terça-feira, 20 de julho de 2010

O vinho na literatura oral


OS BÊBADOS ou FESTEJANDO O S. MARTINHO,  óleo sobre tela executado em 1907
pelo pintor naturalista José Malhoa (1855-1933),
existente no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha.

A cultura da vinha e a produção de vinho desempenham há muito um papel importante na economia portuguesa, pela mão de obra que empregam e pela riqueza que criam. Daí não admira que o Estado Novo tenha em 1935 lançado o slogan “Beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses”.
A tradição da cultura da vinha e da produção do vinho no nosso país reflecte-se na toponímia. Assim há lugares designados por: Adega do Chão, Adega, Adeganha, Adegar, Adegas, Antelagar, Arruda dos Vinhos, Bacelar, Bacelares, Bacelinhos, Bacelo Pequeno, Bacelo, Bacelos de Gaio, Bacelos, Castelo de Vide, Cuba, Cubal, Cubalhão, Cubas, Figueiró dos Vinhos, Lagar Novo, Lagar, Lagarelhos, Lagares de Cima, Lagares e Montes, Lagares, Lagariça, Lagarinho, Lagarinhos da Levada, Lagarinhos de Figueiredo, Lagarinhos de Lama, Lagarinhos, Lata, Latadas de Baixo, Latadas de Cima, Latadas, Latas, Parra, Parral, Parreira e Lareira, Parreira, Parreiras, Parreirinha, Pipa de Cima, Pipa, Ramada Alta, Ramada da Rainha, Ramada, Ramadas, Ribeira de Vide, Rio Vide, Uva, Uveira Velha, Uveira, Uveiras, Vidago, Vidais, Vidal, Vide entre Vinhas, Vide, Videira, Vides, Vinha da Borrega, Vinha da Alagoa, Vinha da Bouça, Vinha da Portela, Vinha da Rainha, Vinha da Velha, Vinha de Além, Vinha de Amarante, Vinha de Loureiro, Vinha de Três, Vinha do Bacelo, Vinha do Mato, Vinha do Pé, Vinha do Souto, Vinha Grande, Vinha Nova, Vinha Pereira, Vinha Redonda, Vinha Velha, Vinha, Vinhaça, Vinhadama, Vinhadeira, Vinhães, Vinhais, Vinhal, Vinharias, Vinhas de Vale de Maceira, Vinhas do Bicheiro, Vinhas, Vinhateiro, Vinheiro, Vinheiros, Vinhó de Baixo, Vinhó de Cima, Vinho Vai, Vinhó, Vinhós, Vinhota. [2],[5].
Na poesia erudita portuguesa, o vinho foi tema abordado por poetas como António Correia de Oliveira, António Sardinha, Conde de Monsaraz e Silva Tavares. O próprio Fernando Pessoa (1888-1935), que também gostava da pinga e de que maneira, em poema sobre Salazar datado de 29 de Março de 1935, diz a certa altura:
…………………………..

Coitadinho
Do tiraninho!
Não bebe vinho.
Nem sequer sozinho...

Bebe a verdade
E a liberdade.
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado”.
…………………………….

FERNANDO PESSOA, bebendo um copo de vinho
na Adega de Abel Pereira da Fonseca,
na baixa lisboeta, em 1929.

