quarta-feira, 29 de novembro de 2023
XVII Exposição de Presépios de Artesãos de Estremoz
terça-feira, 21 de novembro de 2023
6.º aniversário da inscrição da Produção de Figurado em Barro de Estremoz na Lista Representativa de Património Cultural Imaterial da UNESCO
O
Município de Estremoz irá comemorar o 6.º aniversário da inscrição da Produçãode Figurado em Barro de Estremoz na Lista Representativa de Património CulturalImaterial da UNESCO", no dia 7 de dezembro de 2023, com o seguinte
programa:
SALÃO
NOBRE (CÂMARA MUNICIPAL DE ESTREMOZ)
-
18:00 horas - Cerimónia de Celebração do 6.º aniversário da inscrição da
Produção de Figurado em Barro de Estremoz na Lista Representativa de Património
Cultural Imaterial da UNESCO"
Hugo
Alexandre Nunes Guerreiro, coordenador da candidatura e responsável pelo Plano
de Salvaguarda;
José
Daniel Pena Sádio, Presidente da Câmara Municipal de Estremoz.
- 18:20
horas - Entrega de Certificado de Produtor de Bonecos de Estremoz a Vera
Magalhães.
-
18:25 horas - Conferências:
Ana
Fonseca (CME) e Mathilda L. Coutinho (Centro Hercules da Universidade de
Évora): Bonecos de Estremoz - à descoberta do imaterial;
Ana
Cristina Mendes (Diretora adjunta do CEARE): Indicações Geográficas Europeias.
TEATRO
BERNARDIM RIBEIRO
-
22:00 horas - Dezalinhados Filarmónica Rock Show com a Banda Sociedade
Filarmónica Artística Estremocense e a Banda Filarmónica do Grupo União e
Recreio Azarujense.
Entrada
livre que carece de levantamento de bilhete no Teatro Bernardim Ribeiro ou
Posto de Turismo.
Venha
celebrar connosco!
terça-feira, 24 de outubro de 2023
Uma Primavera de Mestre Jorge da Conceição
domingo, 22 de outubro de 2023
Adagiário das castanhas
- A castanha e o besugo em Fevereiro não têm sumo.
- A castanha em Agosto a arder e em Setembro a beber.
- A castanha tem três capas de Inverno: a primeira mete medo, a segunda é lustrosa e a terceira é amarga.
- A castanha tem uma manha: vai com quem a apanha.
- A castanha veste três camisas: uma de tormentos, outra de estopa e outra de linho.
- A noz e a castanha é de quem a apanha.
- Ao assar as castanhas, as que estouram são as mentiras dos presentes.
- Arreganha-te, castanha, que amanhã é o teu dia.
- As castanhas apanham-se quando caem.
- As castanhas para o caniço e o boneco para o porco.
- As folhas de castanheiro andam sete anos na terra e depois ainda voam.
- Carregadinho de castanha, vai o burrinho para Idanha.
- Castanha assada, pouco vale ou nada, a não ser untada.
- Castanha bichosa, castanha amargosa.
- Castanha peluda, castanha reboluda.
- Castanha perdida, castanha nascida.
- Castanha que está no caminho é do vizinho.
- Castanha quente só com aguardente, comida com água fria causa “azedia”.
- Castanha semeada, p´ra nascer, arrebenta.
- Castanhas boas e vinho fazem as delícias do S. Martinho.
- Castanhas caídas, velhas ao souto.
- Castanhas do Marão, a escolher se vão.
- Castanhas do Natal sabem bem e partem-se mal.
- Castanheiro para a tua casa, corta-o em Janeiro.
- Com castanhas assadas e sardinhas salgadas não há ruim vinho.
- Crescem os reboleiros, morrem os castanheiros.
- Cruas, assadas, cozidas ou engroladas, com todas as manhãs, bem boas são as castanhas.
- Dá-me castanhas, dar-te-ei banhas.
- De bom castanheiro, boa acha.
- De bom castanheiro, bom madeiro.
- De castanha em castanha (roubando) se faz a má manha.
- De castanheiro caído todos fazem lenha.
- Desde que a castanha estoira, leve o diabo o que ela tem dentro.
- Do castanho ao cerejo, mal me vejo.
- Em ano de muito ouriço não faças caniço.
- Em minguante de Janeiro, corta o teu castanheiro.
- Em Setembro, antes de chover, o souto o arado quer ver.
- Folha amarela do castanheiro cai ao chão.
- Mais vale castanheiro, que saco de dinheiro.
- No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.
- No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.
- No dia de São Julião, quem não assar um magusto não é cristão.
- O castanheiro, para plantar, precisa ir na mão, o carvalho às costas e o sobreiro no carro.
- O céu é de quem o ganha e a castanha de quem a apanha.
- O ouriço abriu, a castanha caiu.
- Oliveira do meu avô, castanheiro do meu pai e vinha minha.
- Os ouriços no São João são do tamanho de um botão.
- Pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho.
- Pelo São Francisco, castanhas como cisco.
- Quando gear, o ouriço vai buscar.
- Quando o sol aperta, o ouriço arreganha.
- Quem castanhas come, madeira consome.
- Quem não sabe manhas, não come castanhas.
- Raiz de castanheiro, dá bom braseiro.
- Sete castanhas são um palmo de pão.
- Temporã é a castanha, que em Agosto arreganha.
