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domingo, 24 de março de 2019

A Primavera no figurado de Estremoz


PRIMAVERA (séc. XX). Autor desconhecido. Altura: 20; largura: 10;
diâmetro: 8,5 (cm). Museu Nacional de Etnologia, Lisboa.

No figurado de Estremoz existem imagens conhecidas genericamente por “Primaveras”. Trata-se de representações de figuras de Entrudo, envolvidas em rituais de vegetação, que anunciavam e saudavam a proximidade da Primavera, na qual a natureza e muito em especial a flora, refloresce.

Publicado inicialmente a 24 de Março de 2019
 
PRIMAVERA (séc. XX). Ana das Peles. Altura: 22; largura: 12; 
diâmetro: 8,6 (cm). Museu Nacional de Etnologia, Lisboa. 

PRIMAVERA (séc. XX). Olaria Alfacinha. Altura: 26; largura: 14;
diâmetro: 8,6 (cm). Museu Nacional de Etnologia, Lisboa.
 
PRIMAVERA (séc. XX). Ana das Peles. Altura: 30; largura: 16;
diâmetro: 10,7 (cm). Museu Nacional de Etnologia, Lisboa.

PRIMAVERA (séc. XX). Ana das Peles. Altura: 20,5; largura: 9,5;
diâmetro: 9,5 (cm). Museu Nacional de Etnologia, Lisboa.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Adagiário do Verão


Verão. Gravura de Paul van Somer II (activo ca.1670 – 1714).

O Verão, estação caracterizada por elevadas temperaturas, decorre de cerca de 21 de Junho até por volta de 23 de Setembro. O adagiário de Verão é assim o somatório dos adágios de Junho, Julho, Agosto e Setembro, que já foram inventariados nos respectivos meses. Daí que aqui só se apresentem aqueles em que figura explicitamente a palavra Verão:
- A água com que no Verão se há-de regar, em Abril há-de ficar.
- A água que no Verão há-de regar, de Abril e Maio há-de ficar.
- A burra de vilão, mula é no Verão.
- A formiga faz as suas provisões no Verão, ajunta no tempo de ceifa o seu alimento.
- A Inverno chuvoso Verão abundoso.
- Ande por onde andar o Verão, chega sempre pelo S. João;
- Ande por onde andar o Verão, há-de vir no S. João.
- Março, marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão.
- Março, marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.
- Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
Nem o Inverno sem capa, nem o Verão sem cabaça.
- No Verão acabam as ceias e começam os serões.
- No Verão ardem os montes e secam as fontes.
- No Verão o sol dá paixão.
- O Verão colhe e o Inverno come.
- Orelha de homem, nariz de mulher e focinho de cão, nunca viram o Verão.
- Outubro suão, negaças de Verão.
- Pão de hoje, carne de ontem, vinho do outro Verão, fazem um homem são.
- Quem no Verão colhe, no Inverno come.
- Sol nascente desfigurado, No Inverno, frio, no Verão, molhado.
- Uma (só) andorinha não faz o Verão.

Hernâni Matos
Publicado inicialmente a 23 de Julho de 2018

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Provérbios de Maio


MAIO - Iluminura do “Livro de Horas do Duque de Berry” (Século XV), manuscrito
com iluminuras dos irmãos Paul, Jean et Herman de Limbourg, conservado no
Museu Condé, em Chantilly, na França.

