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sexta-feira, 8 de março de 2013

Agosto, mês de férias


AGOSTO - Iluminura (10,8 x 14 cm) do “Livro de Horas de D. Manuel I” [Século XVI
(1517-1551)], manuscrito com iluminuras atribuídas a António de Holanda, conservado
no Museu Nacional de Arte Antiga. Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho.

O mês de Agosto era anteriormente conhecido por Sextilis em latim, uma vez que era o sexto mês do calendário romano, que começava em Março.
Em 46 a.C., Júlio César, reformou o calendário romano, acrescentando dois meses, Unodecembris e Duocembris, no final do ano de 46 a.C., deslocando assim Januarius e Februarius para o começo do ano de 45 a.C. Os dias dos meses foram fixados numa sucessão de 31, 30, 31, 30... de Januarius a Decembris, à excepção de Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias. Com tais mudanças, o calendário anual passou a ter doze meses que perfaziam 365 dias.
Em 44 a.C., Júlio César foi homenageado pelo Senado, que mudou o nome do mês Quintilis para Julius, visto ser o mês em que César nasceu.
Em 8 a.C., a denominação Sextilis foi modificada para Augustus, em homenagem ao imperador Octávio Augusto.
Agosto tem 31 dias e é o oitavo mês do calendário juliano e também do calendário gregoriano, utilizado na maior parte do mundo e que foi promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de Fevereiro do ano 1582, para substituir o calendário juliano.
No Hemisfério Sul, Agosto é o equivalente sazonal de Fevereiro no Hemisfério Norte.
Num ano comum nenhum outro mês começa no mesmo dia da semana que Agosto, enquanto que num ano bissexto, Fevereiro começa no mesmo dia da semana que Agosto.
Tanto em anos comuns como bissextos, Agosto termina no mesmo dia da semana que Novembro.
Os Signos do Zodíaco que correspondem ao mês de Agosto são:
- Leão (23 de Julho a 22 de Agosto).
- Virgem (23 de Agosto a 22 de Setembro).
A pedra zodiacal de Agosto é o ónix.
Como noutros meses há datas especiais a assinalar em Agosto. Temos Dias Internacionais:
- Dia 6 - Dia Internacional da Solidariedade.
- Dia 8 - Dia do Emigrante.
- Dia 9 - Dia Internacional dos Povos Indígenas.
- Dia 12 - Dia Internacional da Juventude.
- Dia 19 - Dia Mundial da Fotografia.
- Dia 23- Dia Internacional da Recordação do Tráfico Negreiro e da sua Abolição.
- Dia 29 – Dia Internacional contra os testes nucleares.
- Dia 30 - Dia Internacional do Desaparecido.
- Dia 31- Dia Internacional da Solidariedade.
Temos ainda datas patrióticas:
- 4 de Agosto (1578) - Batalha de Alcácer-Quibir, na qual o exército português comandado pelo rei D. Sebastião (1554-1578) aliado ao exército do sultão Mulei Moluco, é derrotado por um exército chefiado pelo Sultão de Marrocos Mulay Mohammed com apoio otomano. A derrota conduziu à crise dinástica de 1580, que teve como consequência a perda da independência nacional durante 60 anos, devido à união forçada com Espanha no decurso da dinastia Filipina (1580-1640).
- 14 de Agosto (1385) – Batalha de Aljubarrota entre tropas portuguesas com aliados ingleses, lideradas por D. João I de Portugal (1357-1433) e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431), e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. João I de Castela (1358-1390). A vitória portuguesa pôs fim à crise de 1383-1385, consolidando D. João I, Mestre de Avis, como rei de Portugal. Como reconhecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, D. João I mandou edificar o Mosteiro da Batalha.
No calendário Mariano, Nossa Senhora, Mãe de Deus, é honrada com muitos e muitos títulos e festejada ao longo do ano. No mês de Agosto temos:
- Dia 2 – Dia de Nossa Senhora dos Anjos.
- Dia 5 - Dia de Nossa Senhora das Neves.
- Dia 13 - Dia de Nossa Senhora Refúgio dos Pecadores.
- Dia 15 - Dia de Nossa Senhora da Assunção.
- Dia 16 - Dia de Nossa Senhora Rainha.
- Dia 16 - Dia de Nossa Senhora do Amparo.
- Dia 20 - Dia de Nossa Senhora da Agonia.
- Dia 22 - Dia de Imaculado Coração de Maria.
- Dia 22 - Dia de Nossa Senhora Rainha.
Na religião católica, Agosto é considerado o mês do Coração Imaculado de Maria.

