Prisioneiro
Luís Veiga Leitão (1915-1987)
O prisioneiro é como navio
preso ao cais. Amarras de desterro
com ferragens de noites a fio
e redes de ferro.
Do casco que um vento negro impele
caiu-lhe a pintura, o próprio nome.
Mas o mar está dentro dele
e não há força que o dome.
Luís Veiga Leitão (1915-1987)
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