Foi Fernando Pessoa que disse que “A quadra é o vaso de flores que o Povo põe à janela da sua alma”. Daí não admirar que o vinho esteja também registado no cancioneiro popular, já que Portugal como país europeu do sul sempre teve uma cultura báquica, que é o mesmo que dizer que Portugal desde sempre foi um país de amantes da pinga. De acordo com o cancioneiro popular, o vinho dá alívio, alegria e mesmo força:
“Aqui d’el-rei, peixe frito!
Caia-me aqui um pão mole,
Chovam garrafas de vinho
Tudo ao meu ò Redol.“ [7]
       (Tolosa, concelho de Nisa)
“Para cantar dói-me um dente,
Trabalhar. Dói-m’uma perna,
Quando tenho algum alívio
É à porta da taberna.“ [7]
                               (Nisa)
“Venha o copo, venha a pinga,
Venha mais meia canada,
Eu sem o copo não bebo
Sem a pinga não sou nada.“ [7]
(Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa)
“Dizem que um copo de vinho,
Quando é bom, dá força à gente,
É mentira certamente,
Tal não posso acreditar.
Eu já hoje bebi treze
E, senhores, não posso andar!“ [7]
                                         (Elvas)
Beber demais conduz naturalmente à bebedeira, imortalizada por mestre José Malhoa no quadro “Festejando o São Martinho”.
Reza a tradição algarvia que em 383, São Martinho de Tours, solicitou ao imperador Máximo ajuda material para a construção de um convento. Foi bem recebido pelo imperador e participou num banquete com os membros da corte. No banquete bebeu-se em demasia e foram tantas as bebedeiras que o banquete foi desde logo, classificado como martinhada. Segundo consta, esta terá sido a origem de São Martinho ser o patrono dos bêbados, embora nada permita afirmar que tenha sido daqueles que se excederam na bebida.
São Martinho é festejado a 11 de Novembro, dia em que por tradição se prova o vinho novo, pois São Martinho é pretexto para molhar a goela.
A língua portuguesa é rica em sinónimos:
- VINHO: briol, chá de parreira, murraça, pinga, pomada, vinhaça, etc.
- BÊBADO: alegre, avinhado, bêbedo, bebedolas, beberrão, borracho, casco, copofone, dorna, ébrio, embriagado, entrado, esponja, grosso, pipa, tocado, tonel, etc.
- BEBEDEIRA: açorda, bêbeda, borracheira, cardina, carraspana, carga, carapuça, dose, embriagês, fornada, grossura, gatosa, osga, piela, perua, pifão, tachada, torta, trabuzana, vinho, vinhaça, etc.
No Alentejo são conhecidas alcunhas atribuídas a visados conhecidos por serem bêbados: Barril, Bêbado da quarta, Bêbado, Bebe à perna, Bebedinhas, Camadas, Camadinhas, Vinhaça, Vinho tinto. [3].
É rico o adagiário português relativo aos bêbados:
- “A bebedor não lhe falte vinho e à fiandeira linho.“
 “A bem comer ou mal comer, três vezes beber.“
- “A bom comer ou mau comer, três vezes beber.“
- “A bom ou mau comer, três vezes beber.“
- “Antes e depois da sopa molha-se a boca.“
- “Ao bêbado e ao tolo, dá-se o caminho todo.“
- “Ao bêbado não falta vinho, nem à fiandeira linho.“
 “Ao bom comer ou ao mau comer, três vezes beber.“
- “Ao menino e ao borracho põe-lhe Deus a mão por baixo.“
- “Atravessado é pior que bêbedo.“
- “Bebe por alegria, não por tristeza.“
- “Bebe vinho branco de manhã e tinto de tarde para teres sangue.“
- “Beber vinho não é beber siso.“
- “Bebes de mais? Tropeças e cais.“
- “Bebeu, jogou, furtou; beberá, jogará, furtará.“
- “Bebidas fartas, homens fracos.
- “Bom comer, três vezes beber.“
- “Comer e beber, deita a casa a perder.“
- “Comer sem beber não é comer.“
- “Depois de melão, de vinho um tostão.“
- “Diz o borrachão o que tem no coração.“
- “Entra o beber, sai o saber.“