Hernâni Matos
Publicado inicialmente a 8 de Março de 2013

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Começou o Inverno


COSTUMES ALENTEJANOS (1923) – Aguarela sobre cartão (37 cm x 26, 5 cm).
Jaime Martins Barata (1899-1970). Museu Grão Vasco, Viseu.

No hemisfério norte, o Inverno tem início com o solstício de Inverno, que acontece cerca do dia de 21 de Dezembro e termina com o equinócio de Primavera, que ocorre perto de 20 de Março.
O solstício de Inverno corresponde ao menor dia do ano, a partir do qual os dias começam a crescer. Nas religiões pagãs simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão e era comemorado como tal. Com o cristianismo essas celebrações foram incluídas no culto do Natal. 
O Inverno é a estação do ano que estabelece a transição do Outono para a Primavera. É caracterizada por chuva, neve, nevoeiro e temperaturas muito baixas. Como consequência destas e da falta de alimentos, há animais que hibernam. Caso dos ursos, musaranhos, ouriços, esquilos, marmotas e morcegos. A hibernação é caracterizada por um estado de sonolência e inactividade, em que as funções vitais do organismo são reduzidas ao estritamente necessário à sobrevivência. Ocorre então uma redução da actividade metabólica, a respiração quase que pára e o número de batimentos cardíacos abranda.
As temperaturas baixas e a escassez de alimentos no Inverno estão também na origem de migrações. Estas ocorrem quando os seres vivos se deslocam de uma região para outra, à procura de melhores condições de vida, em termos de temperatura e de alimentação. É o que se passa com aves, caribús, baleias, borboletas, vespas, gafanhotos e roedores.

 Publicado inicialmente a 20 de Dezembro de 2012

sábado, 8 de dezembro de 2012

Provérbios de Janeiro


Página do calendário de Janeiro, do Golf Book (Livro de Horas, Uso de Roma),
oficina de Simon Bening, Bruges, Holanda, c. 1540, MS Adicional 24098, f. 18v.

