INTRODUÇÃO
O blogue “DO TEMPO DA OUTRA SENHORA”, assumiu desde o início, como lema seu: “A Escrita como Instrumento ao Serviço de Libertação do Homem”.
O anseio de Liberdade é uma das constantes do Homem, o qual se revê na ave. Esta, pelo facto de voar, tem capacidade de subir da terra aos céus e aqui se mover. Daí que se tenha tornado num vigoroso símbolo de liberdade, que expressa duma forma ímpar, a relação entre o céu e a terra, entre o plano horizontal e o plano vertical. Símbolo também dos estados superiores dos seres, que na ânsia de ascensão e de verticalidade, se libertaram do peso terrestre e ascenderam ao transcendente. A ave é por isso um ser presente em todas as culturas e tradições e, por isso, com forte presença na literatura de tradição oral, móbil do presente texto, desenvolvido em posts sucessivos, de acordo com o plano:
1 – Deus e a criação das aves.
2 – As aves e o Paraíso.
3 – As aves e o Dilúvio.
4 – Mitologia e Simbolismo das aves
5 – Como a Ciência vê as aves
6 – As aves na Literatura de Tradição oral
DEUS E A CRIAÇÃO DAS AVES
No quinto dia de Criação do Mundo:
- Deus disse: "Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves sobre a terra, debaixo do firmamento dos céus." (Génesis 1,20)
- Deus criou os monstros marinhos e toda a multidão de seres vivos que enchem as águas, segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a sua espécie. E Deus viu que isso era bom. (Génesis 1,21)
- E Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra." (Génesis 1,22)
No sexto dia de Criação do Mundo:
- Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." (Génesis 1,26)
- Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra." (Génesis 1,28)
- E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento." E assim se fez. (Génesis 1,30)
Mais tarde;
- Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. (Génesis 2,19)
- O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada. (Génesis 2,20)
- Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. (Génesis 2,21)
- E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. (Génesis 2,22)
- “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” (Génesis 2,23)
- O homem e a mulher estavam nus, e não se envergonhavam. (Génesis 2,25)
- BIBLIOGRAFIA
- ART ET BIBLE [http://www.artbible.net ]
- BIBLIA CATÓLICA [http://www.bibliacatolica.com.br]
- BIBLICAL ART ON WWW [http://www.biblical-art.com]
- CHEVALIER; Jean; Alain Gheerbrant, Alain. Dicionário dos Símbolos. Editorial Teorema. Lisboa, 1994.
- CIRLOT, Juan Eduard. Dicionário de Símbolos. Publicações Don Quixote. Lisboa, 2000.
- MEERMANNO KONINKLIJKE BIBLIOTHEEK [http://collecties.meermanno.nl]
- WEB GALLERY OF ART [http://www.wga.hu]
Continua
Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." (Génesis 1,26). A CRIAÇÃO DE ADÃO (1510). Fresco de Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Cappella Sistina, Vaticano. |
O homem e a mulher estavam nus, e não se envergonhavam. (Génesis 2,25). PARAÍSO (c. 1530). Óleo sobre Madeira de Hieronymus Bosch (1450 - 1516). Museo del Prado, Madrid. |