o São Mateus e o Natal.
- Para o ano ser bom, passar o Natal na rua e a Páscoa em casa.
- Pela Conceição, de galinholas um quarteirão.
- Pela Santa Luzia, minga a noite e cresce o dia.
- Pela Senhora da Conceição, favas ao chão; por São Tomé, carregam da ponta ao pé; eu semeio quando me faz conta e carregam do pé à ponta.
- Pelo Natal cada ovelha em seu curral.
- Pelo Natal se houver luar, senta-te ao lar; se houver escuro, semeia outeiros e tudo.
- Pelo Natal, bico de pardal vai ao laranjal.
- Pelo Natal, cada ovelha em seu curral.
- Pelo Natal, lua cheia, casa cheia.
- Pelo Natal, neve no monte, água na ponte.
- Pelo Natal, poda natural.
- Pelo Natal, sachar o faval.
- Pelo Natal, saltinho de pardal.
- Pelo Natal, semeia o teu alhal e se o quiseres cabeçudo, semeia-o no Entrudo.
- Pelo Natal, sol; pela Páscoa, carvão.
- Pelo Natal, tenha o alho bico de pardal.
- Pelo Santo André pega no porco pelo pé. Se ele disser cué-cué, diz-lhe que tempo é; se ele disser que tal, que tal, guarda-o para o Natal.
- Pelo São Nicolau neve e arraia, mas não carapau.
- Pelo São Silvestre, nem no alho nem na reste.
- Por Natal ao jogo e por Páscoa ao fogo.
- Por Natal sol e por Páscoa carvão.
- Por São Silvestre o bacalhau é peste.
- Por Todos-os-Santos, neve nos campos; por dia de São Nicolau, neve no chão.
- Quando o Natal tem o seu pinhão, a Páscoa tem o seu tição.
- Quem quer bom ervilhal semeia antes do Natal.
- Quem quiser bom pombal, ceva-o pelo Natal.
- Quem vareja antes do Natal, fica-lhe a azeitona no olival.
- Quem varejar antes do Natal, deixa azeite no olival.
- Se Junho não judia, Dezembro não castiga.
- Se os pepinos dessem em Dezembro, ninguém os comeria.
- Se te queres livrar de um catarral, come uma laranja antes do Natal.
- Sol de Dezembro sai tarde e põe-se cedo.
- Sol no Natal, chuva na Páscoa.
- Três semanas antes do Natal, Inverno geral.
- Tudo a seu tempo e os nabos no Advento.
- Uma cama em Agosto e uma ceia em Natal, quem a quer a pode dar.

Publicado inicialmente a 11 de Novembro de 2012