quinta-feira, 5 de março de 2015

Universidade Sénior de Sousel

A mesa do Encontro. Hernâni Matos, Zulmira Baleiro e Joana Reis. 

A Universidade Sénior de Sousel vem promovendo mensalmente encontros com pessoas de diferentes áreas do conhecimento e de diferentes saberes, sob a epígrafe “Uma Conversa por mês”. Desta feita, coube-me a mim responder à chamada. Assim, no passado dia 24 de Fevereiro lá estive pelas 15 horas no Auditório Municipal de Sousel. Na mesa e a meu lado, as dinamizadoras, professoras Joana Reis e Zulmira Baleiro. Na sala, a presença de cerca de 4 dezenas de pessoas.
A minha conversa subordinou-se ao tema “Quando um texto é um pretexto – Experiências de escrita” e foi acompanhada de projecções.
Comecei por falar da escrita em si e no que ela representa para mim: a necessidade de comunicar e de partilhar com os outros, estados de alma, ideias, emoções e sentimentos, procurando dar o que de melhor há em mim e me povoa a mente. Chamei a atenção para o facto de que a gestação dum texto nem sempre é fácil, já que por vezes há que criar algo, a partir de pouco mais que coisa nenhuma. Por isso não se pode escrever a metro, como quem enche chouriços. Há que ser artesão das palavras.
Falei seguidamente das minhas experiências de escrita (jornalismo, poesia, blogue, livros) explicando que muitas vezes os textos surgem como transmutação de imagens, sejam elas fotografias, postais ilustrados, arte pastoril, bonecos de Estremoz ou peças de olaria. Exemplifiquei com 2 textos meus: “A menina quer bailar?” e “Uma cigarreira real?”, elaborado o primeiro a partir de um postal ilustrado do início do séc. XX e o segundo a partir de uma peça de arte pastoril datada de 1875.
A finalizar, enumerei os temas que me são gratos abordar. Entre eles estão a gastronomia, o trabalho e o amor. Fui assim conduzido à leitura sucessiva de 3 textos meus: “A Santa Inquisição e o assado de borrego”, “Cristina Malaquias: A visão mágica das coisas” e “A todas as mulheres do mundo”.
Seguiu-se um bate-papo informal e uma conclusão desde logo evidente é que não se pode parar. Parar é morrer. Falámos ainda de temas gratos a todos os presentes, tais como Protecção do Meio Ambiente, Reciclagem e Defesa do Património.  Foi uma tarde gratificante para todos.

(Fotografias de Carla Baptista)

Os participantes no Encontro.

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