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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Matar a sede no Alentejo


A ceifa. Dordio Gomes (1890-1976). Óleo sobre tela (154 x 194 cm).


                                                                                   À minha filha Catarina

INTRODUÇÃO
O corpo humano de um adulto é composto por 60% de água, a qual está presente em todos os tecidos e desempenha múltiplos papéis: dissolve todos os nutrientes e transporta-os a todas as células, assim como às toxinas que o organismo necessita de eliminar. A água regula ainda a temperatura corporal através da produção de suor.
Através da transpiração, respiração, urina e fezes, perdemos diariamente cerca de 2,5 litros de água ou mesmo mais, se a temperatura for muito elevada e/ou o esforço físico for intenso. Esta perda deve ser reposta.
As necessidades de água do ser humano dependem das perdas e o bom funcionamento do nosso organismo passa pela água que consumimos. Através dos alimentos obtemos cerca de metade da água necessária, o resto deve ser ingerido, bebendo pelo menos, 1,5 litros de água por dia.

SEDES DE OUTRORA
Noutros tempos, nos campos do Alentejo, bebia-se água de algumas ribeiras, assim como de nascentes e poços. Quem andava nas fainas agro-pastoris, bebia normalmente água por um coxo, feito de cortiça.
Fainas violentas como as ceifas, exigiam que houvesse distribuição regular de água, o que era feito, geralmente por uma aguadeira da ceifa, transportando um cântaro de barro e um coxo, por onde se bebia à vez.
Os pastores na sua vida de nómadas conheciam bem a localização das nascentes e poços, onde matar a sede.
Dos poços a água era tirada com caldeiros de zinco, embora em sua substituição se vissem muitas vezes, à beira dos poços, grandes chocalhos com a mesma função. Lá diz o cancioneiro:

“O' lá Cabeço de Vide,
Toda coberta de neve,
Terra do neto da bruxa,
Quem não traz chocalho não bebe.” [1]

Nas aldeias e vilas, as mulheres iam às fontes, encher os cântaros de barro, que transportavam depois à cabeça, equilibrados miraculosamente pela sogra, que a maioria das vezes não passaria duma rodilha enrolada em forma de anel.
Nas cidades, existiam aguadeiros, proprietários de carro com grade para transporte de cântaros, puxados por muar ou burro. Igualmente os havia com recursos mais elementares. Havia quem transportasse os cântaros em cangalhas de madeira assentes no lombo das bestas. Havia também aqueles que nem besta tinham e efectuavam o transporte dos cântaros em carros de mão, que eles próprios empurravam. Os cântaros usados, eram geralmente em zinco, com tampa, não só para não partirem, como para não entornarem. Cada aguadeiro tinha, de resto, a sua própria rede de clientes certos, que eram abastecidos a partir da fonte que frequentava.

SEDES DE HOJE
Hoje é impensável e desaconselhável beber água de ribeiros e de poços, já que os aquíferos estão contaminados por adubos químicos e pesticidas, quando não por águas residuais, domésticas ou industriais. O mesmo relativamente à água das fontes das nossas vilas e aldeias.
Hoje temos que beber água da rede, muitas vezes com sabor a cloro ou então, água engarrafada. Esse o preço do progresso. Um preço que poderia ter sido evitado, praticando uma agricultura biológica, em equilíbrio com os agroecossistemas, assim como um tratamento e convenientemente encaminhamento das águas residuais, que em muitos casos ainda não é feito. Até quando?

BIBLIOGRAFIA
[1] - THOMAZ PIRES, A. Tradições Populares Transtaganas. Tipographia Moderna. Elvas, 1927.

Hernâni Matos
Publicado inicialmente em 13 de Julho de de 2011

domingo, 17 de abril de 2022

Eu e a olaria de Estremoz


Garrafão


Pontos nos ii
A olaria de Estremoz, extinta com a morte de Mário Lagartinho em 2016, é há muito, objecto das minhas preocupações, as quais tenho partilhado com os leitores, desde a criação deste blogue em 2010. Em 2016, lancei o alarme mais forte de todos, mas não fizeram caso do que eu disse e redisse, alegando que havia outro projecto em carteira. Decorridos todos estes anos, está a decorrer finalmente e por módulos, um Curso de Olaria em Estremoz, numa parceria do Município com o CEARTE. É do conhecimento público que os resultados estão a superar as expectativas, o que muito me congratula. A minha expectativa agora é só uma: saber quem é que vai continuar a Arte, depois de ter terminado o Curso.
Entretanto, como estudioso e coleccionador de longa data de peças oláricas de Estremoz, entendo que é chegada a altura de tocar trombetas e motivar ainda mais as pessoas para a nossa olaria. Este texto deve assim ser encarado como um pontapé de saída nessa direcção.

