Pastor a
limpar o suor (sd). Aclénia Pereira (1927-2012).
Há um conjunto de cerca de 100 Bonecos
de Estremoz, cuja manufactura tem sido comum aos barristas dos sécs. XX-XXI.
São os chamados Bonecos da Tradição.
Para além destes e em número indeterminado, mas superior a 100, existem os
chamados Bonecos da Inovação,
criados pelos mais diversos motivos:
-
Por livre iniciativa de cada barrista;
-
Por sugestão de estudiosos da barrística popular estremocense como Joaquim
Vermelho, Hugo Guerreiro e Hernâni Matos;
- A
pedido de clientes.
Para
além dos exemplares aqui apresentados, há muitos outros, sobretudo devidos a
encomendas de fregueses no âmbito das imagens devocionais e dos presépios.
Tradição
ou a Inovação tanto faz, pois independentemente da temática onde cada figura ou
conjunto se possa inserir, registam um elo comum: o respeito pelos cânones do
velho processo de fabrico ao modo de Estremoz, o qual tem por base a combinação
de três geometrias em barro: a bola, o rolo e a placa.
Semeador
(sd). Sabina Santos (1921-2005).
Camponesa
com cesto e taleigo (1987). Liberdade da Conceição (1913-1990).
Pastor a
descansar debaixo de uma árvore (sd). José Moreira (1926-1991).
Tapeteira
de Arraiolos (c. de 2010). Maria Luísa da Conceição (1934-2015).
Confissão
(2005). Irmãs Flores (1957, 1958 - ). Figura composta manufacturada
a partir de
desenho de Jorge Branco.
Coqueira
(sd). Quirina Marmelo (1922-2009). A coqueira é a
mulher que está "à coca",
ou seja, a vigiar a cozedura da comida dos
trabalhadores rurais que levam o seu
almoço para cozinhar.
Pastor
(1996). João Fortio (1951- ).
Pastor
(1987). Rui Barradas (1953- ).
Maquineta
com Presépio (2008). Guilhermina Maldonado (2008).
Barrista
a modelar Bonecos de Estremoz (2013). Jorge da Conceição (1983 - ).
Figura
composta modelada em homenagem ao avô Mariano da Conceição
(1903-1959), que nos
anos 30 do séc. XX e na peugada de Ana das Peles
[Ana Rita da Silva
(1870-1945)], ficou indissociavelmente ligado à
recuperação dos Bonecos de
Estremoz na Escola Industrial António Augusto
Gonçalves, graças à iniciativa do
seu director, José Maria de Sá Lemos
(1892-1971). Trabalho inspirado em
fotografia de Rogério de Carvalho
(1915-1988), datada dos anos 40 do séc. XX.
Cozinha
dos ganhões (2018). Duarte Catela (1988- ). Os “ganhões“ eram assalariados
agrícolas indiferenciados, que se ocupavam de tarefas como lavras, cavas, desmoitas,
eiras, etc., com excepção de mondas, ceifas e gadanhas. No monte, as
refeições da
ganharia tinham lugar na chamada “Cozinha dos ganhões”. Aí se
sentavam em
burros dispostos ao longo de uma mesa comprida e estreita. A
cozinha dispunha
igualmente de uma lareira espaçosa onde se podia cozinhar em
panelas de ferro.
Aguadeiro
(2018). Ricardo Fonseca (1986- ). Figura composta inspirada em bilhete
postal ilustrado editado pela Câmaras Municipal de Estremoz nos anos 40 do séc. XX,
com base em fotografia de Rogério de Carvalho (1915-1988). Em Estremoz
existiram
aguadeiros, proprietários de carro com grade para transporte de cântaros, puxados
por muar ou por burro. Eram eles que asseguravam a distribuição
domiciliária de água,
o que constituiu prática corrente até à inauguração da
rede pública de abastecimento
de água, em 26 de Maio de 1952. Os cântaros
utilizados eram geralmente em zinco,
para não partirem e com tampa, para não
entornarem.
Jogador
de bilhar (2011). Irmãs Flores (1957, 1958- ) e Ricardo Fonseca (1986- ).
Composição projectada pelo pintor Armando Alves para servir de troféu em
disputa no II Torneio de Bilhar "António Telmo", integrado nas Comemorações do
IV Aniversário do Falecimento de António
Telmo (1927-2010), filósofo, escritor
e professor, figura cimeira da Cultura e
da Filosofia Portuguesa. As comemorações
tiveram lugar em 2014 em Estremoz, por
iniciativa do Círculo António Telmo e da
Sociedade Recreativa Popular
Estremocense. António Telmo e Armando Alves
foram companheiros no jogo do
bilhar.
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