- A água que no Verão há-de regar, em Abril e Maio há-de ficar.
- A água, Maio a dá, Maio a leva.
- A boa cepa, Maio a deita.
- A erva, Maio a dá, Maio a leva.
- A geira de Maio vale os bois e o carro, a de Julho vale os bois e o jugo.
- A melhor cepa, Maio a deita.
- A melhor cepa, para Maio a guardes.
- A ti chova todo o ano e a mim, Abril e Maio.
- A velha, em Maio, come castanhas ao borralho.
- Abril chove para os homens e Maio para as bestas.
- Abril chuvoso e Maio ventoso fazem o ano formoso.
- Abril chuvoso, Maio ventoso e Junho amoroso, fazem um ano formoso.
- Abril e Maio, chaves do ano.
- Abril frio, pão e vinho. Maio come o trigo e Agosto bebe o vinho.
- Abril, espigar; Maio, engrandecer; Junho, ceifar; Julho, debulhar; Agosto, engravelar; Setembro, vindimar.
- Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Agua d'Ascensão, tira o vinho e dá o pão.
- Água de Maio e três de Abril valem por mil.
- Água de Maio, pão para todo o ano.
- Água de Maio, pão tremês, não o percas nem o dês.
- Águas de regar, de Abril e Maio hão-de ficar.
- Ainda não nasceu nem há-de nascer, quem em Maio o Sete-estrelo há-de ver.
- As favas, Maio as dá e Maio as leva.
- Boa cepa, Maio a deita.
- Borreguinho de Maio, se to pedirem, dai-o.
- Chovam trinta Maios e não chova em Junho.
- Chova-te o ano todo, mas a mim, Abril e Maio.
- Chuva da Ascensão, das palhinhas faz pão,
- Chuva de Ascensão não dá palhas nem pão.
- Chuva de Maio faz as novas ranhosas e as velhas formosas.
- Chuvas da Ascensão, bebem vinho e comem pão.
- Chuvinha da Ascensão, até da palha faz pão.
- De Maio a Abril, ainda que te pese, me hei-de rir.
- De Maio a Abril, há muito que pedir.
- De Maio a Abril, não há muito que rir.
- De Maio a Abril, pouco vai que rir.
- Deixa lenha para Maio, que a fome de Maio sempre veio e há-de vir.
- Depois de Maio, a lampreia e o sável dai-o.
- Dia de Maio, dia de má ventura, mal amanhece, logo escurece.
- Dias de Maio, dias de amargura, ainda não é dia, já é noite escura.
- Dias de Maio, dias de amargura, mal amanhece é logo noite escura.
- Diz Maio a Abril: ainda que te pese, me hei-de rir.
- Do mês de Maio o calor, de todo o ano, o valor.
- Em Abril, águas mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril dorme o moço ruim e em Maio dorme o moço e o amo.
- Em Abril e Maio, moenda para todo o ano.
- Em Abril queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril e deixa um tição para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril e o que ficou, em Maio o queimou.
- Em Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Em casa vazia, Maio depressa se avia.
- Em Dezembro, descansar; em Janeiro, trabalhar.
- Em Janeiro junta a perdiz ao parceiro, em Fevereiro faz um rapeiro, em Março faz o covacho, em Abril enche o covil, em Maio, pi-pi-pi para o mato.
- Em Maio a quem não tem basta-lhe o saco.
- Em Maio bonitão, come-se vinho e muito pão
- Em Maio come a velha as cerejas ao borralho e ainda guarda o canhoto para Junho.
- Em Maio, a chuvinha da Ascensão dá palhinhas e dá pão.
- Em Maio, a quem não tem basta-lhe o saco.
- Em Maio, ainda os bois estão oito dias ao ramalho.
- Em Maio, as cerejas uma a uma, leva-as o gaio; em Junho a cesto e a punho.
- Em Maio, as cerejas, come-as a velha ao borralho.
- Em Maio, até a unha do gado faz estrume.
- Em Maio, bebe o boi no rego.
- Em Maio, canta o gaio.
- Em Maio, cerejas ao borralho.
- Em Maio, chocai-o.
- Em Maio, com sono caio.
- Em Maio, come a velha a cereja ao borralho.
- Em Maio, deixa a mosca o boi e toma o asno.
- Em Maio, espetam-se as rocas e sacham-se as portas.
- Em Maio, gradai-o.
- Em Maio, há muito ceifão, mas em Junho é que se vê quem eles são.
- Em Maio, iguala o pão com o mato, a noite com o dia, o Sol com a Lua e o Manei com a Maria.