- A água de Janeiro traz azeite ao olival, vinho ao lagar e palha ao palheiro.
- A água de Janeiro vale dinheiro.
- Água de Janeiro, todo o ano tem concerto,
- Até Janeiro qualquer burro passa o regueiro, mas daí para a frente, tem que ser forte e valente.
- Bons dias em Janeiro pagam-se em Fevereiro.
- Bons dias em Janeiro, enganam o homem em Fevereiro.
- Canta o melro em Janeiro, temos neve até ao rolheiro.
- Cebola ramuda, com neves em Janeiro, anuncia dinheiro.
- Chuva de Janeiro, cada gota vale dinheiro.
- Chuva em Janeiro e não frio, riqueza no Estio.
- De flor de Janeiro ninguém enche o celeiro.
- Em Janeiro deixa a fonte e vai ao ribeiro.
- Em Janeiro deixa o rábano ao rabaneiro.
- Em Janeiro faz a cama em palheiro.
- Em Janeiro todo o burro é sendeiro.
- Em Janeiro meia o celeiro; se o vires meado, come regrado.
- Em Janeiro não metas obreiro.
- Em Janeiro neve e frio, é de esperar ardor no estio.
- Em Janeiro pasta a lebre no lameiro e o coelho à beira do regueiro.
- Em Janeiro põe-te no outeiro e se vires verdear, põe-te a chorar, e se vires terrear, põe-te a cantar.
- Em Janeiro seca a ovelha suas madeiras no fumeiro e em Março no prado e em Abril as vai urdir.
- Em Janeiro semeiam-se muitas abóboras.
- Em Janeiro sobe ao outeiro e se vires verdejar, põe-te a chorar e se vires torrear, põe-te a cantar.
- Em Janeiro sobe ao outeiro: se vires verdegar, põe-te a chorar; se vires terregar, põe-te a dançar.
- Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires terrear, põe-te a cantar; se vires verdejar, põe-te a chorar.
- Em Janeiro todo o cavalo é sendeiro.
- Em Janeiro, busca parceiro.
- Em Janeiro, cada ovelha com seu cordeiro.
- Em Janeiro, mete obreiro, mês meante que não ante. Em Janeiro, nem galgo lebreiro, nem açor perdigueiro.
- Em Janeiro, o boi e o leitão engordarão.
- Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro.
- Em Janeiro, sete casacos e um sombreiro.
- Em Janeiro, sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar; se vires tarrejar, põe-te a cantar.
- Em Janeiro, um porco ao sol, outro ao fumeiro.
- Em Janeiro, um porco morto, outro no fumeiro.
- Em Janeiro, um salto de carneiro.
- Em mês de Janeiro Verão, nem palha nem pão.
- Em metade de Janeiro mete obreiro.
- Em minguante de Janeiro, corta o madeiro.
- Em São Vicente (22/1) de Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar; se vires terrear, põe-te a cantar; se vires luzir, põe-te a sorrir.
- Fermento de Janeiro, de quarteiro.
- Janeiro e Fevereiro, enchem ou vazam o celeiro.
- Janeiro frio e molhado não é bom para o gado.
- Janeiro frio e molhado, enche a tulha e farta o gado.
- Janeiro frio ou temperado, passa-o enroupado.
- Janeiro geadeiro afoga a mãe no ribeiro.
- Janeiro geadeiro, Fevereiro aguadeiro. Março chover cada dia seu pedaço. Abril águas mil coadas por um funil, Maio pardo celeiro grado, Junho foice em punho.
- Janeiro geadeiro, nem boa meda nem bom palheiro.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer, Junho ceifar, Julho debulhar. Agosto engavelar, Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro semear. Dezembro nascer.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Agosto recolher. Setembro vindimar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavelar. Setembro vindimar, Outubro revolver. Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro geoso, Fevereiro nevoso. Março frio e ventoso, Abril chuvoso e Maio pardo, fazem um ano abundoso.
- Janeiro geoso. Fevereiro nevoso, Março mulinhoso. Abril chuvoso. Maio ventoso, fazem o ano formoso.
- Janeiro greleiro, não enche o celeiro.
- Janeiro molhado, bom para o tempo e mau para o gado.
- Janeiro molhado, se não cria pão, cria gado.
- Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o arado.
- Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado.
- Janeiro não choveu, o temporão se perdeu.
- Janeiro quente, traz o diabo no ventre.
- Janeiro quer-se geadeiro.
- Janeiro, cada sulco seu regueiro.
- Janeiro, como entra assim sai.
- Janeiro, desapartadeiro.
- Janeiro, geadeiro.
- Janeiro, gear.
- Janeiro, porcos em sendeiro, um dia e não cada dia.
- Laranjas e Janeiro, dão que fazer ao coveiro.
- uar de Janeiro não tem parceiro, senão o de Agosto, que lhe dá de rosto.
- Mês de Janeiro e Fevereiro, ou enche ou vaga (vaza) o celeiro.
- Mês de Janeiro, bom cavaleiro, assim acaba como à entrada.
- Mês de Janeiro, procura a perdiz o companheiro. Fevereiro faz o rapeiro; Março põe três ou quatro; Abril enche o covil; Maio, pi-pi pelo mato.
- Minguante de Janeiro corta madeiro.
- No mês de Janeiro sobe ao outeiro para ver o nevoeiro.
- No primeiro de Janeiro sobe ao outeiro para ver o nevoeiro.
- O bom tempo de Janeiro faz o ano galhofeiro.
- O mês de Janeiro, como bom cavalheiro, assim acaba como na entrada.
- O que Janeiro deixa nado, Maio deixa espigado.
- Outubro, revolver; Novembro, semear; Dezembro, nasceu um Deus para nos salvar; Janeiro, gear; Fevereiro, chover; Março, encanar; Abril, espigar; Maio, engrandecer; Junho, ceifar; Julho, debulhar; Agosto, engravelar; Setembro, vindimar.
- Pelo São Sebastião (20/1), cada perdiz com o seu perdigão.
- Pelo São Vicente (22/1) pare a chuva e venha o vento.
- Pelo São Vicente (22/1) toda a gente é quente.
- Pelo São Vicente (22/1), toda a água é quente.
- Por São Fabião (20/1), laranjinha na mão.
- Por São Sebastião (20/1), laranjinha na mão.
- Por São Sebastião (20/1), laranjinha no chão.
- Por São Vicente (22/1), alça a mão da semente.
- Por São Vicente (22/1), toda a água é quente.
- Primeiro de Janeiro, primeiro dia de Verão.
- Quando o Janeiro vem quente, traz o diabo no ventre.
- Quem azeite colhe antes de Janeiro, azeite deixa no madeiro.
- São Sebastião (20/1), laranja na mão.
- São Vicente (22/1), alça a mão da semente.
- Se chover dia de Reis (6/1), lavradores não vos descuideis.
- Se gela no São Suplício, haverá ano propício.
- Sol de Janeiro sempre anda atrás do outeiro.
- Trovão em Janeiro, nem bom prado, nem bom palheiro.
- Trovões em Janeiro, searas de quarteiro.

