segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Bonecos na Assembleia Municipal de Estremoz

Barbeiro sangrador.
José Moreira, (1926-1991). 
Colecção particular.

Unanimidade
Na reunião da Assembleia Municipal de Estremoz, de 26 de Setembro passado, foi aprovado por unanimidade, o reconhecimento da Produção de Figurado de Barro de Estremoz como Património Imaterial de Interesse Municipal. Esta aprovação finaliza o processo de classificação, cuja iniciativa política pertenceu à Câmara, a qual na sua reunião do transacto dia 17 de Setembro, aprovara também por unanimidade aquele reconhecimento.  Trata-se do primeiro passo de um processo iniciado pelo Município e que visa conseguir o registo da Produção de Figurado em Barro de Estremoz na Lista Representativa de Património Cultural Imaterial da UNESCO.
À margem da votação
Apesar da unanimidade conseguida na votação, choca-me o facto desta ter sido feita “a seco”, sem qualquer intervenção, tanto da bancada da situação, como das bancadas da oposição. Neste ponto da ordem de trabalhos, os senhores deputados municipais entraram mudos e saíram calados. Guardaram-se para as habituais trocas de galhardetes entre bancadas e entre bancadas e a Câmara, nas quais a Assembleia é pródiga.
Seria de esperar que os Bonecos de Estremoz, supremos ex-líbris e os melhores embaixadores da nossa cidade, merecessem algum apontamento afectivo por parte dos senhores deputados municipais. É que os Bonecos de Estremoz nascem das mãos mágicas dos barristas que deles fazem o seu ganha-pão e que coleccionadores, estudiosos e publicistas, defendem como dama e arvoram como estandarte. Resultado: Câmara-1, Assembleia-0.

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