Tipologia
É diversificada a tipologia das peças oláricas de Estremoz. As principais são: Assadores, Barris, Bilhas, Cafeteiras, Cântaros, Cantis, Cinzeiros, Copos, Fogareiros, Garrafas, Jarras, Mealheiros, Medalhas, Moringues, Palmatórias, Pratos, Púcaros, Reservatórios, Troncos, Vasos de flores, etc.

Morfologia
A uma dada tipologia podem corresponder várias morfologias. Assim um moringue pode ter um corpo ovóide, esferóide, cilindróide segundo a vertical ou a horizontal, bem como qualquer outra forma distinta das anteriores.

Dimensões
Em geral, uma peça olárica de determinada tipologia e com uma dada morfologia, existe em vários tamanhos, numerados a partir do 1, número que corresponde ao mais pequeno. Este número pode aparecer gravado na base da peça ou aí marcado a giz, depois da cozedura ou então nem sequer ter sido marcado.

Proporções
É óbvio que as proporções entre as 3 dimensões de qualquer peça olárica no seu todo ou entre os seus componentes, não é arbitrária. São proporções que os oleiros de várias gerações foram perpetuando no barro, após a magia das suas mãos as ter tornado harmoniosas.

Tipos de decoração
Os tipos de decoração utilizados nas peças oláricas de Estremoz são de seis tipos principais:
1 - O empedrado, no qual meniscos convexos de argila, decorados com minúsculos fragmentos de quartzo, são colados com barbutina à peça;
- 2 - O riscado, que recorre a sulcos gravados na superfície, com recurso a um teque, um arame, um prego ou uma sovela;
- 3 - O picado, que utiliza formas geométricas que são gravadas na superfície por percussão de objectos cuja secção tem uma determinada geometria, como é o caso dos invólucros de bala e dos cartuxos de caça;
- 4 - O polido, que utiliza o contraste entre a superfície baça e os motivos que foram polidos com recurso a um seixo ou a um teque;
- 5 - A fitomórfica e/ou zoomórfica, na qual folhas, bolotas, ramos de sobreiro e/ou animais, são moldados em barro e colados com barbutina à superfície;
- 6 - A relevada, na qual brasões de Estremoz ou outros, bem como inscrições como “RECORDAÇÃO DE” ou “LEMBRANÇA DE”, são moldadas em barro e colados com barbutina à superfície;
Para além disso são conhecido exemplares que ostentam uma decoração obtida pela utilização conjunta de alguns dos tipos referidos de 1. a 6. Assim:
- 7 - Empedrado e riscado;
- 8 - Empedrado e picado;
- 9 - Empedrado, riscado e picado;
- 10 - Empedrado, riscado e relevado;
- 11 - Empedrado, picado e relevado;
- 12 - Empedrado, riscado, picado e relevado;
- 13 - Fitomórfica e/ou zoomórfica e polido;
- 14 – Fitomórfica e/ou zoomórfica, relevado e polido;
Por aqui se vê a diversidade e logo a riqueza da decoração das peças oláricas de Estremoz. Essa diversidade verifica-se também ao nível da decoração fitomórfica/ e ou zoomórfica e da decoração relevada, já que esta não é igual em olarias distintas, bem como na mesma oficina pode ter sido obtida por moldes diferentes, além de que estes podem ter sido substituídos por outros no decurso do tempo, devido a desgaste ou por questões meramente estéticas.

Funcionalidade
A funcionalidade das peças oláricas de Estremoz é predominantemente servirem de vasilhame para conter e transportar água, conter flores, dinheiro, velas, ou então servirem de elementos decorativos. Algumas funcionalidades deixaram de ser utilizadas, devido ao desenvolvimento tecnológico. É o caso dos tijolos, telhas, canos, sifões e manilhas.

Marcas
O levantamento das marcas de olaria de Estremoz é um trabalho que ainda está em curso. Até ao momento, eu já dei o contributo que me foi possível, inventariando três marcas da Olaria Alfacinha, em uso nos anos 30 do século passado, as quais foram caracterizadas pela primeira vez no meu artigo “Medalhas de barro de Estremoz”, publicado no meu blogue em 12 de Novembro de 2012. Também em 21 de Fevereiro de 2013, publiquei no meu blogue o artigo “Nova marca de olaria de Estremoz”, no qual inventariei e caracterizei uma marca de olaria, usada nos anos 30 do século passado, na Escola Industrial António Augusto Gonçalves. É um trabalho que precisa urgentemente de ser continuado, o que pela minha parte, farei assim que me for possível.

