sexta-feira, 9 de março de 2012

O Infante D. Henrique

  
Infante D. Henrique.
Iluminura da Crónica dos Feitos da Guiné” (fl. 5v0),
de Gomes Eanes de Zurara, códice de 1453,
 existente na Biblioteca Nacional de Paris.

Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, quinto na ordem de genitura e terceiro entre os que tiveram biografia, o Infante D. Henrique (1394-1460) veio à luz na cidade do Porto, a 4 de Março de 1394, -”uã quarta feira de cinza” como assinala Fernão Lopes. Pensa-se que o local do nascimento terá sido a Casa da Alfândega Velha da cidade do Porto, em cuja sé foi baptizado em 8 de Abril do mesmo ano.
Foi sob a égide do Infante que teve lugar a primeira fase da expansão marítima portuguesa, comummente reconhecida como tendo dado novos mundos ao mundo. No Quadro I, apresentamos uma cronologia da expansão marítima portuguesa de que ele foi o mentor, o impulsionador e o financiador. Restringimo-nos, naturalmente, dado o objectivo do presente artigo, ao período de vida do Infante.


A expansão marítima portuguesa teve consequências no seu todo:
- Contributo para o desenvolvimento da ciência da época;
- Transferência do eixo económico europeu do Mediterrâneo para o Atlântico – Indico, originando o crescimento da economia portuguesa de então, à custa do declínio das cidades mercantis italianas;
- Desenvolvimento da burguesia mercantil portuguesa;
- Consolidação do poder centralista do Rei de Portugal, à custa dos lucros da expansão marítima;
- Revolução nos preços devido ao afluxo mais fácil de mercadorias até então mais difíceis de chegar até nós;
- Expansão do cristianismo;
Muito se escreveu sobre o Infante. Recordemos aqui o que sobre ele disse Fernando Pessoa:

Hernâni Matos
Publicado inicialmente a 9 de Março de 2012

O INFANTE D. HENRIQUE NO PROMONTÓRIO DE SAGRES (1922).
Painel de azulejos de Jorge Colaço (1868-1942).
Pavilhão Carlos Lopes, Lisboa.

9 comentários:

  1. Comentários pra quê ? Achei tudo uma maravilha! Obrigado Hernâni

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Congratulo-me por ter gostado. Espero não desmerecer, de futuro, o interesse manifestado.
      Os meus cumprimentos.

      Eliminar
  2. A herança deste Passado glorioso foi um contributo maior para a Espécie, suas gentes e terras tal como o Mundo se desenha hoje. Nada mais foi igual após o toque Português. Apenas um lamento, onde está o congregador dos espíritos e vontades? É verdade, falta cumprir-se Portugal...
    Bem haja amigo Hernani

    ResponderEliminar
  3. Parabéns por este interessantíssimo trabalho.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Octávio:
      Obrigado pelo seu comentário.
      Volte sempre.
      Os meus cumprimentos.

      Eliminar
  4. Embora "alguns artigos históricos" digam que essa imagem não corresponde ao Infante D. Henrique, mas sim ao seu irmão que veio a ser o Rei D. Duarte, não deixa de ser um artigo interessante, na linha das suas publicações Obrigado por mais esta divulgação.

    ResponderEliminar
  5. Obrigado Hernâni gosto sempre do que nos mostrar e é um prazer ler as suas crónicas bem haja

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ora essa. Congratulo-me com o facto de os meus textos serem do seu agrado.

      Eliminar