- Em Maio, já a velha aquece o palácio.
- Em Maio, lava-se com água pelo rego.
- Em Maio, nem à porta de casa saio.
- Em Maio, o calor, a todo o ano dá valor.
- Em Maio, o rafeiro é galgo.
- Em Maio, onde quer eu caio.
- Em Maio, passarinho em raio.
- Em Maio, queima-se a cereja ao borralho.
- Em Maio, vai e torna com recado.
- Em Maio, verás a água com que regarás.
- Em princípio de Maio, corre o lobo e o veado
- Entre Abril e Maio, moenda para lodo o ano.
- Enxames em Abril, mil; em Maio, apanhai-os; pelo São João, apanhai-os ou não.
- Favas, Maio as dá, Maio as leva.
- Fevereiro couveiro faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio, pio-pio pelo mato; Junho, como um punho; em Agosto as tomarás a cosso.
- Fevereiro couveiro, faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio pio, pio pelo mato.
- Fevereiro faz o rapeiro; Março põe três ou quatro; Abril enche o covil; Maio, pi-pi pelo mato.
- Fevereiro ricoqueiro, faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio, pio, pio, pelo mato; Junho, como um punho; em Agosto, as tomarás em cosso.
- Fiandeira não ficaste, pois em Maio não fiaste.
- Fraco é o Maio que não rompe uma croça.
- Fraco é o Maio que não rompe uma palhoça.
- Fraco é o Maio se o boi não bebe na pegada.
- Guarda pão para Maio, lenha para Abril e o melhor tição para o S. João.
- Guarda pão para Maio, lenha para Abril, o melhor bicão para o São João.
- Guarda para Maio o teu melhor saio.
- Janeiro geadeiro. Fevereiro aguadeiro. Março chover cada dia seu pedaço. Abril águas mil coadas por um funil. Maio pardo celeiro grado. Junho foice em punho.
- Janeiro gear. Fevereiro chover. Março encanar. Abril espigar. Maio engrandecer. Junho ceifar. Julho debulhar. Agosto engavelar. Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro sêmea., Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover. Março encanar. Abril espigar. Maio engrandecer. Junho ceifar. Julho debulhar. Agosto engavelar. Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro semear. Dezembro nascer.
- Janeiro geoso. Fevereiro nevoso. Março frio e ventoso. Abril chuvoso e Maio pardo, fazem um ano abundoso. Julho, debulhar. Agosto, engravelar. Julho é o mês das colheitas, Agosto o mês das festas.
- Maio alaga a fonte e passa a ponte.
- Maio às pedradas, deita por terra as searas.
- Maio chocoso e Junho claroso, fazem o ano formoso.
- Maio chocoso, ano formoso.
- Maio chuvoso ou pardo, faz pão vistoso e grado.
- Maio chuvoso torna o ano formoso
- Maio chuvoso, ano formoso.
- Maio claro e ventoso, faz o ano rendoso.
- Maio come o pão, Agosto bebe o vinho.
- Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
- Maio come o trigo, Junho bebe o vinho.
- Maio couveiro não é vinhateiro.
- Maio é o mês em que canta o cuco.
- Maio engrandecer, Junho ceifar, Julho debulhar.
- Maio faz o pão e Agosto bebe o vinho que o tira do covil.
- Maio faz o pão e Agosto o milhão.
- Maio frio e Junho quente fazem o lavrador valente.
- Maio frio e Junho quente, trás o diabo no ventre.
- Maio frio e Junho quente: bom pão, vinho valente.
- Maio frio e ventoso, faz o ano formoso.
- Maio hortelão, muita parra e pouco pão.
- Maio jardineiro, enche o celeiro.
- Maio louro, mas nem muito louro e São João claro como olho-de-gato.
- Maio me molhou, Maio me enxugou.
- Maio não dá capote ao marinheiro.
- Maio não dá capote.
- Maio o deu, Maio o leva.
- Maio pardo e Junho claro podem mais que os bois e o carro.
- Maio pardo e ventoso, faz o ano formoso.
- Maio pardo e ventoso, faz o ano venturoso.
- Maio pardo, faz o ano farto.
- Maio pardo faz o lavrador honrado.
- Maio pardo, ano claro.
- Maio pardo, ano farto e ventoso, ano formoso.
- Maio pardo, ano farto.
- Maio pardo, centeio grado.
- Maio pardo, enche o saco.
- Maio pardo, faz o pão grado.
