Retrato de Mathilde de Canisy, Marquesa d’Antin (1738).
Jean-Marc Nattier (1685–1766).
Óleo sobre tela (118 cm x 96 cm).
Musée Jacquemart-André, Paris.
No 84º aniversário de Brados
do Alentejo
Um jornal está o serviço da comunidade
onde se insere, a qual é diversificada e plural sob um ponto de vista social,
económico, político e confessional.
Daí que desempenhe uma tripla função: publicitária,
informativa e formativa.
Publicitar é divulgar anúncios de
serviços ou marcas comerciais, bem como editais de entidades públicas. Tudo de
uma forma clara e transparente, com indicação de que é publicidade, para não se
iludir o público ao “vender gato por lebre”.
Informar é relatar acontecimentos
ocorridos ou eventos futuros, mas sempre de uma forma imparcial.
Formar é contribuir de uma forma
pedagógica para a elevação do nível cultural, cívico e moral dos leitores. Para
tal, um jornal tem colunistas perfeitamente identificados, que elaboram artigos
de opinião, os quais não vinculam o jornal. As colunas podem ser polémicas ou
consensuais e qualquer delas são igualmente legítimas. Numa sociedade
democrática não se cometem delitos de opinião, porque eles não existem. Um
colunista não tem que concordar com o director do jornal, nem com os outros
colunistas. O único limite de uma coluna é a lei de imprensa e o estatuto
editorial do jornal. Provavelmente alguns não gostarão deste figurino. Estão no
seu direito. Não é fácil agradar a todos, ainda que o jornal seja um jornal
plural.
O que um jornal não pode ser é uma correia de
transmissão do poder, nem tão pouco um jornal de oposição ao poder. Para isso
existem os jornais da oposição e um jornal plural é um serviço público no qual
a comunidade no seu todo se deve rever.
Um jornal não pode ser também um pátio das cantigas
onde se digam vulgaridades, nem tão pouco um lavadouro público onde se lave
roupa suja. Um jornal deve contribuir sim, para a elevação do nível cultural,
cívico e moral dos seus leitores. Sabem porquê? A nobreza obriga.
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