domingo, 28 de julho de 2013

Cartazes do Cinema Português


CLAUDIA (1923 - Georges Pallu)


Na página CINEMATECA deste blogue tem acesso
a 118 filmes portugueses alojados no YouTube.


Os cartazes de cinema, afixados de forma visível num local público, tiveram desde sempre uma dupla funcionalidade: comunicação e publicidade. Para além disso, têm um determinado valor estético associado às correntes artísticas vigentes em cada época no domínio do design gráfico. De resto, a qualidade artística das ilustrações traduz a importância estratégica atribuída a este meio usado na promoção de filmes. Os cartazes testemunham ainda o desenvolvimento da publicidade cinematográfica e relatam um pouco da sua história, bem como a história do próprio design gráfico.


CAPAS NEGRAS (1928 – Genaro Dinni)
A CANÇÃO DO BERÇO (1930 - Alberto Cavalcanti) 
A SEVERA (1930 – Leitão de Barros)
A CANÇÃO DE LISBOA (1933 - Cottinelli Telmo)
A CANÇÃO DE LISBOA (1933 - Cottinelli Telmo) 
GADO BRAVO (1934 – António Lopes Ribeiro)
 A REVOLUÇÃO DE MAIO (1937 - António Lopes Ribeiro)
MARIA PAPOILA (1937 - Leitão de Barros)
 
A ROSA DO ADRO (1938)
 
ALDEIA DA ROUPA BRANCA (1938 - Chianca de Garcia)
 
VARANDA DOS ROUXINÓIS (1939 – Leitão de Barros)
 
FEITIÇO DO IMPÉRIO (1940 - António Lopes Ribeiro)
JOÃO RATÃO (1940 - Jorge Brum do Canto)
 
O PAI TIRANO (1941 - António Lopes Ribeiro)
 
LOBOS DA SERRA (1942 – Jorge Brum do Canto)
 
ALA - ARRIBA (1942 – Leitão de Barros)
 
ANIKI BÓBÓ (1942 - Manoel de Oliveira)
O PÁTIO DAS CANTIGAS (1942 - Francisco Ribeiro)
 
 FÁTIMA TERRA DE FÉ (1943 – Jorge Brum do Canto)
O COSTA DO CASTELO (1943 - Arthur Duarte)
 
 O COSTA DO CASTELO (1943 - Arthur Duarte)
 A MENINA DA RÁDIO (1944 - Arthur Duarte)
 A VIZINHA DO LADO (1945 - António Lopes Ribeiro)
A VIZINHA DO LADO (1945 - António Lopes Ribeiro)
 
INÊS DE CASTRO (1945 - Leitão de Barros) 
 
CAMÕES (1946 - Leitão de Barros)
UM HOMEM DO RIBATEJO (1946 – Henrique Campos)
BOLA AO CENTRO (1947 – João Moreira)
CAPAS NEGRAS (1947 - Armando de Miranda)

O LEÃO DA ESTRELA (1947 – Arthur Duarte)
RIBATEJO (1949 – Henrique Campos)
SOL E TOUROS (1949 – José Buchs)
CANTIGA DA RUA (1950 - Henrique de Campos)
FREI LUIS DE SOUSA (1950 - António Lopes Ribeiro)
O GRANDE ELIAS (1950 - Arthur Duarte)
O PASSARINHO DA RIBEIRA (1959 – Augusto Fraga e Manuel Queiroz)
 OS TRÊS DA VIDA AIRADA (1951 – Perdigão Queiroga)
SONHAR É FÁCIL (1951 - Perdigão Queiroga)
DUAS CAUSAS (1952 - Henrique Campos)
NAZARÉ (1952 - Manuel Guimarães)
SALTIMBANCOS (1952 - Manuel Guimarães)
CHAIMITE (1953 - Jorge Brum do Canto)
O COMISSÁRIO DE POLÍCIA (1953 – Constantino Esteves)
ROSA DE ALFAMA (1953 - Henrique Campos)
QUANDO O MAR GALGOU A TERRA (1954 - Henrique de Campos)
O NOIVO DAS CALDAS (1956 – Artur Duarte)
PERDEU-SE UM MARIDO (1956 – Henrique Campos)
A COSTUREIRINHA DA SÉ (1958 - Manuel Guimarães)
SANGUE TOUREIRO (1958 – Augusto Fraga)
A CANÇÃO DA SAUDADE (1964 – Henrique Campos)
BELARMINO (1964 - Cunha Teles)


sexta-feira, 26 de julho de 2013

A minha escrita


O Poeta Pobre (1839).
Carl Spitzweg (1808-1885).
Óleo sobre tela (36,2 cm x 44,6 cm).
Neue Pinakothek, Munich.

Procuro comunicar sempre a cada escrito o que de melhor há em mim e me povoa a mente. Faço-o, decerto, com a mesma paixão e motivação com que porventura me envolvi no primeiro texto que me germinou no pensamento e ao qual conferi vida como uma mãe gera um filho.
Escrever não me custa, ainda que por vezes me doa escrever sobre temas que escrevo. E faço-o sempre como se fosse o meu último artigo, uma mensagem que pretendo deixar como legado, já que ninguém sabe quando é chegada a hora da partida. E fico mais tranquilo sempre que acabo de escrever. Sabem porquê? É que o meu lema é: "A Escrita como Instrumento de Libertação do Homem”.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Uma leitura da perspectiva estética de Álvaro Cunhal

O Dr. Júlio Rebelo ( à direita) no decurso da sua palestra.
Fotografia de Luís Mariano Guimarães.


