PAISAGEM ALENTEJANA COM
PASTOR OVELHAS E CÃO (1941).
Simão César Dórdio Gomes
(1890-1976).
Óleo sobre tela (100 cm x 70 cm ).
Colecção particular.
Ao António
Simões:
Eu sou da natureza de não me render, tal como os alentejãos que em batalhas múltiplas e sucessivas, com denodo e entroncados gestos valerosos, fizeram irreversivelmente pender o futuro para o lado da Causa do Mestre.
Assim não é rendição o cabal reconhecimento do potencial das palavras mestras com que tu, Poeta e Mor Pedreiro Livre, alicerças o teu Pensamento. Por elas me vergo e me descubro, tirando o chapeirão que cobre a cabeça com que a minha mãe me pariu no calor basto de um dia de Agosto, há sessenta e sete anos atrás.
Um varão parido em Agosto conhece na carne o clima que o Diabo amassou e como tal não é dado a fraquezas. Apesar dessa mais valia sempre presente em tudo o que a mim diz respeito, como homem nado e medrado nesta terra transtagana, sou levado a proferir com humildade:
- Obrigado Irmão,
pelas palavras doutas que semeias, que nos dessedentam a Alma e que mitigam algumas
das fomes que sazonal e ciclicamente nos atormentam.
Em prosa também se "escreve "poesia
ResponderEliminarMaria Manuela:
EliminarConcordo inteiramente consigo. Mais importante que a forma é o conteúdo. Ele e sonho comandam a vida.
Então não se renda, porque debaixo deste sol, não vive mais quem tem a melhor arma, e sim quem tem resistencia. Fizeste lembrar-me de uma música de María Elena Walsh, e Mercedes Sosa cantava. La Cigarra. http://www.youtube.com/watch?v=a0qrRu02QX4
ResponderEliminarAbraços desde aqui do Brasil, e bom aniversário também!:-)
Mercedes Sosa??
EliminarGostava muito de a ouvir pois ela cantava muitas vezes com a Joan Baez cantora de eleição.
Cumprimentos
Boa tarde Hernâni,
ResponderEliminarEu sou beirão " arraçado" de espanhol e de alentejano, e como você também sou homem de antes quebrar que torcer.
Não me considerando idoso de modo algum, mas penso que há alturas em que não adianta lutar contra a maré. Hoje verifica-se que a maioria dos portugueses parece que baixaram os braços e se contentam com este fado.
Tanto que eu gostaria que o povo português seguisse o exemplo de outros povos, e tivesse energia para sacudir as moscas.
ISTO NÃO TEM, DE SER ASSIM, NEM NÓS FOMOS OS CULPADOS DA CRISE.
Abraço
Abilio