Estética
A meu ver, a estética das peças oláricas de Estremoz é determinada por quatro factores distintos, mas de igual importância: o cromatismo vermelho do barro, aliado à morfologia, às proporções e à decoração. É da conjugação desses factores, sabiamente combinados, que resulta a excelência da beleza das peças oláricas de Estremoz.

Património Cultural Imaterial
À semelhança dos Bonecos, também a olaria de Estremoz apresenta marcas identitárias locais, muito próprias e constitue Património Cultural Imaterial do Concelho de Estremoz, pelo que urge que seja classificada como sendo de interesse municipal. A partir daí, logo se vê.

Ponto final
Os meus votos sinceros são os de que este artigo tenha sido útil a todos aqueles que me lêem. Se assim for, congratulo-me com tal facto e prometo voltar ao assunto.

 Hernâni Matos

Assador de castanhas

Bilha

Bilha com tampa

Cafeteira

Cafeteira

Cafeteira

Cântaro

Cantil

Copo

Fogareiro

Garrafa

Garrafa

Garrafa


Ânfora

Jarra de flores

Jarra de flores

Jarro

Medalhas

Moringue

Moringue

Moringue

Prato

Prato

Púcaro 

Púcaro

Púcaro

Reservatório

Tronco

Vaso


Vaso de suspensão

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Figuras da faina agro-pastoril e inovação


Carreteiro transportando sacos de trigo. Irmãs Flores.

Figuras da faina agro-pastoril da tradição
A recuperação da produção de Bonecos de Estremoz, extinta desde 1921, foi concretizada em 1935 e nos anos seguintes, graças à acção do escultor José Maria de Sá Lemos (1892-1971), que para o efeito recorreu primeiro à velha barrista Ana das Peles (1869-1945) e depois ao mestre oleiro Mariano da Conceição (1903-1959).
Uma tal recuperação incluiu as figuras que retratam as actividades agro-pastoris do Alentejo do passado e que podem ser agrupadas nos seguintes grupos:
PASTORÍCIA – Inclui: Pastor de tarro e manta, Pastor com um borrego ao ombro, Pastor com dois borregos, Pastor das migas, Pastor a comer, Maioral e ajuda a comer, Pastor do harmónio, Mulher dos carneiros, Mulher dos perus, Mulher das galinhas, Matança do porco e Mulher dos enchidos.
CICLO DO PÃO – Inclui: Ceifeira.
CICLO DO AZEITE – Inclui: Mulher da azeitona.
Todos estas figuras são “Bonecos da tradição”, possuem todas elas os seus próprios atributos e ainda são modeladas na actualidade por barristas seguidores da estética de Sá Lemos.