- Maio pardo, Junho claro, fazem o lavrador honrado.
- Maio pardo, Junho claro.
- Maio pardo. Junho claro, fazem pão grado.
- Maio pedrado destrói os pastos e não farta o gado.
- Maio pequenino, de flores enfeitadinho.
- Maio que não der trovoada, não dá coisa estimada.
- Maio que não rompe uma croça, não é Maio.
- Maio que seja de gota e não de mosca.
- Maio rompe uma croça.
- Maio serôdio ou temporão, espiga o grão
- Maio ventoso, ano formoso.
- Maio ventoso, ano rendoso.
- Maio venturoso, ano venturoso.
- Maio, ao princípio chuvoso e no meio pardo, enche o saco.
- Maio, cava de raio.
- Maio, come o trigo e Agosto, bebe o vinho.
- Maio, engrandecer; Junho, ceifar.
- Mal vai ao Maio se o boi não bebe na pegada.
- Março amoroso, Abril chuvoso, Maio ventoso, São João calmoso, fazem o ano formoso.
- Março amoroso, Abril ventoso e Maio remeloso, fazem o ano formoso.
- Mês de Maio, mês de má aventura, apenas anoitece é logo noite escura.
- Mês de Maio, mês das flores, mês de Maria, mês dos amores.
- Não há luar como o de Maio, mas lá virá o de Agosto que lhe dará no rosto.
- Não há Maio sem trovões, nem homem sem calções.
- O Maio me molha, o Maio me enxuga.
- Peixe de Maio, a quem vo-lo pedir dai-o.
- Pela Ascensão coalha a amêndoa e nasce o pinhão.
- Pela Ascensão nasce o pinhão.
- Por Abril dorme o moço madraceirão e por Maio, dorme o moço e o patrão.
- Por Abril, dorme o moço ruim e por Maio, dorme o moço e o amo.
- Por onde Abril e Maio passou, tudo espigou.
- Por onde Maio passou nado, tudo deixou espigado.
- Por Santo Urbão (25 de Maio), gavião na mão.
- Primeiro de Maio molhado, fruta bichada.
- Primeiro de Maio, corre o lobo e o veado.
- Quando chove na Ascensão, até as palhinhas dão pão.
- Quando em Maio arrulha a perdiz, ano feliz.
- Quando em Maio não troa, não é ano de broa.
- Quando em Maio relva, nem pão, nem erva.
- Quando Maio acha nado, deixa tudo espigado.
- Quando Maio chegar, é preciso enxofrar.
- Quando Maio chegar, quem não arou tem de arar.
- Quem em Abril não varre a eira e em Maio não rega a leira, anda todo o ano em canseira.
- Quem em Maio não merenda, aos finados se encomenda.
- Quem em Maio relva, não tem pão nem erva.
- Quem me vir e ouvir, guarde pão para Maio e lenha para Abril.
- Quem quer mal à sua vizinha, dá-lhe em Maio uma sardinha e em Agosto a vindima.
- Sardinha de Maio não vale um zangaio.
- Sáveis em Maio, maleitas todo o ano.
- Se chover em Maio, carregará el-rei o carro e em Abril, carril e entre Abril e Maio, o carril e o carro.
- Se chover entre Maio e Abril, carregará o lavrador o carro e o carril.
- Se não chover em Maio, carregará el-rei o carro e em Abril o carril e, entre Abril e Maio, o carril e o carro.
- Se não chover em Março e Abril, dará el-rei o carro e o carril por uma fogaça e um funil e a filha a quem a pedir.
- Se não chover entre Maio e Abril, dará a velha o carro e o carril, por uma fogaça e um funil e a filha a quem lha pedir.
- Se não chover entre Maio e Abril, dará el-rei o carro e o carril, por uma fogaça e a filha a quem a pedir.
- Sol de Maio e boa terra, fazem melhor gado que o pastor mais afamado.
- Tantos dias de geada terá Maio, como de nevoeiro teve Fevereiro.
- Tantos dias de geada terá Maio, quantas vezes de nevoeiro teve Janeiro.
- Tantos dias de geada terá Maio, quantos de nevoeiro teve Fevereiro.
- Trovoada de Maio depressa passa.
- Trovões em Maio, morte de padre.
- Uma água de Maio e outra de Abril, valem por mil.
- Uma água de Maio e três de Abril valem por mil.
- Vai-te embora mês de Maio, mês de pouca ventura: mal amanhece é logo noite escura.
- Vento de Março, chuva de Abril, fazem o Maio florir.
- Vinho que nasce em Maio, é para o gaio; se nasce em Abril, vai ao funil; se nasce em Março, fica no regaço.
- Viva o Maio carambola, que lá se vai jogando à bola.

