Palhaços
Larousse du XX siècle, 1928.
É
sobejamente conhecida a minha natureza leonina com ascendente de touro.
Significa isto que marro a direito. Esta é uma forma eufemística de dizer que
escrevo direito por linhas tortas, já que o caminho se faz caminhando.
Farto
de malabaristas, contorcionistas e fantoches de circos de terceira categoria,
estou sempre de pé atrás, relativamente aos embustes que nos querem impingir
como se de coisas sérias se tratasse.
Igualmente
me sinto ludibriado por títeres e por palhaços, sejam eles o palhaço magrizela
com cara de alvaiade ou o palhaço barrigudo faz-tudo e desgraçado, que há muito
e tal como o primeiro perdeu a graça.
Nós
não precisamos de circo. Estamos fartos de malabaristas, de contorcionistas, de
fantoches, de títeres e de palhaços. Nós precisamos é de coisas sérias que não
nos desviem do que é essencial a troco do acessório. Temos necessidade urgente
de dar passos seguros e firmes que nos tirem deste atoleiro onde fomos metidos,
muitos de nós sem dar por isso. Temos que pôr fim ao circo. E que não haja
medos. Os novos actores temos que ser nós próprios. Não podemos permitir que o
futuro nos escape das mãos. Vamos a isso?
Boa tarde Hernâni,
ResponderEliminarPode dizê-lo que estamos ( a minoria) fartos de palhaços, pois a maioria tem mostrado nestes últimos 40 anos apreciar palhaços e cá estamos para confirmar isso nas próximas eleições!
Pobre país que tem um povo assim que nem sabe sacudir as moscas ( Guerra Junqueiro).
Abraço
Abilio
Abílio:
EliminarMais uma vez tem razão. Neste caso, infelismente.
É isso. Brandos costumes. Incapazes de lutar para sair da apagada e vil tristeza. Foi só um equívoco quando sairam às ruas, em 1974, para saudar a Liberdade. Deixaram isso claro na primeira oportunidade para louvar salazar: "o maior portugês de sempre", lembram ?!!!!! Jaime Conde
EliminarCaro Hernâni o post é fantástico no contexto das circunstâncias mas, gostei sobretudo, de ter assumido o seu ascendente taurino...não há dúvida que tenho uma intuição fabulosa... quando lhe atribuí essas características a sua reacção foi , "metafóricamente" falando ,interpretado como um crime de " lesa pátria" ... Face a este post lamento ter de socorrer -me do que diz Miguel Torga"Em Portugal, as pessoas são imbecis ou por vocação, ou por coacção, ou por devoção." ( Diário ,1946)...Da coacção foram libertas em 25 de Abril de 1974.... resta -nos saber se é vocação ou devoção "a todos os actores do circo" ... O que falhou neste percurso ?... No meu entendimento ,é a análise que falta.
ResponderEliminarConceição
Conceição:
EliminarO caminho muitas vezes é difícil. A análude do percurso. essa nunca é fácil.
Conceição põe o dedo na ferida: Vocação ou devoção> Fico com a vocação. Afinal, o Torga tb disse que são revoltados incapazes de se revoltar ....
EliminarJaime Conde
Obrigado por + este texto de denúncia desta palhaçada
ResponderEliminarÉ preocupante é que ainda não acordamos todos.
ResponderEliminarPor lapso, apaguei dois comentários deste post, quando o que pretendia era editá-los, para depois os comentar.
ResponderEliminarPeço desculpas do sucedido e solicito aos autores dos comentários que os tornem a editar outra vez.
Muito obrigado.