Publicado inicialmente a 8 de Dezembro de 2012

domingo, 11 de novembro de 2012

Provérbios de Dezembro


DEZEMBRO - Iluminura (10,8x14 cm) do “Livro de Horas de D. Manuel I”
[Século XVI (1517-1551)], manuscrito com iluminuras atribuídas a António
de Holanda, conservado no Museu Nacional de Arte Antiga.
Pintura a têmpera  e ouro sobre pergaminho.


- Ande o frio por onde andar, pelo Natal cá vem parar.
- Assim como vires o tempo de Santa Luzia ao Natal, assim estará o ano, mês a mês até ao final.
- Caindo o Natal à segunda-feira, o lavrador tem de alargar a eira.
- Conceição molhada, festa seca.
Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.
- De Outubro a Dezembro não busques o pão no mar.
- De Santa Catarina ao Natal, bom chover e melhor nevar.
- De Santa Catarina ao Natal, mês igual.
- De Santa Luzia ao Natal, ou bom chover ou bom nevar.
- De Santos a Santo André, um mês é; de Santo André ao Natal, três semanas.
- De Santos ao Natal perde a padeira o cabedal.
- De Santos ao Natal, ou bom chover ou bem nevar.
- Depois de o Menino nascer, é tudo a crescer.
- Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
- Dezembro diz: olha que o governo está na boca do saco; até Janeiro qualquer burro passa o regueiro, mas para a frente tem de ser forte e valente; se não tens governo depois arreganhas o dente.
- Dezembro frio, calor no estio.
- Dezembro molhado, Janeiro geado.
- Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Dezembro ou seca as fontes ou levanta as pontes
- Dezembro quer lenha no lar e pichel a andar.
- Dia de São Silvestre, não comas bacalhau que é peste.
- Dia de São Silvestre, nem no alho nem na reste.
- Dia de São Silvestre, quem tem carne que lhe preste.
- Do Natal a Santa Luzia cresce um palmo em cada dia.
- Do Natal a São João, seis meses são.
- Dos Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.
- Dos Santos ao Natal bico de pardal.
- Dos Santos ao Natal é bom chover e melhor nevar.
- Dos Santos ao Natal é Inverno natural.
- Dos Santos ao Natal vai um salto de pardal.
- Em caindo o Natal à segunda-feira, o lavrador tem de alargar a eira.
- Em Dezembro a uma lebre galgos cento.
- Em Dezembro ande o frio por onde andar, pelo Natal há-de chegar.
- Em Dezembro chuva, em Agosto uva.
- Em Dezembro corta lenha e dorme.
- Em Dezembro descansar para em Janeiro trabalhar.
- Em Dezembro quem vai ao São Silvestre, vai um ano, vem no outro e não se despe.
- Em Dezembro treme o frio em cada membro.
- Em Dezembro vinho, azeite e amigo sempre do mais antigo.
- Em Dezembro, a uma lebre, galgos cento.
- Em Dezembro, lenha no lar e pichel a andar.
- Em dia de festa e Natal, atesta a barriga, não faz mal.
- Em dia de Santa Luzia cresce a noite e minga o dia.
- Em dia de Santa Luzia onde o vento fica de lá aporfia.
- Em dia de São Tomé pergunta ao porco que tempo é.
- Em dia de São Tomé, favas à terra.
- Em dia de São Tomé, vão os porcos à pilé.
- Em Natal chuvoso até o diligente é preguiçoso.
- Em Outubro, Novembro e Dezembro, abre o teu celeiro e o teu mealheiro.
- Em Outubro, Novembro e Dezembro, quem come do mar, tem de jejuar.
- Entrudo borralheiro. Natal em casa, Páscoa na praça.
- Festa do Natal no lar, da Páscoa na Praça e do Espírito Santo no campo.
- Galinhas de São João, pelo Natal ovos dão.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer, Junho ceifar, Julho debulhar. Agosto engavelar, Setembro vindimar. Outubro revolver, Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Abril espigar. Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar. Agosto engavelar, Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro semear. Dezembro nascer.
- Laranja antes do Natal livra o catarral.
- Na mesa de Natal, o pão é o principal.
- Não há ano, afinal, que não tenha o seu Natal.
- Não há em Dezembro valente que não trema.
