domingo, 29 de julho de 2012

O Verão na Pintura Universal


Verão (1563). Giuseppe Arcimboldo (1526-1593). Óleo sobre painel
(67x51 cm). Kunsthistorisches Museum, Vienna.

O Verão é o tema central de obras de grandes mestres da pintura universal, que representam a natureza madura, quando retratam a actividade agro-pastoril característica desta época: campos de cereal, a ceifa, o emolhar de cereais, o empilhar de molhos, montes de cereal, o transporte de água para ceifeiros, ceifeiros a matar a sede, ceifeiros a descansar, ceifeiros a comer, o transporte dos molhos para a eira, os trabalhos da eira, o armazenamento de palhas, a colheita de frutos, pastores que guardam o gado, gado a beber água em charcos e rios, a tosquia de ovelhas, etc.
De resto surgem outros tópicos dentro do tema Verão: a rega de plantas nos jardins, pessoas que descansam para minorar o efeito do calor, mulheres com roupas leves e frescas, damas que passeiam de leque e sombrinha, homens e mulheres que se banham, passeios de barco ou amantes que se amam â sombra de uma árvore.
As cenas são em geral iluminadas, reflectindo a claridade própria da época. Por vezes, a estação é tratada alegoricamente com recurso a figuras femininas como as deusas Ceres ou Vénus.
Como fruto da nossa pesquisa identificámos 59 obras de grandes mestres, as quais aqui divulgamos por ordem cronológica e que correspondem a múltiplas correntes de pintura: maneirismo, barroco, rócócó, romantismo, realismo, impressionismo e abstraccionismo. 

Publicado inicialmente a 29 de Julho de 2012


Verão (1568).
Pieter Bruegel the Elder (1564-1638).
Lápis e nanquim (22x28,6 cm).
Kunsthalle, Hamburg.

Verão (1568).
Pieter Bruegel, O Velho (1525/30-1569).
Tinta sobre papel.
Kunsthalle, Hambourg. 

Verão (1568).
Pieter Bruegel, O Velho (1525/30-1569).
Tinta sobre papel.
Kunsthalle, Hambourg. 

Verão (1572).
Giuseppe Arcimboldo (1526-1593).
Óleo sobre tela (92x71 cm).
Art Museum, Denver. 

Verão (?).
Giuseppe Arcimboldo (1526-1593).
Óleo sobre madeira (84x57 cm).
Musée du Louvre, Paris.

Verão (?).
Francesco Bassano (1549-1592).
Óleo sobre tela (97x127 cm).
The Hermitage, St. Petersburg.

Verão – Sacrifício de Isaac (c. 1575).
Jacopo Bassano (c. 1515-1592).
Óleo sobre tela (79x111 cm).
Kunsthistorisches Museum, Vienna.

Verão (1577-78).
Francesco Bassano (1549-1592).
Óleo sobre tela (115x184 cm).
Hermitage, St. Petersburg.

Paisagem de Verão (1585).
Lucas van Valkenborch (c. 1530-1597).
Óleo sobre tela (116x198 cm).
Kunsthistorisches Museum, Vienna.

Verão (1607).
Abel Grimmer (c. 1570-c. 1619).
Óleo sobre painel (33x47 cm).
Koninklijk Museum voor Schone Kunsten, Antwerp.

Verão (1614).
Adriaen Pietersz. van de Venne (1589-1662).
Óleo sobre carvalho (43x68 cm).
Staatliche Museen, Berlin.

Verão - Vénus na Forja de Vulcano (1616-17).
Francesco Albani (1578-1660).
Óleo sobre tela (diâmetro: 154 cm).
Galleria Borghese, Rome.

Verão (1620).
Pieter Pauwel Rubens (1577-1640).
Óleo sobre tela (142,8x222,8 cm).
Royal Collection, Windsor.

Verão (1622-1635).
Pieter Brueghel the Younger (1564-1638).
Óleo sobre madeira.
National Museum of Art, Bucharest.

Colheita. Verão (1827).
Alexey Venetsianov (1780–1847).
Óleo sobre tela.
Tretyakov Gallery, Moscow.