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
ANA DAS PELES na toponímia estremocense
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
Poesia Portuguesa - 103
Poema de Hernâni Matos
Modelar é uma arte, solta do coração e que dali a reparte, guiada a cada mão. É com mãos e com barro, água, teques e jeito, um encontro bizarro: modelar a preceito. Tem bola, rolo, placa. Com eles vai fazer, tudo o que se destaca. É lindo de se ver. O rolo dá um braço e dá a perna então, com um gesto do traço que nasce com a mão. A bola dá cabeça e dá olhar, razão para que lá mereça ter lugar a visão. Placa dá avental, vestidos e safões. É roupa sem igual em várias ocasiões. Após modelação, é cozer e pintar. Envernizar então, e sua obra acabar. Secar para cozer, com o tempo a passar, para não acontecer, a figura estalar. Cozer tem a sua arte, nunca é de repente, que a figura se parte. Disso estou bem ciente. Pigmentos são zarcão e azul dito Ultramar. Como ocre e vermelhão, dão tintas p'ra pintar. As cores são reais, são representação desses dados visuais, fruto da observação. O verniz dá beleza, concede protecção, previne da rudeza de feia alteração. Há Presépios e Santos, desfilam procissões e há muitos recantos das humanas paixões. Tem a mulher no lar, com o chá a servir, com a roupa a lavar e o que mais há de vir. Da cidade o aguadeiro, a mulher dos chouriços, o peralta e leiteiro, como outros aqui omissos. Do campo uma ceifeira, um pastor e um ganhão, mais uma azeitoneira, todos os que ali estão. Galeria dos Santos: onde vai São João, a Virgem aos prantos e António folião. Também a procissão, mostra solenidade, com padre, sacristão, povo mais irmandade. O Natal é chegado e logo nos seduz o presépio montado. Ali nasceu Jesus. Lá vem o Carnaval com o seu “Amor é Cego” e Primavera tal, que nenhuma renego. E por fim os apitos. Que bela brincadeira, gozo de pequenitos, bem à sua maneira. O púcaro enfeitado, cantarinha também. Recipiente ornado que beleza que tem. Bonecos que cantamos e só nos dão alegria. Amigos quase humanos no nosso dia a dia. Assim, da Humanidade tornaram-se Património, orgulho da cidade e do povo campónio. Cá, os nossos barristas brilharam bem então, já que foram artistas da classificação. Barristas do presente, barristas do passado que a memória consente, todo aqui é louvado. Hernâni Matos (1946 - ) |
Bonecos de Estremoz em Exposição na Assembleia da República
A iniciativa é promovida pelo
Deputado Carlos Brás e pela A. Certifica (organismo de certificação de
produções artesanais tradicionais) e estará patente até dia 13 de outubro.
Estremoz e os Bonecos de Estremoz
são uma referência na Assembleia da República!
O Município de Estremoz agradece ao Mestre Jorge da Conceição a sua presença ao longo dos três dias de Exposição, enquanto representante desta arte!
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
Bonecos de Estremoz de Vera Magalhães
"TRADIÇÃO E CULTURA“ é o título da exposição de Bonecos de Estremoz da barrista Vera Magalhães, inaugurada no Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz, no passado sábado, dia 9 de Setembro, pelas 11 horas e que ali ficará patente ao público até ao próximo dia 26 de Novembro.
A exposição visa dar-nos uma ideia da actividade da artesã ao longo do seu percurso entre 2020 e 2023, para o que recorre a cerca de 40 figuras, repartidas por distintas tipologias; - IMAGENS DEVOCIONAIS: Andor do Senhor dos Passos, Fuga para o Egipto, Nossa Senhora da Conceição, Rainha Santa Isabel; - PRESÉPIOS: Presépio de 9 figuras; - FIGURAS DA FAINA AGRO-PASTORIL NAS HERDADES ALENTEJANAS: Ceifeira, Mulher a dobar, Mulher das galinhas, Mulher dos enchidos, Mulher dos perus, Pastor das migas, Pastor de tarro e manta, Pastor debaixo da árvore, Queijeira; - FIGURAS QUE TÊM A VER COM A REALIDADE LOCAL: Aguadeiro, Homem do harmónio, Lanceiro com bandeira, Leiteiro, Mulher a vender chouriços, Mulher das castanhas; - FIGURAS INTIMISTAS QUE TÊM A VER COM O QUOTIDIANO DOMÉSTICO: Mulher a lavar a roupa, Senhora a servir o chá, Senhora à varanda, Senhora ao toucador; - FIGURAS DE NEGROS: Reis negros (3); - FIGURAS ALEGÓRICAS: Amor é cego, Primavera (3); - ASSOBIOS: Galinha no cesto com flores, Galo na cadeira, Galo no pinheiro, Galo no poleiro (2); - GANCHOS DE MEIA: Bispo, Palhaço, Sacristão; - OLARIA ENFEITADA: Cantarinha enfeitada (2), Castiçal (2), Pucarinho enfeitado (1);
“TRADIÇÃO” E CULTURA” é a primeira exposição individual de Vera Magalhães, que com ela se sente realizada pessoalmente, uma vez que o convite para expor é um corolário natural da sua certificação como barrista produtora de Bonecos de Estremoz, reconhecimento que lhe foi conferido pela Adere-Certifica em 2023. Anteriormente à presente exposição, a artesã já participara em exposições colectivas temáticas, promovidas pelo Museu Municipal de Estremoz e pelo Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz.
quarta-feira, 27 de setembro de 2023
TRADIÇÃO E CULTURA - Bonecos de Estremoz de Vera Magalhães
de Estremoz, Sónia Caldeira.
Este o título da exposição de Bonecos de Estremoz da barrista Vera Magalhães, inaugurada no Centro Interpretativo
do Boneco de Estremoz, no passado sábado, dia 9 de Setembro, pelas 11 horas e
que ali ficará patente ao público até ao próximo dia 26 de Novembro.