- Não peças água a Luzia e a Simão, nem sol a António e a João, que eles tudo isso te darão.
- Natal a assoalhar e Páscoa ao luar.
- Natal à segunda-feira, lavrador alarga a eira.
- Natal à sexta-feira, guarda o arado e vende os bois.
- Natal ao sol, Páscoa ao fogo, fazem o ano formoso.
- Natal de rico é bem sortido.
- Natal em casa, junto à brasa.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear.
- No dia de Santa Luzia, cresce um palmo cada dia.
- No dia de Santa Luzia, onde o vento fica, de lá aporfia.
- No dia de Santo André, pega o porco pelo pé; se ele disser quié-quié, diz-lhe que tempo é; se ele disser que tal-que-tal, guarda-o para o Natal.
- No dia de São Silvestre, não comas bacalhau que é peste.
- No dia de São Tomé, quem não tem porco, mata a mulher.
- No Natal a casa, junto à brasa.
- No Natal tem o alho bico de pardal.
- No Natal, só o peru é que passa mal.
- No Natal, todo o lobo vira cordeiro.
- No Santo Ambrósio, frio para oito dias.
- Noite de Natal estrelada dá alegria ao rico e promete fartura ao pobre.
- Nos bons anos agrícolas, o Natal passa-se em casa e a Páscoa na rua.
- Nove meses de Inverno e três de Inferno.
- Novembro, semear; Dezembro, nascer.
- Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.
- O ano vai mal, se não há três cheias antes do Natal.
- O Natal ao soalhar e a Páscoa ao luar.
- O Natal em casa e junto da brasa.
- O Natal quer-se na praça, a Páscoa em casa.
- Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar, mas torna ao teu celeiro e abre teu mealheiro.
- Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar.
- Outubro, revolver; Novembro, semear; Dezembro, nasceu um Deus para nos salvar; Janeiro, gear; Fevereiro, chover; Março, encanar; Abril, espigar; Maio, engrandecer; Junho, ceifar; Julho, debulhar; Agosto, engravelar; Setembro, vindimar.
- Para o ano não ir mal, hão-de os rios três vezes encher, entre o São Mateus e o Natal.
- Para o ano ser bom, passar o Natal na rua e a Páscoa em casa.
- Pela Conceição, de galinholas um quarteirão.
- Pela Santa Luzia, minga a noite e cresce o dia.
- Pela Senhora da Conceição, favas ao chão; por São Tomé, carregam da ponta ao pé; eu semeio quando me faz conta e carregam do pé à ponta.
- Pelo Natal cada ovelha em seu curral.
- Pelo Natal se houver luar, senta-te ao lar; se houver escuro, semeia outeiros e tudo.
- Pelo Natal, bico de pardal vai ao laranjal.
- Pelo Natal, cada ovelha em seu curral.
- Pelo Natal, lua cheia, casa cheia.
- Pelo Natal, neve no monte, água na ponte.
- Pelo Natal, poda natural.
- Pelo Natal, sachar o faval.
- Pelo Natal, saltinho de pardal.
- Pelo Natal, semeia o teu alhal e se o quiseres cabeçudo, semeia-o no Entrudo.
- Pelo Natal, sol; pela Páscoa, carvão.
- Pelo Natal, tenha o alho bico de pardal.
- Pelo Santo André pega no porco pelo pé. Se ele disser cué-cué, diz-lhe que tempo é; se ele disser que tal, que tal, guarda-o para o Natal.
- Pelo São Nicolau neve e arraia, mas não carapau.
- Pelo São Silvestre, nem no alho nem na reste.
- Por Natal ao jogo e por Páscoa ao fogo.
- Por Natal sol e por Páscoa carvão.
- Por São Silvestre o bacalhau é peste.
- Por Todos-os-Santos, neve nos campos; por dia de São Nicolau, neve no chão.
- Quando o Natal tem o seu pinhão, a Páscoa tem o seu tição.
- Quem quer bom ervilhal semeia antes do Natal.
- Quem quiser bom pombal, ceva-o pelo Natal.
- Quem vareja antes do Natal, fica-lhe a azeitona no olival.
- Quem varejar antes do Natal, deixa azeite no olival.
- Se Junho não judia, Dezembro não castiga.
- Se os pepinos dessem em Dezembro, ninguém os comeria.
- Se te queres livrar de um catarral, come uma laranja antes do Natal.
- Sol de Dezembro sai tarde e põe-se cedo.
- Sol no Natal, chuva na Páscoa.
- Três semanas antes do Natal, Inverno geral.
- Tudo a seu tempo e os nabos no Advento.
- Uma cama em Agosto e uma ceia em Natal, quem a quer a pode dar.

