Fig. 1
A rua onde cada um de nós mora é um microcosmo, onde
diariamente se desenrolam acontecimentos que a tornam diferente das outras. No
meu caso, moro na rua de Santo André e dela vos passo a falar.
Ao fundo da rua, do lado direito, há um sinal de
estacionamento proibido, já que a partir dali a rua é mais estreita (Fig. 1). Mas qual
quê? Estaciona-se até à esquina, criando dificuldades a quem quer sair da rua,
já que circular é preciso…
Do lado esquerdo da rua há estacionamento indevido
em cima do passeio, desde o princípio da rua até para além do meio (Fig. 1), o que além
de criar dificuldades aos peões, tranca automóveis que estão devidamente
estacionados e que se vêem impossibilitados de sair. Por isso, de vez em quando,
há concertos de buzina que são um regalo de ouvido. É que circular é preciso…
Ainda do lado esquerdo da rua existem quatro
contentores de lixo e um vidrão que lá vai cumprindo a sua missão (Fig. 2). Os
contentores é que não. Basta olhar para o seu conteúdo, para concluir que o
comércio da rua não recicla, tanto papel como plástico. E isto quando há dois
ecopontos próximos. É que circular é
preciso…
Quanto à calçada da rua, está bastante irregular,
já que sob ela existem esgotos de laje que remontam ao princípio do século
passado. Com o trânsito de veículos pesados, as lajes cedem e chegam a rebentar
com alguma frequência canos de água, que também os há por ali. Isso faz com que
ocorram cortes de água e se tenha que remover a calçada, a fim de resolver
temporariamente o problema, o qual só será solúvel com a instalação de uma nova
rede de saneamento básico. Por vezes, a reposição da calçada não é imediata (Fig. 3), o
que cria dificuldades aos peões, que já tinham as covas da calçada para se
preocuparem. A calçada necessita de uma regularização urgente, porque circular é preciso…
Por fim, ao fundo da rua, do lado esquerdo, em
plena curva e frente a uma montra de sapataria, há quem ali estacione com
frequência (Fig. 4), tirando a visibilidade a quem quer virar para a rua 5 de Outubro e
que por isso está sujeito a colidir com um veiculo que daí venha. É que circular é preciso…
Do exposto, conclui-se que uma rua é um
observatório sociológico de comportamentos sociais e anti-sociais, bem como um
palco onde alguns dos actores nem sempre desempenham papéis agradáveis. Daí que
a proximidade da polícia e dos serviços municipais seja desejável. Apareçam por
aqui e dêem uma “mãozinha”. Os moradores agradecem. É que circular é preciso…
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
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