Publicado inicialmente em 1 de Maio de 2015

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Agosto na Pintura Universal


Agosto (1412-16). 
Paul, Jean et Herman de Limbourg (1370/80 – 1416).
Livro de Horas do Duque de Berry. 
Musée Condé, Chantilly.

“Agosto” é o tema central de obras executadas por grandes mestres da pintura universal, dos quais destacamos, associados por épocas/correntes da pintura, os seguintes:
- RENASCENÇA: Paul, Jean et Herman de Limbourg (1370/80 – 1416), holandeses; Cosmè Tura (1430-1495), italiano; Jean Poyer (activo pelo menos de 1483 até c.1503), francês; Gerard Horenbout  (c. 1465–1541), holandês; Simon Bening (1483/84-1561), flamengo; António de Holanda (1480/1500 – c. 1571), holandês; Oficina Simon Bening (c. 1483 – 1561), flamengo; Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569), flamengo;
- BARROCO: Leandro Bassano (1557-1622), italiano; Adriaan van Stalbemt (1580-1662). Flamengo;
- ESCOLA VENEZIANA: Bernardo Bellotto (1720-1780), italiano;
- ROMANTISMO: Francisco da Silva (séc. XVIII), português;
- IMPRESSIONISMO: Alfred Sisley (1839-1899), francês;
- ABSTRACCIONISMO: Gregory Amenoff (1948-  ), mericano;
Por norma, as pinturas destacam as actividades senhoriais ou agro-pecuárias características do quente mês de Agosto: ceifa, acarreto e debulha do cereal, trabalhos de eira, descanso e refeição de ceifeiros, colheita de frutos e tosquia de ovelhas. A noção de calor pode também ser transmitida através da presença de nadadores ou pelo trabalho de tanoeiros que fabricam vasilhame que vai ser usado após as vindimas do mês de Setembro que se avizinha.


Alegoria de Agosto: Triunfo de Ceres (1476-84).
Cosmè Tura (1430-1495).
Fresco (500 cm x 320 cm).
Palazzo Schifanoia, Ferrara. 
Agosto (c. 1500).
Jean Poyer (activo pelo menos de 1483 até c.1503).
Livro de Horas de Henrique VIII (c/1500).
Morgan Library, New York. 
O Mês de Agosto (c. 1510).
Gerard Horenbout  (c. 1465–1541).
Breviário Grimani (28 cm x 21,5 cm).
Biblioteca Nazionale Marciana, Venice.
 Agosto (c.1515).
Simon Bening (1483/84-1561).
Livro de Horas da Costa (c/ 1515).
Morgan Library, New York.

Agosto (1517-1551).
António de Holanda (1480/1500 – c. 1571). 
Livro de Horas de D. Manuel I. Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho
(10,8 cm x 14 c m). Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
Agosto (1530-1534)
Oficina Simon Bening (c. 1483 – 1561).
Livro de Horas de D. Fernando. Pintura a têmpera e ouro
sobre pergaminho (9,8 cm x 13,3 cm).
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
 A colheita de milho – Agosto (1565).
Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569).
Óleo sobre madeira (118 cm x 161 cm).
Metropolitan Museum of Art, New York.
Agosto (1595/1600)
Leandro Bassano (1557-1622).
Óleo sobre tela (145 cm x 213 cm).
Museu de Arte Regional, Tula. 
 Alegoria do Mês de Agosto (?).
Adriaan van Stalbemt (1580-1662).
Oleo sobre madeira (76 cm x 123 cm).
Colecção privada.
Julho, Agosto (1731)
Francisco da Silva (séc. XVIII).
Óleo sobre madeira (23 cm x 33 cm).
Museu de Évora.
Dresden a partir da margem direita do rio Elba, acima da Augustusbrücke (1747).
Bernardo Bellotto (1720-1780).
Óleo sobre tela (132 cm x 236 cm).
Gemäldegalerie, Dresden.
Uma tarde de Agosto próximo de Veneux (1881).
Alfred Sisley (1839-1899).
Óleo sobre tela (54 cm x 73 cm).
Colecção privada.
Luz em Agosto (1996).
Gregory Amenoff (1948-  ).
Óleo sobre tela (233.7 cm x 304,8 cm).
Kemper Museum of Contemporary Art, Kansas City.




domingo, 4 de agosto de 2013

Provérbios de Agosto


AGOSTO - Iluminura (9,8x13,3 cm) do “Livro de Horas de D. Fernando”
[Século XVI (1530-1534)], manuscrito com iluminuras da oficina Simon
Bening ( c.1483 – 1561), conservado no Museu Nacional de Arte Antiga.
 Pintura a têmpera e ouro sobre pergaminho.

