sábado, 4 de maio de 2024

Poesia Portuguesa - 174



 

Resistência
Luís Veiga Leitão (1915-1987)

Não. Digo à explosão de ameaça
e à rapada paisagem do desterro.
E não. Digo à minha carcaça
encalhada em bancos de ferro
e ao cordame dos nervos, fustigado,
a ranger no silêncio a sós:
Por cada nervo quebrado
que se inventem mais nós.

Luís Veiga Leitão (1915-1987)


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