segunda-feira, 20 de maio de 2019

Bonecos de Estremoz: Isabel Carona Bento


Isabel Carona ou Isabel Bento (1949-2006). Fotografia de autor desconhecido.
Arquivo fotográfico do autor.

ISABEL RITA VARGAS CARONA BENTO (1949-2006)

A 23 de Julho de 1949, nasce na rua Direita nº1, em Estremoz, uma criança do sexo feminino, a quem foi dado o nome de Isabel Rita Vargas Carona, filha de António José Lopes Carona, trabalhador, e de Palmira de Jesus Moreira Vargas, doméstica (4).
A 6 de Julho de 1965, na qualidade de doméstica e com a idade de 15 anos, casou na igreja de São Francisco, em Estremoz, com José Manuel Mimoso Molhinhos, serralheiro, de 19 anos de idade, morador na rua Direita, nº 88 em Estremoz, filho de José Joaquim Molhinhos, natural da freguesia de Santo André em Estremoz e de Maria Joaquina Mimoso, natural da freguesia de São João Baptista, Castelo de Vide. Isabel passou então a usar o apelido Molhinhos (1).
O casamento foi dissolvido por divórcio em 1981, tendo Isabel deixado de usar o apelido Molhinhos, adoptado na altura do casamento. Isabel desloca-se então para Lisboa, onde, entre outras profissões, é empregada doméstica e empregada de um cinema.
A 3 de Outubro de 1984 e com a idade de 35 anos, Isabel casa na Conservatória de Registo Civil de Montijo, com Francisco José Cardoso Bento, de 29 anos de idade, natural da freguesia de Sarilhos Grandes, Montijo, filho de Francisco Ismael Bento e de Maria Antónia Cardoso. Isabel adopta então o apelido Bento (2). Fixa residência na rua do Poço Novo, nº 11, em Sarilhos Grandes, Montijo, onde vem a falecer a 26 de Junho de 2006, com a idade de 57 anos (3).
Isabel Carona Bento, conjuntamente com Fátima Estróia, foi uma das primeiras discípulas de Sabina Santos, com a qual trabalhou dez anos. Por motivos de natureza pessoal da discípula, Sabina prescindiu da sua colaboração. Ao fixar-se em Sarilhos Grandes, retoma a actividade bonequeira, mas não tem capacidade de cozer o que manufactura, pelo que os especímenes, depois de secos, são pintados e envernizados, sem terem sido cozidos. Só depois do segundo casamento, Isabel passa a cozer a sua produção e a marca de autor passa a ser diferente da anterior.
Ainda que discípula de Sabina Santos, e ao contrário de Fátima Estróia e das Irmãs Flores, a representação do olhar não é conseguida por Isabel, com as pestanas e as sobrancelhas afastadas da menina do olho. Ela utiliza apenas um traço para representar cada sobrancelha, acima da menina do olho. Os seus Bonecos não são, de resto, tão esguios e elegantes como os de Sabina.

BIBLIOGRAFIA
(1) - Isabel Rita Vargas Carona - Assento de Casamento 70 de 1965, da Conservatória do Registo Civil de Estremoz.
(2) - Isabel Rita Vargas Carona Assento de Casamento 148 de 1984, da Conservatória do Registo Civil do Montijo.
(3) - Isabel Rita Vargas Carona Assento de Óbito 248 de 2006, da Conservatória do Registo Civil do Montijo.
(4) - Isabel Rita Vargas Carona - Registo de Nascimento 326 de 1949, da Conservatória do Registo Civil de Estremoz.

4 comentários:

  1. Paulo Raul Carona Molhinhossexta-feira, 03 novembro, 2023

    Só para referir que o apelido do primeiro casamento assim como o de seu marido, é Molhinhos e não Malhinhas.

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    1. Muito obrigado pela preciosa chamada de atenção para o lapso cometido no texto, o qual já foi corrigido. Os meus cumprimentos.

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  2. MOLHINHOS E NÃO MALHINHAS...

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    1. Muito obrigado pela preciosa chamada de atenção para o lapso cometido no texto, o qual já foi corrigido. Os meus cumprimentos.

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