Projecto do pintor Armando Alves para o Monumento aos Bonecos de Estremoz (Uma perspectiva).
Projecto do pintor Armando Alves para o Monumento aos Bonecos de Estremoz (Outra perspectiva).
Quis a Câmara Municipal de Estremoz,
assinalar e perpetuar a inscrição do Figurado de Barro de Estremoz na lista
representativa do Património Cultural e Imaterial da Humanidade. Para tal
pensou em mandar erigir um monumento comemorativo dessa inscrição e encarregou
o pintor Armando Alves da elaboração do projecto. De acordo com a memória
descritiva, “Este monumento é constituído por um espelho de água, com repuxos
iluminados e com passadeiras metálicas e escadas de acesso à plataforma
central, revestida a mármore cinza a onde assentam dois grandes maciços de
mármore branco, areados, onde são aplicados dois dos mais emblemáticos bonecos
do Figurado de Estremoz, são eles "O Amor é Cego" e "A
Primavera", executados em cerâmica policromada. A face posterior do maciço
onde se encontra a "A Primavera" tem a seguinte inscrição:
AOS
ARTISTAS DO BARRO
QUE
DERAM ORIGEM AOS "BONECOS"
E
ÀS ARTESÃS E ARTESÃOS,
QUE
COM O SEU TRABALHO,
HONRAM
E ENGRANDECEM
O
NOME DE ESTREMOZ
A face posterior do maciço onde se encontra "O
Amor é Cego" tem a seguinte inscrição:
A presença das passadeiras
metálicas e dos degraus confere ao monumento uma dimensão arquitectónica e
urbana que o seu carácter público convoca. Para responder também a esta dinâmica
do espaço, estabeleceu-se uma relação entre os dois grandes maciços de mármore,
fazendo avançar um e recuar o outro. Todo o conjunto é iluminado com focos especiais,
embutidos na plataforma gerando diferentes leituras em função momento em que
for observado.
O sentido simbólico do
monumento que aqui se apresenta deve ser entendido, não apenas como celebração
e homenagem aos artesãos do passado e do presente - na função de consagração e
memoria que todo o monumento implica - mas como contributo para a permanência
dos artistas do barro enquanto elemento vivo de Estremoz, na cumplicidade que
deve estabelecer com a população, que é também uma preocupação do Município e
do seu Presidente.”
O monumento será erigido à
saída das Portas de Santa Catarina, no local onde estacionam camiões Tires e
para o qual a Câmara tem um projecto de reabilitação urbana.
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