Senhor, de que valeu o sacrifício?
Álvaro Feijó (1916-1941)
Quantos desejam, Senhor,
na calma de uns seios brandos
ter sonhos e ter amor…
Os que mendigam na vida
anseiam por ser meninos
e aninhar-se
— depois da faina de um dia, cansados já de ser homens —
junto dos seios de alguém.
Senhor! De que valeu o sacrifício,
se os seios não se abriram
nem se deram a ninguém!
Álvaro Feijó (1916-1941)
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