1.º PRÉMIO -
POESIA LIVRE
Pseudónimo: Bonecos de
Estremoz
(Fernando Máximo – Avis)
Bonecos de Estremoz
Bonecos
de Estremoz são
O
melhor da tradição
Que
o nosso povo enaltece...
São
vistos por toda a parte
Esta
tão velhinha arte
A
todos nós envaidece.
O
idóneo bonequeiro
Idealiza
primeiro
Aquilo
que quer fazer...
Só
depois, com muito amor,
Faz
um arco ou um andor
O
que mais lhe apetecer...
Após
o barro amassado
Dá
ele por começado
Um
trabalho de primeira:
A
samarra dum pastor
Ou
um lenço multicor
No
chapéu duma ceifeira.
Os
seus dedos são tão ágeis
Que
até as peças mais frágeis
Manuseia
com destreza;
Depois
da obra acabada
Por
certo vai ser gabada
Disso
tem ele a certeza...
Cenas
do quotidiano
Compõe
mais de cem ao ano:
Desde
o cante na taberna
Aos
afazeres da matança,
Mais
os dias de festança
Ou
uma cena mais terna...
Qualquer
pedaço de barro
Serve
p'ra fazer um tarro
Um
rei ou uma rainha...
Um
abegão, um pastor,
Um
livro com uma flor
Um
anjo ou uma santinha...
Depois
da peça moldada
Como
foi imaginada
E
a fantasia convida,
Vai
pintá-la com fervor
Dando-lhe
assim outra cor
Para
que tenha mais vida
E
o mundo, surpreendido,
Ao
vê-los, fica rendido
E
agradece a quem os pôs
Para
lá de Portugal
Dando
fama mundial
Aos
Bonecos de Estremoz...
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