Verão ou os Cinco Sentidos (1633).
Sébastien Stoskopff (1597-1657).
Óleo sobre tela.
Musée de l'Oeuvre de Notre Dame, Strasbourg.

Paisagem de Verão (?).
Pieter Gijsels (1621-1690).
Óleo sobre cobre (39x51 cm).
Colecção privada.

Verão (c. 1564).
Tintoretto (1518-1594).
Óleo sobre tela (diâmetro: 90 cm).
Scuola Grande di San Rocco, Venice.

Verão - Ruth e Boaz (1660-64).
Nicolas Poussin (1594-1665).
Óleo sobre tela (118x160 cm).
Musée du Louvre, Paris.

Verão (1680).
Gregorio de Ferrari (1647-1726).
Fresco.
Palazzo Brignole-Sale (Rosso), Genoa.

Ceres – Verão (1717-18).
Jean-Antoine Watteau (1684-1721).
Óleo sobre tela (142x116 cm).
National Gallery of Art, Washington.

Verão (c. 1725).
Rosalba Carriera (1675-1757).
Pastel sobre papel cinzento colado em cartão (24x19 cm).
Hermitage, St. Petersburg.

Verão e Primavera (1747).
Anton Kern (1709-1747).
Óleo sobre tela (165x126 cm).
Hermitage, St. Petersburg.

Verão ou a Ceifa (1749).
Jean-Baptiste Oudry (1686–1755).
Óleo sobre tela (92x80 cm).
Château de Versailles.

Verão Pastoril (1749).
François Boucher (1703-1770).
Óleo sobre tela (259x197 cm).
Wallace Collection, London.

Passeio de Verão (1757).
Giovanni Domenico Tiepolo (1727-1804).
Fresco.
Villa Valmarana, Vicenza.

Paisagem de Verão (?).
Jan van Os (1744-1808).
Óleo sobre painel (27x35 cm).
Colecção privada.

Verão (1786).
Francisco de Goya y Lucientes (1746-1828).
Óleo sobre tela (34x76 cm).
Fundación Lazaro Galdiano, Madrid.

O Verão (1807).
Caspar David Friedrich (1751-1818).
Óleo sobre tela (71x104 cm).
Neue Pinakothek, Munich.

Banhistas - Cena de Verão (1869).
Frédéric Bazille (1841-1870).
Óleo sobre tela.
Fogg Art Museum, Harvard University, Cambridge, Massachusetts.

Dias de Verão (1857).
George Innes (1825-1894).
Óleo sobre tela (103x144 cm).
Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid.

Paisagem de Verão (1860).
Alexey Savrasov (1830-1897).
Gouache on paper.
Colecção privada, Moscow.

No Verão (1868).
Pierre-Auguste Renoir (1841-1919).
Óleo sobre tela.
Nationalgalerie, Berlin.

Colheita do trigo mourisco: Verão (1868-74).
Jean-François Millet (1814-1875).
Óleo sobre tela (85x111 cm).
Museum of Fine Arts, Boston.

Dia Quente de Verão (1869).
Feodor Vasilyev (1850-1873).
Óleo sobre tela.
Tretyakov Gallery, Moscow.

A Sonhadora -Tarde de Verão (1871).
Jacques Joseph Tissot (1836 -1902).
Óleo sobre tela (34x59 cm).
Musée d'Orsay, Paris.

O Fim do Verão no Rio Volga (1873).
Alexey Savrasov (1830-1897).
Óleo sobre tela.
Tretyakov Gallery, Moscow.

Passeio Campestre no Verão (c.1874).
Pierre-Auguste Renoir (1841-1919).
Óleo sobre tela.
Musée d'Orsay, Paris.
Dia de Verão (1879).
Berthe Morisot (1841-1895).
Óleo sobre tela.
National Gallery, London.

Vétheuil no Verão (1880).
Claude Monet (1840-1926).
Óleo sobre tela.
Metropolitan Museum of Art, New York.

Noite de Verão (1883).
Alexey Savrasov (1830-1897).
Óleo sobre tela.
Colecção privada, Moscow.