- “Ir com muita sede ao pote.“
- “João cambão, borracha de vinho.“
- “Jogo e bebida, casa perdida.“
- “Ladra só, bêbeda só e puta só.“
- “Mais homens se afogam no copo que no mar.“
- “Mais homens se afogam no vinho do que no mar.“
- “Manta e cobertor, não para bom bebedor.“
- “Não bebe: embebe.“
- “Não há função nem brincadeira que não acabe em bebedeira.“
- “O bebedão diz tudo o que lhe vai no coração.“
- “O pródigo e o bebedor de vinho nunca têm casa nem moinho.“
- “O que havemos de fazer? Descansar e tornar a beber.“
- “O que o sábio guarda no coração, tem na boca o beberrão.“
- “O último calcinho é que deita o juízo abaixo.“
- “O último calcinho é que deita um homem abaixo.“
- “Onde entra o beber, sai o saber.“
- “Por um morto de sede, morrem mil, de beber.“
- “Por um que morre de sede, morrem cem mil por beber.“
- “Quem almoça vinho, janta água.“
- “Quem bebe antes do almoço, chora depois do sol-posto.“
- “Quem bebe de mais, representa três animais: macaco ou porco ou leão.“
- “Quem bebe tudo num dia, no outro assobia.“
- “Quem come na taberna, duas casa governa.“
- “Quem come salgado, bebe dobrado.“
- “Quem é amigo do vinho, de si mesmo é inimigo.“
- “Quem muito bebe, nunca paga o que deve.“
- “Quem muito bebe, tarde paga o que deve.“
- “Quem não sabe beber, não sabe viver.“
- “Quem passa o dia a beber, no dia seguinte tem de fazer.“
- “Sábado a chover e bêbados a beber, nunca ninguém os pode vencer.“
- “Se bêbado te vieres a sentir, foge à companhia e vai dormir.“
- “Se bêbado te vires sentir, foge à companhia e vai dormir.“
- “Se bebes de mais, tropeças e cais.“
- “Se bebes para esquecer, paga antes de beber.“
- “Se bebes vinho, não bebas o siso.“
- “Se chovesse vinho é que se conheciam os bêbados.“
À riqueza linguística do adagiário popular há que acrescentar a riqueza de múltiplas imagens metafóricas, usadas na gíria portuguesa:
“Beber como um funil = Beber em larga escala“ [1]
Beber como uma esponja = Idem “ [1]
“Beber como um odre = Idem “ [1]
“Beber de caixão à cova = Beber até cair”[4]
“Andar aos SS = Estar bêbado“ [8]
“Andar aos ziguezagues = Estar bêbado“ [8]
“Cor de vinho = Cor roxa“ [6]
“Encher uma rua = Estar bêbado“ [8]
“Estar a cair = Estar bêbado“ [8]
"Estar com ela = Estar bêbado“ [8]
“Estar com o vinho = Estar bêbado“ [6]
“Estar tocado da pinga = Estar bêbado“ [8]
“Ir a medir as estradas = Estar bêbado“ [8]
“Não ir só = Estar bêbado“ [8]
“Ter mau vinho = Fazer tropelias quando está bêbados“ [6]
“Ter o vinho alegre = Ficar alegre quando está bêbado“ [6]
“Ter o vinho triste = Ficar triste quando está bêbado“ [6]
“Ter os olhos pequenos = Estar bêbado“ [8]
“Ter um grãozinho na asa = Estar bêbado [8]
“Ter uma pontinha de vinho = Começar a estar bêbado“ [6]
“Trocar o passo = Estar bêbado“ [8]
Os bêbados seguem à risca os dez mandamentos que lhe dizem respeito e que em Mogadouro são:
“1º - Beber com assesto (sossego).
  2º - Esgotar os copos até o fundo.
  3º - Fazer da garganta um ribeiro.
  4º - Beber até ficar farto.
  5º - Beber do branco e do tinto.
  6º - Beber a qualquer pretexto.
  7º - Beber do seu e de empréstimo.
  8º - Beber até ficar como um cravo.
  9º - Beber no Inverno, Primavera, Estio e Outono.
10º - Beber até ficar em créscimo.” [8]
Estes dez mandamentos podem ser resumidos a dois:
“1º - Beber sempre.
  2º - Nunca deixar de beber.”
Os dez mandamentos podem, finalmente, ser resumidos num único que diz:
- “Pregar os beiços na torneira e nunca deixar de beber”.
Penso que este mandamento único, sintetiza duma forma magistral, o carácter báquico da cultura portuguesa.