Publicado inicialmente a 11 de Novembro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Outono na Bíblia Sagrada


Alegoria ao Outono (c. 1740). Painel de azulejos que faz parte do conjunto das “Quatro Estações”,
situado na Quinta das Carrafouchas, Loures.

São múltiplas as referências bíblicas ao Outono:
- Eu dar-vos-ei chuva no seu tempo: chuvas de Outono e de Primavera. Deste modo, poderás recolher o teu trigo, o teu vinho novo e o teu azeite. (Deuteronómio 11,14)
- Pudesse eu reviver os dias do meu Outono, quando Deus era íntimo na minha tenda, (Jó 29,4)
- Quem armazena no Outono é prudente; quem dorme no tempo da colheita cobre-se de vergonha. (Provérbios 10,5)
- No Outono o preguiçoso não lavra, e na colheita vai procurar e nada encontra. (Provérbios 20,4)
- Não pensaram: "Vamos temer a Javé nosso Deus, que nos dá a chuva do Outono e da Primavera no tempo certo; e ainda estabeleceu as semanas certas para a colheita". (Jeremias 5,24)
- Alegrai-vos, filhos de Sião, e rejubilai em Javé, vosso Deus. Pois Ele mandou no devido tempo as chuvas do Outono e fez cair chuvas abundantes: as chuvas do Outono e da Primavera, como antigamente. (Joel 2,23)
- Irmãos, sede pacientes até à vinda do Senhor. Vede como o agricultor espera pacientemente o fruto precioso da terra, até receber a chuva do Outono e da Primavera. (São Tiago 5,7)
- São eles que participam descaradamente nas vossas refeições fraternas, apascentando-se a si mesmos com irreverência. São como nuvens sem água, levadas pelo vento, ou como árvores no fim do Outono que não dão fruto, duas vezes mortas e arrancadas pela raiz. (São Judas 1,12)

Publicado inicialmente a 10 de Outubro de 2012

Alegoria ao Outono (c. 1876). Painel de azulejos de Luís Ferreira,
o Ferreira das Tabuletas (1807-?). Cervejaria da Trindade, Lisboa.

Alegoria ao Outono (1922). Painel de azulejos, estilo Arte Nova,
do edifício das “Quatro Estações”, situado na Rua Manuel
Firmino, n.ºs 47 e 49, Aveiro.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Outubro, mês das colheitas tardias


OUTUBRO - Iluminura (10,8x14 cm) do “Livro de Horas de D. Manuel I (1517-1551), 
manuscrito com iluminuras atribuídas a António  de Holanda,  conservado no Museu
 Nacional  de Arte Antiga. Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho.

