ESTREMOZ - DIA
DE MERCADO (1955).
Fotografia de
Henri Cartier-Bresson (1908-2004).
Toque de Finados
Sou senhor de mim mesmo
E do verbo da minha voz.
Palavras, leva-as o vento…
Isso, sabemos nós.
São sementes voadoras,
Ávidas de fecundação,
Mas com terreno estéril,
Não irrompe a gestação.
Uma voz cansada
É o fascínio do chão,
A morte anunciada,
Da luta pelo pão.
E sempre que o servo,
Se sente cansado,
A impotência do verbo,
É enterro de finado.
Os versos dizem tudo! Terra que não é tratada rejeita a semente. Há poetas que em quatro pequenas quadras. dizem muitas verdades: é o caso!
ResponderEliminarPovo com fome
Não quere ter filhos
Não dá seu nome
Não quer sarilhos
Que povo é este? Deixo a adivinha.
Esse povo somos nós.
EliminarObrigado pelo seu comentário, amigo Fonseca.