Figuras da faina agro-pastoril e inovação
Para além das figuras atrás referidas, existe um número considerável de outras, retratando igualmente as actividades agro-pastoris do Alentejo do passado, as quais foram criadas por iniciativa dos barristas ou por sugestão de coleccionadores ou de estudiosos da barrística popular estremocense.
Fruto de um levantamento por mim efectuado, decerto correndo o risco de omissões, dada a complexidade do levantamento, identifiquei 81 dessas figuras, as quais por oposição às anteriores, são designadas por “Bonecos da inovação”. Tais figuras distribuem-se por 8 grandes áreas da actividade agro-pastoril, a saber:
- COLECTA: Caçador, Pescador.
- PASTORÍCIA: Pastor sentado a fazer uma colher, Pastor junto à fogueira, Pastor de tarro e alforge, a comer sentado, Pastor de barrete com alforge ao ombro, Pastor com alforge e cornas, Pastor de capote com cabeça descoberta, Pastor de capote com cão, Pastor de capote com tarro e manta, Pastor com tarro, Pastor de colete com tarro e manta sentado, Pastor deitado debaixo da árvore a tocar gaita de beiços, Pastor sentado debaixo da árvore com borregos, Pastor a dormir a sesta debaixo da árvore com borregos, Pastor a fazer as migas de cabeça descoberta, Pastor de tarro e manta com corna e barril a comer, Pastor sentado a limpar o suor, Pastor na choça, Pastor a tirar água do poço, Ordenha de ovelhas, Tosquia de ovelhas, Mantieiro, Roupeiro a caminho da rouparia, Homem a ordenhar vaca, Mulher a ordenhar vaca, Roupeiro na rouparia, Porqueiro, Matança do porco e mulheres dos enchidos, Mulher dos enchidos junto à chaminé, Vendedora de criação a caminho do Mercado.
- CICLO DO PÃO: Lavrador abastado, Ganhão a lavrar, Semeador, Mondadeira, Mondadeira a mondar, Mondadeira a comer, Mondadeira sentada a descansar, Ceifeiro, Ceifeiro com alforge e canudos, ceifeira com canudos, Ceifeira sentada, Aguadeira da ceifa, Coqueira, Carreteiro transportando molhos de trigo, Debulha com trilho na eira, Carreteiro transportando sacos de trigo, Moleiro junto ao moinho, Moleiro a entregar sacos de farinha, Amassadeira, Forneira.
- CICLO DO AZEITE: Varejador, No rabisco, Juntando a azeitona, Rancho do acabamento, Lagareiro.
- CICLO DO VINHO: Vindimadora a vindimar, Vindimadora, Vindimador a carregar cesto com uvas, Transporte de uvas no tino, Pisadores, Taberneiro,
- CICLO DA CORTIÇA: Tirador de cortiça, Empilhador, Carreiro transportando cortiça.
- NA HORTA: Hortelão a cavar, Carroça com hortelão a caminho do mercado.
- NO MONTE: Namoro junto ao poço, Mulher ao pé do poço, Mulher a transportar água à cabeça, Mulher ao poial dos cântaros, Aguadeiro rural, Mulher com taleigo e cesto de ovos, Fiandeira com cesto de ovos na cabeça, Cozinha dos ganhões, Família a comer, Serão rural à lareira, Mulher a bordar, Mulher a fazer meia, Bailarico rural.

O contributo da Irmãs Flores
A esmagadora maioria destes “Bonecos da inovação” (54 num total de 81) foram criados pelas barristas Irmãs Flores (1957,1958 - ), criação à qual não sou estranho e convém explicar porquê.
Colecciono Bonecosde Estremoz há mais de 40 anos, pelo que a minha insaciável curiosidade intelectual me levou à condição de investigador da Barrística Popular Estremocense. Trata-se de uma temática multidimensional, que me interessa nos seus múltiplos aspectos. Um deles é o registo etnográfico contido nas figuras que representam os personagens das fainas agro-pastoris do Alentejo de finais do séc. XIX – meados do séc. XX.
Em 2009 publiquei o livro “Bonecos da Gastronomia”, ilustrado com 16 imagens de Bonecos de Estremoz da temática homónima, por mim encomendados às Irmãs Flores, dos quais 11 eram “Bonecos da tradição” e 5 eram “Bonecos da inovação”. O livro foi reeditado em 2010, reproduzindo então 36 figuras da mesma temática, todas elas encomendadas às Irmãs Flores, das quais 16 eram “Bonecos da tradição” e 20 eram “Bonecos da inovação”.
Em 2011 lancei às Irmãs Flores o desafio de criarem Bonecos que integrassem uma colecção que designei por “Alentejo do Passado”, que registasse com rigor e fidelidade o que eram as fainas agro-pastoris do Alentejo de finais do séc. XIX – meados do séc. XX, estruturada em 8 grandes áreas: Colecta, Pastorícia, Ciclo do pão, Ciclo do azeite, Ciclo do vinho, Ciclo da cortiça, Na horta, Na cidade. Esta colecção absorveu a colecção “Bonecos da Gastronomia” e com vista à sua concretização, foram criados 34 novos “Bonecos da inovação”. A colecção “Alentejo do Passado” integrou assim 54 “Bonecos da inovação”, todos eles criados pelas Irmãs Flores, muitas vezes recorrendo ao meu arquivo fotográfico e documental, o que permitiu conferir rigor à contextualização de cada figura.
A criação dos “Bonecos da inovação” de que venho falando, veio enriquecer (e de que maneira!), a barrística popular estremocense. Nalguns casos ocorreu mesmo uma mudança de paradigma, com a nossa barrística a atingir a sua mais alta expressão, na confecção de figuras mais complexas e de execução mais morosa. Cito como exemplo, figuras como: Ganhão a lavrar, Lagareiro, Carreteiro transportando molhos de trigo, Debulha com trilho na eira, Carreteiro transportando sacos de trigo, Moleiro no moinho, Transporte de uvas no tino e Carreteiro transportando cortiça. Na altura, tive a oportunidade de escrever: “As Irmãs Flores estão de parabéns, pois sem se afastarem um milímetro sequer dos cânones tradicionais da barrística popular estremocense, têm sabido inovar, criando novos públicos com apetência por aquilo que é diferente dentro do tradicional. E elas estão no caminho certo, pois se a sua mestria é pautada, por um lado, pela mais estrita fidelidade aos materiais, à tecnologia e às cores, não deixam todavia de manifestar inquietude que se expressa na criação de novos modelos de Bonecos de Estremoz, que têm a ver com a nossa identidade cultural, local e regional.”