- A quem não tem pão semeado, de Agosto se lhe faz Maio.
- A terra lavrada em Agosto à estercada dá de rosto.
- Abril frio, pão e vinho, Maio come o trigo e Agosto bebe o vinho.
- Abril, frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado. Agosto, debulhar, Setembro, vindimar.
- Agosto amadura, Setembro derruba.
- Agosto amadurece, Setembro vindimece.
- Agosto arder, Setembro beber.
- Agosto chuvoso é ano formoso.
- Agosto debulhar, Setembro vindimar.
- Agosto é o mês da fome.
- Agosto é o primeiro mês de Inverno.
- Agosto e vindima não é cada dia.
- Agosto e vindima não vêm cada dia, mas sim cada ano, uns com ganância, outros com dano.
- Agosto madura e Setembro vindima.
- Agosto madura, Setembro derruba e Outubro seca tudo.
- Agosto madura, Setembro vindima.
- Agosto não caminhar, Dezembro não marear.
- Agosto nos farta, Agosto nos mata.
- Agosto que lhe dá pelo rosto. culpa se Setembro leva a fruta.
- Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.
- Agosto tem cuidadoso e aguilhoa o preguiçoso.
- Agosto, água no rosto.
- Agosto, aguilhoa o preguiçoso.
- Agosto, candeeiro posto.
- Agosto, dá o sol no rosto.
- Agosto, engravelar.
- Agosto, frio no rosto, malha com desgosto.
- Agosto, frio no rosto, malha com gosto.
- Agosto, frio no rosto.
- Agosto, mês de desgosto.
- Agosto, não caminhar; Dezembro, não marear.
- Agosto, toda a fruta tem gosto.
- Água de Agosto apressa o mosto.
- Água de Agosto consola o corpo.
- Água de Agosto dá mel e mosto.
- Água de Agosto tira o sol do rosto.
- Água de Agosto, açafrão, mel e mosto.
- Água de Agosto, tira o sol do rosto.
- Água pelo São João, traz vinho e não dá pão; em Agosto, nem pão nem mosto.
- Ande o ano por onde andar, o mês de Agosto há-de aquentar.
- Até quinze de Agosto malha a teu gosto; depois malha o suor do teu rosto.
- Até quinze de Agosto malha a teu gosto; depois malha o suor do teu rosto.
- Bom é o ano quando em Agosto, sobre a castanha se chupa mosto.
- Caroço de Agosto dá gosto.
- Cava de Agosto enche o tonel de mosto.
- Cava e esterca de Agosto, ao lavrador alegra o rosto.
- Cava em Agosto, enche o tonel de mosto.
- Chovendo em Agosto não metas teu dinheiro em mosto.
- Chuva de Agosto apressa o mosto.
- Chuva de Agosto, apanhá-la com gosto.
- Chuva de Agosto, apanhá-la dá gosto.
- Chuva em Agosto enche o tonel de mosto.
- Chuva em Agosto: açafrão, mel e mosto.
- Chuva fina pelo Santo Agostinho é como se chovesse vinho.
- Chuva por Santo Agostinho é como se chovesse vinho.
- Corra o ano como correr, o mês de Agosto há-de aquecer.
- Corra o ano como for, haja em Agosto e Setembro calor.
- Couves em Agosto, tumba à porta.
- Dia de Santo António vêm dormir as castanhas ao castanheiro.
- Dia de São Bartolomeu, anda o diabo à solta.
- Dia de São Lourenço, vai à vinha e enche o lenço.
- Em Agosto aguilhoa o preguiçoso e sê cuidadoso.
- Em Agosto aguilhoa o preguiçoso.
- Em Agosto apanha macela que livra da botica o uso dela.
- Em Agosto ardem os montes e secam as fontes.
- Em Agosto dá o sol no rosto
- Em Agosto da o sol pelo rosto. 
- Em Agosto deve o milho ferver no caroço e a castanha no ouriço.
- Em Agosto deve o milho ferver no carolo.
- Em Agosto deve o milho ferver o carolo.
- Em Agosto espingarda ao rosto.
- Em Agosto há bulha o preguiçoso.
- Em Agosto malha a teu gosto.
- Em Agosto nao metas o teu dinheito em mosto.
- Em Agosto palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.
- Em Agosto passa o frio pelo rosto.
- Em Agosto sê cuidadoso e não largues o preguiçoso.
- Em Agosto secam as fontes e ardem os montes.
- Em Agosto secam os montes e em Setembro as fontes.
- Em Agosto secam os montes, em Setembro as fontes e o Outubro seca tudo.
- Em Agosto secam os montes, em Setembro as fontes.
- Em Agosto toda a fruta tem gosto.
- Em Agosto toda a fruta tem o seu gosto.
- Em Agosto toda a fruta tem seu gosto
- Em Agosto todo o fruto tem seu gosto.
- Em Agosto vale mais vinagre que mosto.
- Em Agosto, antes vinagre do que mosto.
- Em Agosto, ardem os montes; em Setembro, secam as fontes.
- Em Agosto, candeeiro posto.
- Em Agosto, dá o sol pelo o rosto.
- Em Agosto, espingarda ao rosto.
- Em Agosto, frio no rosto.
- Em Agosto, nem vinho nem mosto.
- Em Agosto, palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.
- Em Agosto, sardinha e mosto.
- Em Agosto, sardinhas e mosto.
- Em Agosto, suor no rosto.
- Em Agosto, terra lavrada dá de cara à estercada.
- Em Agosto, toda a fruta tem gosto.
- Em Agosto, toda a fruta tem seu gosto.
- Em Agosto, uvas e mosto.
- Em Agosto, vale mais vinagre que mosto.
- Em Dezembro chuva, em Agosto uva.
- Em dia de São Lourenço vai à vinha e encherás o lenço.
- Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
- Em Junho, Julho e Agosto, senhora não sou vosso.
- Esterco e cava de Agosto, ao lavrador alegra o rosto.
- Fevereiro couveiro faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio, pio-pio pelo mato; Junho, como um punho; em Agosto as tomarás a cosso.
