Que vejo eu?
Uma estrada que já conheceu melhores
dias. Que vai dar não sei para onde. Talvez para o cú de Judas!
Árvores que se tocam e se beijam
nas copas.
Valetas que já o foram, atapetadas
por ervas que ali, ciclicamente se agigantam e depois perecem com o ciclo inescapável
das estações.
Nuvens que não chegam para toldar
um céu que se quer azul e se associa simbolicamente à serenidade, à harmonia e à
espiritualidade. Céu onde nos ensinaram estar Deus, Todos-os-Santos e os Anjos.
Muros de pedra seca, votados ao
abandono e que ladeiam a estrada como se fossem condenados. Muros que se tivessem
mãos, as ergueriam para o céu e pensando nos edis, clamariam:
- PERDOAI-LHES PAI, QUE ELES NÃO
SABEM O QUE FAZEM!
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