Há cerca de 2.000 anos que de acordo com relatos
bíblicos, nasceu na Galileia, Jesus Cristo, o Messias, cuja vinda foi anunciada
pelo Arcanjo Gabriel. A sua capacidade de liderar multidões levou a que fosse
julgado e condenado à morte por Herodes Antipas, tetrarca da Galileia e da
Pereia. Daí que tenha sido flagelado e crucificado.
Também Spartacus, gladiador trácio que liderou
a mais célebre revolta de escravos contra o jugo romano,
viria a conhecer semelhante sorte.
Desde então para cá têm ocorrido muitas lutas,
muitas batalhas, muitas guerras, nas quais explorados e oprimidos, ávidos de
pão, paz, terra, justiça e liberdade, têm lutado contra os opressores que lhe
negam esses elementares direitos.
Um marco importante dessas lutas foi a Revolução
Francesa, promotora dos ideais republicanos da Liberdade, Igualdade e
Fraternidade. Todavia, como nos disse o Padre António Vieira : “É a
guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e
quanto mais come e consome, tanto menos se farta”. Daí que tenha continuado a
alastrar pelo mundo, fruto dos interesses de dominação mais diversos.
A nível interno, tivemos a fundação da
nacionalidade por Dom Afonso Henriques, a 5 de Outubro de 1143. Nos séculos
seguintes, guerreámos castelhanos, mouros, povos indígenas, espanhóis,
franceses e povos africanos, tanto por necessidades expansionistas como para
defesa da independência nacional. Nos finais do séc. XIX e princípios do séc.
XX, verificou-se o descrédito do regime monárquico. Daí que graças à acção
doutrinária e política do Partido Republicano Português, tenha ocorrido o
derrube da Monarquia a 5 de Outubro de 1910. Ocorreu aqui uma mudança de
paradigma que vigorou até ao pronunciamento militar de cariz nacionalista e
anti-parlamentar de 28 de Maio de 1926, o qual estaria na origem do Estado
Novo, regime ditatorial que vigorou até à Revolução de 25 de Abril de 1974.
A restituição da liberdade aos portugueses teve
como reflexos positivos imediatos, o renascer do parlamentarismo e dos
partidos, pilares da democracia. Com ambos, a democracia tem conhecido altos e
baixos, por vezes com reflexos negativos na vida das pessoas.
Com as eleições legislativas de 4 de Outubro de
2015, ocorreu uma nova mudança de paradigma, que foi o entendimento político
entre as esquerdas. Este incomodou todos aqueles que crêem ter o rei na barriga
e se julgam donos disto tudo.
Fruto daquele entendimento e em cumprimento dos
preceitos constitucionais, o Presidente da República indigitou a 24 de
Novembro, António Costa como Primeiro-Ministro do XXI Governo
Constitucional. Este tomou posse a 26 de Novembro e viu o seu Programa aprovado
no Parlamento a 3 de Dezembro.
O poder mudou de mãos e é tempo de Natal, daí que
para a maioria do povo português, este Natal seja um natal de esperança.
Vem aí “Ano Novo, vida nova”. A 24 de Janeiro têm
lugar as eleições para a Presidência da República, data em que a maioria do
povo português pretende que ocorra outra mudança de paradigma. A meu ver, para
que tal seja possível, torna-se necessário um entendimento político entre as
esquerdas, que se traduza na apresentação de um único candidato às urnas. Julgo
que as esquerdas aprenderam com as eleições legislativas e vão alcançar esse
entendimento. Trata-se de um imperativo ético da maior relevância.
Olá Hernani magnifico blog,,parabéns..passei aqui horas ..muito bom,,,adicionei ao lista de blogs iinteressantes no meu ,,parabén e obrigado por estas viagens e saberes..
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Raul:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Os meus cumprimentos