Outros contributos
A seguir às Irmãs Flores, o barrista que mais inovou no número de figuras do âmbito agro-pastoril foi José Moreira (1926-1981) com um modo de representação igualmente popular como as Irmãs Flores, ainda que com um estilo bastante diferente. Segue-se o barrista Rui Barradas (1953- ) com um modo de representação mais erudito, seguido de Jorge da Conceição (1963- ), expoente máximo da representação erudita. 

Balanço Final
À semelhança do que se passou com as Imagens Devocionais e com os Presépios, creio ter ficado comprovado de uma forma clara, o papel desempenhado pela inovação como agente de enriquecimento e valorização do domínio das figuras da faina agro-pastoril.

Hernâni Matos 

Publicado inicialmente em 26 de Setembro de 2020


Namoro junto ao poço. Afonso Ginja.

Serão rural. Afonso Ginja.

Pastor de barrete com alforge ao ombro. Aclénia Pereira.

Pastor deitado debaixo da árvore a  tocar gaita de beiços. Aclénia Pereira.

Pastor sentado a limpar o suor. Aclénia Pereira.

Mulher a ordenhar vaca. Aclénia Pereira.

Ceifeiro. Duarte Catela.

Caçador. Irmãs Flores.

Pescador. Irmãs Flores.

Mantieiro. Irmãs Flores.

Tosquia de ovelhas. Irmãs Flores.

Roupeiro. Irmãs Flores.

Mondadeira a mondar. Irmãs Flores.

Mondadeira a comer. Irmãs Flores.

Ceifeiro a ceifar. Irmãs Flores.

Carreteiro transportando sacos de trigo. Irmãs Flores.

Moleiro junto ao moinho. Irmãs Flores.

Moleiro a entregar sacos de farinha. Irmãs Flores.

Amassadeira. Irmãs Flores.

Forneira. Irmãs Flores.

Família a comer. Irmãs Flores.

Vindimadeira. Irmãs Flores.

Transporte de uvas no tino. Irmãs Flores.

Pisadores. Irmãs Flores.

Taberneiro. Irmãs Flores.

Carreteiro transportando cortiça. Irmãs Flores.

Pastor de tarro e manta com capote. Isabel Pires.

Pastor de capote com cão. Isabel Pires.

Lavrador abastado. Jorge da Conceição.

Pastor com tarro. Jorge da Conceição.

Pastor com alforge e cornas. Jorge da Conceição.

Mondadeira. Jorge da Conceição.

Ceifeiro e ceifeira com canudos. Jorge da Conceição.

Aguadeiro rural. Jorge da Conceição.

Mulher a transportar água à cabeça. Jorge da Conceição.

Pastor a tirar água do poço. José Moreira.

Pastor sentado debaixo da árvore com borregos. José Moreira.

Pastor a dormir a sesta debaixo da árvore com borregos. José Moreira.

Fiandeira com cesto de ovos na cabeça. José Moreira.

Mulher dos enchidos junto à chaminé. José Moreira.

Varejador. José Moreira.

Tirador de cortiça. José Moreira.

Camponesa de taleigo e cesto de ovos. Liberdade da Conceição.

Coqueira. Quirina Marmelo.

Cozinha dos ganhões. Quirina Marmelo.

Pastor de capote, de cabeça descoberta. Rui Barradas.

Pastor de colete com tarro e manta, sentado. Rui Barradas.

Pastor a fazer as migas, de cabeça descoberta. Rui Barradas.

Pastor de tarro e manta, com corna e barril, a comer. Rui Barradas.


Pastor junto à fogueira. Rui Barradas.

Mondadeira sentada. Rui Barradas.


Ceifeira sentada. Rui Barradas.

Mulher a fazer meia. Rui Barradas.

Mulher a bordar. Rui Barradas.

Matança do porco e mulheres dos enchidos. Ricardo Fonseca e Vasco Fonseca.

Porqueiro. Sabina da Conceição.

Semeador. Sabina da Conceição.