Publicado inicialmente a 20 de Julho de 2010


BIBLIOGRAFIA
[1] – BESSA, Alberto. A Gíria Portugueza. Livraria Central de Gomes de Carvalho. Lisboa, 1901.
[2] – FRAZÃO, A. C. Amaral. Novo Dicionário Corográfico de Portugal. Editorial domingos Barreira. Porto, 1981.
[3] – RAMOS, Francisco Martins & SILVA, Carlos Alberto da. Tratado das Alcunhas Alentejanas. 2ª edição. Edições Colibri. Lisboa, 2003.
[4] – SANTOS, Maria Alice dos. Dicionário de Provérbios. Porto Editora. Porto, 2000.
[5] - SILVEIRA, Joaquim da. Toponímia Portuguesa in Revista Luzitana, Vol. XXXY. Lisboa, 1937.
[6] – VÁRIOS. Grande Enciclopédia Luso-Brasileira.
[7] – VASCONCELLOS, J. Leite de. Cancioneiro Popular Português. Volume II. Acta Universitatis Conimbrigensis. Coimbra,1979.
[8] – VASCONCELLOS, J. Leite de. Etnografia Portuguesa. Vol. VI. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa, 1975.

21 comentários:

  1. ai bendito seja o vinho\bendito seja mil vezes\ deus nos dê um s. martinho\toda a vida e mais seis meses

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  2. Muito bom o texto sobre o vinho!
    E sobre o poema de Pessoa, a respeito de Salazar, não podia ser mais aplicável à nossa realidade, aqui no Brasil...

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  3. Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar.

    Perdoe-me mais é uma forma de elogia-lo pelo belíssimo texto.....

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  4. Dizem que S. Martinho era bêbado
    Mas na historia não o acho
    Se o sangue de Cristo é vinho
    S. Francisco ia borracho

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  5. Amigo Hernani, bom artigo sobre o vinho, gostei
    e aprendi como sempre com os seus artigos, por
    isso bebo um copo à sua saúde. Obrigado
    Um abraço fernandoPatricio

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  6. Muito elucidativo e divertido! Gostei e aprendi mais umas coisitas sobre vinho.:)O tal néctar dos Deuses...

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  7. Pelo texto, pela recolha e pela partilha do saber. Um abraço caro sr Hernani

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  8. Meu amigo Hernâni, obrigado pela sugestão de leitura desse magnífico texto sobre " O Vinho na Literatura Oral".Tomo agora mais contacto com a tua diversidade de investigação Etnográfica, Enóloga, tradição Oral, em suma: o muito que estravasa os ditames do magistério e que é o profundo do conhecimento.Ocorre destas lembranças uma diáspora evocativa pelos peixinhos a fritar no " Pronaus" das " Tarraxas"; o braco a aloirar os copos e a pedir mais ranger de sinal aos tapos do pipo. As falhinhas de Cacholeira a dançarem uma " Chotice" criola e a darem nas vistas ao Paio dos Migos. Depois seguia a dança ao " Zé da Glória"; glorificação das queixadas ( burras de porco) , assim como uma reminiscência de Pantelária, ali a darem brado ( sem ser no prelo), aos pirolitos do Massano que haviam de fazer a justeza ao bandulho lá pela ora das andorinhas recolherem. Antes havia o erguer; o tem-tem das mesas " Goliardas" pulidas dos descansos da sossega. e o " Zé de Alter" já à espera com umas molejas que valiam a capa do S. Martinho; ainda uns carapauzinhos de escabeche que a júlia enfeitava cor a cor jubilosa do pimentão da Glória. Nem o Fernando António e o tio Rosa resistiriam a este deambular pelas velhos templos que rendiam Baco.
    Rematas muito bem, nessa apologia de confraria: evocando os tratos do decretado. " Beber sempre"; " Nunca deixar de beber" ( Como Baudelaire gostaria de ouvir isto!...)
    Ainda o que um prosélito anónimo disse no adeus:
    «Foi em Setembro, em pleno odor do mosto:
    Trouxeram a toalha d'alvo linho
    Que lhe enxugou e desenhou o rosto,
    Não em sangue, mas vinho.

