Estremoz, terra de encantos. Ano de Graça das
Eleições Autárquicas de 2017, que muitos entendem ser ano de “Mudar o rumo,
construir o futuro”. Sábado, dia 15 de Abril. Tarde de um dia soalheiro, mais
de Verão que de Primavera.
- 16 HORAS – Inauguração da Exposição “Quem tem
vagar, faz colheres: arte pastoril, ilustração e design” de Sílvia Lezico, na
sala de exposições temporárias do Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho.
Ambiente de vernissage, onde se respiram pinceladas de cor, volumes e formas,
naquele que é o nosso Louvre caseiro.
- 16 HORAS – Concerto de Páscoa com a Banda “União”
e com a Orquestra Juvenil “União”, frente à sede da União das Freguesias de
Estremoz. Ambiente de arraial popular, onde se escutam maviosas pifaradas e
percussões de grupo que nos estimulam os sentidos e nos transportam aos
terrenos de Euterpe, a Musa da Música.
Pinceladas e pifaradas não são incompatíveis mas
complementares, visto serem aspectos distintos da Arte, que apesar de única e
indivisível, é multifacetada. A paixão pelas Artes Plásticas não exclui a
paixão pela Música e vice-versa. Daí que seja sempre de evitar a simultaneidade
temporal de eventos culturais. Quem goza do direito à pincelada, goza igualmente
do direito à pifarada e vice-versa. Todavia, o usufruto desses direitos exige
alguma coordenação cultural, inexistente no dia de São Crescente.
Calhou o grupo CIDADE estar de folga, senão
corríamos ainda o risco de simultaneamente poder usufruir do deleite da audição
de uma douta sumidade cultural a discursar algures na cidade.
Nesta altura, alguns que eu cá sei, discordando da
minha opinião, já terão perguntado: “Quem te manda a ti sapateiro, tocar
rabecão?”. Começo por responder-lhes dizendo: “Palmatória quebra dedo, mas não
quebra opinião” e aconselho-os a procederem, tal como eu: “Não digas tudo o que
pensas, mas pensa em tudo o que dizes.”.
Publicado no Jornal E nº 175 , de 20 de Abril de 2017
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