A NOITE MAIS LONGA DE TODAS NOITES é o título da
mais recente obra de Helena Pato, a lançar no dia 23 de Maio pelas dezoito
horas e trinta minutos, no Espaço Biblioteca Europa (antigo Cinema Europa), no
Bairro de Campo de Ourique, em Lisboa. A apresentação está a cargo da
Historiadora Irene Pimentel e do Escritor Mário de Carvalho.
A obra é constituída por um volume de capa mole, com grafismo de Raquel Ferreira sobre fotografia da Autora num comício em 1974. Formato 16 cm x 23 cm, com 260 páginas e 16 fotografias. A edição é da Colibri e tem o preço de lançamento
de 15 euros, sendo posteriormente comercializada
nas livrarias ao mesmo preço.
A autora
Helena Pato nasceu em Mamarrosa (Aveiro), em 1939. Militou
activamente na Resistência, durante as duas décadas que antecederam a
Revolução, tendo sido presa e detida várias vezes pela polícia política. Acompanhou
o marido no exílio ate ao seu falecimento, em 1965. Em 1967 esteve presa seis
meses na Cadeia de Caxias, sempre em regime de isolamento. Dirigente estudantil
(1958 a
1962); dirigente política da CDE (1969 a 1970); fundadora do MDM (1969) e sua
dirigente (1969 a
1971). Integrou o núcleo de professores que, durante o fascismo, dirigiu o
movimento associativo docente (1971
a 1974). Fundadora dos sindicatos de professores (1974),
foi dirigente do SPGL nos seus primeiros anos.
Licenciada em Matemática, a sua vida profissional
foi dedicada ao ensino de crianças e de jovens e à formação docente: leccionou
durante 36 anos no ensino público e publicou livros e estudos, no âmbito da
Pedagogia e da Didáctica da Matemática. Coordenou Suplementos de Ciência e de
Educação em jornais diários.
Dirigente do “Movimento Cívico Não Apaguem a
Mem6ria” (NAM), desde 2008; presidente do NAM de 2012 a 2014. Em 2013 criou
no facebook e coordena, desde então, a página “Antifascistas da Resistência” e
o grupo “Fascismo Nunca Mais”. Publicou dois livros de mem6rias do fascismo: “Saudação,
Flausinas, Moedas e Simones” (2005, Editora Campo das Letras) e “Já uma Estrela
se Levanta” (2011, Editora Tágide).
A obra
Trata-se de uma colectânea de 60 estórias vividas pela
autora durante o fascismo, algumas delas já publicadas e às quais acrescentou
referências históricas, sociais e políticas, que as contextualizam.
No Prefácio diz-nos Maria Teresa Horta: “Obra de
uma precisão exemplar e simultaneamente de uma beleza límpida no seu veio
narrativo, enquanto tessitura de recordações assumidamente pessoais embora
arreigadamente políticas (...). A Noite
Mais Longa de Todas as Noites é pois uma obra tecida com o fio do júbilo
dos ideais, mas igualmente com os acontecimentos vividos no nosso país, então
asfixiado por uma longa, cruel e impiedosa ditadura. Sendo tudo isto elaborado
com uma vivacidade e uma argúcia que nos leva a lê-la até chegar ao fim, para
logo desejar tornar ao seu começo”.
Num dos Posfácios confessa Luís Farinha: “Nunca vi
as comemorações do 1.º de Maio no Rossio de Lisboa, em tempo de
clandestinidade, tão intensamente descritas (e vividas) como no relato de
Helena sobre esse dia de 1962” .
No outro Posfáscio, observa Jorge Sampaio: “As
estórias que Helena Pato vai contando, valem, primeiro, pela valência pessoal
de sabor autobiográfico, de grande despojamento, sobriedade e elegância, mesmo
se tal não é o principal propósito, e, depois, por serem o retrato de uma época
de "resistência contra a ditadura"”.
Helena Pato, a autora.
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