    Deu-lhe o lagar o derradeiro leito
    ( Perto, calou-se a voz duma guitarra)
    E vieram lançar, sobre o seu roxo peito,
    Quatro folhas de parra.

    Ébria, a terra enlaçou seu corpo moço e frio
    ( Tombaram bagos d'uva sobre a cova!).
    Mais tarde, maternal( vinha a chegar o Estio),
    O devolveu ao Sol, numa videira nova.»

    Continua a dar sonhos com as coisas " Do Tempo da Outra Senhora"

    Um abraço amigo

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  9. Olá - muito bom dia,
    obrigado pela Cultura, pelo poema. Brilhante poesia. O ultimo, fez-me rir imenso.
    parabens pela genialidade do autor.

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  10. Boa noite!!!
    Que beleza...Parabéns à bela postagem,rica em cultura..
    Um abraço,
    Ana Maria

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  11. A cultura é como o vinho. Tudo precisa de sabedoria trabalho e arte para sair um bom resultado. Por isso há pessoas que são como o vinho do Porto, quanto mais velhas mais sábias. Parabéns professor pelas suas sábias postagens
    Rosa Casquinha

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    1. Rosa:
      Os seus comentários são sempre estimulantes. É claro que a idade para alguns de nós se transforma num posto e como tal não deixamos os créditos por mãos alheias. Não abdicamos. Não nos rendemos. O nosso lugar é aquele em que podemos ser encontrados a qualquer hora pelas pessoas de boa vontade. Somos sábios? Tanto melhor! Talvez possamos dar à nossa escala, um modesto contributo no sentido da transformação dum mundo que se quer melhor.

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  12. Caro amigo, como sempre excelente. Atrevo-me a dizer que como vem aí o dia dos curiosos, vamos lá a um copito, com as respectivas castanhas.
    Um abraço

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    1. Céu:
      Concordo consigo.
      É o dia dos amadores.
      Um abraço para si, também.

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  13. Céu:
    Eu, no dia de São Martinho, vou com as minhas tropas de poesia popular, fazer uma prova de vinho novo a uma conceituada adega da nossa urbe. Depois disso e por convite do nosso Comandante do RC3, vamos ser incorporados no jantar da Messe de Oficiais. Está tudo organizado, pelo que eu que sempre fui paisano, se alguém se portar mal, tenho que dar ordem de destroçar.
    Um abraço.

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  14. Ao se despedir da vide
    O vinho ficou contente
    Por saber ter o condão
    De alegrar toda gente

    Não me falem mal do vinho
    Meu Deus o vinho é tão bom ,
    Que alegra quem está triste
    E safisraz o borrachão

    Nestas minhas simples quadras
    Digo a verdade não minto
    O borrachão que se presa
    Bebe o branco e ama o tinto

    Agora para terminar
    Estas simples rimas minhas
    Vamos ao torno da pipa
    Beber as nossas pinguinhas

    Anisio

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    1. Anísio:
      Obrigado pelo seu comentário.
      HIP! HIP! HURRA!
      Um abraço.

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  15. Foi com imenso gosto que li mais uma das suas publicações, desta vez em homenagem ao Vinho.

    Lamento que o hábito de beber esteja a perder-se ou a ser deturpado em Portugal, onde longe vão os tempos em que homens e mulheres bebiam à vontade, fossem do campo ou da cidade, trabalhassem na terra, na indústria, no comércio ou serviços - o que é certo é que o trabalho estava sempre e bem feito -, bebiam à vontade, não eram perseguidos e só apontava o dedo os invejosos que não eram convidados para o petisco ou convívio.

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