Verão de S. Martinho (1888).
John Singer Sargent (1856-1925).
Óleo sobre tela.
Colecção privada.

Haystack. Manhã de fim de Verão (1891).
Claude Monet (1840-1926).
Óleo sobre tela.
Louvre, Paris.

Banho Numa Noite de Verão (1892-93).
FélixVallotton (1865-1925).
Óleo sobre tela (97x131 cm).
Kunsthaus, Zurich.

Numa Casa de Verão (1895).
Constantin Korovin (1861-1939).
Óleo sobre tela.
Tretyakov Gallery, Moscow.

Noite de Verão na Periferia da Aldeia (1900).
Isaac Levitan (1860-1900).
Óleo sobre papelão.
Tretyakov Gallery, Moscow.

Verão. Sombras na Noite (1900-1917).
Constantin Somov (1869-1939).
Óleo sobre tela.
Hermitage, St. Petersburg.

Paisagem de Verão (?)
Kazimir Malevich (1878-1935).
Óleo sobre tela (48.5x55 cm).
Russian Museum, St. Petersburg.

Verão (1904).
Constantin Somov (1869-1939).
Aguarela, guache e lápis sobre papel.
Tretyakov Gallery, Moscow.

Melodia de Verão (1904-1905).
Victor Borisov-Musatov (1870-1905).
Aguarela, nanquim, caneta e pincel.
Colecção privada.

Verão (1909).
Frank West Benson (1862-1951).
Óleo sobre tela (91,8x113 cm).
Museum of Art, Rhode Island School of Design, Providence.

Oferta de Verão (1911).
Sir Lawrence Alma-Tadema (1836-1912).
Óleo sobre painel.
Dr. George Nicholson, Oregon.

Meio-dia de Verão (1917).
Kuzma Petrov-Vodkin (1878-1939).
Óleo sobre tela (89x128,5 cm).
Russian Museum, St. Petersburg.

Manhã de Verão (1920).
Constantin Somov (1869-1939).
Óleo sobre tela.
Russian Museum, St. Petersburg.

Verão (1922).
Boris Kustodiyev (1878-1927).
Óleo sobre tela.
Tretyakov Gallery, Moscow.

Sonho de uma Noite de Verão (1939).
Marc Chagall (1887-1985).
Óleo sobre tela (117,1x88,6 cm).
Musée de Peinture et de Sculpture, Grenoble.

Verão (1985).
Jasper Johns (1930- ).
Encáustica sobre tela (190,5x127 cm).
Collection Philip Johnson.

4 comentários:

  1. Mais uma vez fui surpreendida com tantas e belas pinturas dos mais variados pintores que homenagearam o Verão como tema. Tudo isto porque
    há sempre um trabalho de pesquisa feito pelo professor a pensar já nos seus amigos leitores.Só
    tenho a agradecer e desejar que continue a brindar-nos com estes seus postes.
    Rosa Casquinha

    ResponderEliminar
  2. Obrigado pelo seu comentário, Rosa.
    A pesquisa, estimulada pelos nossos próprios auto-desafios e pela receptividade dos leitores, é sempre agradável.
    Um beijinho para si, Rosa.

    ResponderEliminar
  3. Mais uma vez nos encantou com esta grande mostra de quados alusivos às fainas do trabalho, desta vez aos
    segadores da ceara e dos pastos. Fixei-me nos quadros de verão de 1607 de Abel Grimmer. Como foi um trabalho que muito me custou que foi gadanhar, tenho de dizer que há um erro na posição das pernas no homem que gadanha na medida em que a perna direita é a que vai à frente e não atrás como consta do quadro. Possivelmente o pintor não estaria muito ao corrente desse trabalho, já que a pasto ou ceara também se apresentaria à sua direita e não à esquerda como consta da pintura. As cores, o outro agadanhador bebendo água directamente do cântaro, transporta-nos a um verão bem quente. Gostei! Fiz este reparo porque sei que qualquer um que fez esse serviço reconhecerá o erro.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigo Fonseca:
      Há um ditado que diz "Quem percebe da tenda é o tendeiro".
      Está tudo dito.
      Um abraço para si, amigo.

      Eliminar