- Fevereiro ricoqueiro, faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio, pio, pio, pelo mato; Junho, como um punho; em Agosto, as tomarás em cosso.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavelar. Setembro vindimar, Outubro revolver, Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavetar, Setembro vindimar. Outubro revolver. Novembro semear. Dezembro nascer.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Agosto recolher. Setembro vindimar.
- Julho é o mês das colheitas, Agosto o mês das festas.
- Julho, debulhar; Agosto, engravelar.
- Junho, Julho e Agosto, senhora, não sou vosso.
- Lá vem Agosto com os seus santos ao pescoço.
- Lá vem o Agosto com os seus santos ao pescoço.
- Lua nova de Agosto carregou, lua nova de Outubro trovejou.
- Luar de Agosto, dá-lhe no rosto.
- Luar de Janeiro alumia todo o ribeiro, mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.
- Luar de Janeiro não tem parceiro, senão o de Agosto, que lhe dá de rosto.
- Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.
- Maio come o pão. Agosto bebe o vinho.
- Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
- Maio faz o pão e Agosto bebe o vinho.
- Maio faz o pão e Agosto o milhão.
- Mês de Agosto será gaiteiro se for bonito o primeiro de Janeiro.
- Nao é bom mosto, o colhido em Agosto.
- Não é bom o mosto colhido em Agosto.
- Não há casamento de Agosto que não tenha desgosto.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro malhar.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear, nem em Dezembro navegar.
- Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear.
- Nem por Agosto caminhar, nem por Dezembro marear.
- Nem por Agosto comprar, nem por Dezembro marear. 
- Névoas de Agosto, nem bom nabo, nem bom magusto.
- No dia de S. Lourenco vai a vinha e enche o lenco.
- No dia de São Lourenço a velha enche o lenço.
- No dia de São Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
- No São Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
- No São Tiago pinta o bago.
- O Mês de Agosto arremeda o ano todo.
- O mês de Agosto arremeda os outros.
- O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro.
- O que tapa o frio tapa o calor.
- O sol de Agosto cria azeite e mosto.
- Os nabos querem o luar de Agosto.
- Os nabos querem ver o luar de Agosto.
- Os ouriços em Agosto fervam e em Setembro bebam.
- Outubro, revolver; Novembro, semear; Dezembro, nasceu um Deus para nos salvar; Janeiro, gear; Fevereiro, chover; Março, encanar; Abril, espigar; Maio, engrandecer; Junho, ceifar; Julho, debulhar; Agosto, engravelar; Setembro, vindimar.
- Pela Assunção cada pinga vale seu tostão.
- Pelo São Bartolomeu vai à vinha e enche o lenço.
- Pelo São Lourenço, os nabais nem nados nem no lenço.
- Pelo São Lourenço, vai à vinha e enche o lenço.
- Por Santa Maria de Agosto, repasta a vaca um pouco.
- Por São Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
- Por São Lourenço vai à vinha e encherás o lenço.
- Primeiro de Agosto, primeiro de Inverno.
- Primeiro de Janeiro, primeiro de Verão; primeiro de Agosto, primeiro de Inverno.
- Quando chove em Agosto, chove mel e mosto.
- Quando chove em Agosto, não chove água senão mosto.
- Quando chove em Agosto, não metas teu dinheiro em mosto.
- Quando chover em Agosto, não compres mosto.
- Quando chover em Agosto, não metas o teu dinheiro em mosto.
- Quando chover por Agosto, não metas teu dinheiro em mosto.
- Quando há vento, é que se limpa o cereal.
- Quem Agosto ara, riqueza prepara
- Quem cava a vinha em Agosto, enche a cuba de mosto.
- Quem debulha em Agosto, debulha com mau gosto.
- Quem dormir ao sol de Agosto passa por desgosto.
- Quem em Agosto ara, riquezas prepara.
- Quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a espinha.
- Quem malha em Agosto, malha com desgosto.
- Quem malha em Agosto, não malha com gosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha com desgosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha com mau desgosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto.
- Quem não debulha em Agosto, debulha contra seu gosto.
- Quem quer ver seu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto.
- Quem quiser o homem morto, dê-lhe lapas em Maio e couves em Agosto.
- Quem se casa em Agosto não junta dinheiro.
- Se chover em Agosto, não gastes dinheiro em mosto.
- Se não debulhas em Agosto, terás sempre desgosto.
- Se queres o teu homem morto, dá-lhe couves em Agosto.
- Se queres o teu homem morto, dá-lhe sardinhas em Maio e couves em Agosto.
- Se queres teu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto, mas mal por mal, antes lapas em Maio do que couves em Agosto.
- Se queres teu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto; mas morto por morto, antes lapas em Maio do que couves em Agosto.
- Se queres ver o teu homem morto, dá-lhe couves em Agosto.
- Se queres ver o teu marido morto, dá-lhe lapas em Maio e couves em Agosto.
- Seja o ano que for, Agosto quer calor.
- Sol de Agosto, calor de gostos.
- Tardes de Agosto, nem para água ao poço.
- Tardes de Agosto, passam de encosto.
- Temporã é a castanha que em Agosto arreganha.
- Terra lavrada em Agosto, à estercada dá o rosto.
- Trovoadas em Agosto, abundância de uva e mosto.
- Trovoadas em Agosto, melhora o mosto.
- Trovões em Agosto, Inverno comprido
- Uma rega no mês de Agosto, leva o milho ao caniço.