Este o título da palestra proferida pelo Dr. Júlio Rebelo, no passado sábado, dia 13 de Julho, na Sala de Exposições do Centro Cultural Dr. Marques Crespo, em Estremoz.
A iniciativa, integrada nas “Comemorações do Centésimo Aniversário do Nascimento de Álvaro Cunhal”, foi da Associação Filatélica Alentejana e contou com o apoio do Partido Comunista Português e da Câmara Municipal de Estremoz.
A palestra decorreu duma leitura interpretativa da obra de Álvaro Cunhal, publicada em 1995: “A Arte, o Artista e a Sociedade”, publicada em 1995 e escrita ao longo de três décadas.
Numa primeira parte, o orador fez o enquadramento e deu a conhecer a estrutura desta amadurecida obra, composta por catorze capítulos e que é um ensaio sobre a arte e sobre a estética. Segundo ele, “Há uma constância na perspectiva mostrada e um fio condutor estético e ideológico que se mantém ao Iongo de todo o texto. Há, se quiserem, uma concepção de arte definida e defendida desde a primeira à última página.”. Segundo o palestrante, a obra profusamente ilustrada com imagens criteriosamente seleccionadas “tem uma lógica didáctica, que é a de divulgar e promover sobretudo a pintura e a literatura, o que é feito em três direcções: a primeira que apresenta aquilo que é a verdadeira expressão da arte: o Belo, que é teorizado com enquadramentos históricos sobre o seu entendimento e a sua assimilação numa experiência estética; uma segunda em que Cunhal dirige a sua crítica contra o formalismo, uma vez mais teorizando e dando pistas esclarecedoras que permitam às pessoas compreenderem como esta concepção, assente num individualismo exacerbado e fechado sobre si próprio, se afastou do essencial da arte; e o essencial da arte está justamente na terceira direcção proposta: o respeito pela inspiração e criatividade do artista, mas isso conjugado e numa profunda comunhão com a vida das comunidades, sabendo retirar dessa experiência humana colectiva a riqueza que fortifica esse carácter criador que o artista possui.”
Numa segunda parte, o conferencista procurou dar uma resposta à pergunta: “0 que é a arte para Cunhal?”, resposta que foi construída “tendo em conta a enunciação e o comentário de dois aspectos: por um lado, a posição crítica de Cunhal, isto é, aquilo que lhe suscitou reservas, discordou ou inclusive combateu no campo da arte e, por outro, a apologia e a defesa de uma determinada concepção de arte.” Fazendo citações de Álvaro Cunhal, que interpretava e comentava, Júlio Rebelo acabou por dizer em síntese, o que é a Arte para Cunhal: “Arte é imaginação, é fantasia, é descoberta, é sonho do artista, mas tudo isso concretizado na intervenção deste a partir da experiência vivida e apreendida dos anseios e das lutas dos povos.” e aquele que é “o melhor atributo da arte: Arte é liberdade”.
No final da palestra, a que assistiram cerca de três dezenas de pessoas, houve um debate vivo com a assistência.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O meu médico assistente


Auto-Retrato com o Doutor Arrieta (1820).
Francisco Goya (1746-1828).
Óleo sobre tela (117 cm x 79 cm).
Minneapolis Institute of Arts.

O meu médico assistente, farto como eu da Troika e do G20, aconselhou-me a comprar uma G3 para aliviar as tensões pessoais, se possível colectivamente.
Como plano B, aconselhou-me a comer umas valentes feijoadas, regadas a primor e a soltar uns valentes traques a pensar naquela canalha toda. Disse-me então:
- Vai ver como através duma valente peidorreira, dissipa toda a angústia que lhe dilacera a alma!
Ainda fiquei mais angustiado. Sabem porquê? É que nunca fui dado a violências e muito menos tive jeito para solfejo!
Vou ter que mudar de médico assistente…

sábado, 20 de julho de 2013

Um texto ou é ou não é

Quando o Rato abandona o navio.
 Imagem extraída com a devida vénia do blogue PSICOLARANJA.


Um texto não pode ser um pantanal onde nos atasquemos ou uma coluna de futilidades urbanas. A verticalidade da coluna vertebral exige que chamemos os bois pelos nomes.
Há pois que ser missionário de valores éticos e com militância de guerrilheiro, metralhar a falta de honestidade intelectual com a força do verbo. Assim os nossos dias poderão ser mais claros e com isso sentirmos uma réstia de esperança nos dias de amanhã.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Os vira-casacas

Cartoon de João Abel Manta (1928- ), 1974, Portugal.
Em pleno Verão quente há quem se preocupe com o Outono que Setembro há-de trazer.
Espertos que nem um rato, resolvem mudar de visual ideológico, virando as casacas para os novos tempos que hão-de vir.
Parecem ratazanas a abandonar barcos que se afundam.
Estamos em plena época de transferências que a imprensa noticia em primeira-mão.
São notícias relativas a políticos em segunda-mão que vão entrar na caça ao voto.
Cuidado com eles!