Outubro tem 31 dias e é o décimo mês dos calendários gregoriano e juliano e a sua designação provém do latim october (de octo, oito), uma vez que era o oitavo mês do calendário romano. Nos países europeus que seguem a hora de Verão, é no último domingo de Outubro que se passa à hora de Inverno, regressando à hora normal do fuso horário. Em certos países do hemisfério sul, esse mesmo domingo é o da passagem à hora de Verão.
O mês de Outubro é vulgarmente associado ao Outono no hemisfério norte e à Primavera no hemisfério sul, onde é o equivalente sazonal para Abril no hemisfério norte e vice-versa.
Nos anos comuns, Janeiro começa no mesmo dia da semana que Outubro, mas em anos bissextos, nenhum outro mês começa no mesmo dia da semana que Outubro. Em anos comuns, Outubro termina no mesmo dia da semana que Janeiro e Fevereiro.
Outubro é o mês das colheitas tardias, em particular de maçãs e de glandes. É neste mês que se começa a colher a azeitona. É também o mês dos rituais bruxos.
Os Signos do Zodíaco que correspondem ao mês de Outubro são:
- Libra (23 de Setembro e 22 de Outubro).
- Virgem (23 de Outubro a 21 de Novembro).
A pedra zodiacal de Outubro é a opala.
Como noutros meses há datas especiais a assinalar em Outubro. Temos Dias Internacionais:
- Dia 1 - Dia Internacional da Música.
- Dia 1 - Dia Internacional do Idoso.
- Dia 5 - Dia Internacional do Professor.
- Dia 9 - Dia Mundial do Correio .
- Dia 16 - Dia Mundial da Alimentação.
- Dia 17 - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
- Dia 24 - Dia das Nações Unidas.
- Dia 24 - Dia Mundial da Informação sobre o Desenvolvimento.
- 1ª segunda-feira de Outubro - Dia Mundial do Habitat.
- 2ª quarta-feira de Outubro - Dia Internacional da Prevenção das Catástrofes Naturais.
Temos ainda datas patrióticas:
- 5 de Outubro (1143) - Data da independência de Portugal e de início da dinastia afonsina. Nela foi celebrado o Tratado de Zamora, diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela.
- 5 de Outubro (1910) - Derrube da Monarquia e implantação da República Portuguesa, que cerca das 10 horas da manhã é proclamada nos Paços do Concelho de Lisboa. As instituições e símbolos monárquicos (Rei, Cortes, Bandeira Monárquica e Hino da Carta) são proscritos e substituídos pelas instituições e símbolos republicanos (Presidente da República, Congresso da República, Bandeira Republicana e A Portuguesa), o mesmo se passando com a moeda e as fórmulas de franquia postais.
No calendário Mariano, Nossa Senhora, Mãe de Deus, é honrada com muitos e muitos títulos e festejada ao longo do ano. No mês de Outubro temos:
- Dia 7 – Dia de Nossa Senhora do Rosário.
- Dia 8 – Dia de Nossa Senhora do Parto. Fia da Imaculada Conceição.
- Dia 12 – Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Na religião católica, Outubro é considerado o mês de Mês do Rosário e das Missões.

Publicado inicialmente a 1 de Outubro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Outono na Pintura Universal

OUTONO (Finais do séc. XIV). Iluminura do “Tacuinum Sanitatis”, livro medieval sobre o bem-estar, com base na al Taqwin Taqwin تقوين الصحة ("Quadros de Saúde"), tratado do século XI da autoria do médico árabe Ibn Butlan de Bagdá, o qual pertence à Biblioteca Casanatense, em Roma.

O Outono começa com o Equinócio de Outono. O Equinócio é o instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, cruza o equador celeste. A palavra de origem latina significa "noite igual ao dia", uma vez que nesta data, o dia têm duração igual à noite.

São múltiplas as referências bíblicas ao Outono:
- "Eu dar-vos-ei chuva no seu tempo: chuvas de Outono e de Primavera. Deste modo, poderás recolher o teu trigo, o teu vinho novo e o teu azeite." (Deuteronómio 11,14)
- "Pudesse eu reviver os dias do meu Outono, quando Deus era íntimo na minha tenda," (Jó 29,4)
- "Quem armazena no Outono é prudente; quem dorme no tempo da colheita cobre-se de vergonha." (Provérbios 10,5)
- "No Outono o preguiçoso não lavra, e na colheita vai procurar e nada encontra." (Provérbios 20,4)
- "Não pensaram: “Vamos temer a Javé nosso Deus, que nos dá a chuva do Outono e da Primavera no tempo certo; e ainda estabeleceu as semanas certas para a colheita”. (Jeremias 5,24)
- "Alegrai-vos, filhos de Sião, e rejubilai em Javé, vosso Deus. Pois Ele mandou no devido tempo as chuvas do Outono e fez cair chuvas abundantes: as chuvas do Outono e da Primavera, como antigamente." (Joel 2,23)
- "Irmãos, sede pacientes até à vinda do Senhor. Vede como o agricultor espera pacientemente o fruto precioso da terra, até receber a chuva do Outono e da Primavera." (São Tiago 5,7)
- "São eles que participam descaradamente nas vossas refeições fraternas, apascentando-se a si mesmos com irreverência. São como nuvens sem água, levadas pelo vento, ou como árvores no fim do Outono que não dão fruto, duas vezes mortas e arrancadas pela raiz." (São Judas 1,12)

A igualdade dos dias e das noites, característica do equinócio de Outono é referida por Luís por Camões (c. 1524 - 1580) nos Lusíadas (II, 63):

"Vai-te ao longo da costa discorrendo,
E outra terra acharás de mais verdade,
Lá quase junto donde o Sol ardendo
Iguala o dia e noite em quantidade;
Ali tua frota alegre recebendo
Um Rei, com muitas obras de amizade,
Gasalhado seguro te daria,
E, para a Índia, certa e sábia guia."