Publicado inicialmente em 4 de Agosto de  2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Verão no adagiário português


Verão (Data desconhecida).
Enrico Fanfani (1824 - 1885).
Óleo sobre tela (82,5 × 63 cm).
Letchworth Museum and Art Gallery, Inglaterra.

É diversificado, ainda que não muito vasto o adagiário português, onde é utilizada explicitamente a palavra Verão:
- A água com que no Verão se há-de regar, em Abril há-de ficar.
- A água que no Verão há-de regar de Abril e Maio há-de ficar.
- A burra de vilão, mula é no Verão.
- A formiga faz as suas provisões no Verão, ajunta no tempo de ceifa o seu alimento.
- A Inverno chuvoso, Verão abundoso.
- A vaca do vilão se de Inverno dá bom leite, melhor dá de Verão.
- Ande por onde andar o Verão, chega sempre pelo S. João.
- Ande por onde andar o Verão, há-de vir no S. João.
- Bácoro fiado, bom Inverno e mau Verão.
- Calcanhar de homem, cu de mulher e nariz de cão só aquecem no Verão.
- Em o Verão por calma, e no Inverno por frio, não lhe falte achaque de vinho.
- Em Verão cada um lava seu pano.
- Inverno chuvoso, Verão abundante.
- Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
- No Inverno forneira e no Verão taverneira.
- No Verão acabam as ceias e começam os serões.
- No Verão ardem os montes e secam as fontes.
- No Verão o sol dá paixão.
- O menino e o bezerrinho, no Verão hão frio.
- O Verão colhe e o Inverno come.
- Orelha de homem, nariz de mulher e focinho de cão, nunca viram o Verão.
- Outubro suão, negaças de Verão.
- Pão de hoje, carne de ontem, vinho de outro Verão, fazem um homem são.
- Quando o vento vem do mar, na noite de S. João, não há Verão.
- Quem no Verão colhe, no Inverno come.
- Sol nascente desfigurado, no Inverno, frio, no Verão, molhado.
- Vento suão molha no Inverno, seca no Verão.
- Verão fresco, Inverno chuvoso, estio perigoso.
Adágios existem, que apesar de utilizarem explicitamente a palavra Verão, não dizem respeito a esta época do ano:
- Março marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão.
- Março marçagão, de manhã Inverno, de tarde Verão.
- Março marçagão, manhã de Inverno, tarde de Verão.
- Março marçagão, pela manhã rosto de cão, à tarde Verão.
- Março marçagão, tarde de Verão.
- Março marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.
- Março marçagão, pela manhã rosto de cão e a tarde de bom Verão.
- Março marçagão, de manhã cara de carvão, à tarde sol de Verão.
- Março, marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.
- Primeiro dia de Janeiro: primeiro dia de Verão.

Hernâni Matos