Não acredito em nada. As minhas crenças
Voaram como voa a pomba mansa;
Pelo azul do ar. E assim fugiram
As minhas doces crenças de criança.
Florbela Espanca in Aos olhos dele.
Por vezes experimentamos um dia de “Nada”, como se o “Vazio” tivesse tomado conta de nós próprios. É um estado de Alma que nos pode consumir e submergir em remoinhos de pensamento que nos conduzem inexoravelmente em direcção às profundidades da escuridão. Todavia, também poderá colher a nossa repulsa, se formos capazes de emergir de tal estado, fruto da intrepidez do nosso querer.
O "Nada" pode ser o "Tudo". Só depende de nós próprios e da força anímica que nos permite dar o “Salto”. E quando sentirmos o "Tudo" bem arreigado no âmago das paredes da nossa “Alma Sideral”, nada nos poderá deter. As fronteiras frementes do Universo em expansão serão, porventura, o único limite físico à nossa acção. Nessa altura, Senhores de Nós Próprios, nada nos deterá, porque nada pode deter, nem o Espaço nem o Tempo, nem esta ânsia que nos vem de baixo, da Matriz Primordial da Terra-Mãe que nos pariu e que nos há-de consumir, porque essa é a essência das coisas que contam. É preciso morrer para renascer de novo. Foi Spartacus que disse na altura da morte:
- Voltarei e serei milhões.
Pela minha parte direi:
- Mulher, gosto de ti!
Quantas vezes sentimos o nada, e como é difícil sair desse nada/vazio e voltarmos a ser mulher! Florbela, sempre ela a dizer-nos aquilo que sentimos e como sentimos. Ela o disse também " Eu quero amar, amar perdidamente..."
ResponderEliminarCéu
Céu:
EliminarComo disse Florbela, é preciso amar perdidamente...
Amar perdidamente!....
ResponderEliminarO seu blogue é um encanto de prazer,saber e beleza. Reconhecidamente.
Amar perdidamente é esse o segredo que Florbela nos revelou e legou como exemplo a seguir.
EliminarFLORBELA viveu antes do seu tempo
ResponderEliminarSem dúvida, Albertina.
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Os meus cumprimentos.