Em 2011, o Equinócio de Outono, ocorre no dia 23 de Setembro às 9h 5min (tempo universal), 10h 5min em Portugal continental. Este instante assinala o começo do Outono no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se até ao próximo Solstício que ocorre no dia 22 de Dezembro às 05h30m.
O Outono é a estação do ano que estabelece a transição do Verão para o Inverno. É caracterizada por um abaixamento de temperatura e pelo amarelecer das folhas das árvores. Estes factos, por vezes associados às fainas agro-pastoris característicos da época, constituem o tema central de telas criadas por grandes nomes da pintura universal, dos quais destacamos, agrupados por períodos:

- IDADE MÉDIA: Autor desconhecido (Finais do séc. XIV);
- RENASCENTISMO: Francesco del Cossa (c. 1435- c. 1477), italiano;
- MANEIRISMO: Jacob Grimmer (c. 1525-1590), flamengo; Giuseppe Arcimboldo (1526-1593), italiano; Abel Grimmer (c. 1570-c. 1619), flamengo;
- BARROCO: Francesco Albani (1578-1660), italiano; Pieter Pauwel Rubens (1577-1640), flamengo; Nicolas Poussin (1594-1665), francês; Jacques Bailly (c. 1634-1679), francês; Rosalba Carriera (1675-1757), italiano; Anton Kern (1709-1747), alemão; Jacob van Strij (1756-1815), holandês;
- RÓCÓCÓ: François Boucher (1703-1770), francês; Jacob Cats (1741-1799), holandês; Jacob Philipp Hackert (1737-1807), alemão;
- REALISMO: Jean-François Millet (1814-1875), francês;
- ROMANTISMO: Frederic Edwin Church (1826-1900), americano;


O OUTONO: A MUSA POLÍMNIA (1455-1460).
Francesco del Cossa (c. 1435-c. 1477).
Óleo sobre madeira (116,6 x 70,5 cm).
Gemäldegalerie Deutsch, Berlin.

OUTONO.
Jacob Grimmer (c. 1525-1590).
Óleo sobre madeira (36 x 60 cm).
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest.
 
OUTONO (1572).
Giuseppe Arcimboldo (1526-1593).
Óleo sobre tela (93 x 72 cm).
Art Museum, Denver.

 
OUTONO (1607).
Abel Grimmer (c. 1570-c. 1619).
Óleo sobre tela (33 x 47 cm).
Koninklijk Museum voor Schone Kunsten, Antwerp.
 
OUTONO – VÉNUS E ADÓNIS (1616-1617).
Francesco Albani (1578-1660).
Óleo sobre tela (Diâmetro 154 cm).
Galleria Borghese, Rome.

Paisagem de Outono com vista de Het Steen (c. 1635).
Pieter Pauwel Rubens (1577-1640).
Óleo sobre madeira (137 x 235 cm).
National Gallery, London.

OUTONO (1660-1664).
Nicolas Poussin (1594-1665).
Óleo sobre tela (118 x 160 cm).
Musée du Louvre, Paris.
 
OUTONO. (1664-68).
Jacques Bailly (c. 1634-1679).
Iluminura.
Bibliothèque Nationale, Paris.
 
OUTONO (C. 1725).
Rosalba Carriera (1675-1757).
Pastel sobre papel colado em cartão cinzento (24 x 19 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.
 
OUTONO E INVERNO (1747).
Anton Kern (1709-1747).
Óleo sobre tela (165 x 126 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.

OUTONO PASTORIL (1749).
François Boucher (1703-1770).
Óleo sobre tela (260 x 199 cm).
Wallace Collection, London.

PAISAGEM DO OUTONO COM ARCO-ÍRIS (1779).
Jacob Cats (1741-1799).
Aguarela e caneta (334 x 415 mm).
Rijksmuseum, Amsterdam.

OUTONO (c. 1784).
Jacob Philipp Hackert (1737-1807).
Óleo sobre tela (96,5 x 64 cm).
Wallraf-Richartz Museum, Cologne.
 
PAISAGEM DE OUTONO (Segunda metade do século XVIII).
Jacob van Strij (1756-1815).
Óleo sobre tela (229 x 210 cm).
Colecção particular.

PALHEIROS: OUTONO (c. 1874).
Jean-François Millet (1814-1875).
Óleo sobre tela (85 x 110 cm).
Metropolitan Museum of Art, New York.
   
OUTONO (1875).
Frederic Edwin Church (1826-1900).
Óleo sobre tela (39 x 61 cm).
Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid.