sexta-feira, 28 de junho de 2013

Quem semeia ventos…


Uma tempestade com o naufrágio de um navio (1770).
Claude Joseph Vernet (1714-1789).
Óleo sobre tela (114 cm x 163 cm).
Alte Pinakothek, Munich.

A Cidadania exige que cada um de nós dê a cara e se assuma de corpo inteiro, não se escudando com almofadas protectoras de conveniência dúbia.
Eu sou daqueles que dá sempre a cara. Está-me na massa do sangue e assumo sempre as consequências daquilo que escrevo, blindado pela verdade inabalável dos factos.
Não sou como aqueles miúdos que deitam a língua de fora aos crescidos e depois com medo, vão-se esconder debaixo das saias da mãe. E o que é mais grave ainda é que teimam em querer esconder o sol com a peneira.
Não basta à mulher de César ser séria. É preciso parecê-lo. Em política, o que parece é. Quem semeia ventos, colhe tempestades.

6 comentários:

  1. Antonio Barbosa Topadomingo, 30 junho, 2013

    Apenas uma palavra : justissimo!
    Antonio Barbosa Topa

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  2. ...O problema, Caro Hernâni, é que o medo está a paralisar os corpos e as mentes.
    Conceição

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    Respostas
    1. É certo. Mas os piores são aqueles que têm falta de carácter.

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  3. Sr. prof. Hernâni - no post "Livro de Leitura da Primeira Classe", discordei da pedagogia da "reguada e ponteirada", mas no referente " A Brincar se constrói a Peresonalidade", não poderia estar mais de acordo.
    "Quem semeia ventos..." sou de opinião que os portugueses, na sua grande maioria são uns grandes cobardolas, falam mal de tudo e de todos, mas na hora da verdade são poucos os que dão a cara, isto é, que participam na vida colectiva, fazendo prevalecer os seus direitos, mas também as suas obrigaçôes/deveres...
    Por norma sou avesso ao anonimáto, salvo nalgum caso muito especial.
    Infelizmente continua muito actual:
    "É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado,come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto.
    Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados. - Miguel Torga
    Um abraço
    Modesto Vitória

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  4. Amigo Modesto Vitória:
    Obrigado pelo seu oportuno e excelente comentário.
    Um abraço para si.

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